O Município de Gouveia iniciou , neste sábado, o programa das comemorações do 40º aniversário do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta.
O Município de Gouveia assinalou, no dia de hoje, 15 de fevereiro os 40 anos do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta (MMAMAM).
O programa celebrativo iniciou com uma sessão protocolar, encetada pelo Presidente da Assembleia Municipal, Gil Barreiros, que após cumprimentar os presentes, referiu que “hoje é um dia grande … porque temos a capacidade de reviver e fazer viver a memória. Um momento grande para Gouveia, pois não há muitas terras que se possam orgulhar de ter um alfobre tão grande de pessoas enormes, de pessoas reconhecidas nacional e internacionalmente nas várias áreas da cultura. Abel Manta, para além de termos a sorte de ter nascido em Gouveia, é uma figura que marcou um momento cultural do país e o espólio que aqui está é prova disso.”
Após a intervenção do Presidente da Assembleia Municipal, Margarida Noutel, diretora do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, apresentou a programação cultural comemorativa dos 40 anos do museu, que vai decorrer de fevereiro de 2025 a fevereiro de 2026.
Assim, começou por referir-se à exposição que hoje foi inaugurada “Traços inconconformes” de Osmani Simanca, passando para a Exposição “Bonecos para o Povo – João Abel Manta Artista Revolucionário, que estará patente, entre os dias 24 de abril e 25 de maio, na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, “no âmbito do protocolo celebrado entre o Município de Gouveia e a SNBA, onde João Abel Manta e seus pais expuseram e que juntará peças do Museu de Lisboa, peças pertencentes ao acervo deste Museu Municipal, e peças pertencentes às coleções privadas do próprio João Abel Manta, de Pedro Piedade Marques, Maria João Gonçalves, Jorge Silva, Arlete Alves da Silva e Manuel Brito.”
A exposição seguinte acontecerá entre 08 de agosto e 05 de outubro e contemplará as obras selecionadas no âmbito do concurso ao Prémio Abel Manta de Pintura 2025, “que desde 2007, presta homenagem ao pintor Abel Manta e acolhe e divulga a pintura de artistas contemporâneos e contribui para a ampliação do acervo do museu”.
A partir de 15 de novembro até ao dia 04 de janeiro, poderá ser visitada a “Leveza de não ser”, exposição de pintura de Fátima Teles, que Margarida Noutel considera como “uma artista visual, que trilha os caminhos do abstracionismo e já foi distinguida, em 2019, com o Prémio Abel Manta de pintura”.
“Para terminar o programa de exposições, teremos o reencontro do público com três paisagens, três pinturas naturalistas, com assinatura de Tomás José da Anunciação (1818-1879), Artur José de Sousa Loureiro (1853-1932) e José Júlio de Souza Pinto (1856-1939) e espólio do Novo Banco Cultura.”
Na sequência da doação da obra “retrato de clara” de 1956, ao museu por Clara Frazão Lopes, a Diretora do MMAMAM fez o respetivo reconhecimento público da pintura a óleo que a partir de hoje, irá fazer parte do acervo do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta.
Seguidamente, O arquiteto Paulo Borges, da empresa PLATAFORMArq, procedeu à apresentação do estudo prévio do projeto de Reabilitação com ampliação do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta.
O Presidente da Camara Municipal de Gouveia, Luís Tadeu, pronunciou-se de seguida, dizendo que “o programa apresentado hoje, por um lado a propósito da programação dos 40 anos do Museu, com a apresentação do projeto de ampliação e requalificação deste espaço, de forma a poder acolher, mais convenientemente, este espólio fantástico e com a doação deste retrato produzido por Abel Manta, permitirá que fiquemos todos muito mais ricos.”
As intervenções culminaram com a apresentação da exposição “Traços inconformes” de Osmani Simanca, que estará patente no Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta até dia 27 de abril de 2025. O autor de origem cubana, a residir atualmente no concelho de Gouveia, começou por dizer que é “uma grande honra e uma enorme responsabilidade mostrar os meus cartoons, tendo em conta a antológica exposição que tivemos neste espaço no ano passado, “Uma Coisa Nunca Vista” do Mestre João Abel Manta”, convidando depois os presentes a acompanharem-no numa visita guiada pela exposição dos seus cerca de 70 cartoons.
As obras foram apresentadas por áreas temáticas abordando temas como: Redes sociais, Política, Caricaturas, Extrema direita, Europa, Emigrantes, Religião, Covid-19, Futebol e Meio ambiente, onde o artista propõe a sua visão pessoal da atualidade e o seu humor, tantas vezes corrosivo.