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Cultura

La Vie -Guarda-Campanha “Viatura Go Green”

De 08 abril a 06 de maio de 2024, o La Vie tem a decorrer a campanha “𝗩𝗶𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗚𝗼 𝗚𝗿𝗲𝗲𝗻”, que consiste em premiar com uma 𝘃𝗶𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮 𝟭𝟬𝟬% elétrica, o Convidado que tiver registado o maior número de faturas durante o período total da campanha.

Para se habilitar deverá efetuar compras de valor igual ou superior a 30€, no período de 08 abril a 06 de maio de 2024 e registar-se na plataforma da campanha que poderá aceder a partir do site La Vie Guarda.

Mais informações no site: https://guarda.lavieshopping.pt/

Inauguração do 8º Festival Literário dos ELOS em Nelas

A Biblioteca Municipal António Lobo Antunes recebeu a Inauguração do 8º Festival Literário dos ELOS, iniciativa que resulta de um trabalho de parceira entre Câmara Municipal de Nelas, Rede de Bibliotecas de Nelas, Fundação Lapa do Lobo e Agrupamentos de Escolas Canas de
Senhorim e de Nelas.

Joaquim Amaral, Presidente da Câmara Municipal, deu as boas-vindas a todos os presentes, salientando que durante 10 dias, Nelas, Coração do Dão, vai ser palco de um programa extramente rico que oferece atividades diversificadas para todos os gostos e idades, sempre com o objetivo de reforçar o prazer pela leitura e pelos livros. Porque uma iniciativa desta envergadura é sempre uma mais valia em termos culturais para atrair visitantes extra-concelho, o Presidente salientou que “Este é um primeiro passo de alargar o Elos à região e, o objetivo é chegarmos à nossa 10.a edição com o festival literário em registo nacional”. O edil destacou também a temática desta edição “À Volta de António Lobo Antunes”, uma merecida homenagem e esta figura incontornável da literatura nacional que dá nome à Biblioteca Municipal, e cujas Crónicas retratam saudosamente os momentos felizes que passou, durante a sua infância e juventude, em Nelas na casa dos avós maternos.

Seguiu-se uma encenação pelas Alunas da Universidade Sénior, Vilar Seco, que deram, de uma forma intimista e envolvente, deram vida a uma Crónica de Lobo Antunes, merecendo os aplausos de todos os presentes. A manhã contou ainda com abertura ao público da Exposição “Pelas Memórias
de António Lobo Antunes”, alusiva às muitas vivências e memórias de Lobo Antunes em Nelas, e que depois dos ELOS segue, em regime de itinerância, para as Bibliotecas Municipais dos 14 Municípios da CIM Viseu Dão Lafões.

Destaque ainda para os Leitores de Fraque, que vão andar, durante todo o evento, a “cobrar” as dívidas de leitura aos mais distraídos, e para o Feira do Livro que até 20 de abril pode ser visitada na Biblioteca Municipal António Lobo Antunes, Nelas, e na qual podem ser adquiridos livros de diversas editoras com descontos até 10%.

Os ELOS de leitura também vistam as escolas com um programa organizado para a COMUNIDADE ESCOLAR, constam os Encontros com os Autores André Pereira, Isabela Figueiredo e Ana Filipa Correia, a animação “Histórias Cantadas”, o espetáculo “Palavreando” pelos Mochos no Telhado, e o espetáculo para crianças, “Livros?! Não!”, atividades que serão uma mais valia para os nossos alunos na sua contínua descoberta pelo mundo da escrita e da leitura, e no seu crescimento tanto académico como pessoal.

As atividades dos ELOS continuam “Fora de Horas”, até ao fim do mês de maio, nos Agrupamentos de Escolas do Concelho, com a Apresentação de Catálogo do Museu do Falso que irá dar a conhecer aos alunos os “artefactos e documentos históricos” deste espaço museológico composto exclusivamente por um acervo proveniente de criadores contemporâneos que subordinam as suas criações à premissa e conceito de “Simulacro”: E se um determinado evento tivesse ocorrido de modo diverso ao que efetivamente se verificou?

Fotos:MN

Marco Madeira é o novo Adjunto de Comando nos Bombeiros Pinhelenses

Teve lugar a cerimónia da tomada de posse do novo Adjunto de Comando dos Bombeiros Pinhelenses, Marco Madeira, que assim compõe o elenco juntamente com o Comandante Ricardo Monteiro.

Assim uma cerimónia, com uma sala cheia, com a presença de entidades dos bombeiros a nível distrital, entidades municipais e direção e bombeiros e familiares.

Desta forma, o Quadro de Comando ganhou mais um elemento, para a gestão deste corpo de Bombeiros , que tem como presidente Ricardo Avelãs Nunes.

Fonte:BVP

Artigo de opinião-Comemoração do 25 abril” ou “Comemoração dos 50 anos de democracia”?

Comemoração do 25 abril” ou “Comemoração dos 50 anos de democracia”?

Ao longo de 50 anos tivemos uma esquerda que associou o dia da revolução, a imagem do cravo, a cor vermelha com a simbologia partidária…O PCP e PS fizeram-no de forma ardilosa com uma eficaz estratégia de marketing político como se a conquista pela democracia fosse exclusividade da esquerda…

A direita democrática recusou durante o PREC várias abordagens quase diárias da extrema direita de realizar “golpes de estado” e com exceção dos livros de memórias dos protagonistas da altura, este fato foi apagado da História pela esquerda e pela extrema esquerda.

A meu ver, este ano de 2024 comemoramos a mudança de uma ditadura para uma democracia que não se fez apenas no dia da revolução. Todo o processo que durou após o 25 de Abril e que só acabou com a extinção na década de 80 do conselho da revolução composto por militares que governaram em simultâneo com governos eleitos é que confere o término de um processo em que evitou uma ditadura comunista, uma guerra civil permitindo o triunfo das forças moderados mesmo com a dor 8nfligida à direita pelo assassinato dos seus líderes, Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa.

Mas a operação de marketing da esquerda continua de boa saúde e constatamos que o slogan da esquerda de “Comemoração do 25 de Abril”, se sobrepõe ao slogan que deveria ser o correto de “Comemoração dos 50 anos de democracia”.

Será curioso verificar quais é que serão as opções das diferentes entidades publicas em Portugal (Assembleia da República, autarquias, Presidência da República, etc…).

Optarão pela “Comemoração do 25 de Abril” ou pela “Comemoração dos 50 anos da Democracia”?

Espero a bem de Portugal que seja pela segunda…

Paulo Freitas do Amaral

Quartel do Carmo aberto ao Público

A Guarda Nacional Republicana informa que, no âmbito do seu 113.º aniversário, abriu até ao dia 12 de maio, as suas portas ao público, no Quartel do Carmo (Largo Carmo – Lisboa) numa iniciativa que integra também o Plano Nacional das Comemorações dos 50 anos da Revolução de “25 de Abril de 1974”.

Com entrada gratuita, a Guarda abre as portas do Quartel do Carmo ao público, de segunda-feira a sábado e feriados, com a possibilidade de visita a espaços icónicos do Quartel, ao Museu da Guarda e acesso a uma exposição temporária intitulada “A GNR no 25 de Abril”. O Museu estará aberto entre as 10H00 e as 18H00 horas (última entrada às 17:30).

Os restantes espaços, tais como os espaços do corredor D. Nun’Álvares, Salão Nobre, gabinetes do Comando e varanda sobre o Rossio estarão abertos ao público das 10H00 às 17H30 horas (última entrada às 16H30).

Nos dias úteis, o acesso à varanda panorâmica sobre o Rossio estará limitado entre as 16H00 e as 17H00 horas (última entrada às 16H30).

As visitas guiadas para grupos, especialmente para escolas e outras coletividades, irão realizar-se no período 10h30 e 14h30, de segunda-feira a sexta-feira e com um número máximo de 25 pessoas e mínimo de 10 pessoas. Estas são condicionadas e sujeitas a marcação prévia através do e-mail museu@gnr.pt.

4134 alunos envolvidos na valorização da economia circular

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro) promove  no dia 11 de abril, a Grande Final da terceira edição do Concurso Regional Centro Circular. A cerimónia de entrega dos prémios aos vencedores realiza-se às 14.30h, nas instalações do TUMO Coimbra.

Este concurso consiste num jogo online, https://www.centrocircular.pt/ ​, criado pela CCDR Centro em parceria com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares-DSR Centro, que tem como objetivo promover os conhecimentos sobre economia circular junto da comunidade escolar da região Centro.

Os principais destinatários são os alunos do 2º e 3º Ciclos das Escolas dos 100 municípios da região.

Para Isabel Damasceno, presidente da CCDR Centro, «o balanco da 3.ª edição do Concurso Centro Circular é muito positivo. Estiveram ativamente envolvidas 77 escolas da região e um total de 4134 alunos (1007 do 2º ciclo e 2748 do 3º ciclo) e 186 professores. Durante toda a competição foram criados mais de 6000 jogos de tabuleiro, o que comprova o sucesso na utilização da gamificação como estratégia de disseminação e divulgação de conteúdos sobre economia circular».

A edição deste ano desenvolveu-se em duas fases, comportando assim algumas alterações face às edições anteriores no que respeita ao apuramento dos resultados dos alunos. A primeira fase, aberta a todas as escolas da região pelo período de 30 dias, decorreu de 15 de fevereiro a 15 de março de 2024 e permitiu determinar o TOP 10 em cada um dos ciclos a concurso, cujos alunos passaram à fase seguinte – Grande Final – em que serão apurados os vencedores desta terceira edição.

Programa
14h30: Boas vindas
15h00: Entrega do prémio à Escola Vencedora
15h10: Entrega dos prémios aos Professores Vencedores
15h20: Entrega de prémios aos Alunos Vencedores – 2.º e 3.º ciclo
15h45: Encerramento da Sessão Isabel Damasceno, Presidente CCDRC, I.P.
Local: TUMO Coimbra: Largo do Mercado Municipal D. Pedro V- Coimbra

Festival Gouveia Art Rock 2024 já esgotado

Grandes nomes em Gouveia

O melhor Festival de Música Progressiva da Europa regressa a Gouveia, entre os dias 03 e 05 de maio de 2024, garantindo aos entusiastas do prog rock, concertos memoráveis e uma verdadeira celebração cultural.

O Gouveia Art Rock é uma organização do Município de Gouveia, em parceria com a Orquestra Ligeira de Gouveia, e transformou-se, nos últimos anos, num Festival de referência da música progressiva à escala mundial.

Trata-se de um evento totalmente pioneiro em Portugal, sendo o único evento dedicado ao rock progressivo (também abreviado para prog rock ou simplesmente prog), um estilo de música rock com influências da música clássica e do jazz, que surgiu no fim da década de 60 em Inglaterra.

Para esta 17ª edição foi preparado um cartaz, que marcará, indelevelmente, o Festival, após 4 anos de interregno, mantendo a qualidade habitual, com uma aposta forte na nova geração de músicos da Música Progressiva mundial e os grandes nomes que construíram a história do Rock Progressivo.
Assim de 3 a 5 de maio o Festival retorna, mantendo o mesmo figurino quanto a espaços e atividades.

O cartaz do Festival Gouveia Art Rock terá no seu alinhamento Hedvig Mollestad Trio (Noruega), Gryphon (Inglaterra), Seven Impale (Noruega), Imthemorning (Russia), Kadri Voorand & Mihkel Mälgand (Estónia), Ketil Bjørnstad (Noruega), Gong (Inglaterra), Syndone (Itália), David Cross Band (Inglaterra) e Steve Hogarth (Inglaterra).

Para além dos concertos realizados no Teatro Cine de Gouveia, o Festival contempla, também, atividades culturais abertas à comunidade, como a cerimónia de abertura, no dia 03 de maio, pelas 19h00, nos Paços do Concelho, com um solo da pianista da Estónia Kadri Voorand. No dia 05, pelas 11h00, na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, decorrerá um debate moderado por Thomas Olsson, (Universidade de Lund, Suécia), com a participação de músicos e críticos presentes no festival e, pelas 17h00, na Igreja de São Pedro, terá lugar um recital do pianista norueguês Ketil Bjørnstad.

Paralelamente, o Festival contará ainda com outras atividades, nomeadamente, a Feira do Disco, Cartaz, Memorabilia e Merchandising, nas Galerias do Teatro Cine, onde também estará patente uma Exposição Fotográfica alusiva ao Gouveia Art Rock, bem como uma instalação sonora, da Estrutura Sonoscopia, denominada Phobos – Orquestra Robótica Disfuncional.

Agenda cultural do TMG nesta semana

Vai ter lugar, no TMG, na Guarda,  no 12/04, pelas  22h00, com Entrada Gratuita

| Música | 90m | Café Concerto | M/6

PING FLOYD – TRIBUTO A PINK FLOYD

Há bandas e bandas. E depois… os Pink Floyd. Marcaram gerações com o seu rock progressivo e continuam a recrutar seguidores por todo o mundo. Canções como “Another Brick in the Wall”, “Comfortably Numb” e “Wish00You Were Here” fazem parte da banda sonora da sua vida? Por tudo isto e muito mais, seis brilhantes músicos uniram esforços para lhe proporcionar a mais completa experiência de tributo aos Pink Floyd: covers fiéis com efeitos synth, saxofone e várias guitarras.

13/04 | 11h00 | Entrada Gratuita | Música | 50m | Sala de ensaios | M/3 | Lotação: 30 bebés com 2 acompanhantes | Inscrições na bilheteira do TMG ou em bilheteira@tmg.com.pt

CRASSH BABIES 2.0 – Música para Bebés

CRASSH é um projeto vencedor de vários prémios nacionais e internacionais. CRASSH Babies apresenta a sua vertente para bebés e suas famílias que nesta versão 2.0 sucede ao sucesso da sua antecessora que já circulou por dezenas de salas e festivais de Portugal e Espanha. Nesta versão explora o ambiente e rotinas dos bebés e seus papás no quarto de banho, mantendo- se fiel à sua combinação única de percussão, movimento e comédia visual.

13/04 | 21h30 | Entrada Gratuita | Dança | 60m | Pequeno Auditório

AS PALAVRAS NÃO DITAS

COMPANHIA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA DE ÉVORA

“As Palavras Não Ditas” é um espetáculo que teve a sua estreia original há 19 anos no CCB pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora, sendo que agora a coreógrafa Nélia Pinheiro, remonta a obra – com estreia nacional no TMG – para assinalar as Comemorações dos 50 anos do 25 de abril.

Foto:TMG

Gouveia- Exposição-“Uma coisa nunca vista: João Abel Manta Artista Revolucionário”

Os cartoons e cartazes de João Abel Manta, o mais relevante produtor de imagens no contexto revolucionário, vão estar patentes no Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, em Gouveia, de 25 de abril a 01 de setembro.
A exposição “Uma coisa nunca vista: João Abel Manta artista revolucionário” reúne o portefólio gráfico e ilustrações do artista numa exposição temática que celebra os 50 anos do 25 de Abril através da iconografia visual associada às campanhas informativas e ilustrações criadas pelo artista entre 1974-1975.
A exposição “Uma coisa nunca vista: João Abel Manta artista revolucionário” poderá ser visitada a partir do dia 25 de abril, no Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, enquadrada no âmbito das comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril em Gouveia.
A exposição dividir-se-á em quatro áreas temáticas: Resistência, Revolução, Memória e Portugal e será a primeira a exibir a obra gráfica de João Abel Manta em torno do eixo da Revolução portuguesa de 1974-75, não se cingindo apenas ao que o artista (nascido em Lisboa em 1928) produziu entre o final de abril de 1974 e o final de novembro de 1975, mas mostrando ainda obra posterior e a obra anterior a 1974 que expressava (e anunciava) o espírito indiscutivelmente contestatário (e revolucionário) de João Abel Manta.
Num conjunto de mais de duas centenas de peças provindas, para além do acervo do Museu Abel Manta, das reservas do Museu de Lisboa e de casa do artista (após uma operação de recuperação de desenhos considerados perdidos e de organização do seu arquivo negligenciado por uma das suas netas, Mariana Manta Aires), o visitante encontrará, além de famosos desenhos e cartazes, verdadeiras surpresas, como uma seleção de desenhos feitos durante os dias passado na prisão de Caxias, em 1948 (nunca antes expostos) e uma série de documentos relativos ao trabalho do artista durante os dias quentes do PREC.
A acompanhar as peças de arte gráfica e plástica, estarão exemplares da imprensa periódica e não-periódica nacional e estrangeira onde o trabalho de João Abel Manta foi sendo impresso ou reproduzido. Serão também exibidas curtas e médias metragens relevantes para o contexto da obra gráfica de João Abel Manta exposta, como a Revolução de Ana Hatherly (1975), Pintura colectiva de Manuel Costa e Silva (1975), A noite saiu à rua de Abi Feijó (1988), O menino crescido que gostava de partir loiça (1992) e A torre de João Abel Manta, o imaginador de Laurent Filipe (ante-estreado na Fundação Calouste Gulbenkian em dezembro de 2022).
A organização destas peças oferecerá a quem as visite um percurso por uma parte da obra de João Abel Manta que prova que ele foi, muito antes de 1974, um artista já plenamente revolucionário, lançando do seu estirador uma “revolução silenciosa” (como escreveu Osvaldo de Sousa) no país vigiado de Salazar e seus continuadores.
Comissariada por Pedro Piedade Marques, a exposição “Uma Coisa Nunca Vista: João Abel Manta Artista Revolucionário” foi organizada exclusivamente para o Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta. A exposição será inaugurada no próximo dia 25 de abril e poderá ser apreciada até ao dia 01 de setembro de 2024.

Festival Poesia e Música em Foz Côa

De 23 a 27 de abril todos os caminhos da poesia e música vão dar a Vila Nova de Foz Côa.

Nesta edição duplamente comemorativa, pelos 40 anos da fundação do festival mas também pelas cinco décadas desde a Revolução dos Cravos, o festival literário mais
antigo do país conta com um dia extra de programação, num total de 38 iniciativas que vão desde sessões escolares a exposições, leituras a performances que combinam a
música e o teatro, apresentações de livros e, a mais recente novidade, um Comboio Literário.

Partindo da Estação de S. Bento, no Porto, e com direção ao Pocinho, o Comboio Literário atravessa toda a paisagem do Douro, classificada pela UNESCO como Património Mundial, até chegar a Vila Nova de Foz Côa, dando assim o mote ao arranque do festival. Falamos de uma viagem com leituras de poesia, numa comitiva de um total de 22 alunos do Balleteatro do Porto, que estarão devidamente acompanhados pelo corpo docente, mas também pelo ator Rui Spranger e pelo músico Blandino Soares numa performance que pretende evocar alguns dos maiores nomes da poesia portuguesa.

Nas palavras de Jorge Maximino, fundador e Diretor do Festival, o reforço da programação de sessões para a comunidade escolar “é reflexo de uma aposta no público jovem, claro, mais intenso este ano porque se trata de uma edição especial que vai assinalar a celebração de 40 anos da fundação do Festival em convergência com a comemoração do 25 de Abril, por um lado.

Por outro, é também uma forma de tornar mais diversificado e atrativo o programa, na continuidade do que tem sido feito na última década, para consolidação desse público bastante heterogéneo, essencial para o futuro do Festival, sensibilizando e mobilizando de forma ativa estudantes, professores e toda a comunidade.”

O Festival de Poesia e Música de Foz Côa reforça, uma vez mais, o seu caráter multidimensional, pela abrangência de várias artes, debates sobre estética, temas sociais e pela
aproximação à pedagogia, fruto da colaboração com o Agrupamento de Escolas do Município, sendo inaugurada na Biblioteca escolar uma exposição sobre “Poetas da Liberdade”. As sessões escolares, que acontecem a 23, 24 e 26 de Abril, incluem iniciativas com autores como Francisca Camelo, Miguel Serras Pereira, Maria João Cantinho, Fernanda Botelho ou o diseur Poeta da Cidade. Adicionalmente, e em homenagem às quatro décadas festival, os estudantes do Ensino Secundário vão dinamizar um momento simbólico, plantando quatro árvores no jardim da escola depois de uma sessão de leitura de poemas. Como retrospectiva do festival haverá, ainda, uma exposição de 8 imagens com painéis interativos que relembram alguns dos momentos icónicos das várias edições.

Rosa Alice Branco, Fernando Pinto do Amaral, Pedro Mexia, Fernando de Castro Branco, João Rasteiro e vários poetas angolanos, como Zetho Gonçalves e David Capelenguela, dos maiores do seu país, integram a programação, entre as várias sessões de poesia e mesas de debate ao longo do festival. Entre conversas, apresentações de livros, leituras e sessões de autógrafos, destaque para o espetáculo “Pinguim Fora de Portas” que recria em palco o hábito das segundas de leitura no espaço Pinguim, no Porto, que há mais de 30 anos leva a poesia ao público.

No dia 25 de Abril estarão em destaque três poetas de língua portuguesa numa sessão de tributo conjunta, Tributo a Três Poetas da Liberdade, António Ramos Rosa, António Jacinto e Agostinho Neto, com o testemunho vivo de José Luandino Vieira, além de espetáculos musicais, num dia carregado de simbolismo. Na área da performance, Diogo Divagações, ator e diseur de poesia vai ocupar a Praça do Tablado e Mercado, durante a manhã, com a declamação de poemas sobre a Liberdade.

No campo da música, os destaques vão para a conversa-concerto com a cantora e compositora Rita Redshoes no dia 24, os concertos de Chalo Correia, dia 25, e de Azar Azar & Maze (rapper do coletivo Dealema, pioneiros do Hip Hop nacional, que aqui se apresenta num formato de spoken word e jazz) no dia 26, e, a fechar o festival, uma conversa-concerto com a voz da soul nacional, Marta Ren. Todos os espetáculos têm início às 21h30 e têm entrada livre, limitada à lotação da sala. A programação integra ainda as performances dos estudantes do Balleteatro do Porto e leituras a partir do livro de poesia de Daniel Filipe “A invenção do amor”; do AQUILO Teatro, que nos apresenta uma seleção de poesia de autores da Guarda.

Durante todo o festival, e em simultâneo com a programação, que ocupa maioritariamente o Pequeno e Grande Auditórios do Centro Cultural de Foz Côa, decorre uma Ação de Formação para docentes e a habitual Feira do Livro de Poesia promovida assegurada pela Snob Livraria e Editora, onde é possível adquirir alguns exemplares da obra dos autores presentes, entre outros.

O Festival de Poesia e Música de Foz Côa é organizado pela SOMA – Associação de Arte e Cultura, em parceria com o Município de Vila Nova de Foz Côa, patrocinador principal do evento.

Conta com a colaboração especial do Agrupamento de Escolas do Concelho de Vila Nova de Foz Côa, do Balleteatro do Porto, da CP-Comboios de Portugal, da parceria científica com CLEPUL da Universidade de Lisboa e da Cátedra Mário Cesariny da Universidade das Ilhas Baleares.