
Haverá uma intervenção final de um representante do Grande Oriente Lusitano. O jantar de homenagem acontece no Hotel Mira Serra, Celorico da Beira.
Deixamos agora um breve historial do homenageado que foi Oficial da Marinha, capitão-de-fragata, engenheiro naval, maçon: José Eduardo Simões Coimbra (1908-1996), Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano nos anos 80.
Iniciado em 1945 na Loja Simpatia e União N.º 4, o Comandante Simões Coimbra assumiu “riscos que poderiam fazer perigar a sua carreira e a sua vida” ao ser aceite numa das pouquíssimas oficinas que funcionaram clandestinamente durante a ditadura, recorda o biógrafo Luís Vaz. “A sua vida impoluta e prenhe de virtudes raras deve ser conhecida nas suas componentes profana e maçónica.” Um dos nomes mais dignos da transição democrática de 1974, a ele deve-se, com outros Irmãos, a diligência para restituir ao Grande Oriente Lusitano o Palácio Maçónico (Lisboa) no pós-25 de Abril. Para João Soares, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e maçon, que presta um depoimento no livro de Luís Vaz, Simões Coimbra “pertencia a uma escola de militares, muito particularmente oficiais, da forte corrente republicana, e liberal, da Marinha Portuguesa, marcadamente influenciada pelos valores da Maçonaria, Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Era uma figura marcante, um homem alto de porte distinto, que assumiu de forma firme, mas sem exibicionismos, a sua fidelidade aos valores da Maçonaria e a sua pertença”.