Início » Tag Archives: Instituto Politécnico da Guarda

Tag Archives: Instituto Politécnico da Guarda

Politécnico da Guarda entra na UNITA e passa a ser “universidade europeia”

O Instituto Politécnico da Guarda – IPG passou a ser hoje membro de pleno direito da UNITA – Rede de Universidades Europeias, uma aliança que une instituições de ensino superior de Espanha, França, Itália, Roménia e Portugal que têm em comum a localização em zonas transfronteiriças e de montanha. A cerimónia teve lugar na Université Savoie Mont Blanc, em Chambéry, na França, durante a reunião de reitores e presidentes das instituições que integram a aliança UNITA – Universitas Montium.

É um motivo de grande satisfação o Politécnico da Guarda passar a ser reconhecido, a partir de agora, como uma universidade europeia com trabalho científico relevante nas áreas da economia circular, das energias renováveis, do património cultural e do turismo, entre outras”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG, que recebeu esta manhã em França os títulos de participação do Politécnico da Guarda na UNITA. “O IPG partilha com a UNITA a visão do trabalho colaborativo como forma de inovar e de aumentar a competitividade das instituições de ensino superior”. Segundo Joaquim Brigas, “este consórcio de universidades é uma parceria para o conhecimento que contribui para aprofundar o projeto europeu!”

Joaquim Brigas reeleito presidente do Instituto Politécnico da Guarda

Para os próximos quatro anos o presidente está focado “numa permanente abertura ao exterior, reforçando o IPG como o principal motor de rejuvenescimento e de qualificação do tecido social, económico e cultural da região da Guarda”. Carlos Martins, que preside ao Conselho Geral, elogia “o diálogo permanente com as estruturas empresariais e com as câmaras municipais da região” que caraterizaram o primeiro mandato de Joaquim Brigas.

Joaquim Brigas foi reeleito no dia 2 de junho pelo Conselho Geral do Instituto Politécnico da Guarda – IPG para mais quatro anos à frente desta instituição de ensino superior, tendo recolhido 25 votos dos 29 conselheiros presentes. O seu programa para o novo mandato prevê “reforçar as parcerias com empresas, com unidades de saúde, com escolas, com autarquias, com IPSS, com clubes desportivos, com órgãos comunicação, etc., para realizar formações que valorizem e que qualifiquem o capital humano, permitindo ao Politécnico da Guarda crescer com toda a região”.

Para Carlos Martins, presidente do Conselho Geral do IPG, “a reeleição de Joaquim Brigas como presidente do Politécnico da Guarda significa a continuidade de um projeto de reposicionamento e de afirmação do IPG ao nível regional e nacional”. Segundo Carlos Martins, “este projeto tem permitido a este Politécnico, não só crescer no número de alunos e na oferta formativa, como promover a coesão territorial e a competitividade empresarial”.

Na apresentação do seu programa de ação, Joaquim Brigas comprometeu-se com a qualificação letiva e científica do Politécnico da Guarda, “continuando a proporcionar aos investigadores e docentes melhores condições de produção de conhecimento e, aos estudantes, perspetivas de sucesso na passagem à vida ativa”. O projeto do presidente reeleito está focado “numa permanente abertura ao exterior, reforçando o IPG como o principal motor de rejuvenescimento e de qualificação do tecido social, económico e cultural da região da Guarda”.

25 licenciaturas, dez mestrados, quatro pós-graduações

Carlos Martins concorda com o aprofundamento da interação do Politécnico com o tecido empresarial, social e cultural do Interior do país. “Espero que neste novo mandato a presidência do IPG mantenha diálogo permanente com as estruturas empresariais e com as câmaras municipais da região no momento de definir os cursos, adaptando as formações às necessidades da região”, declarou Carlos Martins. “A reativação das relações com os agentes locais já permitiu descentralizar as ofertas do IPG, levando as suas formações para mais próximo das pessoas, como aconteceu em Vila Nova de Foz Côa ou em São João da Pesqueira”.

Nos últimos quatro anos verificou-se a diversificação de atividades desenvolvidas pelo IPG com a Comunidade Intermunicipal da Beiras e Serra da Estrela, com a Associação de Municípios da Cova da Beira e com Núcleo Empresarial da Região da Guarda. Foram deslocalizados cursos profissionais para vários municípios da região da Guarda, ao mesmo tempo que as quatro escolas do Politécnico desenvolviam pós-graduações em parceria com diversas entidades, requalificando quadros e promovendo a empregabilidade de novos profissionais.

Em quatro anos entraram em funcionamento seis novas licenciaturas no Politécnico da Guarda, após mais de uma década de estagnação na oferta educativa. Atualmente, o IPG tem 25 licenciaturas, dez mestrados e quatro pós-graduações, para além de 41 CTeSP (cursos técnicos superiores profissionais) registados. A A3ES (a agência de avaliação e acreditação do ensino superior em Portugal) acreditou em 2023, por seis anos, o Sistema Interno de Garantia da Qualidade do IPG.

 

Atrair estudantes de fora da região e do país

Para os próximos quatros anos, Joaquim Brigas considera prioritário recrutar muitos estudantes fora da região, nomeadamente no estrangeiro, “pois a demografia assim o obriga”. O presidente do Conselho Geral do IPG já se declarou seu aliado nos esforços para atrair mais estudantes, não só dos Países Africanos de Língua Oficinal Portuguesa, mas também da América Latina e de outros países europeus. “Intensificar as ligações com as instituições de ensino superior europeias – sobretudo as espanholas, pela proximidade transfronteiriça – é muito importante para a afirmação do Politécnico da Guarda além-fronteiras e para atrair mais estudantes, docentes e investigadores para as suas escolas”, afirmou Carlos Martins.

Um instrumento fundamental para acolher estudantes de fora da Guarda são as residências universitária, um capítulo em que o Governo ainda não correspondeu aos apelos do IPG. “Precisamos de construir com urgência, dentro e fora do nosso campus na Guarda, novos edifícios que deem resposta à carência das residências para estudantes”, disse Joaquim Brigas.

A par desta prioridade, o presidente reeleito está mobilizado para obter financiamento e construir uma nova Escola Superior de Saúde no campus do IPG: “O sucesso dos cursos desta escola já desatualizaram as atuais instalações há vários anos”, afirmou Joaquim Brigas. “São precisas novas instalações”.

Foto:PG

IPG utiliza tecnologia para estimular capacidades física e cognitiva de idosos

No âmbito do EuroAGE2, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) desenvolveu jogos digitais interativos para promover a autonomia dos idosos. O projeto, desenvolvido entre Portugal e Espanha, é financiado pelo programa de cooperação transfronteiriça POCTEP.

 Docentes e investigadores do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vão estimular as capacidades físicas e cognitivas de idosos com recurso a novas tecnologias. O objetivo é retardar o declínio funcional e prolongar a autonomia da pessoa idosa através de jogos digitais interativos que foram instalados em centros de dia e residências sénior da Guarda, de Castelo Branco e de Cáceres.

Na Guarda, os equipamentos tecnológicos de acesso aos jogos foram instalados este mês de março no centro de dia Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição e do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição. A iniciativa insere-se na segunda fase do EuroAGE, um projeto que promove o envelhecimento ativo em Portugal e em Espanha, o qual está a ser desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, a Universidade de Extremadura e o Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva Jesus Usón.

“Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo e essa tendência demográfica afeta sobretudo as regiões do Interior. No Politécnico da Guarda temos criado iniciativas para promover o envelhecimento ativo e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, afirma Carolina Vila-Chã, docente responsável pela equipa do EuroAGE2 no IPG. “Neste projeto desenvolvemos vários jogos digitais que ajudam a estimular as capacidades física e cognitiva da pessoa idosa, nomeadamente através da superação de desafios de estratégia, motricidade, organização, memória, agilidade e tempo de reação”.

Saber gerir o dinheiro, fazer compras, arrumar a despensa, fazer as lides da casa, montar puzzles e desenvolver capacidades físicas através de jogos interativos são alguns desafios dos jogos desenhados pela equipa do projeto. “A ideia é reproduzir pequenas tarefas do dia-a-dia de forma a manter a mente e o corpo ativos”, afirma Carolina Vila-Chã. O projeto prevê ainda o uso de robôs que irão incentivar a atividade física ao sugerir exercícios, ao mesmo tempo que recordarão tarefas diárias, como refeições ou a toma de medicamentos.

“Este é um exemplo do empenho do Politécnico da Guarda em colaborar com centros de dia, lares, IPSS’s, empresas e instituições de ensino superior na promoção da autonomia da pessoa idosa”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG. “O trabalho científico e o conhecimento que os docentes e investigadores do IPG têm vindo a produzir nesta matéria contribuiu para a instalação da sede da região Centro do Observatório do Envelhecimento no Instituto”.

A segunda fase do EuroAGE é financiada em quase 350 mil euros pelo Programa INTERREG VA Espanha-Portugal (POCTEP), destinando-se a verba a suportar os custos de validação e implementação da tecnologia no terreno.

 

Catarina da Silva Ferreira premiada com Bolsa de Mérito João Lopes

A Bolsa de Mérito João Lopes foi lançada em 2015 pelo Clube Escape Livre, de mãos dadas com o Instituto Politécnico da Guarda, com o propósito de homenagear e honrar a memória de João Lopes. Catarina da Silva Ferreira, pelo seu percurso académico e desempenho no Curso de Comunicação e Relações-Públicas 2019-2022, recebe a edição 2022 da Bolsa.

João Lopes foi um amigo e colaborador do Clube Escape Livre e figura de proa da cidade e região da Guarda. Desaparecido cedo demais, aliava um coração do tamanho do mundo a uma candura e amizade sem limites. João Lopes prezava o conhecimento e valorizava o empenho e o compromisso em todas as circunstâncias.

Para o homenagear e honrar a sua memória, o Clube Escape Livre criou, em 2015, de mãos dadas com o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) a Bolsa de Mérito João Lopes e há sete anos que, contraventos e pandemias, encontra um aluno de excelência para lhe entregar a bolsa que funciona como estímulo para manter o compromisso com o estudo e o conhecimento e auxiliar o começo da vida profissional.

Nesta sétima edição, a Bolsa de Mérito João Lopes, no valor de 1.500 euros, foi entregue a Catarina da Silva Ferreira na habitual cerimónia realizada no Instituto Politécnico da Guarda, onde foram distinguidos os melhores alunos das diversas áreas de ensino do IPG.

Catarina da Silva Ferreira, foi agraciada com a Bolsa de Mérito João Lopes pelo seu percurso académico e pelo desempenho no curso de Comunicação e Relações-Públicas 2019-2022, tendo recebido o prémio em seu nome o Prof. Handerson Engrácio, diretor do Curso de Comunicação e Relações-Públicas.

Juntou-se, assim, a Tatiane Pais dos Santos e Catarina Nunes Rodrigues (2015), Paula Rosa Marques (2016), Catarina Graça (2017), José Luís Correia Lopes (2018), Natacha Maria Fernandes (2019), Ana Matilde Magalhães Lopes (2020) e Mariana Lucas Neca (2021). Todos alunos de excelência mereceram ver outorgada esta Bolsa de Mérito que visa destacar o mérito e auxiliar o começo da vida profissional depois de um percurso académico de excelência.

 

Guarda recebe formação sobre Gira Volei

  Vai decorrer  uma formação sobre Gira Volei, numa organização da Federação Portuguesa de Voleibol, em parceria com a Associação de Voleibol da Guarda e o Instituto Politécnico da Guarda .

A ação decorrerá no dia 24 de novembro e contará com a presença do Diretor Técnico Nacional da Federação Portuguesa de Voleibol, Prof. Leonel Salgueiro, do Coordenador da Formação da Federação Portuguesa de Voleibol, Prof. Carlos Prata e do Coordenador Nacional do Projeto Gira Volei, Prof. João Órfão. A participação é gratuita, mas com inscrição obrigatória através do link https://docs.google.com/…/1FAIpQLScrjHPMOVttZA…/viewform

Investigadores do IPG apresentam em Turim contributos estratégicos para a rede UNITA

 A aliança UNITA reuniu em Turim investigadores das dez instituições de ensino superior, entre os quais o Politécnico da Guarda, para discutir novas estratégias de desenvolvimento baseada na sustentabilidade, na economia circular e nas energias renováveis para os seus territórios.

 Quatro investigadores do Instituto Politécnico da Guarda – IPG estiveram em Turim, entre 25 e 28 de outubro, num encontro da UNITA para apresentarem os seus contributos científicos nas áreas do envelhecimento ativo, das migrações e das energias renováveis. A UNITA é uma aliança que une instituições de ensino superior de cinco países europeus – Portugal, Espanha, França, Itália e Roménia – que têm em comum a sua localização em zonas transfronteiriças e de montanha.

Os investigadores do IPG participaram em três painéis de debate: “Migração: Cidadania Europeia e Saúde”, o qual contou com a participação do docente e investigador Pedro Gouveia da Fonseca; “População Envelhecida”, no qual participaram as investigadoras Carolina Vila-Chã e Fátima Roque; e “Tecnologias Verdes: Energias Renováveis e a Transição Verde”, que contou com a intervenção do investigador António Costa.

“Foi uma experiência muito enriquecedora! A participação neste encontroda UNITA permitiu-nos apresentar os nossos projetos de investigação e ter uma visão mais abrangente dos projetos que têm sido desenvolvidos noutros países na área do envelhecimento saudável, e que também poderão ser implementados no nosso território”, afirma Fátima Roque, docente e investigadora no IPG. “Estes dias foram também importantes para trocas de ideias entre as instituições de ensino superior no sentido de desenvolverem parcerias e apresentarem candidaturas a projetos europeus”.

A rede UNITA – Universitas Montium tem como universidades fundadoras a Universidade da Beira Interior, a Universidade de Saragoça, a Universidade de Turim, a Universidade de Savoie Mont-Blanc, a Universidade de Pau et Pays de L’Adour e a Universidade de Timisoara. O objetivo é discutir e partilhar problemas comuns que dificultam o desenvolvimento das zonas rurais, montanhosas e transfronteiriças, em que estas instituições se inserem, e ainda definir novas estratégias de desenvolvimento sustentável. Em 2021, o IPG integrou a rede UNITA, como membro associado, a convite da Universidade da Beira Interior.

 Politécnico da Guarda na UNITA 2.0

O presidente do IPG, Joaquim Brigas, e o vice-presidente, Manuel Salgado, estarão em Bruxelas de 2 a 4 novembro para uma reunião com os reitores das universidades membros da UNITA para ultimar a candidatura do IPG à UNITA 2.0. A candidatura será submetida até janeiro de 2023 pelas 10 instituições de ensino superior que serão membros da segunda edição da rede de instituições de ensino superior.

“Esta aliança de instituições de ensino superior é uma mais-valia para os nossos estudantes, docentes e investigadores porque permitirá o trabalho em rede e a partilha de conhecimentos em áreas estratégias para o ensino e para a investigação no IPG”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG. “Os trabalhos desenvolvidos através da UNITA irão contribuir para o desenvolvimento regional e para aumentar competitividade da nossa instituição”.

IPG entra na Rede Portuguesa das Universidades Promotoras de Saúde

O Instituto Politécnico da Guarda – IPG é uma das instituições fundadoras da Rede Portuguesa das Universidades Promotoras de Saúde. A adesão foi formalizada no dia 10 de outubro em Coimbra, no Convento de S. Francisco.Promover a literacia sobre saúde, a saúde no trabalho e o debate sobre saúde na comunidade académica são objetivos da nova rede académica em que o Politécnico da Guarda participa. “O IPG e a sua Escola Superior de Saúde têm o maior interesse em participar em projetos colaborativos e de troca de experiências, comparando modelos formativos e promovendo projetos científicos”, afirma o presidente Joaquim Brigas.

IP Guarda- Sessão de apresentação de uma pioneira série documental sobre o Rendimento Básico Incondicional – RBI

A sessão de apresentação de uma pioneira série documental sobre o Rendimento Básico Incondicional – RBI, promovida pelo eurodeputado Francisco Guerreiro. “RBI Um Caminho de Liberdade” é um documentário de 12 episódios em que se explora diferentes abordagens e opiniões sobre a atribuição de uma prestação a cada cidadão, independentemente da sua situação financeira, profissional e financeira, para que possa ter uma vida com dignidade.

A iniciativa terá lugar no Auditório Carreira Amarelo, na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG, no dia 19 de setembro às 9:30. A participação é gratuita, mas a inscrição é obrigatória em www.politecnicoguarda.pt.

Politécnicos são importantes motores de desenvolvimento

A mudança de nome e a possibilidade na atribuição do grau de doutor neste subsistema são alterações há muito almejadas e contribuem para o reforço da coesão territorial   

Em comunicado, o SPZC, refere que: As alterações que têm vindo a público sobre o subsistema Politécnico de Ensino Superior, no contexto do Regime Jurídico das Instituições Ensino Superior (RJIES), são fundamentais para o reforço do papel que estas instituições detêm nas geografias em que se localizam e a que pertencem.

O SPZC considera importante a iniciativa da mudança do nome dos Institutos Politécnicos para, por exemplo, Universidades Politécnicas. É uma mais-valia no contexto europeu e internacional, captando mais estudantes estrangeiros, e é uma forma de se eliminar o estigma deste subsistema de ensino junto de alunos e famílias. Merece igual referência positiva a possibilidade de este subsistema de ensino superior poder atribuir o grau de doutor.

Continuamos a aguardar pela remarcação da reunião no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a qual foi adiada a pedido do Ministério, onde pretendemos apresentar as nossas propostas, tendo por objetivo a resolução dos problemas específicos que vivem os docentes das Universidades e dos Politécnicos.

Pretendemos negociações com resultados e vencimentos valorizados 
De âmbito mais geral, as reuniões com o Ministério da Educação (ME) têm decorrido, até agora, com muita elevação e rigor institucional. De qualquer forma, e não pondo em causa essa postura, necessitamos que os encontros possam ter resultados palpáveis e concretos que permitam ultrapassar as muitas fragilidades que continuam a afetar docentes e escolas.

A falta de resposta do Governo ao galopar da inflação, mas também o problema grave da desvalorização dos salários e das pensões, preocupam-nos de sobremaneira. A inflação, refira-se, raia este momento os 9% e tem tendência a escalar. A Administração Pública, recorde-se, teve apenas um aumento de 0,9%. A acrescer a isto, o primeiro-ministro falou no aumento de 20% do salário médio ao longo da legislatura, responsabilizando o sector privado, as empresas, para o cumprimento desta meta. É caso para dizer que António Costa deverá dar o exemplo no sector de que é responsável, a Administração Pública. A palavra dada deverá ser respeitada.

IPG vai utilizar plantas da Serra da Estrela para prevenir e tratar diabetes

O Instituto Politécnico da Guarda – IPG vai utilizar produtos naturais derivados de plantas do Parque Natural da Serra da Estrela – PNSE para desenvolver suplementos alimentares capazes de prevenir e tratar a diabetes, doença que afeta mais de um milhão de pessoas em Portugal. O projeto Pharmastar – que acaba de receber o financiamento do programa Promove – será desenvolvido em colaboração com o Instituto Superior Técnico – IST e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa – FFUL. A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal – APDP irá colaborar nos ensaios a realizar para aferir a viabilidade das novas formulações.

“A diversidade botânica do PNSE ainda está pouco estudada, mas trata-se de um ecossistema natural rico em compostos bioativos com elevado potencial antidiabético”, afirma Luís da Silva, investigador responsável pelo projeto no IPG. “Vamos desenvolver formulações de base natural para serem colocadas no mercado, utilizando princípios bioativos de plantas endógenas da Serra da Estrela. Serão utilizados como excipientes, agentes de libertação modificada obtidos de extratos e fitoquímicos da bolota do carvalho, sobreiro, azinheira e da própolis, uma substância resinosa recolhida das abelhas com propriedades antibacterianas”.

Para além do Centro de Potencial e Inovação de Recursos Naturais (CPIRN) do IPG, fazem parte do Pharmastar os centros de investigação CERENA do IST e iMed da FFUL. “O CPIRN através da experiência adquirida pelos seus investigadores e projetos irá aplicar a tecnologia desenvolvida na produção de biomateriais e nanosistemas neste projeto. Os compostos bioativos serão encapsulados nestes sistemas para uma entrega mais controlada e direcionada potenciando  os seus efeitos terapêuticos”, afirma Paula Coutinho, coordenadora do CPIRN.

“Os laboratórios do IPG estão dotados de investigadores altamente qualificados que têm procurado apresentar respostas eficazes a desafios da sociedade e do mercado. Este projeto, por exemplo, será uma resposta a necessidades de saúde da população, valorizando em simultâneo os recursos naturais do Parque Natural da Serra da Estrela”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.

O IST irá efetuar o mapeamento das plantas do PNSE, com recurso a drones e outras ferramentas. Paralelamente, será efetuada uma recolha de várias plantas para a preparação de extratos enriquecidos em compostos bioativos. Os investigadores do IPG da área de biotecnologia e farmácia irão elaborar ensaios com diferentes plantas, para definir as que têm maior potencial antidiabético e fazer a caracterização dos compostos bioativos. A FFUL desenvolverá também as fórmulas sólidas com base nos extratos de planta e polímeros naturais com potencial antidiabética. Seguir-se-ão os ensaios in silico (com recurso a simulações em computador), em animais e em humanos, com apoio da APDP.

Segundo o investigador do IPG, as plantas são uma das principais fontes de compostos naturais, os quais têm sido cada vez mais utilizados em medicamentos para o tratamento de vários tipos de cancro, doenças infeciosas, doenças cardiovasculares, esclerose múltipla, diabetes, entre outras. “Apresentam caraterísticas que os distinguem de produtos farmacêuticos mais convencionais, sendo desenvolvidos com base em princípios ativos obtidos a partir de síntese química ou biológica com extensivos processamentos”, afirma Luís da Silva.

O Pharmastar terá um orçamento de mais de 300 mil euros, em parte financiado pelo programa Promove da Fundação “la Caixa”, uma parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia destinada à dinamização das regiões do interior de Portugal.