Foi esta terça-feira, assinado no Município de Gouveia um protocolo para uma nova estratégia de desenvolvimento económico e social, alavancando o crescimento económico e a criação de emprego, no contexto dos territórios de baixa de densidade entre os municípios de Gouveia, Fornos de Algodres, Mangualde e Nelas.
São parceiros da rede a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC), a Turismo do Centro – Entidade Regional de Turismo e Pequenas e Médias Empresas dos territórios das Autoridades Urbanas.
A articulação entre parceiros pretende contribuir para a criação de valor económico e social a partir dos recursos endógenos que constituem a matriz identitária dos territórios subjacentes.
A Rede de Territórios do Alto Mondego reveste-se de uma natureza multipolar, trabalhando o património material e imaterial de cada município, de uma forma complementar, pluridisciplinar e integrada através de projetos “âncora” que permitam transferir novas aptidões para o tecido económico local, inserido em territórios rurais envelhecidos e desertificados.
Numa fase inicial a Rede de Territórios do Alto Mondego submeterá uma candidatura para um projeto de investimento estimado em 6 Milhões e 250 Mil Euros. A captação de financiamento público e privado, materializando investimentos produtivos, com efeito multiplicador na economia local é o principal objetivo definido para a Rede Territorial do Alto Mondego.
Luis Manuel Tadeu Marques, Presidente da Câmara Municipal de Gouveia considerou que esta Rede é um verdadeiro desafio. “O Município de Gouveia foi o promotor desta iniciativa e dos contactos mantidos com os meus colegas de Fornos de Algodres, Mangualde e Nelas criámos uma união e uma vontade única para desenvolver um projeto que a todos identifica”.
“Todos temos as mesmas dificuldades, mas todos sabemos que apenas concertadamente conseguiremos criar valor para os nossos concelhos. Foi Gouveia que deu o “pontapé de saída” mas é agora esta equipa que junta os municípios, as universidades, os politécnicos, os parceiros institucionais e tecido empresarial, que vai permitir criar uma candidatura que promova o desenvolvimento do Alto Mondego enquanto território de inovação e empreendedorismo para revitalizar o tecido económico local. Temos que ser nós, os que cá vivemos, a criar riqueza e postos de trabalho a partir das empresas e das associações que trabalham o território. Este é um projeto que tem este foco” frisou o Presidente da Câmara Municipal de Gouveia.
Também António Manuel Pina Fonseca, Presidente da Câmara Municipal de Fornos de Algodres, reiterou que as assimetrias entre territórios devem ser combatidas. “Há diferenças entre Fornos de Algodres e Mangualde, há diferenças entre Fornos de Algodres e os concelhos do litoral, mas estas assimetrias internas e externas devem ser combatidas com projetos complementares como o que assinamos hoje. As parcerias que promovam o reforço da coesão e aumentem a competitividade dos territórios são fundamentais para os nossos concelhos”.
João Nuno Ferreira Gonçalves Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, destacou a Rede de Territórios do Alto Mondego como sendo um veículo para promover o Território e as Pessoas que nela habitam, aumentando a capacidade de criar valor e projetos inovadores. “Às vezes esquecemo-nos que em Bruxelas existem um conjunto de ferramentas que nos podem permitir capacitar e desenvolver as nossas empresas e os nossos territórios. Temos que entrar nas redes europeias e demonstrar que temos um território capaz e projetos de qualidade que podem promover o desenvolvimento local. A cultura, o turismo, o investimento privado e o mercado de arrendamento são vetores desenvolvimento que defendo para o concelho de Mangualde e este projeto consubstancia três destes vetores”.
Igualmente, José Manuel Borges da Silva, Presidente da Câmara Municipal de Nelas, destacou que “o Rio Mondego que nos separa é agora um bom pretexto para nos unir. Este projeto cria a vontade de competir, competir pelo financiamento e competir pelas nossas terras através da inovação e dos produtos de excelência que possuímos”.
fotos:Mun.Gouveia