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Liturgia e avisos do 19ºdomingo TC

A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta, uma vez mais, da preocupação de Deus em oferecer aos homens o “pão” da vida plena e definitiva. Por outro lado, convida os homens a prescindirem do orgulho e da auto-suficiência e a acolherem, com reconhecimento e gratidão, os dons de Deus. A primeira leitura mostra como Deus Se preocupa em oferecer aos seus filhos o alimento que dá vida. Deus retempera as forças do profeta Elias e manifesta-se o Deus da bondade e do amor, cheio de solicitude para com os seus filhos, que anima os seus profetas e lhes dá a força para testemunhar, mesmo nos momentos de dificuldade e de desânimo. A cena apresenta-nos um Elias abatido, deprimido e solitário face à incompreensão e à perseguição de que é alvo. O profeta sente que falhou, que a sua missão está condenada ao fracasso e que a sua luta o conduziu a um beco sem saída; sente medo e está prestes a desistir de tudo…

No entanto, Deus não está longe e não abandona o seu profeta. A segunda leitura mostra-nos as consequências da adesão a Jesus, o “pão” da vida… Quando alguém acolhe Jesus torna-se um Homem Novo, que renuncia à vida velha do egoísmo e do pecado e que passa a viver na caridade, a exemplo de Cristo. Pelo Baptismo, cada cristão tornou-se morada do Espírito; e ao acolher o Espírito, recebeu um sinal ou selo que prova a sua pertença a Deus. Tem, portanto, de viver em consequência e de expressar, nas suas ações concretas, a vida nova do Espírito. Como exemplo concreto, os crentes têm diante dos olhos Cristo, o Filho bem-amado de Deus que, cumprindo os projectos do Pai, ofereceu a sua vida por amor aos homens. O Evangelho apresenta Jesus como o “pão” vivo que desceu do céu para dar a vida ao mundo. Para que esse “pão” sacie definitivamente a fome de vida que reside no coração de cada homem ou mulher, é preciso “acreditar”, isto é, aderir a Jesus, acolher as suas propostas, aceitar o seu projecto, segui-l’O no “sim” a Deus e no amor aos irmãos. Os interlocutores de Jesus não aceitam a sua pretensão de Se apresentar como “o pão que desceu do céu”. Eles conhecem a sua origem humana. Em consequência, eles não podem aceitar que Jesus Se arrogue a pretensão de trazer aos homens a vida de Deus. Em lugar de discutir a questão da sua origem divina, Jesus prefere denunciar aquilo que está por detrás da atitude negativa dos judeus face à proposta que lhes é feita: eles não têm o coração aberto aos dons de Deus e recusam-se a aceitar os desafios de Deus… O que é decisivo, neste processo, é o “acreditar”. Essa vida que Jesus está disposto a oferecer não é uma vida parcial, limitada e finita; mas é uma vida verdadeira e eterna. “Vida plena” não indica aqui, apenas, um “tempo” sem fim; mas indica, sobretudo, uma vida com uma qualidade única, com uma qualidade ilimitada, uma vida total, a vida do homem plenamente realizado.

Por:UPFA/AB

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