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Religião

Avisos e Liturgia do XXVI Domingo do Tempo Comum – ano B

 

CHAMOU OS QUE ELE QUERIA

Jesus dirige-se, com os seus discípulos para a cidade de Jerusalém. E nesta viagem, ia ensinando claramente os discípulos (Mc 8,32). Se no Domingo passado, os discípulos ficaram incomodados e calados, depois de terem discutido sobre qual deles era o mais importante, agora, um dos Doze, João, toma a iniciativa e espera encontrar complacência em Jesus, quando denuncia a acção de alguém que se vale do Seu nome para expulsar demónios, apesar de não pertencer ao grupo. A semelhança é muito grande com a passagem do livro dos Números quando Josué, jovem como João, ousou dirigir-se a Moisés para lhe pedir algo parecido: “Moisés, meu senhor, proíbe-os” (1ª leitura). Quando defendemos a verdade sem caridade, caímos no descrédito. É inadmissível pensar que podemos controlar a acção do Espírito de Jesus a partir dos nossos cálculos e segundo as estratégias humanas. “O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito” (Jo 3,8). O discípulo João pensava que tinha autoridade para decidir quem podia fazer, ou não, parte do grupo dos seguidores de Jesus, ou, o que é pior, quem podia agir em nome de Jesus. Mas, o Mestre respondeu-lhe: “Quem não é contra nós é por nós”. O coração humilde e misericordioso de Jesus alarga o horizonte humano, deformado pelo egoísmo. Bem conhecemos qual foi o critério de escolha dos Doze. Não foi como uma selecção para uma empresa. Jesus nunca pediu o “curriculum vitae” aos que iriam fazer parte do grupo dos Apóstolos: “chamou os que Ele queria e foram ter com Ele” (Mc 3,13). É Ele quem escolhe os discípulos sem levar muito em conta as capacidades de cada um. Esta perspectiva é fundamental, se quisermos compreender os direitos e os deveres que se têm dentro da Igreja, num espírito de serviço e de entrega humilde. A intervenção de João diante de Jesus exagera no “nós”, acima do “tu” (referido a Jesus). Não tinha entendido, ainda, que pertencer à comunidade dos apóstolos não dá nenhuma exclusividade nem privilégio. Fora de Jesus, que é a Verdade, ninguém pode dizer que possui a verdade na sua plenitude. “Cristo, mediador único, estabelece e continuamente sustenta sobre a terra, como um todo visível, a Sua santa Igreja…Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica; depois da ressurreição, o nosso Salvador entregou-a a Pedro para que a apascentasse (Jo. 21,17), confiando também a ele e aos demais Apóstolos a sua difusão e governo (cfr. Mt. 28,18 ss.), e erigindo-a para sempre em «coluna e fundamento da verdade» (1Tim. 3,5). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, subsiste na Igreja Católica… embora, fora da sua comunidade, se encontrem muitos elementos de santificação e de verdade, os quais, por serem dons pertencentes à Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica” (LG 8). A Igreja, pois, guarda a verdade, a ela confiada por Cristo, mas não a possui plenamente. Por isso, é importante dar valor a tudo o que existe de bom, de belo e verdadeiro para além das fronteiras estruturais da Igreja, porque a Bondade, a Beleza e a Verdade, têm uma origem comum em Deus. A missão dos apóstolos, escolhidos por Jesus para pregar o Evangelho e anunciar o Reino de Deus, supõe a abertura a uma realidade imensa onde Deus vai escrevendo a história da salvação. Nesta história, têm prioridade, aos olhos de Cristo, os mais pequenos, os simples, os pobres, os necessitados, para os quais tem de se dedicar tempo e energia. A grandeza da fé consiste, pois, não em sentirmo-nos superiores por uma espécie de privilégio recebido, como se os que não a tivessem fossem inferiores, mas em viver sem extinguir o Espírito Santo, examinando tudo à sua luz e valorizando tudo o que é bom. Aqueles que presidem à Igreja e, sobretudo, à celebração dos santos mistérios, dos quais somos somente dispensadores e não proprietários, têm de exercer o seu ministério com generosidade e celebrar com dignidade, evitando escândalos e protegendo os mais pequeninos, para que muitas pessoas possam acolher nos seus corações a graça e a misericórdia de Deus.

29-09-2024

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Leitura Espiritual

«Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, não perderá a sua recompensa. Dá os bens deste mundo e receberás os bens eternos. Dá na Terra e receberás no Céu. Mas a quem os darás? Escuta o que te diz a Escritura: «Quem dá ao pobre empresta ao Senhor» (Pr 19,17)

Deus não precisa de ti, seguramente: mas outro precisará. O que deres a um, outro o receberá. Porque o pobre nada tem para te dar; bem quereria, mas nada encontra para dar; nele, há apenas essa vontade vigilante de rezar por ti. Mas, quando um pobre reza por ti, é como se dissesse a Deus: «Senhor, recebi um empréstimo, sê Tu a minha caução». Se o pobre com quem lidas está insolvente, tem um bom fiador, pois Deus diz-te: «Não tenhas receio de dar, Eu respondo por ele, Eu darei, sou Eu que recebo, é a Mim que dás». Acreditas que Deus te diz: «Sou Eu que recebo, é a Mim que dás»? Sim, seguramente, pois Cristo é Deus, e nisto não há dúvidas. De facto, Ele disse: «Tive fome e destes-Me de comer». E, quando Lhe perguntamos: «Senhor, quando foi que Te vimos com fome?», Ele mostra-nos que é de facto o fiador dos pobres, que responde por todos os seus membros, e diz-nos: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,35s). (Santo Agostinho, 354-430, bispo de Hipona, norte de África, doutor da Igreja, 3º Sermão sobre o Salmo 36).

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Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres.

Programação de Celebrações da Semana, 05 e 06 de outubro.

 

Avisos e Liturgia do XXV Domingo do Tempo Comum- ano B

AS CRIANÇAS – A REALIDADE DOS PREDILECTOS DE JESUS

Todos os pais e os professores sabem que os filhos e os alunos só fixarão uma mensagem importante se for repetida várias vezes. Até os técnicos informáticos e de publicidade sabem disto: pequenos vídeos com pequenas mensagens, repetidos assiduamente, são os mais eficazes. Também Jesus deveria saber esta táctica, porque, neste Domingo, repete a mensagem que ouvimos no Domingo passado: “O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-lo; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará”. Os discípulos não percebem estas palavras e não se atrevem a perguntar o seu significado; é sinal de que não estão em sintonia com Jesus, nem, ainda, são capazes de captar o que estão a ouvir, sem compreender. Contudo, Jesus dá conta do embaraço existente, e é o primeiro a “quebrar o gelo”: “Que discutíeis no caminho”? “Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior”. Para Jesus, este silêncio terá sido muito decepcionante. Eles ainda se orientavam segundo os princípios mundanos e discutiam sobre qual deles era o maior. Passaram dois mil anos e não mudou muito a situação! A sério? Este continua a ser, hoje, o motivo de muitas disputas entre irmãos, colegas de trabalho, militantes de partidos…Também dentro da Igreja temos os grandes pecados do clericalismo e do carreirismo, que não acontece somente nas “cúpulas” da hierarquia da Igreja, mas também entre os voluntários numa paróquia, num centro social ou numa associação recreativa, desportiva e cultural. Jesus, como bom técnico de comunicação, pronuncia uma mensagem breve e categórica, que merece ser repetida muitas vezes: “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”. Está tudo dito! Os bispos, os presbíteros são configurados a Cristo Cabeça e Pastor. Os Diáconos configuram-se a Cristo Servidor, sendo fundamental este aspecto ser vivido, também, pelos Bispos e Presbíteros, os que encarnam Jesus que tira o manto, cinge a toalha, ajoelha-se e lava os pés dos seus discípulos. Porém, a dimensão de Cristo Servidor deve ser vivida por todos os cristãos. A dimensão do serviço caracteriza os cristãos, de acordo com a vontade de Jesus. Não se governa o Povo de Deus com um domínio escravizante, mas como Jesus, o servo de todos. Não deve ser objectivo de os cristãos dominar a sociedade e estabelecer uma supremacia da Igreja, mas curar-lhe as feridas e anunciar a Boa Nova da Salvação a um mundo que necessita da luz do Evangelho. “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”. A esta frase, Jesus acrescenta-lhe uma imagem: “E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe”. Não era fácil ser criança no tempo de Jesus. As crianças não contavam para nada até que, aos doze ou treze anos, eram admitidos no grupo dos adultos. Nem hoje é fácil ser criança! Tantas crescem em situações de pobreza, de instabilidade familiar, sendo abusadas e maltratadas; tantas sofrem com os conflitos entre o pai e a mãe; outras são exibidas como um tesouro, mas sem atenção e amor dos pais, atarefados com os seus negócios e objectivos profissionais: nada lhes falta no aspecto material, mas falta-lhes a presença afectuosa e educativa dos pais. A criança é a imagem viva da humildade que os discípulos de Jesus têm de viver. São a realidade e o símbolo dos fracos e dos indefesos, dos pobres e dos doentes, dos que sofrem e dos que não têm nada. Esta tem de continuar a ser a preocupação preferencial da comunidade cristã. As crianças trazem-nos uma presença de Cristo que temos de saber acolher e dar-lhe primazia. Nas crianças, encontramos o rosto sofredor de Jesus e o rosto do Pai: “Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou”. Esta é a chave da filiação de Jesus, do verdadeiro sentido da sua entrega ao Pai e da essência do Cristianismo para as gerações futuras.

22-09-2024

Paroquiasagb

Leitura Espiritual

«Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe»

Nós, cristãos, somos o corpo de Cristo e seus membros, como diz o apóstolo Paulo (cf 1Cor 12,27). Aquando da ressurreição de Cristo, todos os seus membros ressuscitaram com Ele: passando pelos infernos, Ele fez-nos passar da morte para a vida. O termo «páscoa» em hebraico significa passagem ou partida. Ora, este mistério é o da passagem do mal ao bem. E que passagem! Do pecado à justiça, do vício à virtude, da velhice à infância. Refiro-me à infância que está ligada à simplicidade e não à idade. Pois também as virtudes têm a sua idade própria. Ontem, a senilidade do pecado conduzia-nos ao declínio. Mas a ressurreição de Cristo faz-nos renascer para a inocência das crianças: a simplicidade cristã torna sua a infância. A criança não sente rancor, não conhece a fraude, não ousa agredir. Assim, pois, a criança que é o cristão não se exalta se for insultada, não se defende se for despojada, não devolve os golpes se lhe baterem. O Senhor exige mesmo que ela reze pelos seus inimigos, que entregue a túnica e a capa aos ladrões, e que ofereça a outra face aos que a esbofeteiam (cf Mt 5,39ss). A infância de Cristo ultrapassa a infância dos homens. Esta deve a sua inocência à fraqueza, aquela à virtude. E ainda é digna de mais elogios: o seu ódio ao mal não emana da impotência, mas da vontade. (São Máximo de Turim, ?-c. 420, bispo, Sermão 58; PL 57, 363).

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

 

Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres

Programação de Missas da Semana de 24 a 29 de setembro.
Em breve será anunciado a data da Missa de Posse do Sr. Pe. Eurico Sousa.

Homenagem às vítimas do acidente ferroviário de Alcafache assinalada

A cerimónia de homenagem às vítimas do acidente ferroviário de Alcafache, ocorrido há 39 anos, a 11 de setembro de 1985, na EN 234 Mangualde-Nelas | km 94,850 ( local do acidente), teve lugar , neste domingo. Assim estiveram presentes os bombeiros, GNR, o presidente da Comafa, Carlos Ramos, um sobrevivente neste acidente, Marco Almeida , Presidente da Câmara de Mangualde e demais convidados e pessoas que se associaram nesta homenagem.

Já o presidente da Câmara Municipal, Marco Almeida, lembrou todos os que perderam a vida, assim como mostrou solidariedade às famílias que carregam a dor dessa perda.
O autarca reconheceu ainda a coragem e a dedicação dos primeiros socorristas, bombeiros, profissionais de saúde, voluntários e até passageiros que seguiam no comboio, que tudo fizeram para salvar vidas.

Ainda se realizou uma Eucaristia em memória de todos quantos ali perderam a vida, naquele trágico acidente.

Fotos:MM

Avisos e Liturgia do XXI Domingo do Tempo Comum- ano B

“Saboreai e vede como o Senhor é bom”.

  1. a)       Quando nos apercebemos que algumas pessoas deixaram de “ir à missa” e que se afastaram de uma prática cristã, somos tentados a pensar que é fruto do nosso fracasso. Mas, não é bem assim. No Evangelho, encontramos algumas passagens da vida e do ministério de Jesus em que também Ele não colheu os frutos que desejava (os seus fracassos). No Actos dos Apóstolos, encontramos muitas passagens que nos relatam as dificuldades que tiveram os discípulos para evangelizar a sociedade do seu tempo, pregando os valores cristãos. O discurso do Pão da Vida não teve muito êxito. Muitos discípulos, ou seja, não só os fariseus que sempre estavam contra Ele, mas também alguns que O seguiam assustaram-se com o que Jesus dizia e “já não andavam com Ele”. Por que se escandalizaram? De que se escandalizaram? Como vimos nestes últimos domingos, o discurso do Pão da Vida tem dois temas: Jesus em quem se deve acreditar e Jesus que se deve comer, ou seja, a Fé e a Eucaristia. De qual “deles” se assustaram? É evidente que era duro de aceitar que era necessário “comer” Jesus para se alcançar a salvação e ter a vida. Mas também era inconcebível que fosse necessário “acreditar” em Jesus como o Enviado de Deus; Ele que era o filho do carpinteiro e que todos conheciam os seus familiares.

  1. b)       A fé exige uma opção. Se alguém acredita que Jesus vem de Deus, terá de aceitar a Sua mensagem como vinda de Deus. A fé em Cristo supõe aceitar o estilo de vida que Ele nos propõe. Aqui é que mora a dificuldade. A fé exige uma opção; para isso nos prepara a primeira leitura. Depois da travessia do deserto, Josué, o sucessor de Moisés, antes de entrar na terra prometida, reúne o povo em Siquém e coloca-o perante um dilema: está disposto a servir ao Deus Único e Verdadeiro que o libertou do Egipto e o orientou na travessia do deserto, mas que lhe propôs uma Aliança muito exigente e comprometedora, ou prefere optar por deuses mais tolerantes que conheceu de outros povos que contactou na viagem ou na terra em que vai entrar? “Escolhei hoje a quem quereis servir”. Cheio de emoção, o povo responde: “Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses”. Bem sabemos como foram breves estes bons propósitos! Hoje, a opção é apresentada a cada um de nós. Acreditar e aceitar Jesus não é uma questão pontual e de um certo momento: supõe aceitar o estilo de vida de Jesus, a sua Nova Aliança, o seu evangelho com a lista das bem-aventuranças que é muito mais exigente que as “promessas e garantias” dos deuses falsos do nosso mundo. A quem devemos servir: a Jesus Cristo ou aos múltiplos mestres e messias e ídolos? Há que fazer uma opção a nível pessoal, não caindo na tentação do “sempre foi assim” ou porque é tradição da família.

  1. c)       Perante a “dureza” das palavras de Jesus, nem todos O abandonaram. Os Doze, com Pedro à cabeça, ficaram com Jesus. Pedro era um discípulo com uma fé e um amor radicais a Jesus, apesar de não entender o que estava a ouvir e de negar o Senhor na hora suprema. Pedro gostava mais da experiência do Monte Tabor do que ouvir falar de morte e de entrega. Mas confia totalmente em Jesus: “Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Tomou a mesma atitude de Maria: “Faça-se em mim, segundo a tua palavra”; é a resposta de Samuel: “Fala, Senhor, que o teu servo escuta”; é a atitude de Saulo a caminho de Damasco: “Senhor, que queres que eu faça?”; é a atitude de milhões de pessoas que dizem “sim” a Deus. Procuremos não abandonar o Mestre, seduzidos pelas “promessas, garantias” e ideologias fáceis deste mundo. Não podemos andar vacilantes ou indecisos (“com meias tintas”). Sempre a confiar em Jesus Cristo, firmes no caminho que nos levará à verdadeira vida e à plena felicidade.

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

25-08-2024

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Leitura Espiritual

«Tu tens palavras de vida eterna»

A novidade que se verificou na Última Ceia foi a nova profundidade conferida à antiga oração de bênção de Israel, que desde então se tornou a palavra da transformação, permitindo-nos participar na «hora» de Cristo (Jo 13,1). Jesus não nos ordenou que repetíssemos a Ceia pascal, que, de resto, como aniversário, não é repetível a nosso bel-prazer. Ordenou-nos que entrássemos na sua «hora».

Entramos nela mediante o poder sagrado das palavras da consagração, uma transformação que se realiza mediante a oração de louvor, que nos coloca em continuidade com Israel e com toda a história da salvação, ao mesmo tempo que nos conduz à novidade para a qual tendia, no seu sentido mais profundo, aquela oração. Esta oração, a que a Igreja chama eucarística, realiza a Eucaristia: ela é palavra de poder, que transforma os dons da terra, de maneira totalmente nova, na doação que Deus faz de Si, e nos envolve nesse processo de transformação. É por isso que chamamos a este acontecimento «Eucaristia», que é a tradução da palavra hebraica «beracha»: agradecimento, louvor, bênção, e uma transformação operada pelo Senhor, a presença da sua «hora».

A hora de Jesus é a hora em que o amor vence. Por outras palavras: foi Deus que venceu, porque Ele é Amor. A hora de Jesus quer tornar-se a nossa hora e tornar-se-á a nossa hora se nós, mediante a celebração da Eucaristia, nos deixarmos envolver por aquele processo de transformações que o Senhor quer operar. A Eucaristia deve tornar-se o centro da nossa vida (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013, Homilia nas XX Jornadas Mundiais da Juventude, 21/08/2005).

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Unidade Pastoral  das Paróquias de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.

Programação de Celebrações e Missas da Semana de 27 de agosto a 01 de setembro.

 

Diocese de Viseu- Nomeações e Mudanças por Terras de Tavares e Fornos de Algodres

Deste modo, a Diocese de Viseu presidida pelo Bispo D.António Luciano, deu a conhecer as mudanças e nomeações, com novidades na região de Fornos de Algodres e Terras de Tavares.

“– Arcipreste do Arciprestado da Beira Alta, o Rev. Padre Manuel José de Matos Clemente, em exercício, substituiu o Padre Nuno Azevedo, agradeço a ambos todo o trabalho realizado com as suas Equipas.

– Arcipreste do Arciprestado de Besteiros, o Rev. Padre Virgílio Marques Rodrigues, que substitui o Padre João Pedro Ferreira Cardoso, a quem agradeço todo o trabalho realizado com a sua Equipa.

– Arcipreste do Arciprestado do Dão, o Rev. Padre Jorge Miguel Gomes Tavares, que substitui o Padre José Cardoso de Almeida, a quem agradeço todo o trabalho realizado com a sua Equipa.

– Arcipreste do Arciprestado de Lafões, o Rev. Padre Ricardo Alexandre de Albuquerque Oliveira, que substitui o Cónego Mário Dias Lopes, a quem agradeço todo o trabalho realizado com a sua Equipa.

– Arcipreste do Arciprestado de Viseu Rural, o Rev. Padre José Francisco Cardoso Caldeira, que substitui o Padre José Marcelino Pereira, a quem agradeço todo o trabalho realizado com a sua Equipa.

– Arcipreste do Arciprestado de Viseu Urbano, o Rev. Cónego Jorge Alberto da Silva Seixas, que substitui o Cónego José Henrique Correia de Almeida Santos, a quem agradeço todo o trabalho realizado com a sua Equipa.

– Chanceler da Cúria Diocesana, o Rev. Padre Alcides Fernandes Tavares Vilarinho, continuando com os serviços paroquiais e no Tribunal Eclesiástico. Agradeço ao Padre António José da Silva Boavida e a quem o substituiu no período da sua doença todo o trabalho realizado.

ARCIPRESTADO DA BEIRA ALTA

– Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Chãs de Tavares, o Rev. Padre Carlos Manuel de Matos Rodrigues. Agradecemos ao Padre António José Clementino todo o trabalho realizado.

-Pároco da Paróquia de São Pedro da Cunha Alta, o Rev. Padre Carlos Manuel de Matos Rodrigues. Agradecemos ao Padre António José Clementino todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de Santa Luzia da Freixiosa, o Rev. Padre Carlos Manuel de Matos Rodrigues. Agradecemos ao Padre Georgetown Leite Grangeiro todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de São João Baptista de Quintela de Azurara, o Rev. Padre Carlos Manuel de Matos Rodrigues. Agradecemos ao Padre António José Clementino todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de Santa Maria de Várzea de Tavares, o Rev. Padre Carlos Manuel de Matos Rodrigues. Agradecemos ao Padre António José Clementino todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de São João Baptista de São João da Fresta, o Rev. Padre Carlos Manuel de Matos Rodrigues. Agradecemos ao Padre António José Clementino todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de São Salvador de Travanca de Tavares, o Rev. Padre Carlos Manuel de Matos Rodrigues. Agradecemos ao Padre António José Clementino todo o trabalho realizado.

Será Cooperador Pastoral o Rev. Padre João Martins Marques.

– Pároco da Paróquia de Santa Cecília de Abrunhosa-a-Velha, o Rev. Padre Constantino Hembe. Agradecemos ao Padre António José Clementino todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de São João Baptista de Póvoa de Cervães, o Rev. Padre Constantino Hembe. Agradecemos ao Padre Celestino Correia Rodrigues Ferreira todo o trabalho realizado e agora dispensado.

– Pároco da Paróquia de São Tiago de Santiago de Cassurrães, o Rev. Padre Constantino Hembe. Agradecemos ao Padre Celestino Correia Rodrigues Ferreira todo o trabalho realizado e agora dispensado.

Será cooperador Pastoral o Rev. Padre João Martins Marques.

– Pároco da Paróquia de Santa Maria Maior de Algodres, o Rev. Padre Eurico José Pereira Teixeira de Sousa. Agradecemos ao Padre Georgetown Leite Grangeiro todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de Santo António de Casal Vasco, o Rev. Padre Eurico José Pereira Teixeira de Sousa. Agradecemos ao Padre Georgetown Leite Grangeiro todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de São Pelágio de Cortiçô, o Rev. Padre Eurico José Pereira Teixeira de Sousa. Agradecemos ao Padre Georgetown Leite Grangeiro todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de São Miguel Arcanjo de Fornos de Algodres, o Rev. Padre Eurico José Pereira Teixeira de Sousa. Agradecemos ao Padre Georgetown Leite Grangeiro todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de São Pedro de Infias, o Rev. Padre Eurico José Pereira Teixeira de Sousa. Agradecemos ao Padre Georgetown Leite Grangeiro todo o trabalho realizado.

– Pároco da Paróquia de Nossa Senhora Das Boas Novas de Vila Chã, o Rev. Padre Eurico José Pereira Teixeira de Sousa. Agradecemos ao Padre Georgetown Leite Grangeiro todo o trabalho realizado.

– Capelão da Misericórdia de Fornos de Algodres, o Rev. Padre Eurico José Pereira Teixeira de Sousa.

– Administrador Paroquial da Paróquia de Figueiró da Granja, o Rev. Padre Carlos Miguel Nunes Pereira Monge. Agradecemos ao Padre Pelágio Faz Tomás todo o trabalho realizado.

– Administrador Paroquial da Paróquia das Fuinhas, o Rev. Padre Carlos Miguel Nunes Pereira Monge. Agradecemos ao Padre Pelágio Faz Tomás todo o trabalho realizado.

– Administrador Paroquial da Paróquia de Maceira, o Rev. Padre Carlos Miguel Nunes Pereira Monge. Agradecemos ao Padre Pelágio Faz Tomás todo o trabalho realizado.

– Administrador Paroquial da Paróquia de Muxagata, o Rev. Padre Carlos Miguel Nunes Pereira Monge. Agradecemos ao Padre Pelágio Faz Tomás todo o trabalho realizado.

– Administrador Paroquial da Paróquia de Sobral Pichorro, o Rev. Padre Carlos Miguel Nunes Pereira Monge. Agradecemos ao Padre Pelágio Faz Tomás todo o trabalho realizado.”

Liturgia da Assunção de Nossa Senhora – 15 de agosto

A Meta (o Céu) está ao alcance de todos!
“Eu sei que Deus existe e me fez participante da sua vida. Eu tenho em mim algo de divino! Eu sei que Deus criou o Céu e nele reservou um lugar para mim! E o que Deus mais deseja é que, um dia e por toda a eternidade, eu possa ocupar esse lugar. E se eu não o ocupar, o que só poderá acontecer por culpa minha, esse lugar ficará vazio para sempre, e o Céu como que ficará incompleto sem mim!
Quando liberto as amarras do meu pensamento e do meu coração e os deixo percorrer a imensidão do cosmos, contemplando a sua beleza, ou lhes permito que se fixem nas mais pequenas coisas que me rodeiam; quando deixo que se concentrem em mim, na minha vida e nos meus sonhos, ou então lhes dou tempo para “lerem” e meditarem a história da salvação – a história do amor de Deus – sinto Deus tão evidente e, por momentos, sinto-me elevado para as alturas!
Porém, o meu amor próprio, que se manifesta de tantos modos e a todo o momento, ainda me mantém demasiado preso a esta terra e iludido com projetos demasiado terrenos.
Consolam-me aqueles breves instantes em que pressinto e suspiro pelo dia em que também eu possa chegar ao Céu. Aí, junto de Maria e com Maria, usufruindo da visão plena de Deus, também eu sonho cantar eternamente as misericórdias infinitas do seu amor!”
Sabemos que o Céu existe, conhecemos o caminho que nos leva até lá. Além disso, Deus concede-nos todos os meios necessários para o alcançarmos!

Fonte:PCB

Avisos e Liturgia do XV domingo do Tempo Comum-ano B

FALAR DE JESUS SUPÕE VIVER COMO ELE

Neste Domingo, ouvimos a proclamação do envio dos Doze Apóstolos. Jesus tinha constituído aquele grupo, como nos diz o evangelho de Marcos, “para estarem com Ele e para os enviar a pregar” (Mc 3, 14). A primeira parte desta dupla função pode considerar-se cumprida desde o momento em que os doze acompanham Jesus para todo o lado. Agora, fala-se, pela primeira vez, da outra dimensão da sua identidade: Jesus envia-os a pregar. Não os envia sozinhos, cada um para seu lado, mas são enviados “dois a dois”. Esta estratégia pode ter um sentido prático: não estão tão indefesos, podem ajudar-se um ao outro e se acontecer alguma dificuldade, é mais fácil ser resolvida entre os dois. Mas também dava um tom formal ao anúncio: no judaísmo, duas pessoas podiam oferecer um testemunho válido, mesmo no aspecto legal. Ao enviar os seus apóstolos, Jesus quer que a sua mensagem seja transmitida, pelo menos com mais do que um testemunho, para se apresentar credível. Assim também se recordam mutuamente que não estão sozinhos. De seguida, Jesus diz-lhes o que devem levar para o caminho. Diz-lhe que têm de ser simples, e, assim, transmitir que colocam a sua confiança em Deus. Também lhes dá indicações sobre a maneira de agir com aqueles que encontrarão ao longo da missão. Quando forem recebidos numa casa, deverão nela permanecer; aqueles que pregam a Boa Nova dependem da hospitalidade das pessoas, mas quando são rejeitados não deverão permanecer nesse local. Envia-os a pregar a conversão, a expulsar os demónios e a curar os doentes. São enviados a fazer o que Jesus fazia e, por isso, terão de comunicar uma mensagem que não se resume, somente, a teorias. É uma mensagem que liberta e salva. Não parte de uma comunicação simplesmente intelectual: falar de Jesus supõe viver como Ele. Na primeira leitura, podemos ver como o profeta Amós fala sobre como se sente enviado por Deus a anunciar a sua Palavra. E é claro que há profetas enviados por Deus e há, também, falsos profetas que desejam aproveitar-se da sua posição social. No texto, encontramos o conflito com Amasias, que era responsável por um santuário que existia em Betel. Amasias denunciou Amós ao rei e conseguiu que fosse expulso do território. Este confronto é o fim de Amós, que teve de abandonar a sua missão como profeta; mas, antes de terminar, quer deixar claro que não se é profeta por vontade própria ou por interesse pessoal, mas que foi Deus que o chamou para anunciar ao povo a Sua vontade. É uma chamada irresistível. Como Deus enviou os profetas, e como Jesus enviou os Doze, também nós somos enviados todas as vezes que celebramos a Eucaristia. É isto que nos recordou a segunda leitura deste Domingo. São Paulo colocou, nesta carta aos Efésios, um hino de louvor de uma profundidade e beleza únicas. Deus Pai recebe o louvor, pois é Ele que tem a iniciativa do processo salvador e, através de Cristo, compromete e integra os que Nele acredita. E isto concretiza-se “com toda a espécie de bênção espirituais em Cristo”; com esta expressão, podemos encontrar uma referência à presença do Espírito Santo. Pai, Filho e Espírito Santo unidos nesta corrente de salvação que chega até nós. Este hino fala-nos do amor gratuito de Deus, de quem procede toda a bênção; e este dom gratuito não pode ficar escondido. Este plano salvífico de Deus, revelado em Jesus Cristo é para os dois grandes grupos; recordemos que a perspectiva bíblica considera a humanidade dividida entre os judeus e os gentios. Graças a Jesus, uns e outros recebem a bênção de Deus e fazem parte do único povo de Deus. Ser enviado não quer dizer ausência de dificuldades, mas a promessa de Deus ficou expressa no salmo; apesar de nos falar no futuro, sabemos que Deus é sempre fiel às suas promessas: “Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis e a quantos de coração a Ele se convertem. A sua salvação está perto dos que O temem, e a sua glória habitará na nossa terra”.

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

14-07-2024

Paróquiaagb

Leitura Espiritual

Começou a enviá-los dois a dois»

O nosso Senhor e Salvador, irmãos caríssimos, instrui-nos pelas suas palavras e pelas suas acções. As suas acções são, já por si, mandamentos porque, quando faz alguma coisa, mesmo sem nada dizer, Ele mostra-nos como devemos agir. Eis, pois, que envia os seus discípulos a pregar dois a dois, porque os mandamentos da caridade são dois: o amor a Deus e o amor ao próximo. O Senhor envia os seus discípulos a pregar dois a dois para nos sugerir, sem o dizer, que quem não tem caridade pelos outros não deve empreender o ministério da pregação. O Senhor envia-os «dois a dois à sua frente a todas as aldeias e localidades a que Ele mesmo deveria ir» (Lc 10,1). Ele virá depois, porque a pregação é um preâmbulo: o Senhor vem habitar a nossa alma depois de as palavras de exortação a terem preparado para acolher a verdade. É por isso que Isaías diz aos pregadores: «Preparai o caminho do Senhor, aplanai as veredas para o nosso Deus» (40,3); e o salmista: «Abri caminho para Aquele que Se eleva ao pôr do sol» (Sl 67,5 vulg). O Senhor ergue-Se ao pôr do sol porque, tendo-Se deitado por ocasião da sua Paixão, manifestou-Se com maior glória na sua ressurreição; ressuscitando, esmagou aos pés a morte que tinha sofrido. Assim, pois, abrimos caminho Àquele que Se eleva ao pôr do sol quando vos pregamos a sua glória para que, vindo a seguir, Ele vos ilumine pela presença do seu amor. (São Gregório Magno, c. 540-604, papa, doutor da Igreja, Homilias sobre o Evangelho).

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Programação de Celebrações e Missas da Semana de 17 a 21 de julho da Unidade Pastoral  P. Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.

Avisos e Liturgia do IX Domingo do Tempo Comum – ano B

A questão do Sábado é uma questão paradoxal, não só nos evangelhos mas em grande parte da Bíblia. O Sábado nasce de duas grandes necessidades: amar a Deus e amar o próximo. Isso mesmo está consubstanciado no mandamento do Deuteronómio: “Guarda o dia de Sábado, para o santificares”. Mas o desenvolvimento deste preceito acrescenta um dado importante: o repouso é extensivo a filhos, escravos, estrangeiros e até animais. Ou seja, o Sábado nasce como uma escola de humanidade e como uma realidade sagrada que privilegia a igual dignidade de todos diante de Deus. O grande problema que se seguiu foram os excessos aplicativos e interpretativos desta lei, que se foi tornando pesada, alienante e desumanizadora. De tal forma que, em prol de uma suposta sacralização do dia e Daquele que o instituiu, se esvaziou o sentido da humanidade e da fraternidade que Ele próprio preconiza. O Sábado deixou, com o tempo, de ser um tempo de graça, que visa oferecer ao ser humano um período gratuito e merecido de repouso (“shabat” significa descansar), e passou a constituir um rol de proibições e imposições que quase obscureceu a celebração memorial da Páscoa e esvaziou a sacralidade do dia. A polémica com Jesus surge, assim, de forma natural. Cristo não pactua com injustiças sociais, e olha para a humanidade como algo que é mais importante que o próprio sábado, pois só o ser humano é “criado à imagem e semelhança de Deus”. A expressão dos fariseus (“Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido”) é o olhar condenatório que ainda hoje muitos mantêm em relação a tantos irmãos na fé. Os olhos, a língua e os dedos parecem sempre prontos para atacar quem, aparentemente, quebra protocolos e não segue os padrões esperados. Mas, como diz Jesus, “o Sábado foi feito para o homem e não o homem para o Sábado”. Jesus censura a atitude daqueles que se colocam numa posição de superioridade diante dos outros, assumindo-se como juízes e árbitros da vida alheia. No fundo, os dias santos (Sábado para os judeus, Domingo para os cristãos) são importantes na medida em que nos “obrigam” a recordar as maravilhas que Deus fez e faz na história de cada um e na história de um povo, além de nos convidar a saborear o que a vida tem de bom e que mais dificilmente se consegue durante os outros dias da semana: o convívio, o descanso, o lazer, a família, as manifestações visíveis de caridade e dignidade humana. Deus repudia os actos ocos e rotineiros de piedade, que se realizam por mero preceito, movidos pela aparência e não pela convicção de coração. Celebrações litúrgicas solenes e comunhões em massa são inócuas quando não se traduzem existencialmente em alegria fraterna e em comunhão de vida com os outros. A santificação do dia sagrado começa com a santificação do ser humano, no reconhecimento da sua dignidade e no acolhimento das suas vidas, únicas e irrepetíveis. Por isso, é função da Igreja ajudar a que cada crente se liberte cada vez mais de tudo aquilo que aprisiona e asfixia o acolhimento normal dos dons de Deus, desenvolvendo um olhar e gestos concretos de misericórdia e caridade pastoral que levem os seus filhos a sentirem-se amados e protegidos no seu seio, e a fazer experiência concreta de que Jesus é não só o Senhor do Sábado mas também dos seus corações.

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

02-06-2024

paroquiasagb

Leitura Espiritual

É particularmente urgente no nosso tempo lembrar que o dia do Senhor é também o dia de repouso do trabalho.

Desejamos vivamente que isto mesmo seja reconhecido também pela sociedade civil, de modo que se possa ficar livre das obrigações laborais sem ser penalizado por isso. De facto, os cristãos — não sem relação com o significado do sábado na tradição hebraica — viram no dia do Senhor também o dia de repouso da fadiga quotidiana. Isto possui um significado bem preciso, ou seja, constitui uma relativização do trabalho, que tem por finalidade o homem: o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho. É fácil intuir a tutela que isto oferece ao próprio homem, ficando assim emancipado duma possível forma de escravidão. Como já tive ocasião de afirmar, “o trabalho reveste uma importância primária para a realização do homem e o progresso da sociedade; por isso torna-se necessário que aquele seja sempre organizado e realizado no pleno respeito da dignidade humana e ao serviço do bem comum. Ao mesmo tempo, é indispensável que o homem não se deixe escravizar pelo trabalho, que não o idolatre pretendendo achar nele o sentido último e definitivo da vida “. É no dia consagrado a Deus que o homem compreende o sentido da sua existência e também do trabalho. (Bento XVI, Sacramentum Caritatis, 74).

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Programação de Celebrações e Missas da Semana de 04 a 09 de junho da Unidade Pastoral P. Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.

Encontro Anual dos “Barões da Sé” em Viseu

A Sé de Viseu foi algo que muitos de nós vivemos, usufruímos, comungámos, preservámos. E foi – e será – um cenário esplendoroso para todos nós quando nos abeirávamos das janelas das casas onde nascemos! E crescemos!!

Realizou-se mais um Encontro Anual dos “Barões da Sé”. Tratou-se do 28º Encontro, contando este ano com a presença de cerca de 30 “Barões”, que se reuniram ao final da tarde, na Zona do Centro Histórico, na Fonte das 3 Bicas (Escadinhas do Arvoredo) e Largo Pintor Gata, para confraternizar, colocar a conversa em dia, e reviver alguns locais e momentos passados nos bons velhos tempos de infância.

Este convívio continuou com o tradicional Jantar servido num dos restaurantes da zona histórica, em ambiente de grande alegria e boa disposição, onde foi possível degustar algumas das boas iguarias que a nossa região possui.

A noite continuou com o regresso deste animado grupo de amigos à zona do Largo Pintor Gata e bares envolventes, com o habitual passeio “Inter-Bares”, onde foi possível brindar à amizade, à camaradagem, e ao lema que todos os anos é reavivado “Uma amizade para a Vida”!

São já 29 os anos em que o ritual se repete. O Encontro não se realizou no ano da pandemia.

Ano a ano, ali para os meios de maio e os meandros da Sé, ouve-se este onomatopaico tchim-tchim do brinde à amizade. São os Barões, senhoras e senhores. Os Barões da Sé!
No passado dia 11 de maio, os Barões da Sé fizeram jus àquilo que sempre os uniu: o local em que se tornaram homens, em torno das vicissitudes de uma Amizade de Vida. Ali, na zona da Sé, que ainda hoje vêem recortada num horizonte que assume os seus contornos com os olhos fechados. Ali, onde todos os anos se recuperam histórias partilhadas naquele território conquistado pela nascença ou pela adoção. Todos sempre bem recebidos e integrados.
Os Barões são dali. Serão sempre dali, ainda que a vida os tenha empurrado para longe. Mas voltam sempre. Ali, naquele berço de recordações revividas em cada novo manjar.
Sorrisos largos, abraços apertados, “bocas” que só eles entendem. Coisas que acontecem ali. Ano após ano. Uma amizade que celebra uma vida, numa vida que hoje tem pouco espaço para a Amizade. No fundo, uma Amizade celebrada por quem sabe o valor de ser amigo. E só aqueles que ali vão em romaria anual, sabem o significado que isso tem.
Em 2025 haverá mais. Quem sabe, possam os Barões explicar-vos como se jogava ao «piu-das-linhas». Naquelas linhas desenhadas a granito no chão do Adro e que inúmeras vezes foram pintadas com o sangue de um joelho esfolado.

Fotos:Barões da Sé

Avisos e Liturgia da Celebração do VII Domingo da Páscoa – ano B

Solenidade da Ascensão do Senhor

  1. a)       Hoje, não recordamos outro facto histórico senão a morte e a ressurreição de Jesus: o Ressuscitado está com Deus: “Na verdade, o Senhor ressuscitou”, como temos vindo proclamar neste tempo. O homem Jesus, o Crucificado, é um com o Pai: é o próprio Deus que assume a nossa vida e a leva à plenitude (“Eu e o Pai somos um”). As orações da liturgia deste Domingo expressam a fé da Igreja que acredita que a glória da qual participa plenamente a sua Cabeça, Jesus, será também a mesma para todos aqueles que formam o seu Corpo. É uma solenidade que aumenta a nossa esperança de sermos aquilo que Deus quer que sejamos: ser como Ele, viver com Ele, intimamente unidos a Ele. Seguindo a sua vontade, também gozaremos da vida de Jesus Cristo: nele se unem a humanidade e a divindade. No evangelho deste Domingo, Jesus Ressuscitado incentiva os seus discípulos à acção evangelizadora, ou seja, a fazer aquilo que Ele fez: anunciar o evangelho “por todo o mundo”, “a toda a criatura”. De que forma? Como Jesus tinha feito, com palavras e obras, combatendo o mal. Com que finalidade? Para que todo o mundo possa ter a oportunidade de experimentar a felicidade que Deus nos concede. Outro aspecto da Ascensão que não pode ficar esquecido, é que, apesar da sua ausência física, Jesus está presente e acompanha a missão dos discípulos. A Ascensão de Jesus não supõe um abandono do mundo. Desde o início, os discípulos de Jesus sentiram que “o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam”. Foi esta a força dos mártires e é esta a força de todos aqueles que se comprometem e se entregam ao serviço da evangelização.

  1. b)       A Solenidade da Ascensão não perturba o ritmo litúrgico do Tempo Pascal. Por isso, convém manter o mesmo “clima” festivo de toda a Pascoa, não exagerando na ornamentação da igreja. Deixemos a “apoteose” festiva para o próximo Domingo, Solenidade do Pentecostes, encerramento do Tempo da Páscoa.

  1. c)       Neste Domingo, a Carta aos Efésios afirma que é vontade de Deus todos alcançarem a plenitude em Cristo. A Ascensão é o anúncio desta vontade e desta esperança que podemos viver e vivemos, porque este desígnio de Deus já se vai realizando neste mundo. Deus manifesta-se e a sua missão salvífica prossegue nas mais diversas circunstâncias da vida, ou seja, na cruz e na ressurreição de cada um e da humanidade. Aos discípulos recomenda-lhes: “sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra”. Celebramos a Ascensão sem esquecer a Incarnação. Assim nos recorda S. Paulo: “Aquele que desceu é precisamente o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, a fim de encher o universo” (Ef 4, 10). O Filho de Deus fez-se homem não só para assumir a nossa condição, mas também para nos conduzir (como bom pastor) a ser como Ele. E isto Ele faz e fará a partir da realidade humana. Como Ele, não fugiremos à paixão e à morte. Se Ele venceu a morte, com Ele, também nós venceremos. A 1ª leitura dos Actos dos Apóstolos leva-nos a concluir que a vida cristã é um permanente olhar “para cima”, para o céu, mas também olhar para a terra. Olhar para o céu, esperando o Senhor; olhar para a terra (a realidade donde, pela fé, também vemos Deus que se manifesta), amando e trabalhando pelo bem de todos. Em Jesus Cristo, o céu e a terra unem-se para sempre. Assim, olhar o céu e a terra é o mesmo olhar. Por isso, sem procurar uma saída fácil para as nossas dificuldades, podemos rezar: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”. Em cada dia, o cristão reza e espera tudo de Deus, procura saber qual é a Sua vontade para a concretizar com todas as suas forças.

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

12-05-2024

paroquiaagb

Leitura Espiritual

«O Senhor Jesus […] foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus»

«Alteai-vos, pórticos antigos, que vai entrar o Rei da glória! Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos exércitos. É Ele o Rei da glória» (Sl 23, 7.10). Estes versículos aplicam-se maravilhosamente à ascensão de Nosso Senhor, recebido no Céu pelos coros dos anjos. […]

Como sois bom, meu Deus, que nos consolais das penas da terra com a visão da vossa felicidade. […] Como primeiro dever, mandais-nos amar-vos. […] E, se cumprirmos este dever, segue-se imediata e necessariamente que somos, já neste mundo, durante toda a nossa vida, maravilhosamente, infinitamente felizes. Participamos já, de certo modo, da felicidade dos eleitos, pois, como eles, gozamos daquilo que os torna felizes; como eles, somos felizes porque sabemos que Vós sois feliz. […] Na verdade, não o vemos claramente, mas sabemo-lo indubitavelmente […].

Quando estivermos tristes, angustiados pelos pecados dos outros ou pelos nossos, pelos sofrimentos físicos ou morais do nosso próximo ou os nossos, quando sentirmos chegar o desânimo, elevemos o nosso coração e pensemos que, aconteça o que acontecer connosco neste mundo e no outro, aconteça o que acontecer com o mundo inteiro, Jesus, que é o nosso bem-amado, é bem-aventurado: Ele subiu aos Céus, está sentado à direita do Pai e é feliz por toda a eternidade. […] Quando amamos, se aquele a quem amamos é feliz, nada nos falta […]; basta-nos que o nosso tudo seja feliz […].

Se O amamos, olhemos para Ele e agradeçamos-Lhe sem cessar, como os anjos e como a Igreja à vista da sua glória: «Nós Vos damos graças por vossa imensa glória» […]. Meu Deus, pela vossa grande misericórdia, fazei que a visão da vossa felicidade seja o nosso apoio neste mundo e a nossa felicidade eterna! Amen. (São Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara, Salmo 23, § 46).

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Programação de Celebrações e Missas da Semana, de 15 a 19 de maio na Unidade Pastoral das Paróquias de  Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.