Orçamento realista tendo em vista o futuro
Após a elaboração e aprovação do Orçamento 2019 pelo Executivo Municipal fomos conversar com o atual executivo, Manuel Fonseca, Presidente da Câmara e seus vereadores Alexandre Lote e Bruno Costa.
Um novo ano está à porta, um novo orçamento para ser posto em prática, que novidades aí vêm?
Este orçamento foi aprovado com três votos a favor, e dois contra, a razão evocada para votarem contra foram aspetos formais e não de conteúdo, agora cada um toma as decisões que tem de tomar e não houve aqui nenhuma divergência de fundo por parte das duas vereadoras, apenas entenderam que as coisas formais deveriam ser conduzidas de outra forma.
Agora em relação a este orçamento em si, é realista, pretendemos chegar ao final de 2019 e chegar com taxas de execução idênticas às que temos apresentado nos últimos anos.
As taxas de execução tanto da despesa como da receita são sempre superiores a 90%, e depois temos outra regra que nos é imposta mas, que tivemos sempre em conta, desde que aqui chegámos, isto é, ter finanças e autarquias limpas, podermos pagar aos fornecedores, pagar os encargos financeiros que daí vêm da dívida e pagar todas as dívidas, embora não tendo sido feitas por este executivo, vão transitando em julgado as diversas demandas e estamos preparados para que no próximo ano, caso seja, vontade dos tribunais possam ser resolvidas.
Um orçamento com dois ou três pilares, 2019 é o arranque de algumas grandes obras, como a requalificação do Mercado Municipal que vai arrancar, também a Zona Industrial de Juncais, que é um projeto adiado há muitos anos desde 1998 e em 2019 terá o seu epílogo.
Agora existem várias obras que estão em cima da mesa, como a Escola de Figueiró da Granja, que vão também avançar as obras, este também um dos anseios das pessoas não só de Figueiró mas também dos alunos das localidades limítrofes.
Esta escola vai ter todas as valências, vai ser renovada e permite não só funcionar como escola, mas também pode ser aberta à comunidade, no sentido de ter outro tipo de valências.
São estes os trabalhos que vamos fazer, agora aposta continua sempre nos mais idosos, nos jovens, tendo em conta este orçamento realista, é isto que em linhas gerais pretendemos fazer.
Este vai ser um orçamento de 6 milhões e 900 mil, muito realista, não queremos fazer como se fazia antigamente, com valores elevados e depois não era executado, assim este é o valor que temos para 2019.
Alexandre Lote, vice- presidente, falou-nos um pouco das áreas a seu cargo e começou por nos dizer que na área da Educação, existe a candidatura de combate ao insucesso escolar, onde estão a introduzir a robótica no 1ºciclo, vai haver programa de acompanhamento e orientação mas que vai duplicar o número de horas de apoio na terapia da fala a todos no 1ºciclo.
Existe também um projeto de empreendedorismo direcionado para os alunos dos cursos profissionais, onde serão introduzidos alguns clubes, como Xadrez, já a funcionar na escola e existe a ambição de introduzir o Clube de proteção civil no próximo ano.
Na área da saúde, vai haver o programa de apoio à natalidade, se for aprovado na AM, vai abranger as crianças que ainda não tenham completado os 36 meses, recebem as crianças que dos 0-36 meses que não tenham qualquer subsídio durante esse período cerca de 1200 euros.
Temos também o programa de apoio à ovinicultura e bovinicultura, virado para os produtores e reforçar o setor primário, onde os produtores vão ser apoiados na criação de gado.
A ideia aqui é rejuvenescer o setor e apoiar de algum modo uma vez que as receitas têm vindo a decrescer.
Na ação social, temos os projetos que já iniciámos, da Tele Assistência, oficina domiciliária, e no associativismo são mais 15 mil euros para apoiar as Associações Culturais, por fim temos o programa da Cidade Amiga das crianças, que enviaremos em breve à UNICEF, e implica obrigações que honraremos, implica cinema, melhoria das condições de segurança, onde já melhoramos em alguns aspetos, a criação dos clubes referidos atrás e a requalificação dos parques infantis e colocar algo que faça mais falta.
Ainda vai ser requalificado o CIHAFA, com o objetivo de concluir em 2019 e na proteção civil, continuar a apostar na manutenção das faixas de rodagem e gestão de combustível.
Vamos criar mais um ponto de água, a exemplo da de Algodres que foi muito útil.
Já Bruno Costa, titular da pasta do ambiente, salientou que antes de passar ao tema, devia salientar o facto do executivo ter consultado, as juntas de freguesia, no sentido de todos darem opinião.
Destaco o eixo da educação que se liga na área ambiental, houve um aumento de 18% face às grandes alterações em relação ao ano anterior. Neste caso o programa Eco – Escolas, que é uma grande mais-valia. A ideia é fazer vários programas ao longo do ano, Eco-Escolas, programas da educação ambiental, iniciámos pela água, depois a reciclagem, onde já aumentámos o número de ecopontos. Como exemplo os comerciantes do eixo comercial vão agora dispor de um novo Ecoponto. Depois surge a campanha do Plástico, no sentido de reduzir mais ainda o número de sacos e derivados do plástico.
Vamos começar pelo Município e depois alargado, à comunidade, segue-se um problema que está meio resolvido, uma vez que as fossas sépticas em Vila Ruiva, não são suficientes.
Vamos continuar com o plano de monitorização no que toca água, outras recolhas serão feitas basta seguir as diretrizes. A qualidade da água tem de ser prioridade.
Vamos ter um grande investimento no Rio Mondego, onde será feito o desassoreamento, para aumentar o caudal e qualidade de água.
As políticas municipais então em linha com as políticas governamentais, no que toca ao setor da água.
Outro tema foi a vespa asiática, ao que o Presidente da Câmara, Manuel Fonseca, salientou: tem sido feito um bom trabalho pela equipa liderada pelo engenheiro da área, mas é importante uma parceria do Estado, no caso do mal dos Pinheiros, já fizemos nesse campo o nosso trabalho, o levantamento e abate, agora já alertamos o Ministério da Agricultura, na secretaria das florestas, para que possa dizer algo, uma vez que é um problema grave a nível ambiental e aqui todas as matas têm esse problema, assim esperamos que em 2019, haja uma solução no sentido de dar a volta a isto e se consiga fazer algo. É um problema de vários concelhos.
Fornos de Algodres Natal, um presépio natural
Vai haver diversas atividades, alusivas ao Natal, agora não nos podemos esquecer da situação financeira e não podemos ter iluminação de Natal para toda a vila, vamos fazer coisas pequenas para que todos possam estar connosco no Natal. É uma época que estamos imbuídos no espírito natalício, nos lembrarmos dos que já partiram e independentemente da divergência de opiniões que existe, é importante que haja, porque somos uma sociedade plural, mas que cada um reflita no que pretende para o concelho de Fornos, e na parte que nos toca, Presidente e Vereadores, tudo vamos fazer para melhorar as condições das pessoas que resistem viver aqui no nosso concelho.
Vão contar connosco nos próximos anos para dar o melhor às pessoas.
As atividades vão iniciar a 5 de dezembro e finalizam a 6 de janeiro e assentam em dois focos principais, apoiar o comércio local e fazer uma campanha de sensibilização para comprar no comércio local, para gerar economia.
Todos que comprarem no comércio local ficam habilitados a um sorteio a realizar no dia 6 de janeiro, na Câmara Municipal, é um incentivo. Vai haver o concurso de Montras e algumas atividades para as crianças e associações.
Para as crianças a festa de Natal no Auditório do Centro Cultural Dr. António Menano.
Vamos fazer dois mercadinhos, a 15 e 22 do corrente, onde convidamos as associações, e no dia 16 a festa dos mais velhos e no seguinte a festa dos mais novos.
A iluminação será apenas nas árvores do jardim municipal e 3 árvores em 3 pontos do concelho, uma vez que não podemos fazer de outra forma no aspeto financeiro.
Agora temos de ser realistas para termos muita gente de fora, teríamos de fazer um investimento avultado e não nos é possível, agora quem vier aqui no Natal vai perceber que é um espírito de Natal genuíno e não alavancado por milhares de euros, e que é uma despesa duvidosa em relação ao retorno que pode trazer.
Temos dois projetos, “Compre no Comércio Local” e “Fornos de Algodres um Presépio Natural”.
Para finalizar esta conversa, Manuel Fonseca, Presidente do Município deixou indicadores para 2019,” Estamos quase no final do Quadro comunitário de apoio, o projetos com início em 2019, outros a terminar em 2019, está aí a reprogramação financeira, no sentido das verbas de alguns projetos que se tornaram inviáveis para a região.
Que 2019 seja um ano que se façam diversas coisas neste concelho e se possa diminuir esta tendência de as pessoas saírem e não voltarem.
Este é o nosso espírito para criar condições para que cada vez mais gente se fixe aqui, sei que existem jovens e empresários a candidatarem-se a diversas linhas de apoio para terem o seu negócio e com a área industrial de Juncais vamos criar condições para que, os investidores tenham disponível uma área para se instalarem.
Estamos otimistas em relação a 2019 e penso que, será um ano marcante para o concelho de Fornos de Algodres”.