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Avisos e Liturgia do VI Domingo da Páscoa – ano B

Se fizermos uma leitura contínua do Novo Testamento, a partir do livro dos Actos dos Apóstolos e das Cartas de São Paulo, veremos como o Evangelho, ou seja, a Boa Nova de Jesus, vai fortalecendo as novas comunidades cristãs, e como vai gerando uma nova maneira de pensar e de viver que são, sem dúvida, fruto da acção do Espírito Santo. Na primeira leitura, Cornélio recebe Pedro em sua casa, prostrando-se a seus pés. Mas Pedro disse-lhe: “Levanta-te, que eu também sou um simples homem”. Podemos ver como o evangelho convida a derrubar fronteiras: Deus acolhe todo aquele que acredita Nele e faz o bem, qualquer que seja a sua nacionalidade. São provas de como o Cristianismo foi promotor de uma nova cultura e de novas relações humanas, como também de uma nova maneira de entender Deus. Tom Holland escreveu um livro sobre a história do cristianismo para afirmar “a fascinante história de como a revolução cristã mudou o mundo. É importante darmos conta de que, ao longo da história da humanidade, seguir Jesus originou mudança de mentalidades e de comportamentos, à luz dos valores do Reino de Deus. Pessoas e movimentos, instituições e concílios, como o último Concílio Vaticano II, foram impulsos do Espírito Santo que marcaram a história. O texto evangélico deste Domingo é a continuação do trecho do Domingo passado. Depois da imagem da cepa e dos ramos, Jesus desafia os discípulos a viverem o “mandamento do amor”. Amar como Deus ama é a revolução que pode mudar o mundo Sabemos que, frequentemente, são necessárias estratégias para desenvolver o mundo, ou seja, dinâmicas, planos, directrizes… também na Igreja necessitamos de concílios, assembleias, sínodos, planos pastorais. Mas todas estas estratégias têm de ter “alma”, porque, de outra forma, convertem-se em meras estruturas, mais ou menos organizadas. Esta “alma” é a caridade. São João, na segunda leitura, é ainda mais contundente: “quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Deus escolhe-nos para darmos fruto. Só amando entenderemos quem é Ele e quem nós somos. Amando, reencontramo-nos connosco próprios, descobrindo que a fonte deste amor que vivemos é o próprio Deus. Somos escolhidos pelas suas mãos para, na sociedade de hoje, darmos um fruto que dure para sempre. Somos seus amigos, não seus servos. E porque somos seus amigos, da sua família, deu-nos a conhecer tudo o que ouviu a seu Pai. Há uma frase surpreendente no texto evangélico deste domingo: “disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”. Jesus relaciona o amor com a alegria. Amar faz-nos alegres. O ódio fecha-nos a Deus e aos outros. Habitualmente, dizemos que a sociedade actual está muito triste, que necessita de suplementos como o consumo impulsivo ou as drogas, ou qualquer outro aliciante para ser feliz. Amar gera alegria. Cristãos alegres são a melhor expressão viva do mandamento do amor. A alegria da ressurreição do Senhor, que celebramos pela Páscoa, estimula-nos a viver alegres, porque a nossa esperança não é fortuita, nem uma promessa vazia de conteúdo. A nossa alegria é a expressão de se ter descoberto que o reino de Deus já está presente entre nós. É uma alegria plena, não efémera, uma alegria que permanece no nosso íntimo e nos conforta nos momentos difíceis e nos momentos de provação. Sintamo-nos herdeiros deste mandamento de Jesus e chamados a vivê-lo. É uma grande alegria. É motivo de acção de graças. “Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi…O que vos mando é que vos ameis uns aos outros”.

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

05-05-2024

paroquiasagb

Leitura Espiritual

A caridade do cristão

Tu és cristão pela caridade e para a caridade; por nada mais e para nada mais. A caridade é mais do que o necessário para existir, mais do que o necessário para viver, mais do que o necessário para agir; A caridade é a nossa vida transformada em vida eterna. Quando abandonamos a caridade, abandonamos a nossa vida. Um acto desprovido de caridade é uma morte súbita, um acto de caridade é uma ressurreição imediata. Não podes fabricar a caridade: tens de a receber. A caridade imperfeita é um dom incompletamente recebido; a caridade perfeita é um dom completamente recebido. A caridade é gratuita na mesma medida em que é necessária. Não se ganha como quem ganha um concurso. Ganha-se desejando-a, pedindo-a, recebendo-a, transmitindo-a. A caridade não se aprende, vai-se conhecendo a pouco e pouco, à medida que se conhece a Cristo. É a fé em Cristo que nos torna capazes de caridade; é a vida de Cristo que nos revela a caridade; é a vida de Cristo que nos mostra como havemos de desejar, pedir e receber a caridade. É o espírito de Cristo que nos torna vivos na caridade, activos pela caridade, fecundos na caridade. Todas as coisas podem servir à caridade. Sem ela, tudo é estéril, principalmente nós próprios. (Venerável Madaleine Delbrêl, 1904-1964, missionária das pessoas da rua, «Viva a liberdade»).

http://www.liturgia.diocesedeviseu.pt/

 

Programação de Celebrações e Missas da Semana de 07 a 12 de maio da Unidade Pastoral P. Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.

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