O Município de Fornos de Algodres é agora um dos 10 novos concelhos pioneiros a receber o Projeto Gigantes Verdes, uma iniciativa que visa mapear e proteger árvores de grande porte – as “Gigantes Verdes” – através do envolvimento direto da comunidade local. Este projeto, lançado originalmente em Lousada em 2018 que passou a ser co-gerido pela VERDE em 2021- Associação para a Conservação Integrada da Natureza, acaba de receber o prestigiado prémio do Programa EDP Energia Solidária, num valor a rondar os 100.000€.

Além de Fornos de Algodres, o prémio permitirá expandir a iniciativa a 10 concelhos pioneiros. A expansão territorial abrangerá a Região do Vale do Sousa as Serras do Porto e um conjunto de município pioneiros no Distrito da Guarda. Ao todo abrangerá os concelhos de Penafiel, Paredes, Valongo, Gondomar, Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira, Seia, Manteigas e Sabugal. Embora regiões muito distintas, são áreas-chave para esta expansão, que leva o projeto para novas regiões do país, integrando a biodiversidade florestal e as tradições locais na conservação ambiental.

As Gigantes Verdes, árvores que ultrapassam 1,5 metros de perímetro e são essenciais para a biodiversidade, agora vão receber cuidados especiais em Fornos de Algodres, onde serão mapeadas e protegidas com a ajuda dos habitantes locais, desde jovens a técnicos municipais e naturalistas. Esta iniciativa de ciência cidadã é parte de um esforço maior que procura não só preservar estas árvores, mas também sensibilizar a população para a importância das florestas nativas e do combate às alterações climáticas.

Com o apoio do Programa EDP Energia Solidária, Fornos de Algodres irá acolher atividades de formação e capacitação para os “Embaixadores de Gigantes Verdes”, membros da comunidade que, ao longo de 12 meses, irão mapear e monitorizar as árvores mais imponentes da região. Prevê-se que o município organize três caminhadas abertas ao público, que permitirão o mapeamento destas árvores de grande porte em toda a área do projeto, no total do projeto prevê-se o mapear de cerca de 7.500 Gigantes Verdes.

João Gonçalo Soutinho, Presidente da Associação VERDE, reforça que “Este apoio permite expandir o nosso trabalho e envolver mais comunidades, como a de Fornos de Algodres, na preservação e gestão consciente das suas árvores, criando dinâmicas locais de valorização do património natural”. A VERDE, além deste projeto, coordena também o Carbono Biodiverso, um mecanismo que valoriza economicamente o território, permitindo que empresas e cidadãos compensem a sua pegada de carbono ao contribuir para a preservação das Gigantes Verdes.

Este envolvimento direto visa construir uma ligação mais próxima entre os habitantes de Fornos de Algodres e o seu património natural, promovendo ao mesmo tempo novas oportunidades de desenvolvimento social e económico através da conservação.

Para Fornos de Algodres, este projeto é uma oportunidade única de liderar pelo exemplo na defesa da floresta nativa portuguesa e na criação de uma cultura de valorização ambiental e proteção dos recursos naturais da região.

A Fundação EDP vai apoiar, através do Programa EDP Energia Solidária, projetos sociais que, ao promover a transição energética justa, tenham um impacto positivo junto de pessoas ou grupos em situação de vulnerabilidade, trabalhadores da economia social, estudantes ou comunidades mais isoladas.

A edição de 2024 do programa EDP Energia Solidária representa um investimento social de mais de dois milhões em Portugal, Espanha e Brasil. Deste total, mais de um milhão de euros será investido em Portugal, em ações de mobilização e de capacitação das entidades candidatas e no financiamento aos projetos vencedores.

O programa EDP Energia Solidária enquadra-se na estratégia de impacto social da EDP – Y.E.S. – You Empower Society que tem o seu principal foco na transição energética justa.

“Ao orientar o investimento social para a transição energética justa, a Fundação EDP está a reforçar o seu compromisso com uma sociedade mais equitativa e inclusiva. Através de programas como o EDP Energia Solidária estamos a apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores e com impacto positivo nas comunidades, como também a melhorar as condições de vida de famílias e instituições em situações de maior vulnerabilidade. Acreditamos que, ao unir esforços nessas frentes, podemos efetivamente construir um futuro mais justo e sustentável”, salienta Vera Pinto Pereira, presidente da Fundação EDP.

Podem candidatar-se entidades com e sem fins lucrativos, com respostas sociais em áreas como a inclusão energética, a proteção do património natural e da biodiversidade, a eficiência energética e energias renováveis, ou a mobilidade sustentável. As candidaturas decorrem de 1 a 31 de maio no website da Fundação EDP (www.fundacaoedp.pt), onde pode ser consultado o regulamento.

Para reforçar a capacidade do ecossistema social na criação de respostas inovadoras e com impacto na transição energética justa, uma rede de incubadoras parceiras da EDP Energia Solidária estará disponível para apoiar as entidades no processo de ideação e na preparação das candidaturas. As entidades vencedoras poderão também contar com acompanhamento de voluntários do grupo EDP na fase de implementação dos projetos.

Em 2023, o EDP Energia Solidária possibilitou a criação de 30 projetos em Portugal, em Espanha e no Brasil. Só em Portugal, o programa viabilizou 15 novas respostas sociais que pretendem ter um impacto positivo na vida de mais de 18 mil pessoas através de soluções que promovem a transição energética justa.

Um dos projetos vencedores em 2023 foi apresentado por uma instituição do distrito da Guarda. Jovens Mentores para a Transição Energética¸ projetado pela Instituição Solar do Minho, propõe capacitar as crianças e jovens apoiados pela instituição, com o objetivo de os transformar em “mentores para a transição energética”, quer para colaboradores internos da instituição, quer para a comunidade local.