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INQUÉRITO: 71% dos homens conhecem alguém com infertilidade, mas acreditam que não vão ser afetados

Segundo o inquérito “Atitudes em relação à fertilidade masculina”, realizado pela GFK, através de entrevistas em todas as regiões do país, a maioria dos homens portugueses entre os 30 e os 50 anos quer ter filhos ou mais filhos, mas mostra pouca ou nenhuma preocupação com eventuais problemas de fertilidade e desconhece que estes problemas têm vindo a aumentar nos últimos 20 anos.
Apesar de 71% dos homens terem afirmado que conhecem alguém com problemas de fertilidade, na sua esmagadora maioria pessoas próximas e familiares diretos, acham que não vão ser afetados. Questionados diretamente sobre se estão preocupados com a possibilidade de poderem vir a ter dificuldades em ter filhos, 67% dos que desejam ter filhos, dos que querem aumentar a família ou que ainda não decidiram se pretendem ser pais, responderam que estão pouco ou nada preocupados. Apenas 12% revelaram estarem muito preocupados.
“Talvez o facto de os homens não terem a consciência que as mulheres têm em relação ao declínio da sua fertilidade os leve a pensar que podem ser pais em qualquer altura. Mas, a verdade, é que a fertilidade masculina, segundo alguns estudos, poderá ter diminuído significativamente nos últimos 20 anos. Este inquérito também mostrou que é preciso sensibilizar os homens para os fatores que podem interferir com a fertilidade masculina”, afirma o Dr. Samuel Ribeiro, especialista em medicina da reprodução e diretor e coordenador científico do IVI Lisboa.
Outro aspeto marcante deste inquérito realizado a pedido do IVI prende-se com a perceção que os homens têm dos fatores que interferem com a fertilidade. Os avanços científicos nos últimos anos levaram a uma melhor compreensão dos fatores que influenciam negativamente a fertilidade masculina, como a qualidade do sémen, idade, hábitos de vida e exposição a toxinas, stress, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e ou a exposição a produtos químicos.
Este inquérito, mostra que há uma perceção elevada quanto aos malefícios do tabaco, do álcool, má alimentação ou consumo de drogas, mas também revela que existem muitos outros fatores que os homens desvalorizam, como a obesidade, a idade ou o sedentarismo. A atividade física produz benefícios cardiovasculares, neurológicos e no metabolismo. Além disso, há estudos que demonstram que o exercício melhora a qualidade dos espermatozoides. No entanto, apenas 8% dos homens apontaram o sedentarismo e a falta de exercício físico como fator que prejudica a fertilidade masculina. E a obesidade e a idade, no seu conjunto, também só foram indicadas por 8% dos homens entre os 39 e os 50 anos.
“Uma alimentação mais saudável além de ter um impacto direto na fertilidade ajudará a prevenir doenças como é o caso da obesidade ou da diabetes, que podem contribuir para a infertilidade. Por outro lado, a acumulação de gordura abdominal faz aumentar a temperatura dos testículos, o que prejudica a qualidade do sémen. As roupas muito justas também podem prejudicar a fertilidade, uma vez que interferem com a circulação do sangue e com a temperatura dos testículos, o que pode levar à diminuição da quantidade e qualidade dos espermatozoides”, sublinha o médico.
Tabu sobre infertilidade masculina perde força
Embora este inquérito tenha revelado que há um longo caminho a percorrer no que se refere à informação sobre os fatores que têm impacto na fertilidade masculina, os homens portugueses mostraram que estão mais disponíveis para falar abertamente sobre a infertilidade. A maioria dos homens que estão a enfrentar dificuldades para serem pais partilha esta questão com os familiares e amigos mais próximos. E os restantes, questionados sobre a eventualidade de virem a enfrentar problemas de infertilidade masculina, também manifestaram abertura para falar sobre o assunto com a família e amigos mais chegados.
“Metade dos homens entre os 30 e os 50 anos falaria com total normalidade com as pessoas mais próximas se fosse confrontado com problemas de fertilidade. É um dado muito positivo. O facto de, nos últimos anos, se debater e falar mais sobre as questões relacionadas com a infertilidade, tanto feminina como masculina, faz com que as pessoas não se sintam tão estigmatizadas, o que é muito importante. Silenciar a infertilidade pode causar isolamento emocional no casal, aumentando os níveis de ansiedade e stress, o que agrava o problema em ambos os sexos”, remata o Dr. Samuel Ribeiro.

INQUÉRITO
Foi realizado através de 100 entrevistas online a homens com idades entre os 30 e os 50 anos com NSE (nível socioeconómico) Alto, Médio-Alto e Médio, com um tempo máximo de 10 minutos cada uma, entre 23 de setembro e 3 de outubro de 2024. Entrevistas por região: Norte 35%; Centro 23%; Lisboa 30%; Alentejo 8%; Algarve 5%. Margem de erro da amostra: 9,8%.

Por:IVI

Mês de sensibilização para a fertilidade- Opinião de Vânia Ribeiro

Assim em junho, assinala-se o Mês de sensibilização para a fertilidade, para tal aqui fica a opinião de Vânia Ribeiro, médica ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução.
“Se está a tentar engravidar, não acredite em tudo o que lê e ouve. Em vez disso, converse com um médico para acabar com ideias preconcebidas, mitos e falsas convicções que podem prejudicar os seus objetivos de maternidade. Em muitos casos, quando a espera começa a ser longa instalam-se níveis mais elevados de ansiedade e há uma compreensível tendência para acreditar em tudo, mesmo naquilo que não é verdade. “Há muitos mitos e muitas falsas convicções sobre fertilidade que já vêm do tempo das nossas avós e não têm fundamento. O Dr. Google pode não ser bom conselheiro. É junto do médico que a mulher ou o casal deve partilhar dúvidas e angústias”, alerta a Dra. Vânia Ribeiro, médica ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução.
Para ajudar a desmistificar questões em torno da fertilidade, a especialista do IVI Lisboa revela alguns mitos e verdades relacionados com a gravidez.
1. Engravidar é fácil. Mito!
Nós humanos, não somos propriamente a espécie mais fértil do planeta. Em cada ciclo menstrual, as mulheres em idade fértil têm apenas 20% de hipóteses de conseguir engravidar. Esta é uma das razões pelas quais se recomenda esperar um ano antes de procurar um especialista em procriação medicamente assistida para avaliar um eventual caso de infertilidade. Se a mulher tiver uma idade igual ou superior a 35 anos, este período é reduzido para seis meses para que se possa despistar eventuais problemas de fertilidade na mulher ou no casal o mais precocemente possível.
2. Ter peso a mais prejudica a fertilidade. Verdade!
O excesso de peso e/ou obesidade podem interferir com o sistema hormonal. Além disso, o risco de complicações obstétricas é três vezes maior em mulheres obesas e aumentam para o dobro a taxa de aborto. Se pretende engravidar recomenda-se estar dentro do peso ideal e ter um estilo de vida saudável.

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Artigo de saúde-A alimentação influencia a saúde reprodutiva em ambos os sexos

Apesar de a fertilidade ser um processo complexo que depende de muitas variáveis, a alimentação é um dos fatores que pode influenciar pela positiva a saúde reprodutiva, a par da adoção de um estilo de vida saudável e da prática regular da atividade física. A Dra. Catarina Godinho, ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução, explica quais são os alimentos que apresentam mais benefícios e alerta que o tabaco, o álcool e o stress devem ser “riscados” da lista.

Se está a tentar engravidar, opte por alimentos naturais e faça uma dieta variada. “Seguir os princípios da dieta mediterrânica, que se caracteriza pelo consumo de comida fresca e natural, como frutas, legumes e verduras, cereais, grãos, marisco e gorduras saudáveis, é uma excelente opção para melhorar a saúde reprodutiva e a saúde em geral”, afirma a médica da Clínica IVI Lisboa. E acrescenta que há estudos* que sugerem que a dieta mediterrânica melhora a fertilidade, uma vez que tem impacto nos óvulos e no esperma.

A especialista aconselha a preparação de lanches e refeições ligeiras saudáveis sempre que houver a necessidade de comer fora de casa. “Se estiver bom tempo, as pessoas devem sair para passear, praticar atividades ao ar livre, nem que sejam apenas caminhadas. Em relação à alimentação, devem ser evitados os alimentos processados e os muito calóricos, com muito açúcar, sal e gorduras saturadas (fritos, refrigerantes, salgadinhos ou bolos), porque podem desregular os níveis de insulina e do estrogénio, impactando a ovulação”, explica.

De acordo com a médica, “uma alimentação variada, rica em produtos naturais evitará o excesso de peso corporal, grande inimigo da fertilidade, tanto nas mulheres, como nos homens”. Revela ainda que “a obesidade também leva a um aumento das taxas de aborto e duplica o risco de morbilidade fetal. No caso dos homens, a acumulação de gordura abdominal faz aumentar a temperatura dos testículos, o que prejudica a qualidade do sémen”.

A aposta para uma boa saúde reprodutiva deve estar focada no consumo de peixes gordos (atum, salmão), nozes, frutas, vegetais, marisco, cereais integrais e carnes de aves. A ingestão de carnes vermelhas deve ser moderada.

Em todo o caso, se está a tentar engravidar é sempre recomendável procurar um médico especialista em fertilidade, para que seja avaliada a saúde geral e reprodutiva, assim como para receber orientações específicas que ajudem na conceção. No caso da alimentação, a Dra. Catarina Godinho deixa-lhe algumas pistas de quais as vitaminais, minerais e alimentos a incluir na dieta:

Frutas e vegetais

São excelentes fontes de vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais. Alguns vegetais, como o espinafre, brócolos ou couve têm ácido fólico, que ajudam a prevenir malformações no feto. As Vitaminas B, C, D e E estão relacionadas com o controlo hormonal, proteção do esperma, desenvolvimento ósseo fetal, entre outros.

Grãos e sementes

São ricos em fibras e nutrientes. Ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue e fornecem energia. Inclua alimentos como aveia, arroz integral, quinoa e pão integral na sua dieta. Nozes, amêndoas, castanhas e sementes como as de girassol e linhaça são ricas em ácidos, vitamina E, zinco e selénio.

Proteínas

Desempenham um papel fundamental na saúde reprodutiva. São importantes na produção de espermatozoides saudáveis e na regulação hormonal feminina. As proteínas ajudam ao desenvolvimento adequado dos óvulos e do embrião. Prefira as fontes magras: peixe, frango, peru, ovos, feijões, lentilhas, etc.

Gorduras saudáveis

Peixes gordos como o salmão e a sardinha são ricos em ómega-3, que contribui para a saúde hormonal e para a qualidade dos óvulos e do esperma. O mesmo acontece com as gorduras monoinsaturadas, como as encontradas no azeite.

Laticínios

São fontes importantes de proteína e de cálcio. Pode encontrá-las no leite, iogurtes e nos queijos. O cálcio contribui para a saúde óssea e pode ajudar a regular os ciclos menstruais. O iogurte, por exemplo, além de proteínas e cálcio, contém probióticos, que promovem a saúde intestinal, o que impacta positivamente a fertilidade.

Por:Dra. Catarina Godinho- IVI