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Tag Archives: Ação reflorestação

Gouveia – Município e a associação CUIDAR em processo de reflorestação da zona da mata

A associação CUIDAR, em colaboração com o Município de Gouveia, desenvolveu, durante o dia 11 de janeiro, um programa de valorização do Parque Natural da Serra da Estrela, que contou com a presença de personalidades como Cláudia Vieira e Diamantino Martins. Após a assinatura de um protocolo entre o Município e a associação CUIDAR, iniciou-se o processo de reflorestação da zona da mata da Câmara que se encontra a ser executada pela referida associação.
O encontro marcado para as 9h30 teve lugar no espaço Chocolate&Tu, onde os convidados se reuniram de forma a se dirigirem ao Curral do Negro, para realizarem uma plantação simbólica, de 500 plantas. Durante o ano de 2024, foram plantados 15 hectares, os quais foram inaugurados como “Serra CUIDAR” e foram batizados pelos parceiros da associação.
O regresso a Gouveia fez-se acompanhar com uma ginginha em copo de chocolate e um brinde CUIDAR, novamente no Chocolate&Tu, culminando num almoço convívio na Quinta dos Namorados.

Foto:MG

Mês da floresta autóctone na Serra da Estrela

Pouco mais de um ano depois do incêndio que devastou 25% da área do Parque Natural da Serra da Estrela, várias associações e movimentos cívicos juntam-se, este novembro, para celebrar o mês da floresta autóctone. Em ações e eventos em torno do dia da bolota (dia 10 de novembro) e do dia da floresta autóctone (dia 23 de novembro) alertam para a importância da preservação desses ecossistemas diversos e resilientes.
© Nik Völker

Carvalho centenário na Capela de São Lourenço, Manteigas

Num território afetado pelos efeitos das alterações climáticas, por incêndios que se repetem em ciclos cada vez mais curtos e pela proliferação de plantas exóticas invasoras, a preservação e regeneração da floresta autóctone é fundamental para tornar os territórios mais resilientes, combater a perda de biodiversidade e promover ecossistemas equilibrados que contribuem, entre outros, para sequestrar carbono, regular os ciclos de água e a temperatura ambiente. A sensibilização para a importância da reflorestação centra-se, normalmente, no dia da árvore, em março. Foram já vários os apelos, entre eles um manifesto iniciado pelos Guardiões da Serra da Estrela, que alertaram para a pouca eficiência de plantações nessa altura do ano, uma vez que é agora, no outono, que se deve plantar.

No entanto, o Mês da Floresta Autóctone não se reduz a ações de reflorestação, que são apenas uma das muitas atividades que podem contribuir para a recuperação e preservação de ecossistemas florestais biodiversos em todas as suas camadas e dimensões. Demonstrar esta diversidade, realçar o papel fundamental das comunidades locais na preservação desses ecossistemas e convidar, a quem vem de fora da Serra da Estrela, para se juntar a estas comunidades de guardiões e guardiãs do território, são objetivos comuns de todas as ações.

O primeiro passo para a preservação é, muitas vezes, conhecer melhor o que se quer preservar. Com esse objetivo, o Movimento Estrela Viva (MEV) realizou, ainda em outubro, uma caminhada de recolha de sementes de teixo (Taxus baccata) – uma árvore de crescimento lento muito afetada pela intervenção humana. O CERVAS / Associação ALDEIA, por sua vez, convida a olhar para os solos das florestas, à descoberta do mundo dos fungos: na exposição Cogumelos Incríveis, patente na Casa da Torre em Gouveia durante todo o mês de novembro, e numa saída de campo e workshop no dia 19 de novembro onde os participantes são convidados a aprofundar conhecimentos sobre o tema.

O combate às plantas exóticas invasoras serve de mote a uma ação do Movimento Estrela Viva no dia 11 de novembro, na Portela do Arão. A planta em destaque é a háquea-picante (Hakea sericea) que, após vários incêndios, começou a modificar os habitats naturais daquela zona, ameaçando a sobrevivência de espécies autóctones.

Também a Associação Veredas da Estrela convida voluntários a apoiar a recuperação pós-incêndio, dando início, no dia 11 de novembro, aos trabalhos no Soito do Futuro – um bosque de castanheiros afetado por dois incêndios que foi recentemente adquirido pela associação com o objetivo de o transformar num soito que alie a conservação a uma utilização sustentável por parte da comunidade, criando um espaço de partilha, convívio e aprendizagem.

Os Guardiões da Serra da Estrela dão continuidade ao programa Renascer de dentro para fora, com ações de estabilização de solos, plantações de variedades autóctones e rearborização de zonas afetadas pelos incêndios. A Associação Cultural Amigos Serra da Estrela (ASE) também foca o seu trabalho nas zonas mais afetadas pelo incêndio do ano passado, com ações de reflorestação em Lapa das Cachopas (Covilhã). O mês encerra, no dia 25 de novembro, com uma ação de reflorestação com espécies autóctones na aldeia de Prados, organizada pel’A Geradora – Cooperativa Integral.

Para desfrutar e saborear os produtos de outono da floresta autóctone haverá, ainda, caminhadas e momentos de convívio. Estas são apenas algumas das atividades de um mês de novembro repleto de momentos de aprendizagem e de ação concreta no território para preservar florestas que dão vida à flora, fauna e às comunidades que com elas convivem

Seia-Ação reflorestação da Mata do Desterro

No âmbito do protocolo celebrado com a Springfield e a Anefa – Associação nacional de Empresas Florestais, que resulta na oferta de 22 mil árvores, o Município de Seia vai realizar, no dia 27 de novembro, uma ação de reflorestação em área protegida, na Mata do Desterro.

A ação de reflorestação vem no seguimento do projeto de recuperação florestal de área ardida, iniciado em 2020, e incidirá numa área de cerca de 20 hectares.

Neste dia serão efetuadas ações de retancha de plantas autóctones, nas áreas intervencionadas no ano passado (abrangendo perto de 8 hectares) em continuidade ao trabalho de controlo de vegetação espontânea, e o plantio de árvores em 12 hectares. No total serão plantadas 22 mil árvores, entre amieiros, carvalhos, medronheiros, salgueiros e sobreiros.

A Mata do Desterro é propriedade da EDP, gerida pela Câmara Municipal de Seia desde 2007, através do regime de comodato, tendo em vista o aproveitamento dos recursos existentes no local para o desenvolvimento de atividades de investigação, educação ambiental, turismo e lazer.

Trata-se de uma área com cerca de 136 hectares, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, ocupada essencialmente com pinheiros bravos.

À semelhança de outras iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas neste âmbito, a ação está aberta à participação de todos os que pretendam colaborar, numa ação de voluntariado.