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Fornos de Algodres já desviou de aterro mais de 15 toneladas de resíduos

Projeto de recolha de resíduos porta-a-porta no 1º trimestre de 2024

No fim do 1º trimestre de 2024, o Município de Fornos de Algodres fez um balanço do projeto piloto único em Portugal de recolha de resíduos porta-a-portacombinado com compostagem comunitária, iniciado na freguesia da Muxagata, em parceria com a Junta de Freguesia de Muxagata e da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável.

Até 31 de março de 2024, na referida freguesia da Muxagata (Fornos de Algodres), foram desviadas de aterro mais de 1,7 toneladas de resíduos que, de outra forma, acabariam no contentor de Resíduos Sólidos Urbanos (vulgar lixo) e que, assim, são transformados em composto orgânico e reaproveitados no local. Numa lógica de economia sustentável e circular, o tratamento in-situ dos biorresíduos, sempre que possível, será a solução melhor para lutar contra o desperdício. Protege-se o ambiente, enquanto se reduz a pressão sobre os serviços de recolha de lixo.

Segundo o Municipio, desde o início da sua implementação,  trabalharam sobre um mecanismo diário de gestão, controlo e monitorização, por forma a garantir processos eficazes, tanto na gestão de pessoal afeto, como na quantificação dos resíduos recolhidos.

Isto porque, no plano teórico, não é suficiente haver políticas bem-intencionadas, mas é necessário medir e recolher dados para conhecer a situação de referência e, depois, potenciar ao máximo o desenvolvimento do projeto”.

Estamos, juntos, a construir futuro. Um bem-haja aos habitantes da Muxagata que aderiram ao programa e os nossos parabéns pelos resultados conseguidos que se devem, em muito, a elas. E aproveitamos para incentivar quem ainda não aderiu a juntar-se ao projeto, para que possamos ir ainda mais além. Porque é sempre possível fazer mais e melhor“, refere o Município.

O projeto piloto  mostrou a relevância e impacto das políticas seguidas e assim, já este ano, vai ser implementado o sistema de recolha porta-a-porta na vila de Fornos, na qual já estão a ser distribuídos baldes de compostagem à população e está a ser preparado o sistema de recolha. No próximo ano (2025) esperam que os números, já muito positivos nesta fase inicial, sofram um aumento exponencial. O objetivo é chegar cada vez a mais pessoas e diferentes freguesias, trabalhando de forma faseada conforme os recursos disponíveis, e permitindo que haja um processo de aprendizagem e de análise e monitorização das dificuldades encontradas.

Importante salientar que a política ambiental deste município é muito mais abrangente. No total, até 31 de março de 2024, desviaram-se de aterro mais de 12.5 toneladas de resíduos. Os Resíduos Sólidos Urbanos está a transformar-se em composto, em Fornos de Algodres.

Aqui, destacam-se  mais de 4,6 toneladas – provenientes dos Refeitórios do Agrupamento de Escolas de Fornos de Algodres – ou mais de 1.6 toneladas, provenientes do INATEL.

Acresce ainda ,o chamado “circuito das floristas”, com mais de 600 kgs, em resíduos verdes, o “circuito das borras de café”, com 3,2 toneladas, o Bairro das Capelas, o “Canal HORECA” e os desperdícios dos vários eventos realizados. Se a estes números do desperdício se juntarem os números da reciclagem, então atingimos 15,3 toneladas desviadas de aterro. É uma mudança de paradigma.

De salientar que, o “circuito das floristas e das borras de café” estão inseridos nos objetivos que o Municipio de Fornos de Algodres se comprometeu no Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular, promovida pela CCDR-C.

Estamos a trabalhar em todas as frentes, contentes com os resultados alcançados, mas sempre com o foco de ir, ainda, mais além. E, para isso e como sempre, contamos com todos (população, organizações, empresas), para construir um futuro mais sustentável“, conclui o Município.

Este projeto contribui diretamente para os ODS n.º 11 {Tornar as cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis}; 12 {Garantir padrões de consumo e de produção sustentáveis}; 13 {Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos} e 17 {Parcerias para a implementação dos objetivos}, assim como na Estratégia Municipal Ambiental 2022-2025, nomeadamente no Projeto de Economia Circular e Biorresíduos (P07) do Programa de Gestão de Resíduos e Economia Circular (PM3), que vaticina a implementação de um projeto de separação e reciclagem na origem através da compostagem.

Fonte:MFA

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