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Queijo das Beiras e Serra da Estrela conquista o mundo

O território das Beiras e Serra da Estrela, um dos berços da produção queijeira de excelência em Portugal, está no centro das atenções nos prestigiados World Cheese Awards 2024.

A competição, que reuniu os melhores queijos do mundo, consagrou o Queijo de Ovelha Amanteigado da Queijaria Quinta do Pomar (Soalheira, Fundão) como o melhor queijo do mundo, um feito histórico para Portugal e um motivo de grande orgulho para a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.

A Queijaria Quinta do Pomar, localizada na Soalheira, concelho do Fundão, foi a grande vencedora desta edição, superando mais de 4.700 queijos de 47 países. O Queijo de Ovelha Amanteigado, um queijo tipo serra, feito com leite de ovelha cru e coalhado com a flor do cardo, conquistou o paladar de um júri exigente, composto por mais de 250 especialistas.

Esta vitória representa um marco histórico para a região das Beiras e Serra da Estrela, que se destaca pela produção de queijos de alta qualidade, com sabor e aroma únicos, resultantes da combinação de fatores naturais, como o clima, a pastagem e as raças autóctones.

A distinção internacional do Queijo de Ovelha Amanteigado da Queijaria Quinta do Pomar coloca uma vez mais a região no mapa mundial dos queijos, abrindo novas oportunidades de mercado e promovendo o turismo gastronómico. Ler Mais »

Conversa com Carlos Condesso-Presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo

“Abrir o concelho ao mundo”

Depois da tomada de posse, fomos conversar com o novo Presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, Carlos Condesso, sobre como vai ser o seu mandato na autarquia da sua terra.

Magazine Serrano-Depois da derrota em 2017, voltou a candidatar-se e venceu agora. Tem pela frente um grande desafio?

Carlos Condesso – A minha terra precisava, já há 4 anos, de uma reconstrução urgente. E quem me conhece, sabe que não sou de virar costas aos desafios, muito menos a Figueira de Castelo Rodrigo e aos meus conterrâneos. Poderia ter aceitado outros reptos, mas o amor pela minha terra e pelas minhas gentes não me iriam deixar sossegado se não conseguisse voltar e lutar pelo meu concelho. O desafio está à altura das exigências que eu tenho sempre para mim e para os que me acompanham. Sonhamos alto e iremos tornar esses sonhos realidade e dar o máximo por todos os Figueirenses, desde o primeiro dia.

MS- Depois de tomar posse, uma das prioridades será uma auditoria às contas?

CC– Exatamente. Vou recorrer a um serviço de auditoria, tanto à Câmara Municipal como também à Fundação Dª Ana Paula, como instrumento de gestão e nunca de suspeição. Temos de ter uma ideia pormenorizada com o que contamos para podermos fazer da melhor maneira possível o nosso trabalho. É absolutamente natural que todos queiramos saber o que temos, o que devemos e o que necessitamos.

MS- Serão quatro anos de muito trabalho, quais os projetos para Figueira de Castelo Rodrigo?

CC-Temos diversos projetos que queremos desenvolver. Trabalharemos para revitalizar o sector agrícola, apostando nos nossos produtores e organizando anualmente uma Feira Agrícola Transfronteiriça. Na educação, temos de avançar, de uma vez por todas, com o Centro Escolar e vamos também fazer um levantamento exaustivo em todo o concelho para que se identifiquem todas as pessoas carenciadas, por forma a sermos justos e solidários. As Juntas de Freguesia, as IPSS, os Lares e as Associações do concelho serão, a partir de agora, tratadas de igual forma e sem qualquer tipo de discriminação. A atracão de investimento privado, a canalização de fundos comunitários para o desenvolvimento de projetos, as medidas de combate ao desemprego, a fixação de jovens, a melhoria das condições de vida e de bem-estar dos figueirenses, bem como a revitalização e promoção da imagem do concelho também são as nossas prioridades. Vamos já avançar com um protocolo com a Fundação Álvaro Carvalho a fim de operarmos gratuitamente às cataratas as pessoas que necessitam. A valorização cultural das nossas tradições terá de ser também considerada e preservada. A aposta no turismo será uma constante.

MS-Depois da pandemia, tudo começa a voltar à normalidade e a cultura e o turismo são que terá em linha de conta?

CC-O nosso concelho há muito que tem de se focar no turismo para criar riqueza, demonstrar o seu potencial e abrir-se, de uma vez por todas, às rotas turísticas mundiais. Temos um património único, paisagens inigualáveis e temos de salvaguardar esse passado e potenciá-lo no presente e no futuro. Obviamente que a cultura fará parte dessa oferta a quem nos visita. Nunca esquecendo os que cá moram e que também eles merecem e devem ser os primeiros embaixadores deste território.

MS- Com tanta desertificação, que medidas terá para travar esse mal tão prejudicial para o interior?

​​CC-Sabemos que os desafios da gestão autárquica serão múltiplos, que a capacidade de reivindicação, de forma concertada e intransigente, não nos pode demover. Os flagelos da desertificação e do abandono, o mesmo é dizer o grave problema demográfico que atormenta o nosso país, e a falta de jovens têm de nos preocupar. Temos de dar as mesmas oportunidades aos nossos jovens como as que têm os de outros territórios, bem como captar o investimento privado para a região e potencializar o empreendedorismo e a criação de valor em diversas áreas no nosso concelho.

​Este nosso território do interior de Portugal carece de um novo olhar e o próprio país também tem de ser encarado como um todo.

MS-São tempos de mudança e agora que mensagem deixa aos figueirenses?

CC-Vamos abrir o concelho ao mundo, dá-lo a conhecer, reforçar laços cooperativos, apostar na internacionalização da nossa base produtiva, estando do lado dos nossos produtores e empresários; vamos contribuir para se elevar a autoestima coletiva, o que se irá repercutir na produtividade e na competitividade do nosso concelho. ​A qualidade de vida no nosso concelho é um imperativo para mim e para a minha equipa. Da nossa parte esperem sempre ambição de querer mais, atitude para melhorar, ousadia para inovar, vontade de fazer e união para acreditar rumo a um futuro bem melhor.