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Conversa com Presidente BV Fornos de Algodres, Fernando Rodrigues

                                              Muita união e dedicação conduziu ao sucesso

IMG_2150 Após um ano e meio à frente dos destinos da Associação Humanitária dos Bombeiros de Fornos de Algodres, Fernando Rodrigues, em conversa, acabou por fazer um balanço desse trabalho.

Magazine serranoRecentemente, os BV Fornos de Algodres alcançaram o 4º lugar na campanha Quartel Eletrão a nível nacional, um feito importante?

Fernando Rodrigues – Muito importante, dado que ultrapassou as nossas expetativas, pois estávamos a competir com o País inteiro, as pessoas aderiram bem, o nosso corpo ativo fez um bom trabalho na divulgação e foi um sucesso, dado que, as pessoas aderiram bem e estão também de parabéns. Hoje existe um local onde se pode depositar os aparelhos sem vida e as pessoas estão agora mais sensibilizadas, sendo nós um Quartel eletrão.

MS – Também Pinhel alcançou o mesmo lugar, mais uma localidade do distrito da Guarda?

FR– Também eles concorreram a primeira vez, creio eu, o facto de  haver duas corporações do distrito da Guarda, nos lugares cimeiros é honroso, é sinal que ele tão bem organizados e também se preocupam com estas causas que são problemas da sociedade, ou seja, há bem pouco tempo, as pessoas deixavam os eletrodomésticos em qualquer lado ou mesmo em casa, hoje estão mais sensibilizados a cuidar do ambiente.

MS- Abriu-se uma nova campanha e os BV Fornos de Algodres, passam a dispor de um local para recolher eletrodomésticos e outros?

FR– Sim, fizemos um protocolo, somos um quartel eletrão, as pessoas podem entregar nos bombeiros todos esses excedentes elétricos, lâmpadas e pilhas.

Também existem outros projetos de sucesso, tivemos as tampinhas, onde já fomos buscar duas cadeiras, estamos agora a trabalhar para mais uma cadeira e a reflorestação das zonas ardidas, que anualmente, no dia da árvore plantamos novas árvores, apesar de ainda existir gente contra esse trabalho como aconteceu este ano, que foram arrancadas essas árvores, não sabemos porquê.

Agora é chato quando os Bombeiros tentam reflorestar e alguém vem estragar esse trabalho, mas não é por aí, que vamos parar, porque vamos continuar a fazer esse trabalho.

Esta é uma campanha que já vamos estar perto das populações, temos falado com a Câmara, com as freguesias, agora tem de haver disponibilidade de toda a gente.

É importante que todas as instituições , associações e população em geral estejam connosco.

MS- Este ano apresentação do DECIF 2016 distrital foi apresentado em Fornos de Algodres, dá motivo de alegria por ter sido nesta localidade?

FR– Foi importante dado que a zona operacional estava toda, também as pessoas que nos escolheram foi porque Fornos de Algodres sabe acolher, receber, faz parte da maneira de ser da vila, é motivo de orgulho ter o SecIMG_2172retário de Estado entre outras entidades.

MS-Face ao muito calor que se vai fazendo sentir e depois do Inverno rigoroso, podem vir dias difíceis a nível de incêndios?

FR- Esperemos que não, e pela informação do nosso comando, e pelas reuniões que vão tendo, espera-se um verão difícil, ultimamente no nosso concelho, temos tido sorte, pois não tem havido grandes incêndios. Agora a aposta passa pela prevenção, os bombeiros não podem fazer tudo, se as pessoas que tem terrenos e matas forem limpando, tudo se descomplica e porque todos juntos tudo é mais fácil.

 MS- Que balanço faz deste ano e meio de mandato?

FR – É muito positivo perante aquilo que encontramos, os bombeiros tinham um défice à volta dos 35 mil euros, e hoje posso assegurar que não devemos nada a ninguém, toda a gente recebe a tempo e horas, fruto de muito trabalho, temos outras ideias, conseguimos motivar de maneira diferente o corpo ativo, Sem eles era mais difícil, aqui uma vez mais um agradecimento ao corpo ativo pelo trabalho, tem estado com a direção, nas diversas atividades que nos ajudam a fazer e noutras que são da iniciativa deles, para que sejamos todos mais fortes, estejamos mais bem equipados.

Temos mais de 12 atividades por ano, e todos juntos a remar para o mesmo lado, tudo se torna mais fácil, temos dado tudo aquilo que o comando nos pede para o corpo ativo.

Agora no futuro mandato, se continuarmos ou não, isso ainda não está definido, gostava de aumentar IMG_2093os nossos colaboradores, uma vez que nos anos anteriores tal não tem acontecido devido às dificuldades, temos feito alguns cortes,  mas podemos afirmar que não devemos nada a qualquer fornecedor.

Temos outras prioridades, agora precisamos de uma ambulância e um projeto de viatura de fogos florestais que já encontrou na Proteção Civil.

Fizemos agora o peditório para esta nova ambulância e vamos tentar ser a um curto prazo, dado que com o fecho dos hospitais obriga a mais deslocações para Guarda e Viseu e isso causa um desgaste enorme nos carros, aliás neste mandato já comprámos uma, mas precisamos outra.

MS- Novas atividades extra para angariar fundos para nova ambulância até final do ano?

FR– Sim, no verão não, mas a partir de setembro vai haver mais uma ou duas, as juntas de freguesias também podem ajudar, dado que a população vai ajudando sempre.

 MS – O almoço anual em Lisboa é importante sempre?

FR– Foi iniciado pelo Álvaro Melo , que já não está entre nós, com o David e agora comigo, tem sido um sucesso, ao longo dos anos, todos os sócios e amigos dos bombeiros residentes em Lisboa e arredores, vão marcando presença e claro é uma forma de convívio, mas uma grande mais valia financeira no final do ano.

 MS – Hoje em dia ser presidente dos Bombeiros não é tarefa fácil?

FR – Não, se apenas ouvirmos as críticas, vamos embora no dia seguinte, agora quando o corpo ativo está connosco, temos uma direção jovem, dinâmica, forte e gosta de trabalhar, agora enquanto cá estivermos vamos fazer o melhor, e pra já temos tido muito sucesso, claro sem o corpo ativo, nada era possível, porque são eles a razão de uma direção, porque todos gastamos muito tempo, mas vamos continuar empenhados e com o apoio que temos destes homens, vamos fazer coisas boas nesta associação.

 MS – Pelo Natal foi inaugurada a galeria de presidentes e comandantes um momento de destaque?

FR – Foi feita, porque havia uma que ninguém via, todos estes comandantes e presidentes mereciam outro destaque e assim o fizemos, como outras obras de restruturação para que os bombeiros se sintam bem.

Temos um projeto para remodelar o quartel por cima das garagens, nesse intuito, temos a planta feita tem havido complicações , e devido ao quartel ter menos de 15 anos, não vamos parar,  agora vamos continuar a trabalhar para que possa ser uma realidade no futuro.

 MS – O que ficou por fazer neste mandato?

FR– Uma das coisas que gostaríamos que fosse pra frente ,é em relação da nossa orquestra de música, tivemos 260 candidatos, portugueses e espanhóis foram escolhidos 45, não a conseguimos pôr a trabalhar, em Fornos a cultura ainda a trabalhamos, agora a nível nacional pouco apoios existem.

Mas a nível do projeto da escola continua com mais de 20 crianças e continuamos com a academia de direção de Banda onde temos 20 alunos, grande parte espanhóis, a nível financeiro é bom, este ano queremos chegar aos 30 alunos, também temos um grande maestro mundial Jan Cover, que gosta de vir a Fornos.

Recentemente tivemos o concerto da Banda Sinfónica da PSP, com o exame final de direção de banda, com dois maestros espanhóis, Daniel Ros e Pedro Villaroel, um grande momento musical nesta vila de Fornos.

 MS – A nível da direção existe vontade para continuar?

FR – Vamos ver, a direção está unida, sabendo que tiramos tempo às famílias, agora se tivermos o corpo ativo ao nosso lado e sempre com vontade, não os podemos deixar defraudados.

Agora mais para a frente, depois do verão vamos pensar queremos fazer mais mandato de três anos.

 MS- Como é a relação com as outras corporações?

FR– Relação muito boa, porque os bombeiros são muito bons, ouço falar outros comandantes e presidentes que quando os de Fornos chegam tudo fica melhor, porque são trabalhadores, homens com H grande, é um orgulho ouvir falar deles assim.

Agora também fazemos formação, pois novas regras, e os cursos têm de estar atualizados e também trabalhamos nesse campo.

Deixo um agradecimento geral, as pessoas gostam dos bombeiros, as pessoas ajudam, e sabem que podem contar connosco, apenas peço que continuem a ajudar os bombeiros, porque são de todos.

Reportagem de António Pacheco

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