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Câmara da Guarda inaugura 3ª Fase da Plataforma Logística, na Iniciativa “Economia e Inovação”

A Câmara Municipal da Guarda  vai inaugurar, dia 11 de outubro, as obras da 3ª fase da Plataforma Logística durante uma iniciativa dedicada à Economia e Inovação. A cerimónia está marcada para as 16h00 e conta com a presença do ministro da Economia, Pedro Reis.

Na ocasião serão assinadas as escrituras com as 14 empresas a instalar na nova área, num total de 30 lotes.

Após a cerimónia decorrerão duas apresentações sobre como “Potenciar a Plataforma Logística da Guarda” pelo consultor de Ordenamento do Território, Rui Alves e “Planeamento: A Chave para a Minimização das Disparidades Territoriais”, pelo consultor do Plano de Pormenor da Plataforma Logística e do Parque Industrial da Guarda, José António Lameiras.

As intervenções incluem a apresentação do PDM e Áreas Empresariais, das 3ª e 4ª fase da Plataforma Logística e a ampliação do Parque Industrial.

Na sessão de encerramento será feita uma intervenção sobre “Logística e Porto Seco: Pilares para o Desenvolvimento da Região” por José Limão, consultor de Comunicação na área dos Transportes e Logística.

Antes da sessão na Plataforma Logística, o presidente da Câmara e o ministro da Economia participam pelas 14h45 no descerramento da placa da Área Empresarial “Quinta Nova” e às 15h00 deslocam-se à Plataforma Logística para uma visita à Coficab e à Olano.

Fornos de Algodres-Compostagem: O Caminho Sustentável para o Tratamento de Resíduos Orgânicos

Arranca a 2 de outubro no Bairro das Capelas

  A comunidade do Bairro das Capelas, em Fornos de Algodres,  está a dar passos significativos na direção da sustentabilidade, com o lançamento de um projeto piloto de compostagem comunitária. Esta iniciativa, liderada pelos residentes locais em parceria com o Município de Fornos de Algodres e a Junta de Freguesia de Fornos de Algodres, tem como objetivo reduzir o desperdício de resíduos orgânicos e promover a conscientização ambiental no território. Um projeto apoiado pelo Fundo Ambiental, arranca no dia 2 de outubro de 2023.

A compostagem comunitária é uma prática sustentável que envolve a recolha e transformação de resíduos orgânicos de várias famílias em composto (e.g. fertilizante natural) de alta qualidade. Este composto pode ser usado para fertilizar jardins, hortas comunitárias e espaços públicos, contribuindo para o enriquecimento do solo e a promoção da circularidade dos recursos.

No âmbito do projeto “Resíduos Orgânicos com Valor”, uma iniciativa financiada pelo Fundo Ambiental e pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), foi promovida, pelo Município de Fornos de Algodres, uma campanha de informação e sensibilização porta-a-porta no passado dia 15 de setembro para os habitantes do Bairro das Capelas. Esta campanha contou com a participação de uma especialista em reciclagem e compostagem com objetivo de promover a adoção de comportamentos mais sustentáveis, mas também, para incentivar à adesão ao projeto piloto de compostagem comunitária promovido pelo Município de Fornos de Algodres.

O projeto piloto de compostagem comunitária do Bairro das Capelas e dos Bombeiros de Fornos de Algodres envolve a distribuição de baldes para o descarte dos resíduos orgânicos, pelos agregados familiares residentes no Bairro. Estes baldes facilitam a deposição dos resíduos orgânicos pelas famílias aderentes, mas também, permitirá a realização de uma recolha seletiva, porta-a-porta, pelo Município de Fornos de Algodres.

Para uma recolha seletiva porta-a-porta eficiente e eficaz os aderentes ao projeto piloto de compostagem comunitária devem colocar os baldes fornecidos pelo Município, à porta de casa, no período da manhã, todas as segunda, quarta e sextas-feiras. O composto resultante será, posteriormente, usado nos jardins municipais.

Para o Bairro das Capelas, esta iniciativa é uma demonstração clara do poder da colaboração, cidadania e da consciência ecológica. Os benefícios da compostagem comunitária são múltiplos:

Redução de Resíduos: A quantidade de resíduos orgânicos enviados para aterros sanitários diminui significativamente, reduzindo a pegada de carbono do bairro.
Fertilização Sustentável: Os residentes têm acesso a composto orgânico de qualidade, que melhora a qualidade do solo e promove a produção local de alimentos.
Consciência Ambiental: A comunidade torna-se mais consciente da importância da gestão de resíduos e da preservação do ambiente.
Fortalecimento da Comunidade: A compostagem comunitária promove a interação entre os residentes, fortalecendo os laços da comunidade.

O Município de Fornos de Algodres espera que esta iniciativa inspire outras comunidades na região a adotarem práticas semelhantes de gestão de resíduos orgânicos. A compostagem comunitária não só beneficia o ambiente, como também fortalece os laços locais e cria um ambiente mais saudável para todos.

Caso pretenda participar neste projeto ou obter mais informações, os interessados podem contactar o Município, através do email ambiente@cm-fornosdealgodres.pt ou através do número 271 700 060.

fonte:MFA

Politécnico da Guarda vai contribuir para uma “política nacional de imigração digna”

Novo centro que irá funcionar no IPG será dedicado à população migrante e prestará apoio sobre a habitação, o trabalho, a educação e o ensino superior, a saúde e a regularização da nacionalidade. Durante a cerimónia de inauguração, a secretária de Estado da Igualdade e Migrações saudou o Politécnico da Guarda pelo seu “profundo sentido humanista e de comprometimento pelo bem-estar de todos, sejam eles quem forem”.

Facilitar a adaptação de migrantes à região da Guarda e combater os populismos, o racismo e a xenofobia são objetivos do Instituto Politécnico da Guarda – IPG. Foi o seu presidente, Joaquim Brigas, quem garantiu estas intenções durante a inauguração do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM). A cerimónia decorreu nesta quarta-feira, 13 de setembro, e contou com a intervenção da secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues.
“Tanto o Governo como o Alto Comissariado para as Migrações podem contar com o Politécnico da Guarda como um parceiro fiável, seguro e empenhado em ajudar a construir uma política nacional de imigração digna”, afirmou Joaquim Brigas. “Representando a imigração tantas coisas e tão boas para um país como Portugal, importa promover a liberdade de circulação, a segurança e o respeito pelos direitos humanos e pela dignidade da pessoa”.

A secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, saudou o IPG pelo desenvolvimento deste gabinete que demonstra um “profundo sentido humanista e de comprometimento pelo bem-estar de todos, sejam eles quem forem”. O CLAIM funcionará nas instalações do Politécnico da Guarda, com funcionários do seu quadro que prestarão apoio e informação sobre a habitação, o trabalho, a educação e o ensino superior, a saúde e a regularização da nacionalidade.

O presidente do Politécnico da Guarda reforçou a importância do ensino superior para a promoção da coesão territorial e, particularmente no Interior, para a atração e fixação de jovens. Por isso Joaquim Brigas apelou à secretária de Estado para que interceda junto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com o objetivo de reverter a política de admissão de estudantes internacionais para as instituições de ensino superior, particularmente no Interior, onde passaram a ser admitidos dentro das vagas sobrantes do Concurso Nacional de Acesso.
“As centenas de estudantes que deixarão de vir para a Guarda devido a esta decisão de difícil compreensão serão menos centenas de potenciais imigrantes de que Portugal tanto precisa”, defendeu Joaquim Brigas.

Artigo-Novo processo para a recuperação de materiais ligados à indústria dos eletrónicos

No âmbito do programa “Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa”, promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa.

Cientistas da Universidade de Coimbra estudam processo inovador para recuperação de materiais valiosos da indústria eletrónica

Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a estudar um novo processo para a recuperação de materiais ligados à indústria dos eletrónicos. Esta investigação decorre no âmbito da Agenda Microeletrónica do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiada com 30 milhões de euros.

Atualmente, o lixo eletrónico é um dos resíduos sólidos com uma elevada taxa de acumulação, chegando a quase 10 milhões de toneladas por ano na União Europeia, sendo que apenas cerca de 15 a 20% desses resíduos são reciclados. Em 2021, a produção estimada de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (EEEW) foi de 55,2 milhões de toneladas em todo o mundo.

Tendo em vista a resolução desta problemática, a equipa de investigadores da FCTUC está a desenvolver uma investigação ligada à tarefa “E-Waste Recycling to Foster a Circular and Sustainable Economy”, que pretende contribuir para a criação e definição de processos industriais relacionados com a economia circular e a reciclagem de produtos do setor da Microeletrónica. Este projeto tem como foco principal a recuperação e tratamento de dispositivos eletrónicos, para que as matérias-primas possam ser novamente incorporadas na cadeia de valor.

«A ideia é encontrar um processo combinado, químico e biológico, para a recuperação de metais críticos e de alto valor a partir de resíduos elétricos e eletrónicos de computador», explica Paula Morais, docente da FCTUC e investigadora no Laboratório de Microbiologia do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos (CEMMPRE).

«Para a criação deste processo, a metodologia aplicada terá por base um estudo de diagnóstico inicial para identificar e mapear o ecossistema português do setor da Microeletrónica e, posteriormente, o foco da investigação na FCTUC serão os processos microbiológicos e químicos de reciclagem de metais preciosos», revela a investigadora.

Assim, «serão desenvolvidos processos de bio-lixiviação, a partir de resíduos gerados por parceiros industriais no projeto, bem como de bioacumulação seletiva de metais após tratamento químico dos resíduos. O sistema de recuperação de metais por ser misto (químico-biológico) é extremamente inovador», assegura o grupo de Microbiologia. «Entre os materiais que se pretendem recuperar destacam-se os metais valiosos como ouro, platina e prata, e os metais críticos índio e gálio, a partir de computadores e equipamentos de telecomunicações em fim de vida», conclui.

Este projeto teve início em janeiro de 2023 e, neste momento, o consórcio, que envolve 17 entidades, encontra-se ainda a trabalhar na clarificação dos fluxos de resíduos e na caracterização dos materiais que serão utilizados para criar este novo processo, bem como a definir a estratégia integrada entre os parceiros da FCTUC para fazer esta recuperação de metais.

Para além do CEMMPRE, estão envolvidos nesta Agenda José António Paixão, do Centro de Física da Universidade de Coimbra (CFisUC), e também Licínio Ferreira, do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF).

Universidade de Coimbra

 

Agrupamento de Escolas de Mangualde  recebe distinção “Stem School Label Expert”

É a primeira escola em Portugal a obter esta distinção  e é a única da Península Ibérica.
Só existem 7 escolas na Europa com este selo.

A Equipa de Supervisão da Academi@Stem de Mangualde (CMM, AEM e EDuFor) apresentou esta tarde, dia 7 de junho, a distinção “Stem School Label Expert” atribuída ao Agrupamento de Escolas de Mangualde. Passa a ser o primeiro agrupamento de escolas em Portugal a receber esta importante distinção e o único da Península Ibérica. Só existem 7 escolas na Europa com este selo. O momento decorreu no salão nobre da Câmara Municipal de Mangualde e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Marco Almeida, e do vereador da Educação, Rui Costa.

“Este é, de facto, um momento de grande importância para o nosso Município, não só para a escola em si, mas também para o concelho no seu todo”, começou por referir Marco Almeida. “Este é um relevante reconhecimento do trabalho realizado pelas atividades da academia STEM, do empenho e do esforço de todos os envolvidos”.  O Presidente reforçou ainda que “com este selo vimos também reconhecido o trabalho da rede. Temos priorizado este trabalho em rede e está aqui agora um dos melhores resultados: a escola e o município juntaram-se para um objetivo comum, que era criar as melhores condições para o nosso território ser considerado diferenciador”. No final deixou uma palavra de “agradecimento, em nome do Município, por todo o trabalho desenvolvido, pelo empenho e dedicação.

O vereador da educação destacou que “a obtenção do Selo STEM Expert é o culminar de um compromisso assumido pelo Município de Mangualde, em conjunto com o Agrupamento de Escolas de Mangualde e o Centro de Formação de Professores EduFor, na metodologia STEM do pré-escolar ao secundário, com apoio à Academia STEM Mangualde criada em 2018”.  Rui Costa sublinhou ainda que “esta distinção é o reconhecimento do trabalho realizado por uma grande equipa de professores, especialistas, parceiros (tecido empresarial, ensino superior, entidades educativas nacionais, etc.) de mais de 100 atividades STEM.”

Atribuição do STEM School Label

A atribuição do STEM School Label pretende apoiar as escolas no desenvolvimento de Projetos STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), através de um processo de avaliação a partir de sete critérios, baseado em partilhas de dados de práticas escolares e estudos de caso publicados na plataforma. Pretende ainda reconhecer boas práticas, bem como promover a criação de redes entre diferentes parceiros das escolas. Os critérios avaliados foram: ensino, implementação do currículo, avaliação, profissionalização do staff, liderança e cultura escolar, parcerias e redes, e infraestruturas escolares. O desempenho STEM do Agrupamento de Escolas de Mangualde foi validado através de uma ferramenta de avaliação online, que utiliza os critérios identificados para o reconhecimento de uma “Escola STEM”. Esta ferramenta de autoavaliação identifica áreas com necessidades de desenvolvimento e faculta sugestões de recursos às escolas candidatas no sentido de aperfeiçoarem as suas atividades STEM a nível escolar e evoluírem na atribuição da certificação. Para decidir qual o selo a atribuir, o programa avaliou a estratégia STEM seguida no Agrupamento de Escolas de Mangualde a par de outros fatores.

Cientistas desenvolvem robô que ajudará crianças cegas e com boa visão a conversar entre si

No âmbito do programa “Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa”, promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa aqui fica mais um artigo.

Um novo robô desenvolvido a pensar na acessibilidade, permitirá que crianças com e sem problemas de visão tenham uma conversa onde todos participam equitativamente.

Investigadores do Interactive Technologies Institute divulgaram recentemente um estudo sobre a utilização de um robô para mediar discussões em grupo entre crianças com habilidades visuais mistas. A equipa apresentou o estudo durante uma conferência internacional sobre Interação Humano-Robô, realizada em março deste ano em Estocolmo.

A equipa de investigação tomou conhecimento que crianças com deficiência visual participam menos nas discussões em grupo. O grupo de investigação aponta o dedo à falta de tecnologias acessíveis que se adaptem às necessidades das crianças com e sem deficiência visual. “A maioria das tecnologias acessíveis é desenvolvida para ser utilizada apenas por crianças com deficiência, o que as exclui de muitas atividades que possam ser realizadas em sala de aula. Além disso, as crianças com deficiência visual têm maior dificuldade em perceber a conversação e as pistas não verbais relacionadas”, explica Isabel Neto, investigadora principal e doutoranda no Instituto Superior Técnico.

Com vista a encontrar uma solução, os investigadores adaptaram um robô disponível comercialmente – Dash – para que seja capaz de mediar discussões em grupo entre crianças com habilidades visuais mistas. O robô move-se entre as crianças e permanece ao pé da criança que se encontra a falar, enquanto usa microfones para entender quanto é que cada criança está a contribuir para a discussão. O robô é ainda apaz de se deslocar até às crianças do grupo que falam menos para as incentivar a intervir mais. O Dash usa LEDs coloridos e expressões verbais para comunicar o envolvimento da conversa e incentivar a participação das crianças. “Os comportamentos do robô foram criados através do desenvolvimento de software, especificamente concebido para ser usado por crianças de capacidades visuais mistas. Os seus comportamentos são percecionados por qualquer criança, independentemente da sua acuidade visual”, esclarece a investigadora.

O estudo realizado com grupos de crianças teve como objetivo testar se a intervenção do robô promoveria a participação igualitária de crianças com e sem deficiência visual em conversas em grupo. “Estávamos interessados em avaliar o quão equilibrada seria a participação do grupo. Considerámos um grupo equilibrado sempre que as crianças falavam de forma justa pelo mesmo período de tempo. Por outro lado, considerámos desequilibrados os grupos em que pelo menos uma criança falava significativamente mais ou menos do que as outras”, esclarece Isabel Neto.

O estudo mostrou que o robô reduziu a discrepância entre a participação de crianças com e sem deficiência visual. A equipa alcançou estes resultados usando o que apelidaram de estratégia diretiva. Neste caso, o robô aproxima-se da criança menos participante, incentivando-a a falar. “Embora não tenha eliminado totalmente as discrepâncias, o robô reduziu consideravelmente essa desigualdade. Estamos a falar de um pequeno mas promissor passo no sentido de uma participação mais justa de todas as crianças nas atividades em sala de aula”, conclui a investigadora.

Esta investigação destaca as vantagens da criação de tecnologias inclusivas que qualquer pessoa pode usar, promovendo experiências justas e equitativas. No futuro, a equipa do Interactive Technologies Institute aperfeiçoará a estratégia diretiva para torná-la mais orgânica e natural. “Também queremos expandir nosso público e explorar como poderíamos usar um robô noutros grupos de habilidades mistas, como crianças no espectro do autismo”, revela. Os investigadores esperam que suas descobertas influenciem positivamente a dinâmica de grupo em casa, nas salas de aula e locais de trabalho.

Esta investigação resultou de uma colaboração entre o Interactive Technologies Institute, o Instituto Superior Técnico, o INESC-ID e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Neto, I., Correia, F., Rocha, F., Piedade, P., Paiva, A., & Nicolau, H. (2023). The Robot Made Us Hear Each Other: Fostering Inclusive Conversations among Mixed-Visual Ability Children. Proceedings of the 2023 ACM/IEEE International Conference on Human-Robot Interaction, 13–23. Presented at the Stockholm, Sweden. doi:10.1145/3568162.3576997

 

Daniel da Costa Ribeiro

Interactive Technologies Institute

daniel.costa.ribeiro@tecnico.ulisboa.pt

Foto:DR

Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPV e Fundação Abel e João de Lacerda assinam protocolo

Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPV e Fundação Abel e João de Lacerda assinam protocolo que visa atribuição de prémio de mérito.
O protocolo visa incrementar a colaboração entre a Fundação Abel e João de Lacerda e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viseu (ESTGV), nomeadamente em atividades de formação no âmbito do CTeSP em Tecnologia Automóvel, e visa a atribuição do prémio de mérito &Bolsa João de Lacerda ao melhor
aluno do referido curso.
A assinatura do protocolo decorreu no passado dia 14 de janeiro na ESTGV e contou com a presença de Tiago Patrício Gouveia, vogal da Direção da Fundação Abel e João de Lacerda, de António Ventura Gouveia, presidente da ESTGV, de Paulo Vaz, diretor do DEMGI (Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial) e de Octávio Cardoso, coordenador do CTeSP em Tecnologia Automóvel.

Consórcio conquista 12 milhões de euros para desenvolver estrutura de monitorização do solo

No âmbito do programa “Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa”, promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa

O desenvolvimento, em 24 Living Labs europeus, de uma estrutura de monitorização do solo que seja transparente, harmonizada, económica e que permita a avaliação em várias escalas e por utilizadores diferentes é o objetivo do Benchmarks, projeto em que participa o Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), agora financiado com 12 milhões de euros.

A iniciar em janeiro de 2023, este projeto «pretende trabalhar dentro da missão europeia “Soil Health and Food” (alimentação e saúde do solo) que estabeleceu a meta de ter na Europa 75% dos solos saudáveis ou significativamente melhorados até à ao início da próxima década», revela Luís Cunha, investigador responsável pelo projeto na Universidade de Coimbra. «O Benchmarks foi também desenvolvido em linha com o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal) e a Estratégia do Prado ao Prato (Farm-to-Fork), bem como os preparativos para uma nova lei da União Europeia sobre a proteção da saúde do solo», denota.

De acordo com Luís Cunha, o projeto internacional em que participa envolve cerca de três dezenas de instituições europeias e tem ainda definidos outros objetivos, nomeadamente «uma estrutura harmonizada e económica para medir a saúde do solo, a revisão dos indicadores propostos de SH&F e Benchmarks testados nos 24 Estudos de Caso de Paisagem, uma ferramenta integrada de saúde do solo que demonstra as ligações entre indicadores, funções do solo e serviços ecossistémicos, e também uma base científica de esquemas de incentivo à saúde do solo para empresas da cadeia de valor».

Com um período de execução de cinco anos, o Benchmarks vai estabelecer indicadores que requerem uma metodologia multidisciplinar, desde o uso de métodos focados nas propriedades físico-químicas do solo passando também pela biologia e bioquímica. Por outro lado, o foco a várias escalas exige a inclusão de métodos desde a biologia molecular até métodos de deteção remota e sistemas de informação geográfica (SIG).

Este é um projeto Horizonte 2020 que envolve países como Portugal, Áustria, República Checa, Finlândia, França, Itália, Países Baixos, Noruega, Espanha, Suíça e Alemanha, «o que reflete uma grande diversidade cultural e profundamente multidisciplinar», conclui o investigador da FCTUC.

Para saber mais informações pode aceder à página do projeto através do link: https://soilhealthbenchmarks.eu/.

 

 

 

Sara Machado

Assessora de Imprensa – Universidade de Coimbra -Faculdade de Ciências e Tecnologia

Cuidados a ter com as redes sociais na Internet

No âmbito do programa “Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa”, promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa.

As redes sociais são hoje utilizadas pela esmagadora maioria dos internautas. Existem variados tipos e servem todo o género de propósitos, desde o mero entretenimento, passando pela comunicação, até ao estabelecimento de contactos profissionais. Nomes como Facebook, Twitter e LinkedIn fazem parte do vocabulário quotidiano do cidadão, que chega a passar várias horas por dia ligado a estes serviços da Internet.

O conhecido adágio “informação é poder” nunca foi tão verdadeiro como na Era Digital. O volume de informação de que as redes sociais dispõem sobre os seus utilizadores é gigantesco. Pode assumir a forma de fotografias, vídeos e textos, bem como informação de relacionamentos entre utilizadores e dados que os identificam. Quase sempre, este manancial de informação é fornecido pelos próprios utilizadores, voluntariamente. Aliás, essa “partilha” é encorajada pelas regras das redes sociais e alimentada pelos seus utilizadores, ávidos de mais informação.

Sendo a Internet um meio que nos liga de forma global como nunca antes na História foi possível, os cuidados com a privacidade, direitos de imagem e outras precauções assumem importância crucial. É bom que os utilizadores de redes sociais tenham consciência dos riscos que correm ao divulgarem demasiada informação sobre si próprios. Estes riscos incluem exposição a roubo de identidade, chantagem ou extorsão; perda de direitos sobre os conteúdos partilhados; e, em casos extremos, riscos de perseguição ou agressão física.

A proteção contra estes perigos passa, essencialmente, por ser o mais criterioso possível na divulgação de dados pessoais. Qualquer informação que identifica a pessoa (morada, local de trabalho, escola ou contacto) deve ser restrita ao menor número de utilizadores. É importante lembrar que, na Internet, qualquer informação publicada, provavelmente, ficará para sempre disponível. Isto é tanto mais certo quanto mais “interessante” for o conteúdo. Igualmente importante é conhecer as condições que se aceitam ao entrar numa Rede Social, as quais muitas vezes incluem perda de direitos sobre conteúdos submetidos. Sobretudo, a educação das crianças e jovens para o conhecimento dos perigos e formas de proteção é absolutamente fundamental, quer pela exposição acrescida da sua faixa etária às Redes Sociais, quer pela vulnerabilidade da sua condição.

 

 

CERT.PT – Centro Nacional de Cibersegurança – Portugal

Prémio Nobel da Física 2022 foi atribuído a Allain Aspect

No âmbito do programa “Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa”, promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa.

Prémio Nobel da Física 2022

O prémio Nobel da Física 2022 foi atribuído a Allain Aspect, da Université Paris-Saclay e École Polytechnique(França), John Clauster, da J.F. Clauser & Assoc. (Estados Unidos) e Anton Zeilinger, da Universidade de Viena (Áustria),“pelas experiências com fotões entrelaçados, estabelecendo a violação das desigualdades de Bell e sendo pioneiros na ciência da informação quântica”.

Alain Aspect, John Clauser e Anton Zeilinger realizaram cada um experiências inovadoras utilizando estados quânticos enredados, onde duas partículas se comportam como uma única unidade, mesmo quando estão separadas. Os seus resultados abriram o caminho para novas tecnologias baseadas em informação quântica. Ler Mais »