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Projeto Dormir para Bem Sorrir

A equipa coordenadora do Projeto Dormir para Bem Sorrir com estudantes da Escola
Superior de Saúde de Viseu partiu para a 2.ª e 3.ª sessões de saúde escolar na Escola
Básica de Canas de Santa Maria – Tondela, com crianças do 1.º ciclo (2.ºano).
A 2.ª sessão intitulou-se “Está na hora de dormir para bem sorrir”, com a apresentação
de uma música sobre higiene do sono. A música “Uma Noite Encantada” foi escrita e
criada por crianças do 6.º ano da Escola E.B. 2/3 do Caniçal (Ilha da Madeira) e pelo
Professor Luís Agnelo Cardoso do Carmo da disciplina de Música. Esta atividade foi
recebida com entusiasmo, descontração e participação de todos os alunos, sendo no final
promovida a reflexão sobre as 10 regras de higiene do sono.
A 3.ª sessão intitulou-se “Uma boa noite de sono, para um dia cheio de energia”, um
bom sono e atividade física, quando para uma aliança fundamental a uma vida mais
saudável. Nesta sessão desenvolvemos duas atividades dinâmicas e alusivas à temática,
o jogo das latas e a montagem de um puzzle gigante.
Nestas sessões estiveram presentes as coordenadoras do projeto, estudantes do Curso de
Mestrado em Enfermagem Comunitária e estudantes do Curso de Enfermagem da ESSV
do 4.º ano. A Equipa Coordenadora do Projeto é constituída por Odete Amaral (ESSV)
e Paula Carvalho (UCC Tondela).

CIM Viseu Dão Lafões organizou seminário sobre a valorização da Escola

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões promoveu recentemente um grande evento dedicado à Educação, que contou com a participação de diversos especialistas no assunto.

O Seminário “Valorizar e Des(a)fiar a Escola”, que teve lugar na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV) do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), foi um palco privilegiado para a partilha das melhores práticas, locais e nacionais, de projetos e iniciativas socioeducativas inovadoras e promotoras de novas metodologias e abordagens do processo ensino-aprendizagem.

A sessão de abertura desta iniciativa, entre outros, esteve a cargo de João Paulo Gouveia, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Bexiga, Diretor da Visprof, Nuno Martinho, Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, e Cristina Oliveira, Diretora Regional de Educação do Centro.

O evento teve início em torno do conceito de escola feliz e inspiradora, preocupada no bem-estar da comunidade e alunos. Depois de uma primeira pausa, seguiram-se sessões centradas na inclusão, com destaque para o projeto MyMachine. Este é um programa educativo que surgiu na Bélgica, com o objetivo de trabalhar a criatividade e a inovação na educação, capacitando os alunos com competências para intervirem no contexto onde se inserem, pensar o território, identificar problemas ou necessidades e, depois, dar-lhes ferramentas para que possam resolver esse desafio.

Seguiu-se um momento de debate, cujo tema central versou o sucesso educativo em Viseu Dão Lafões, tendo contando com a participação de Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, e Pedro Ribeiro, Vereador da Educação do Município de Viseu, entre outros oradores. Para finalizar, teve, ainda, lugar uma conferência final de Rui Correia, vencedor do  Global Teacher Prize Portugal 2019.

“Este importante Seminário surgiu no seguimento do trabalho continuado que a CIM Viseu Dão Lafões tem vindo a desenvolver na promoção do sucesso educativo na região. A Educação está na base de todas as competências e valorizar as escolas é uma prioridade máxima numa estratégia intermunicipal que vê o Ensino como um pilar estrutural para o desenvolvimento do território”, destaca Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões. “Com esta iniciativa trouxemos a Viseu alguns dos melhores especialistas nacionais no assunto e partilhamos também as nossas experiências. Foi, seguramente, um debate enriquecedor para todos os participantes”, acrescentou.

Artigo de Sandra Correia – A profissão das profissões

Vamos falar de professores. Não, não pare agora. Muito tem sido dito e escrito sobre os professores. A sociedade é bombardeada por notícias televisivas, entrevistas a ministros e debates confusos sobre os professores. A verdade é que tanta informação controversa provoca ideias erradas sobre uma profissão que, em tempos, era nobre. Quem não se lembra da valorização e dignificação do Sr. Professor?

Hoje, remamos em sentido inverso. O professor, que mantém a profissão das profissões, deixou de ser respeitado, quer por quem governa, quer pela população, em geral. Eu sou professora, por paixão, gosto mesmo do que faço, desde ensinar português, promover e desenvolver atividades que propiciem ferramentas para os futuros cidadãos e criar laços de afeto com os meus alunos. É verdade, nem sempre corre tudo bem: a falta de interesse, de empenho, a indisciplina são pedras que procuro afastar do caminho, das mais variadas formas e acreditem, é possível ter sucesso, é possível mover os alunos para cumprirem o seu objetivo: aprender, querer aprender, questionar…obviamente, haverá sempre exceções. Sim, ponho o meu amor à profissão, por ter a sorte de estar numa escola onde me sinto feliz, à frente da minha luta contra o sistema, mas não deixei, nunca, nem deixo de reivindicar os meus direitos e revoltar-me contra as injustiças.

Dito isto, vou ao cerne do assunto deste meu artigo: elucidar o que está na base da batalha entre Ministério da Educação e professores. É de extrema relevância que a sociedade compreenda o que fundamenta a luta da classe docente. Com um novo governo, nasce um novo ministro que se lembra de alterar o diploma dos concursos de colocação. Há muito que se pede a redução das zonas pedagógicas e prevê-se que seja feita e uma colocação por graduação. O problema está no facto dos professores de quadro de zona virem a ser colocados em escolas por decisão ou escolha do grupo de diretores dessa zona. Simplificando: imaginem os diretores da CIM das Beiras e Serra da Estrela reunidos para escolherem os professores que lá ficaram colocados. O ministro não mente quando diz que não haverá municipalização nos concursos, omite como será feita a colocação nas CIM. Cai assim a regra da graduação. Outra situação que tem vindo a desgastar os professores é a sua avaliação de desempenho para progressão na carreira aos quinto e sétimo escalões, onde impera o sistema de quotas. São milhares de professores retidos nas listas, à espera de vaga. Em nenhuma área da administração pública isto acontece. Para não falar da não contagem de tempo de serviço de mais de seis anos de serviço efetivo, no tempo do congelamento da Troika.

Prossigo com outra luta, mais delicada, a mobilidade por doença, este ano restrita a vagas decididas pelos diretores e a um concurso num raio de 50 km, em linha reta, e professores do quadro de escola impedidos de concorrer a escolas que distem 20 km em linha reta da sua residência. Ainda acusaram os docentes de falsear declarações médicas! Contrataram juntas médicas para verificar declarações médicas!! Até hoje, faleceram três docentes que não obtiveram a mobilidade. Poderiam ter morrido na mesma?

Não sabemos. Emocionalmente e fisicamente, estas alterações não deixaram indiferentes milhares de docentes a necessitar de colocação para os seus cuidados médicos. Como toda a classe média, os vencimentos não têm tido aumentos dignos, em 2026, o vencimento mínimo estará nos 900 euros e um professor com 28 anos de carreira ganhará pouco mais de 1300€ a avaliar pela taxa de aumento que têm vindo a aplicar. Poderia elencar outras situações, fico por aqui. Reitero que não trocaria a minha profissão por outra, vou buscar a gratificação nos meus alunos, na soma de amigos-alunos que criei para a vida, em muitos anos de trabalho de conquistas e reconhecimento, no entanto, uso a minha voz e as minhas palavras para apelar à justa e merecida valorização e dignificação dos professores, ao respeito das suas funções. Os professores formam os futuros profissionais da sociedade, seja qual for a área de trabalho. A Educação é um pilar da sociedade, a par da Saúde, e tem sido literalmente descurada da visão dos vários governos dos últimos anos. Os professores têm, na sua grande maioria, mais de cinquenta anos, muitos mais de sessenta, estão cansados das sucessivas injustiças e iniciaram uma luta, que espero, não seja abafada.

É a hora de quem manda, olhar com olhos de ver esta realidade, sob pena de não ter professores para colocar nos próximos anos. É a hora de sermos compreendidos pela sociedade, nomeadamente, os pais e encarregados de educação que só podem desejar o melhor para os seus educandos: uma educação de qualidade.

 

Opinião de Sandra Correia — Boas lideranças fomentam escolas felizes

 

Uma instituição será bem-sucedida, quanto mais bem-sucedido, será o seu líder.

A liderança é vista por muitos estudiosos como o alicerce para a organização escolar. Qualquer organização, seja ela qual for, depende de um líder que a oriente e que defina os objetivos a seguir, por todos os elementos que a compõem. A personalidade que o caracteriza, a ambição que possui e o modelo de liderança que adota vão determinar o clima organizacional da escola que lidera.

Considero que um bom líder – não chefe – procura oportunidades e modos inovadores de mudar, crescer e melhorar, aceita desafios, corre riscos e aprende com os erros. Acredito que o líder é um construtor de laços de confiança, um fazedor de vontades, incentiva a colaboração dos seus profissionais nos projetos, reconhece os seus contributos, aprecia a excelência e valoriza os valores e as vitórias de todos, sem exceção e sem favoritismos.

Daniel Goleman defende que o papel emocional do líder deve assentar nos “sentimentos das pessoas”. Assim, a liderança emocional é a capacidade de gerir as emoções de uma forma positiva na relação com os outros. Reconhecer um sentimento é essencial para o discernimento emocional, controlamos as nossas emoções para que guiem os nossos comportamentos, com o objetivo de alcançar os resultados que pretendemos.

Atualmente, o sucesso no trabalho depende mais do modo como controlamos as nossas emoções em benefício próprio e da organização, do que das nossas capacidades intelectuais. As pessoas que, maior certeza têm sobre os seus próprios sentimentos (alegria, tristeza, ansiedade, irritação, nervosismo) conseguem maior autocontrolo e maior relacionamento social. Se temos consciência das nossas emoções é mais fácil conseguirmos ultrapassar as dificuldades que nos aparecem ao longo da vida.

É cada vez mais urgente as lideranças de topo e intermédias, nas escolas, olharem para os seus colaboradores, professores e funcionários, como pessoas, como agentes que promovem o bem-estar e a felicidade de quem os rodeia, mas essencialmente, dos nossos alunos. Apesar da legislação apontar para a figura unipessoal do Diretor, um bom Projeto Educativo de Escola, só será concretizado se todas as partes forem ouvidas e envolvidas nesse projeto, se houver a capacidade de pedir ideias, sugestões, melhorias, de aceitar o erro, outros caminhos. Um bom diretor só liderará com uma boa equipa, da mesma forma que o comandante de um navio só chegará a bom porto se toda a tripulação remar em boas marés.

Numa época em que a Educação sofre autênticas tempestades, nas progressões na carreira, na avaliação de desempenho, que se refletem num crescente individualismo e autoritarismo, impera a quem lidera refletir a Escola que deseja, uma escola bem sucedida onde reine o bem-estar, a felicidade e o sucesso, só assim conseguirá ter profissionais agrados, alunos de sucessos, curriculares mas essencialmente futuros cidadãos mais felizes, bons profissionais, numa sociedade mais justa onde os valores do respeito, da gratidão, e da valorização do outro sejam a luz para ultrapassar os obstáculos que já são tantos.

Já existem líderes e escolas, assim… que se multipliquem!

Congresso Internacional de Animação Sociocultural, Educação, Cidadania, Participação, Turismo e Desenvolvimento Comunitário em Celorico da Beira

Vai ter lugar o Congresso Internacional de Animação Sociocultural, Educação, Cidadania, Participação, Turismo e Desenvolvimento Comunitário,  de 13 a 15 de outubro, promovido pela Associação para a Promoção e Divulgação Cultural (Intervenção), com o apoio da Câmara Municipal de Celorico da Beira.
A iniciativa vai contar com as presenças do sr. Professor Doutor Arlindo Cunha (ex-Ministro da Agricultura e Professor Universitário), e da sra. Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Professora Doutora Isabel Ferreira, responsáveis pelas conferências de abertura e encerramento, respetivamente, e, com a participação de mais de 20 conferencistas, provenientes de universidades europeias e outras instituições do ensino superior, que fomentarão o debate e a reflexão sobre as temáticas do congresso.
Durante três dias, o Centro Cultural de Celorico da Beira e o auditório da Fundação INATEL em Linhares da Beira, serão os palcos onde decorrerão diversas atividades, entre as quais, 30 conferências, 10 workshops/oficinas, grupos de trabalho, mesas redondas, espetáculos, animação, exposição e venda de livros editados pela Intervenção, com desconto de 50% etc…
O Congresso Internacional de Animação Sociocultural, Educação, Cidadania, Participação, Turismo e Desenvolvimento Comunitário é acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico de Formação Contínua, pelo que, a participação no mesmo conferirá a acreditação de 35 horas de formação para Educadores de Infância e Professores do Ensino Básico, Secundário e de Educação Especial.

A participação no Congresso carece de inscrição online prévia, através dos seguintes meios:

• link: Inscrição – exclusivamente para interessados que residam ou trabalhem no concelho de Celorico da Beira, aos quais a Câmara Municipal irá disponibilizar gratuitamente 100 entradas;

• e–mail da Organização: intervencaodirecao@gmail.com – outros interessados.

• Mais informações em: https://www.associacaointervencao.pt

Não deixe de aproveitar a oportunidade para enriquecer os seus conhecimentos em temáticas, tão pertinentes e atuais, com peritos de referência internacional, mas também, de visitar Celorico da Beira – “Capital do Queijo Serra da Estrela” e o XIV Festival do Borrego Serra da Estrela (DOP), que terá lugar de 15 a 16 de outubro, na freguesia de Carrapichana.
A não perder!

Mais Informações:
Inscrições | Condições
Acreditação do Congresso

Artigo de Sandra Correia—Preparados, para mais um ano?

Com o mês de setembro, regressam as rotinas: para os pais, o emprego, para os filhos, a Escola. O primeiro dia é, sempre, para as crianças e jovens, um dia de emoções: o reencontro com os amigos, o relato das aventuras vividas ao longo das férias, a curiosidade pelo novo horário, pelos novos professores. E os restantes longos dias do ano escolar? A Escola é o lugar para aprender e desenvolver competências, importarão as emoções? A empatia? Os afetos?

Neste contexto, falar de inteligência emocional pareceu-me um tema pertinente. Num mundo em constante movimento, cada vez mais global, as redes sociais dominam o nosso dia-a-dia, as nossas relações e as nossas profissões, o que é valorizado é parecer sempre perfeito, realizado e feliz, mesmo que essa não seja a realidade. Desde tenra idade, os desafios são crescentes. Não interessa quanto uma pessoa é inteligente, se não souber agir quando os obstáculos, as tristezas, as frustrações surgirem no seu caminho. Como diria o pai da inteligência emocional, Daniel Goleman, se não possuirmos competências emocionais e não soubermos gerir as nossas emoções não vamos muito longe, não conseguimos seguir em frente.

O papel da Escola é formar cidadãos livres, criativos, competentes e autónomos, capazes de enfrentar os desafios da sociedade do século XXI. Um século cada vez mais preocupante. O futuro parece-nos cada vez mais incerto, mais nebuloso para os nossos filhos e netos. A questão tão explorada, há anos, das alterações climáticas, veio provar a necessidade premente de tomar medidas face à escassez de água. A guerra trouxe para o mundo imagens de atrocidade, desespero e morte, mas também o aumento do valor dos bens essenciais, da energia e a diminuição do dinheiro, nas carteiras. Esta é a nossa realidade.

É crucial revelar às nossas crianças e jovens, que vivem num mundo onde mostrar aos outros que estamos sempre felizes, nas redes sociais, é regra, que, afinal, o mundo nem sempre é cor-de-rosa. É essencial encurtar a distância que os envolve. O tempo dos telefonemas, dos encontros deu lugar à falta de tempo, às mensagens por WhatsApp, à falta de comunicação vivida e sentida, aos desabafos e pedidos de ajuda, à solidão no quarto. Quantas vezes, percorro o corredor da Escola e encontro um grupo de jovens, em silêncio, cada um no seu telemóvel. Ainda que a época pandémica que vivemos (e ainda existe), com os vários confinamentos, tenha contribuído para o vício das tecnologias, o levantamento das restrições deveria ter aproximado mais os jovens no que concerne a comunicação presencial. O mês de agosto espelhou, nas festas, uma necessidade real de estar com os amigos, de abraçá-los e aproveitar o momento. Não houve concerto, baile ou outro qualquer evento que não estivesse lotado. No entanto, quantos e quantos jovens continuavam agarrados ao telemóvel.

Sinto que o poder da vida escorre pelos dedos das nossas crianças. É importante aprenderem os variadíssimos currículos das disciplinas, mas mais crucial, ainda, é ensinar-lhes a conciliar a inteligência com as emoções, é permitir-lhes alcançar uma vida mais rica, com menos níveis de ansiedade, maior equilíbrio emocional, maior capacidade de tomar decisões, maior autocontrolo e maior autoestima.
                          Aumento significativo da depressão nos jovens

Faço aqui um parêntese, para chamar a atenção para um aumento significativo da depressão nos jovens, que têm uma vida pela frente, mas vivem presos à ansiedade, ao stress, à pressão. A saúde mental dos adolescentes e jovens adultos vive a reboque da precariedade e da inexistência de um futuro promissor e a fatura já se começa a pagar: quase um quarto dos portugueses entre os 15 e os 34 anos já pensou ou tentou suicidar-se e 26% já tomou medicamentos para a ansiedade – dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, no retrato Os jovens em Portugal, hoje: Quem são, que hábitos têm, o que pensam e o que sentem.

Assim, e apesar de toda a controvérsia que caracteriza a classe docente, o professor tem a maior missão do mundo. Assim, sou, assim acredito. O professor tem a função de mostrar o caminho, aos seus alunos. de fornecer uma mochila repleta de valores, regras, sentimentos, resiliência e persistência para enfrentar as dificuldades que surgirem mais tarde. Na sala de aula, o professor, de mãos dadas com os seus alunos, ensina o currículo, mas também lhe cabe a tarefa de estar atento, de dialogar, de compreender um gesto, uma reação, de ler o olhar, de parar, se preciso for. Ao professor cabe sentir e fazer sentir, cabe gerir emoções e compreendê-las para agir.

Urge fazer da Escola um lugar feliz, um lugar seguro, onde os alunos sintam que estão a crescer para serem bons cidadãos, para que compreendam que o caminho da vida contém pedras, rochedos e dar-lhes as ferramentas para o enfrentar, sem medo de falhar, sem ansiedade, sem frustração, sem pressão, com espírito empreendedor, com a crença de que o sucesso virá.  Aos pais, é urgente ter tempo, consagrar tempo à família, no meio da rotina, do stress imposto pelo relógio, parar, falar com o coração, curar feridas, ouvir, estar atento, encorajar, abraçar.

O sucesso deste processo só pode ser a formação de cidadãos mais felizes, mais resilientes, mais seguros, mais ativos, mais participativos. Compreender o outro, pôr-se no lugar do outro, intervir para agir são resultados positivos para quem possui inteligência emocional. Aceitar a diferença, lutar a favor da igualdade de género, contra a violência doméstica, proteger o ambiente, compreender o outro e pôr-se no lugar do outro fazem, reconhecer o erro, pedir perdão, cuidar são parte dos objetivos da missão da Escola, do professor, na sua sala de aula, de coração aberto e olhos iluminados. Alunos felizes serão cidadãos felizes que darão voz às suas convicções, às suas ideias, porque é assim que serão proativos, por eles e em prol dos outros.

Acredito que a Escola contribui para o estímulo e o treino da inteligência emocional, junto das nossas crianças e jovens, mas também junto das famílias. Professores motivados cumprem a sua missão, dão de si mais do que o exigido e do que é valorizado. Os professores e as famílias fazem parte de uma adição cujo resultado só pode ser positivo.

A Educação é um dos pilares que sustém a sociedade. Não reconhecer esta premissa é não querer um melhor futuro para os nossos filhos, para nós, pais, para os avós, para quem precisa de ser cuidado, para todos e todas, para Portugal e para o mundo.

Professores felizes, alunos felizes, pais felizes. Juntos com a mesma visão: a promoção do sucesso escolar aliado à promoção de ferramentas que permitam gerir os desafios do mundo, do século XXI.

Um bom regresso para todos!

 

Sandra Correia

sandrampcorreia@gmail.com

 

 

Politécnico de Viseu regista um crescimento acima da média ao nível de novos alunos

O IPV disponibilizou 1356 vagas e foram colocados 936 candidatos, em que destes 668 escolheram o IPV como primeira opção, comparando com o ano anterior, verifica-se um aumento de 8% de alunos colocados. A taxa de ocupação subiu de 64,8% em 2021 para 69,0% este ano. Um crescimento superior à média nacional.
Segundo José Santos Costa, presidente do Instituto Politécnico de Viseu, refere que “O nosso desafio é ter mais estudantes ainda. Temos a segunda e a terceira fase e temos também outras modalidades de acesso, como os regimes especiais, que irão completar muitas vagas que não foram preenchidas.”
Com 936 novos alunos o IPV mantém a posição na lista de números absolutos de candidatos aos politécnicos nacionais, depois do Porto, Lisboa, Leiria, Setúbal e Bragança.
O IPV é uma das instituições localizadas em regiões com menor densidade demográfica que aumenta o número de alunos colocados nesta 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.
Das 31 licenciaturas disponíveis no Politécnico de Viseu, 13 preencheram todas as vagas disponíveis nesta fase: Comunicação Social, Educação Social, Artes Plásticas e Multimédia, Desporto e Atividade Física, Publicidade e Relações Públicas, Contabilidade, Engenharia Informática, Gestão de Empresas, Turismo, Enfermagem Veterinária, Serviço Social e Enfermagem.

                                                    Avança já a 2ªfase  
Para a 2.ª fase do CNAES, que decorre, entre 12 e 23 de setembro, o Politécnico de Viseu disponibiliza 431 vagas. As vagas ocupadas da 1.ª fase do concurso em que não se concretizou a matrícula e inscrição são divulgadas no dia 22 de setembro. Os resultados desta fase de colocação são divulgados a 30 de setembro.
Cerca de 20 mil estudantes privilegiaram o Ensino Superior Politécnico num reconhecimento da excelência deste Ensino.

Concurso de acesso ao Ensino Superior para diplomados de vias profissionalizantes

O IPV disponibilizou 184 vagas e foram colocados 92 dos 196 candidatos da 1.º fase deste concurso. Pela primeira vez o número de candidatos ultrapassou o número de
vagas disponíveis.
Acrescente-se o elevado número de alunos oriundos da Rede PEPER – Rede Regional para a Promoção do Ensino Profissional em Rede, do qual o IPV é signatário, criada em
novembro de 2019, e reúne instituições de ensino de 19 concelhos e as Comunidades de Viseu Dão Lafões e do Douro.
A 2.ª fase deste concurso decorre entre 30 de setembro e 04 de outubro. Os resultados são publicados a 17 de outubro.

Academi@ STEM Mangualde apresentou todo o seu trabalho no Algarve

Destaque para as atividades desenvolvidas para os vários anos de escolaridade e os recursos digitais e tecnológicos inovadores utilizados.

A Academi@ STEM Mangualde esteve presente no evento “ALGARMAT 22 – Inovação e o Digital na Aprendizagem da Matemática”. Esta iniciativa, promovida pelo Núcleo do Algarve da Associação de Professores de Matemática e pelo Agrupamento de Escolas de Silves, decorreu na Escola Básica João de Deus, em São Bartolomeu de Messines, e contou com a dinamização de uma sessão plenária, onde foram apresentadas as atividades implementas pela Academi@.

As professoras Cristina Ligeiro, de Matemática, Filomena Monteiro, de Física-Química e Paula Loureiro, de Ciências Naturais, do Agrupamento de Escolas de Mangualde e o Consultor Externo da Academi@, João Fernandes, dinamizaram uma sessão plenária na qual apresentaram o modelo organizacional e de trabalho da Academi@ STEM Mangualde, bem como alguns exemplos de atividades já implementadas, do pré-escolar ao 9ºano de escolaridade.

Das atividades apresentadas destacou-se com maior pormenor “À descoberta dos fundos oceânicos”.  Uma iniciativa desenvolvida para o 7ºano que recorre a diversas ferramentas digitais como o Google Earth e o Geogebra, desenvolvida em coadjuvação de professores, onde os alunos, em grupos de trabalho colaborativo, se organizam para a resolução do guião proposto. Esta atividade procura atender à aprendizagem centrada no aluno, que se objetivou, também, através do recurso à metodologia de desemprenho de papéis/debate em torno de uma questão-problema. O objetivo é que os alunos adquiram aprendizagens de Matemática, Físico-Química e Ciências Naturais, de forma articulada e desenvolvam competências do PASEO definidas para esta atividade.

Durante o evento, deu-se destaque à forma como a Academi@ desenvolve e planifica estas atividades, aos documentos colaborativos de trabalho utilizados e os recursos digitais e tecnológicos inovadores mobilizados na preparação de contextos de aprendizagem diferenciadores.

As professoras destacaram ainda o apoio que têm por parte da equipa no trabalho de desenvolvimento curricular, para a planificação e implementação de todas as atividades que produzem de forma colaborativa e salientaram, também, a importância da formação e reflexão contínua que têm vindo a realizar no âmbito da Academi@ STEM, com o intuito de melhorar as aprendizagens dos alunos e a sua motivação para a escola.

Numa apresentação de quase duas horas, o feedback da plateia revelou-se bastante positivo. Em vários momentos da exposição, foi notória a forma como os participantes se identificaram com alguns dos problemas sentidos, e também com as soluções que foram encontradas pela Academi@, nomeadamente, ao nível da articulação curricular horizontal e vertical conseguida nas três disciplinas STEM, para todo o 3º ciclo.

No final, o trabalho que a Academi@ tem vindo a desenvolver foi reconhecido e elogiado. Foi ainda dado destaque à forma entusiástica com que as Professoras e Consultor partilharam a sua experiência e como acreditam nesta metodologia de trabalho e de ensino.

Guarda-Investimento de 125 mil euros em livros de fichas e restante material escolar

O Município da Guarda vai entregar vales às famílias para aquisição de livros de fichas para os alunos que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico no Concelho da Guarda.
No entanto, o atual Executivo Municipal considera fundamental a autarquia promover a igualdade no acesso ao ensino e minimizar os encargos financeiros das famílias com a Educação, contribuindo para o princípio do elevador social.
Estas ajudas refletem-se em duas vertentes: – na aquisição dos livros suplementares (fichas), abrangendo todos os alunos do 1.º Ciclo matriculados nas escolas do Concelho do Ensino Público e Particular e todos os alunos que frequentam os restantes ciclos (do 5.º ao 12.º ano) que sejam identificados pelos Agrupamentos de Escolas como incluídos nos Escalões A e B do Abono de Família.
Para este efeito, não é necessário fazer qualquer inscrição na Câmara; e no apoio para a aquisição de materiais escolares aos alunos dos escalões A e B da ação social escolar que efetuaram candidatura atempadamente (através da Câmara ou nos Agrupamentos de Escolas) e que correspondem, respetivamente, ao posicionamento nos 1º e 2º escalões do abono de família.
Com estas medidas, a Câmara Municipal da Guarda pretende contribuir para atenuar o peso da despesa escolar no orçamento das famílias do Concelho.
Os vales serão entregues no início de setembro em datas e locais oportunamente divulgados e poderão ser trocados nas papelarias e livrarias da cidade.
Um investimento de 125 mil euros, três vezes superior aos anos anteriores, colocando o Concelho da Guarda como um dos municípios da região que mais aposta na educação das suas crianças e jovens.

Licenciatura de Gestão do Instituto Piaget recebe acreditação máxima

A licenciatura em Gestão do Instituto Piaget acaba de receber a acreditação máxima, pelo período de 6 anos, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).

Segundo João Geraldes, docente e coordenador da licenciatura lecionada no ISEIT de Almada, “a acreditação pelo período máximo concedido é uma forma de reconhecimento do trabalho que toda a equipa docente e estrutura do Instituto Piaget tem realizado nestes últimos cinco anos”.

E o responsável acrescenta: “Este reconhecimento é um reforço e estímulo para continuarmos a trabalhar em prol dos nossos alunos e da comunidade envolvente, procurando formar futuros profissionais que dignifiquem os seus próprios nomes, o nome institucional do Instituto Piaget e das empresas onde venham a exercer profissionalmente”.

A licenciatura tem atualmente uma taxa de empregabilidade de 100% e o objetivo passa por ampliar a investigação e cimentar o prestígio do curso com o reforço da oferta formativa no 2.º ciclo e novas pós-graduações. Tudo isto em articulação com instituições internacionais, permitindo a mobilidade de estudantes e do staff associado à licenciatura.

Entre as mais-valias do curso destacam-se ainda a possibilidade de funcionamento em horário pós-laboral, os estágios extracurriculares em empresas da região e a excelente localização do Campus universitário.