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Pinheiro de Tavares ao tempo do Império Romano

Pinheiro de Tavares ao tempo do Império Romano-1De forma a dar a conhecer o que belo existe no concelho, e aproximar a população do património mangualdense, a Câmara Municipal de Mangualde promove mensalmente a campanha «Mangualde, o nosso património!». No mês de maio, o destaque vai para o Pinheiro de Tavares ao tempo do Império Romano.

 Pinheiro de Tavares ao tempo do Império Romano

A romanização do território que hoje integra o concelho de Mangualde é patente através de vários testemunhos. Em Pinheiro de Tavares, na freguesia de São João da Fresta, existe uma grande quantidade de vestígios arqueológicos que atesta o seu povoamento durante o Império Romano. São, sobretudo, as duas estelas funerárias, epigrafadas, datadas do século II d. C., destinadas a ser colocadas à cabeceira das sepulturas, que assumem maior importância.

Uma das estelas foi reutilizada como ombreira de um portal de um pequeno quintal e tem a seguinte inscrição: “(Aqui jazem) …?…, filho de Tritéu, de trinta anos, e Súnua, filha de Mearo, de setenta anos. Cenão, filho de Tritéu, mandou fazer ao irmão e à mãe.” Esta inscrição encontra-se, desde há alguns anos, na sede da ACAB.

A outra, que vemos na fotografia, encontra-se ainda a servir de peitoril de janela numa modesta habitação daquela aldeia. Reza assim o epitáfio: “Consagrada aos deuses Manes. Flavina filha de Flavo, mandou fazer a sua mãe,…, filha de Alúquio, de sessenta anos”.

Levando em conta estas epígrafes, assume-se que Pinheiro de Tavares terá tido origem, pelo menos, no século II d. C., provavelmente num povoado ou numa propriedade rural romana de alguma importância.

LAT: 40°37’55.574″N  / LON: -7°34’4.201″W

António Tavares, Gabinete de Gestão e Programação do Património Cultural

Com esta campanha todos ficam mais próximos do vasto esplendor patrimonial do nosso concelho. Nesse sentido, continua a ser colocada, em vários pontos de encontro do concelho, informação sobre o monumento/património apresentado. O património material e imaterial vai sendo apresentado consoante a categoria com a qual foi classificado: arqueologia, pelourinhos, fontes, palacetes e religiosos, bem como outros bens patrimoniais. Cada categoria será representada por uma cor que a distingue das restantes.

Foram já vários os bens patrimoniais destacados por esta campanha nos últimos três anos. Deixamos de seguida apenas alguns exemplos. Em maio último destacamos a Igreja de São Silvestre de Pinheiro de Baixo e de Cima e Picota: tecnologia antiga, no mês de junho, os Vestígios de Outrora: Vila Nova de Espinho, em agosto Paredes que falam da História, em setembro o Santo António dos Cabaços. As últimas campanhas contemplaram a Arquitetura modernista em Mangualde, Tribunal de Mangualde e Português Suave. Ao arrancar 2017 o destaque foi para os Refrigerantes Condestável… de Abrunhosa do Mato no mês de janeiro e para os Bordados de Tibaldinho… património das culturas populares, no mês de fevereiro. No mês de março o destaque foi para a Casa dos Condes de Mangualde e no mês de abril o destaque foi para a Fonte de Ricardina.

Por:Mun.Mangualde

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