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Figueira de Castelo Rodrigo recebeu terceiro debate do ciclo “Conversas: Guarda2027”.

 

A relação entre a produção/consumo cultural e uma territorialidade alargada foi o mote do terceiro debate do ciclo “Conversas: Guarda2027”.

A sessão, programada para Figueira de Castelo Rodrigo mas realizada em formato webinar por causa dos constrangimentos da COVID19, juntou na tarde de 26 de novembro programadores da Guarda2027, agentes culturais e público em geral a debater “A importância da mobilidade, coesão social e territorial na cultura”.

A mobilidade dificulta a criação e fruição cultural? Em que medida as pontes construídas entre residentes constroem um sentimento de pertença e dão coesão e força a uma proposta de candidatura com escala regional?, foram algumas das questões que mereceram reflexão e discussão, numa região em que a mobilidade física depende em muito da mobilidade automóvel privada.

O envolvimento da população (e da Escola) foi assumido como um dos fatores fundamentais para o sucesso da Guarda2027.  Elisabete Bárbara, professora e diretora do Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira, defendeu-o, testemunhando com a participação dos seus alunos no Concurso BI2047, cujo resultado designou os mandatários da juventude da Guarda2027, “peças-chave importantes numa estratégia de implicar os cidadãos no caminho a percorrer, numa abertura ao exterior do projeto e, por isso, nas estratégias de visibilidade que é preciso adotar”, referiu. Na mesma linha, Victor Afonso, programador da Guarda2027, salientou a importância de “sensibilizar, mobilizar e envolver os cidadãos no trabalho de longa duração que é a formação de públicos”.

Caminhar para uma verdadeira coesão social e territorial implica uma “mudança de paradigma onde a cultura é um bem essencial que gera riqueza e tem de chegar a todos”, defendeu Lara Seixo Rodrigues, programadora da Guarda2027. Para conseguir essa coesão, é crucial fixar pessoas (defendeu Tiago Sami Pereira, programador da Guarda2027) e “trazer pessoas qualificadas, tal como tem conseguido por exemplo o Fundão”, rematou Pedro Almeida responsável na região de uma multinacional pelo acolhimento de talento.

No ar, ficaram dois desafios. José Luis González Prada, da Fundación Rey Afonso Henriques, propôs reforçar o carácter trans-fronteiriço da candidatura e José Luís Martins (programador da guarda2027) defendeu a utilização dos sentimentos e afetos para a criação artística.

A quarta e última sessão das “Conversas:Guarda2027” acontece no dia 10 de novembro de 2020 e fará a conclusão deste ciclo com um debate presencial no Teatro Municipal da Guarda. Serão apresentados os resultados preliminares do inquérito sociológico à população dos 17 municípios da Guarda2027 e os contributos recolhidos durante o processo de reflexão promovido por esta iniciativa.

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