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Exotismo e aventura conquistaram caravana Escape Livre

Terminou com repetido sucesso e sem grandes contratempos a terceira edição do Off Road Bridgestone / First Stop Marrocos, a maior aventura do Clube Escape Livre. Pelo terceiro ano, e após as edições de 2016 e 2017, o evento do calendário que obriga à maior logística decorreu sem grandes imprevistos e com a Classe X da Mercedes-Benz a corresponder inteiramente como viatura oficial. O sucesso de um evento raramente alcançável e a satisfação das 22 equipas levam a que uma nova edição esteja a ser ponderada para 2020.

O percurso de quase 5000 quilómetros e um programa totalmente novo aconteceu, desta vez, até ao sul do reino de Marrocos. A caravana de duas dezenas de viaturas foi composta essencialmente por quem já viveu uma da duas primeiras experiências e não hesitou em regressar, renovando a vivência e a visita da grandiosidade das paisagens e da peculiaridade da cultura marroquina.

A terceira edição arrancou em dia de feriado, 25 de abril, com os participantes a partir de Jerez de La Frontera, ou a apanhar o avião para Casablanca, onde levantaram os veículos 4×4 alugados. O encontro com estes fez-se em Tânger, já depois da travessia de barco do Mediterrâneo. A chegada a Tânger, cidade que tem registado um desenvolvimento considerável nos últimos anos e que pretende ser uma das maiores cidades de Marrocos até 2032, fez-se bem cedo e incluiu visita guiada pelas suas ruas.

O segundo dia de aventura ligou Tânger, Chefchaouen (a cidade azul) e Fez, ao longo de 315km. O maio desafio foi mesmo conseguir estacionamento para 20 viaturas na cidade azul que encantou todos.

No terceiro dia fez-se a ligação entre Fez, Khénifra e Bin Ouidane, percorrendo-se 400 km. Foi também o dia que marcou a estreia de percursos de terra, depois da visita à cidade onde o Rei passa férias. Ifrane contrasta com todas as outras pelo aspeto cuidado, assemelhando-se mais a uma cidade suíça. Destaque ainda para a travessia da Floresta de Cedros na região de Azrou, a revelar grande beleza. Já no Hotel Chems Du Lac foi possível admirar a barragem mais alta de África, e a que mais energia produz em Marrocos.

O programa do quarto dia ligou Bin Ouidane a Ait Bouguemez. Os 174 km de viagem ficaram marcados pela subida ao Médio Atlas e pela beleza da “Cathédrale de rochers” ou Catedral de Imsfrane, uma falésia com mais de 600 metros, longe da civilização. A chegada a Ait Bouguemez, aldeia “no meio do nada” foi feita debaixo de uma tempestade com granizo. Antes do alojamento feito em duas Kashbah, que permitiram também conhecer melhor os hábitos e cultura, houve ainda um contratempo com uma viatura, resolvido pela organização e por todos os participantes.

O quinto dia amanheceu frio, mas sem chuva. Ainda no estacionamento, um furo atrasou a partida para Boumalne du Dadés, num percurso de 110km que permitiu alcançar os 3 mil metros de altitude do Alto Atlas. O topo do Atlas, a 4 mil metros de altitude e coberto de neve, foi o cenário perfeito para as fotografias. Foi um dia também marcado pela travessia das pistas do “Vallée des Roses”, em tons castanhos e rosa. A produção de roseirais destina-se à produção de pétalas usadas em perfumaria e culinária, mas também para manter as cabras afastadas das culturas. Por esta altura, estavam registados 2000 km de viagem a partir de Lisboa, ao volante da Mercedes-Benz Classe X.

 

 

 

 

Boumalne Dades ocupou o sexto dia de expedição, uma etapa de cerca de 280 km, 90 dos quais em terra. A caravana atravessou Jbel Saharo, uma das montanhas mais altas da cordilheira do Atlas, a mais de 2700 metros de altitude. Depois do almoço em restaurante na aldeia de Agoudal, onde as crianças invadem as ruas para obter ofertas dos visitantes, foi também tempo de rever as gargantas do Todra.

A etapa entre Boumalne Dades – Zagora foi longa e exigente, com 420km, dos quais 80 em terra. No sétimo dia a caravana foi recebida principescamente no Riad Lamane para um almoço e convívio, seguindo para o deserto Erg Chegaga. Pelo caminho, ficou o maior palmeiral do mundo no Vale do Draa, a região das tâmaras. Ficaram também alguns contratempos: a condução nas areias do Sahara que obrigou a muita entreajuda, uma tempestade de areia, duas avarias mecânicas e um “atascanço”, resolvido com o guincho da Mercedes-Benz Classe X. O acampamento no Erg Chegaga, o jantar à luz das velas e a animação típica remataram o dia.

O oitavo dia foi o mais difícil, ao longo de cerca de 450km, dos quais 100 em terra. Antes da ligação entre o Erg Chegaga e Marrakech, a maior parte dos participantes ainda aceitou escalar as dunas às 06h00 da manhã para registar o excecional nascer do sol. Atravessou-se o maior lago seco de Marrocos (Iriki) e as pistas em direção a Foum Zguid, e realizou-se um completo e animado piquenique que fomentou novamente o convívio. A chegada ao Hotel Savoy, em Marrakech, aconteceu logo após uma tempestade quase diluviana que inundou as principais artérias da cidade.

O dia seguinte foi dedicado ao descanso, aproveitado para visitar alguns pontos da cidade e fazer compras na Medina atravessando a famosa praça Jemaa el-Fna. O jantar em restaurante típico com dançarinas e muita animação encerrou o programa oficial do Off Road Bridgestone / First Stop Marrocos.

Por fim, domingo foi o dia de regresso a Portugal. Estava cumprido mais um grande e marcante passeio de descoberta do Clube Escape Livre.

Para Luis Celínio, presidente do Clube Escape Livre, “este é um passeio tão exigente do ponto de vista logístico e físico, quanto arrebatador. E quando um desafio a este nível resulta em plena satisfação de todos os participantes, conquistando verdadeiros apaixonados pela condução fora de estrada num território exótico e tão rico, só podemos festejar o sucesso e agradecer a todos os patrocinadores e parceiros a oportunidade de criar estas vivências. Como tal, em 2020 ponderamos regressar a Marrocos, tendo já aberto o período de pré-reservas.”

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