Classificação | Jogos | Pontos |
1º – GC Figueirense | 2 | 6 |
2º- SC Celoricense | 2 | 6 |
3º- CD Gouveia Futebol Sad | 2 | 4 |
4º- Os Vilanovenses | 2 | 4 |
5º- Vila Cortez | 2 | 3 |
6º- GD Trancoso | 2 | 3 |
7º- GD Foz Côa | 2 | 3 |
8º- AD S. Romão | 2 | 3 |
9º- SC Mêda | 2 | 3 |
10º- SC Sabugal | 1 | 1 |
11º- AD Fornos de Algodres | 2 | 1 |
12º- Aguiar da Beira | 1 | 0 |
13º- AD Manteigas | 2 | 0 |
14º- Paços da Serra | 2 | 0 |
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Avisos e Liturgia do XXV Domingo do Tempo Comum- ano B
AS CRIANÇAS – A REALIDADE DOS PREDILECTOS DE JESUS
Todos os pais e os professores sabem que os filhos e os alunos só fixarão uma mensagem importante se for repetida várias vezes. Até os técnicos informáticos e de publicidade sabem disto: pequenos vídeos com pequenas mensagens, repetidos assiduamente, são os mais eficazes. Também Jesus deveria saber esta táctica, porque, neste Domingo, repete a mensagem que ouvimos no Domingo passado: “O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-lo; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará”. Os discípulos não percebem estas palavras e não se atrevem a perguntar o seu significado; é sinal de que não estão em sintonia com Jesus, nem, ainda, são capazes de captar o que estão a ouvir, sem compreender. Contudo, Jesus dá conta do embaraço existente, e é o primeiro a “quebrar o gelo”: “Que discutíeis no caminho”? “Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior”. Para Jesus, este silêncio terá sido muito decepcionante. Eles ainda se orientavam segundo os princípios mundanos e discutiam sobre qual deles era o maior. Passaram dois mil anos e não mudou muito a situação! A sério? Este continua a ser, hoje, o motivo de muitas disputas entre irmãos, colegas de trabalho, militantes de partidos…Também dentro da Igreja temos os grandes pecados do clericalismo e do carreirismo, que não acontece somente nas “cúpulas” da hierarquia da Igreja, mas também entre os voluntários numa paróquia, num centro social ou numa associação recreativa, desportiva e cultural. Jesus, como bom técnico de comunicação, pronuncia uma mensagem breve e categórica, que merece ser repetida muitas vezes: “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”. Está tudo dito! Os bispos, os presbíteros são configurados a Cristo Cabeça e Pastor. Os Diáconos configuram-se a Cristo Servidor, sendo fundamental este aspecto ser vivido, também, pelos Bispos e Presbíteros, os que encarnam Jesus que tira o manto, cinge a toalha, ajoelha-se e lava os pés dos seus discípulos. Porém, a dimensão de Cristo Servidor deve ser vivida por todos os cristãos. A dimensão do serviço caracteriza os cristãos, de acordo com a vontade de Jesus. Não se governa o Povo de Deus com um domínio escravizante, mas como Jesus, o servo de todos. Não deve ser objectivo de os cristãos dominar a sociedade e estabelecer uma supremacia da Igreja, mas curar-lhe as feridas e anunciar a Boa Nova da Salvação a um mundo que necessita da luz do Evangelho. “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”. A esta frase, Jesus acrescenta-lhe uma imagem: “E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe”. Não era fácil ser criança no tempo de Jesus. As crianças não contavam para nada até que, aos doze ou treze anos, eram admitidos no grupo dos adultos. Nem hoje é fácil ser criança! Tantas crescem em situações de pobreza, de instabilidade familiar, sendo abusadas e maltratadas; tantas sofrem com os conflitos entre o pai e a mãe; outras são exibidas como um tesouro, mas sem atenção e amor dos pais, atarefados com os seus negócios e objectivos profissionais: nada lhes falta no aspecto material, mas falta-lhes a presença afectuosa e educativa dos pais. A criança é a imagem viva da humildade que os discípulos de Jesus têm de viver. São a realidade e o símbolo dos fracos e dos indefesos, dos pobres e dos doentes, dos que sofrem e dos que não têm nada. Esta tem de continuar a ser a preocupação preferencial da comunidade cristã. As crianças trazem-nos uma presença de Cristo que temos de saber acolher e dar-lhe primazia. Nas crianças, encontramos o rosto sofredor de Jesus e o rosto do Pai: “Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou”. Esta é a chave da filiação de Jesus, do verdadeiro sentido da sua entrega ao Pai e da essência do Cristianismo para as gerações futuras.
Paroquiasagb
Leitura Espiritual
«Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe»
Nós, cristãos, somos o corpo de Cristo e seus membros, como diz o apóstolo Paulo (cf 1Cor 12,27). Aquando da ressurreição de Cristo, todos os seus membros ressuscitaram com Ele: passando pelos infernos, Ele fez-nos passar da morte para a vida. O termo «páscoa» em hebraico significa passagem ou partida. Ora, este mistério é o da passagem do mal ao bem. E que passagem! Do pecado à justiça, do vício à virtude, da velhice à infância. Refiro-me à infância que está ligada à simplicidade e não à idade. Pois também as virtudes têm a sua idade própria. Ontem, a senilidade do pecado conduzia-nos ao declínio. Mas a ressurreição de Cristo faz-nos renascer para a inocência das crianças: a simplicidade cristã torna sua a infância. A criança não sente rancor, não conhece a fraude, não ousa agredir. Assim, pois, a criança que é o cristão não se exalta se for insultada, não se defende se for despojada, não devolve os golpes se lhe baterem. O Senhor exige mesmo que ela reze pelos seus inimigos, que entregue a túnica e a capa aos ladrões, e que ofereça a outra face aos que a esbofeteiam (cf Mt 5,39ss). A infância de Cristo ultrapassa a infância dos homens. Esta deve a sua inocência à fraqueza, aquela à virtude. E ainda é digna de mais elogios: o seu ódio ao mal não emana da impotência, mas da vontade. (São Máximo de Turim, ?-c. 420, bispo, Sermão 58; PL 57, 363).
Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html
Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres
Guarda acolhe a Feira Farta nos dias 21 e 22 de setembro
Em 2024, a Guarda volta a mostrar na Feira Farta o que de melhor se produz no território do concelho. Todas as 43 freguesias participam nesta edição, trazendo os seus produtos endógenos e o artesanato ao Largo do Mercado Municipal da Guarda, entre os dias 21 e 22 de setembro (sábado e domingo).
Nesta oitava edição, durante 2 dias, são esperados mais de 400 produtores, vindos das 43 freguesias do concelho da Guarda, expondo os seus produtos endógenos, mais de 1000 produtos. Dos hortícolas à fruta da época, do mel e ao azeite, dos doces típicos como os biscoitos ou a bola parda, aos licores, serão muitos os produtos que vão estar à venda durante os dois dias do certame. Pelo recinto da Feira, vão estar em especial destaque, nesta edição de 2024, a Cestaria de Gonçalo e o Cobertor de Papa de Maçainhas, como ex-libris do Território e fiéis representantes do que de melhor o concelho tem para oferecer em termos de arte popular.
Quanto à animação, a Feira Farta deste ano aposta num programa local mas diversificado, com 23 associações culturais e grupos do concelho a garantirem música e muita animação ao longo dos dois dias da feira: das concertinas, aos grupos de cantares, do rancho folclórico, aos grupos de bombos, dos cavaquinhos às fanfarras, nada irá faltar para que esta feira do mundo rural do concelho mostre também a música e danças tradicionais do território. A zona da Gastronomia vai ser assegurada, como habitualmente, pelas Associações /Bairros da Cidade, que oferecem na ementa pratos com especialidades da região e onde se destaca a Carne de Vaca Jarmelista, que volta a ser um dos destaques gastronómicos do certame. A feira conta ainda com o Espaço Criança dinamizado pelo Centro Comercial La Vie, que volta a associar-se à Feira Farta, apoiando este espaço infantil com ações lúdico/pedagógicas ligadas ao meio ambiente junto do público mais jovem da feira, durante os dois dias.
Recorde-se que a realização da Feira Farta tem como principal objetivo divulgar, fomentar e valorizar os recursos e produtos da região da Guarda. O Município da Guarda, consciente da necessidade de criar condições para o lançamento de novas formas de colaboração entre os vários atores regionais, nacionais e até internacionais e no sentido de valorizar o território e os seus produtos endógenos, pretende com as suas 43 freguesias promover os produtos da Região, dignos representantes do Território, da História, dos Saberes e da Cultura guardenses. O certame funcionará, no sábado entre as 10h00 e as 20h00 e no domingo entre as 11h00 e as 19h00. O recinto tem entrada livre.
Artigo de Opinião de Augusto Falcão—–Dia Mundial da Criança
No dia 1 de junho, em Portugal comemorou-se o Dia da Criança. O Dia da Criança não se celebra em todo o mundo nesse dia.
Países como Portugal, Angola e Moçambique, convencionaram que o dia seria celebrado a 1 de junho, mas o Brasil por exemplo celebra a 12 de outubro.
O Dia da Criança foi inicialmente proclamado em Genebra em 1925 durante a conferência para o bem-estar da criança, sendo celebrado então, em vários países no dia 1 de junho.
As Nações Unidas, reconhece o Dia da Criança, como sendo a 20 de novembro, por ser a data em que aprovou a Declaração Universal dos Direitos da Criança em 1959 e a Convenção dos Direitos das Crianças em 1989.
Em Portugal, a data assinalou-se pela primeira vez em 1950, em pleno Estado Novo, por iniciativa das Nações Unidas, numa tentativa de chamar a atenção para os problemas que as crianças enfrentavam na época; Decerto que muitos de vocês, da minha geração, ouviram as histórias dos nossos pais e avós em que a maior parte deles foram para a escola, até fazerem a 4.ª classe do tempo deles, e que muitos devido ao insucesso escolar, os rapazes acabaram por ir trabalhar no campo, nas fábricas e construção civil, e as meninas também a irem para o campo, outras para a casa de senhores aprender a servir e a limpar, entre outras atividades; no entanto no nosso País essa era a triste sina das nossas crianças.
Portugal ratificou essas convecções em setembro de 1990.
Mas neste dia, convencionou-se por todos os países signatários da convenção, que as crianças, independentemente da raça, cor, origem social, religião ou País têm direito a afeto, amor, compreensão, alimentação, cuidados médicos, educação gratuita, proteção contra todas as formas de exploração e a crescer num clima de paz e fraternidade.
E hoje, 74 anos depois de termos assinado essas convenções que no fundo protegem as nossas crianças, o que temos?
Em Portugal, evoluímos muito desde essa data até hoje; os direitos das crianças são protegidos quer na Lei geral, quer na nossa Constituição onde se garantem como princípios fundamentais proteção especial, para que possa desenvolver-se física, intelectual, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade.
Os castigos corporais cruéis foram criminalizados, e abolidos; a escolaridade mínima foi instituída, o trabalho infantil proibido, e criminalizado, entre outros avanços no sentido de protegermos as nossas crianças.
Mas se em Portugal, as nossas crianças gozam de uma proteção especial (e bem na generalidade dos casos) não se pode dizer que no resto no mundo, outras crianças gozem do mesmo espírito de proteção que as nossas.
Numa qualquer parte do mundo, há uma criança subnutrida; há uma criança que tem uma arma nas mãos e é um soldado numa qualquer guerra; há uma criança que tem uma doença e que não dispõe dos cuidados médicos adequados; há uma criança que em vez de estar na escola ou a brincar, está a trabalhar numa qualquer fábrica de uma marca de roupa, que depois “rasga as vestes” quando sabe isso mas nada faz ou numa fábrica que fabrica os componentes do nosso telemóvel. Ou simplesmente está escondida num qualquer abrigo por causa das bombas que caem na sua terra.
74 anos depois de terem sido assinadas estas convenções, estamos muito longe de termos os homens de amanhã devidamente protegidos das agruras da vida.
As crianças merecem brincar ser felizes enquanto são crianças.
Termino citando Eduardo de Sá, psicólogo clínico com uma frase que eu adoro e que define bem nos dias de hoje, para mim claro, o que deve ser criança: “As crianças saudáveis, e felizes, têm a vista na ponta dos dedos e a cabeça no ar, fazem uma asneira de oito em oito horas e esgotam as quotas de impertinência a que têm direito”
Deixem as crianças ser crianças….
Augusto Falcão
Semana da Criança com diversas atividades em Gouveia
De 31 de maio a 07 de junho será possível visitar a exposição Eco Escolas, que irá estar patente no Mercado Municipal de Gouveia.
Para o dia 01 de junho, sábado, Dia Mundial da Criança, o Município preparou um dia recheado de atividades e muita diversão. Assim, o recém-inaugurado Parque Ecológico de Gouveia recebe os visitantes de forma gratuita e promove, entre as 10h00 e as 12h00, algumas atividades lúdicas, celebrando, em simultâneo, o 25.º aniversário do Parque.
Também o Mercado Municipal de Gouveia estará de portas abertas a partir das 10h00, com a iniciativa “Mercado dos Pequenitos”, onde não irão faltar os insufláveis, pinturas faciais, uma feirinha com artigos infantis e muita animação.
O teatro sobe ao palco do Mercado pelas 15h30, com a companhia AtrapalhArte, que irá apresentar a peça de teatro baseada na história “A Girafa que Comia Estrelas”, de José Eduardo Agualusa.
Este dia termina com um espetáculo de música e dança, proporcionado pelo coro “Vozes da Estrela” da Escola de Música de Gouveia-ACC em parceria com a escola de ballet e dança “Reencontro”.
No domingo, dia 02 de junho, as famílias são convidadas a assistir, pelas 15h00, ao cinema infantil “IF: Amigos Imaginários”, que irá estar em exibição no Teatro Cine de Gouveia.
O dia 03 de junho será marcado pela celebração e pela festa que irá decorrer no Parque da Senhora dos Verdes, onde as crianças do pré-escolar e 1.º ciclo do Ensino Básico serão os protagonistas e terão à sua espera um mundo de magia e diversão, com atividades lúdicas diversas e um espetáculo animado pelo DJ infantil “Saltos nas Palhaçadas”.
O programa finaliza, no dia 05 de junho, com a comemoração do Dia Eco Escolas e uma visita ao Planalto Beirão. Esta visita guiada ao Centro de Tratamento de RSU do Planalto Beirão, pretende proporcionar aos participantes uma sessão, que irá permitir reforçar aprendizagens no que concerne à preservação do meio ambiente, bem como à correta gestão de resíduos, adotando no dia a dia as regras de reduzir, reutilizar e reciclar.
A organização da Semana da Criança é uma iniciativa do Município de Gouveia com a parceria do Agrupamento de Escolas de Gouveia, do IG – Escola Profissional de Gouveia, da Associação de Beneficência Popular de Gouveia, do CERVAS, do Grupo Aprender em Festa, do ICNF, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública e das quatro corporações de Bombeiros do concelho, os Bombeiros Voluntários de Gouveia, de Vila Nova de Tazem, de Melo e de Folgosinho.
Foto:DR
Celorico da Beira- Sessão de esclarecimento sobre Pedido Único – PEPAC
Vai ter lugar no próximo dia 26 de março, pelas 10H00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Celorico da Beira, uma sessão de esclarecimento sobre o Pedido Único (PU), para a campanha de 2024.
A iniciativa, promovida pelo município de Celorico da Beira em parceria com a CAP -Agricultores de Portugal, visa esclarecer e responder a todas as dúvidas dos agricultores, atendendo a que está a decorrer até ao próximo dia 31 de maio, o período de candidaturas ao Pedido Único (PU), no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).
Avisos e Liturgia do I Domingo da QUARESMA – ano B
L I T U R G I A E V I D A
Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html
Estamos na primeira etapa da Quaresma. É importante termos consciência de que, neste trajecto que termina na Páscoa, Cristo precede-nos. A Quaresma não nos pertence. Nem somos o seu centro. É crucial não cair na tentação de elaborar um itinerário quaresmal exclusivo e individual, congregando, de uma maneira arbitrária, alguns exercícios piedosos, com ou sem Eucaristia. Tratar-se-ia de um apêndice adicional ao caminho do Senhor. A todos nós, é pedida uma disposição interior-espiritual, caracterizada pela abertura e pelo acolhimento dócil e sincero. Com esta atitude, devemos assumir e percorrer este tempo litúrgico na sua unidade, para que não se transforme numa sucessão rotineira de domingos e de semanas. Coloquemo-nos numa atitude de escuta para acolher a Palavra de Deus, alimentemo-nos do Pão Vivo, descido do Céu. Se não nos saciarmos destas duas mesas, podemos até iniciar esta caminhada com energia, mas acabaremos debilitados às portas da Páscoa. O texto evangélico deste Domingo situa-nos Jesus no deserto. O deserto é uma realidade espiritual e existencial: pode indicar o estado de abandono e de solidão, sem apoios nem seguranças, em que alguém se encontra. Esta experiência possui tal poder que pode conduzir-nos a sofrer a tentação de desaparecer, de renunciar ao futuro, de nos deixarmos morrer espiritual ou fisicamente. Também podemos ter a tentação de viver como se Deus não existisse, como se Deus não fosse o nosso refúgio e amparo. Porém, o deserto pode ser uma realidade que nos conduz a uma situação oposta a anterior. O povo de Israel passou muitas tormentas na sua travessia pelo deserto. Caiu na tentação de virar as costas a Deus que o tinha libertado do Egipto e, em desespero, prestou culto a um bezerro de ouro. Contudo, Israel nunca sentiu Deus tão próximo como no deserto. Em nenhuma outra ocasião compreendeu e experimentou verdadeiramente a sua protecção e o seu auxílio. Assim, neste domingo, somos convidados a interrogarmo-nos: que desertos pessoais tenho? Que desertos sufocam a fé ou, pelo contrário, a fortalecem? Não esqueçamos o que Jesus diz no texto do evangelho deste Domingo: “Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”. Hoje, existe uma possibilidade real de conversão para todos. Há sempre uma ocasião para regressar à casa de Deus. Não importa há quanto tempo voltámos as costas a Deus ou os pecados que cometemos. O nosso pior inimigo somos nós próprios, pensando que não somos dignos da vida que Deus nos quer conceder, que já não vamos a tempo! Seja qual for a nossa história de pecado, nunca será suficiente para evitar que Deus nos abrace novamente com a sua misericórdia e revivifique a nossa vida. No sacramento da Reconciliação encontramos a misericórdia de Deus Pai que nos aguarda. A Páscoa é “transitus”, passagem. Mas não consiste somente em glória ou Ressurreição, é a passagem da Morte à Vida, é a travessia pelas profundezas sombrias e tenebrosas da Morte e da Cruz. Por isso, no caminho quaresmal até à Páscoa, devemos colocar em destaque a Cruz de Cristo. Diante dela, façamos memória de Cristo, em silêncio. Recordemos a sua passagem por este mundo, sendo próximo dos pobres, abrindo os olhos aos cegos, anunciando o amor sem medida de Deus Pai. Recordemos a sua fidelidade até ao fim, a sua entrega sem reservas. Depois de contemplar tudo isto na intimidade do coração, sigamos os seus passos, convencidos de que o seu caminho é o caminho da vida, da Páscoa. Na Cruz está a vida, o conforto, o caminho para o céu.
paroquiasagb
Leitura Espiritual
«Cumpriu-se o tempo e está próximo o Reino de Deus»
A nossa vida de seres mortais está cheia de armadilhas que nos fazem tropeçar, está cheia de redes de enganos. E, como o inimigo espalhou essas redes por todo o lado, e nelas apanhou quase todos os homens, era necessário que aparecesse Alguém mais forte para as dominar e as romper, e para trilhar o rumo àqueles que O seguissem. Foi por isso que, antes de Se unir à Igreja, sua esposa, também o Salvador foi tentado pelo diabo. Ensinou assim à Igreja que não seria através da ociosidade e do prazer, mas através de provações e tentações, que ela haveria de chegar a Cristo. Mais ninguém poderia, de facto, triunfar daquelas teias. Porque «todos pecaram», como está escrito (Rm 3,23); o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, foi o único que «não cometeu pecado» (1Pd 2,22). Mas o Pai «fê-lo pecado por nós» (2Cor 5,21). «De facto, Deus fez o que era impossível à Lei, por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o seu próprio Filho, em carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne» (Rm 8,3). Jesus entrou, pois, naquelas teias, mas não ficou enlaçado nelas. Mais ainda, tendo-as rompido e rasgado, deu confiança à Igreja, de tal forma que ela ousou, a partir de então, calcar aos pés as armadilhas, libertar-se das teias, e dizer cheia de alegria: «A nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; rompeu-se o laço e nós libertámo-nos» (Sl 123,7). Também Ele sucumbiu à morte, mas voluntariamente e não, como nós, pela sujeição do pecado. Porque Ele foi o único a ser libertado de «entre os mortos» (Sl 87,6). E, porque estava livre entre os mortos, venceu «aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo» (Hb 2,14) e arrancou-lhe os «cativos em cativeiro» (Ef 4,8) que estavam prisioneiros da morte. Não só Ele próprio ressuscitou dos mortos, como, simultaneamente, «nos ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Cristo» (Ef 2,6); «ao subir às alturas, sujeitou um grupo de cativos» (Ef 4,8). (Orígenes, c. 185-253, presbítero, teólogo, Comentário sobre o Cântico dos Cânticos, III, 27-33).
http://www.liturgia.diocesedeviseu.pt/
Programação de Celebrações e Missas da Semana, de 20 a 25 de Fevereiro da Unidade Pastoral P. Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.
Manual de Identidade Alimentar Dão Lafões apresentado em Mangualde
A Câmara de Mangualde quer começar a aplicar o Manual de Identidade Alimentar Dão Lafões na cantina da Escola Secundária Felismina Alcântara (ESFA) e alargar, numa segunda fase, a mais duas cantinas do Agrupamento de Escolas de Mangualde, onde, diariamente, são servidas, no total, 1300 refeições.
“O objetivo é incutir na nossa comunidade escolar a identidade alimentar da nossa região”, justificou o vereador com o pelouro da Educação, Rui Costa, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, esta quarta-feira, durante a apresentação do livro que pretende promover a dieta mediterrânica, produção e consumos locais e combater o desperdício alimentar.
“Para que tenhamos uma alimentação mais saudável, é importante implementar o que consta no Manual de Identidade Alimentar Dão Lafões, uma ferramenta de utilidade pública”, sublinhou.
“Além das escolas, as IPSS´S [Instituições Particulares de Solidariedade Social] podem ser um parceiro importante, assim como a Confraria [das Febras e da Enogastronomia de Mangualde], os Bombeiros, que muitas vezes preparam refeições para os operacionais, e a sociedade civil”, afirmou Rui Costa.
Entre os parceiros a envolver neste projeto, o vereador da Educação, também com o pelouro da Agricultura, considera igualmente relevante para um fornecimento alimentar de qualidade “envolver os produtores e agricultores, que devem ser pagos a um preço justo”, afirmou. “É um caminho que teremos de fazer”, concluiu.
Desenvolvido ao longo do ano passado, este livro que envolveu a comunidade, realizou-se no âmbito do Plano Nacional de Alimentação Equilibrada e Sustentável (PNAES) e da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ESANP).
O Manual de Identidade Alimentar de Viseu Dão Lafões é o resultado do primeiro eixo do projeto Identidade Alimentar em Viseu Dão Lafões e surge de uma parceria e candidatura conjunta dos Grupos de Ação Local deste mesmo território, nomeadamente a ADRIMAG – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras do Montemuro Arada e Gralheira – entidade coordenadora da parceria; a ADD – Associação de Desenvolvimento do Dão; a ADDLAP – Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva; e a ADICES – Associação de Desenvolvimento Local e também pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões.
AF Viseu- Resultados da 15ªjornada do Campeonato da Divisão Honra – HORTIRELVA
Avisos e Liturgia do XXXIV Domingo do Tempo Comum – ano A
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
Com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, encerramos o Ano Litúrgico. Neste Domingo, São Mateus, que nos acompanhou durante este ano litúrgico, apresenta-nos Jesus como Filho do homem glorioso e rei que, no fim dos tempos, examinará a vida de cada pessoa, a partir da prática, ou não, das obras de misericórdia. É um texto que nos convida não só a pensar no fim da nossa caminhada terrena, mas também a avaliar todos os dias da nossa vida, segundo os critérios de Jesus para se alcançar o Reino preparado pelo Pai. A celebração deste domingo oferece-nos a possibilidade de contemplar Jesus a partir dos títulos que Lhe são atribuídos, tanto pela Palavra de Deus, como pela oração da Igreja. A oração colecta deste Domingo faz referência ao projecto de Deus “de instaurar todas as coisas” em Jesus, “seu amado Filho”, constituído “Rei do universo”. Diz-nos, portanto, que através de Jesus (da sua encarnação, vida, morte, ressurreição e glorificação) toda a humanidade e todo o universo estão convidados a participar da plenitude da Vida que o Pai nos oferece. Na segunda leitura, Paulo afirma que a ressurreição de Jesus é já o início e a garantia de que todo o mal – mesmo a morte – será vencido. A Oração Sobre as Oblatas fala de “reconciliação”. Recorda a importância de vivermos em paz e reconciliados connosco próprios, com todas as pessoas, com a natureza e com Deus. Levarmos a sério este projecto de vida, é dispormo-nos a seguir Cristo, “Ele é a nossa paz” (Ef 2,14), colaborando com Ele na construção do “reino de verdade e de vida, de santidade e de graça, de justiça, de amor e de paz” (Prefácio); e pedindo a graça de não colaborarmos em tantos reinos da mentira, da aparência, da violência e da exclusão dos pobres que existem nos nossos dias. Jesus Cristo, o Filho de Deus, consagrado “Sacerdote eterno e Rei do universo” vai à nossa frente neste caminho, oferecendo-Se pela redenção da humanidade e do universo. Seguir Jesus leva-nos a viver com Ele em plena comunhão (Oração Depois da Comunhão). A primeira leitura e o salmo destacam, em Jesus, a missão de Pastor. O evangelho une a missão de Pastor à de Rei. Ambas têm profundas raízes bíblicas e já no Antigo Testamentos são atribuídas a Deus. Tanto o texto de Ezequiel como o salmo 22, proclamados nesta solenidade, falam de Jesus que exerce a sua realeza cuidando dos mais fracos, dos doentes e dos esquecidos deste mundo. Recorda-nos a urgente necessidade de cuidarmos uns dos outros e de sermos cuidadores do universo que Deus colocou nas nossas mãos para ser a casa acolhedora de todos. A imagem do Pastor fala também da necessidade de nos sentirmos seguros, tranquilos, de sabermos que a vida do mundo e de cada um de nós está em boas mãos. Está nas mãos de Alguém que quer acolher-nos em sua casa, preparar-nos pessoalmente a mesa e tratar-nos, com todas as honras, como hóspedes importantes. Podemos, pois, aproximarmo-nos, confiadamente, de Jesus, “manso e humilde de coração”. Hoje, é muito importante falar de Jesus Cristo com esta imagem de Rei-Pastor que acompanha, caminha ao nosso lado, concede a paz, a cura, a esperança e vai conduzindo a humanidade para a plenitude da vida. Ele conhece a situação pessoal de cada um e ocupa-se de todos. Ajuda-nos a caminhar para a nossa verdadeira casa, onde receberemos o dom da vida, na sua plenitude. É bom não esquecer que só poderemos falar de Cristo Rei-Pastor se tivermos a consciência de sermos o seu povo, a sua família, membros do seu Corpo e do seu Reino. Somos discípulos e enviados como os primeiros que Ele convidou a segui-Lo. Em todos os Domingos, o nosso Rei e Pastor prepara-nos a mesa. Oferece-nos generosamente o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia. Recorda-nos que nos fez nascer como membros do seu povo e da sua família na água do baptismo. Ungiu-nos, marcando-nos com a identidade de cristãos, associando-nos na sua missão de construir todos os dias o “Reino de Deus”.
LEITURA ESPIRITUAL
«Vinde, benditos de meu Pai!»
«Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Vinde, vós que tendes amado os pobres e os imigrantes. Vinde, vós, que tendes sido fiéis ao meu amor, a Mim, que sou o amor. Eis que o meu Reino está preparado e o meu céu aberto, e que a minha imortalidade aparece em todo o seu esplendor. Vinde todos e recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo». Então — que maravilha! — os justos surpreender-se-ão por serem convidados a aproximar-se como amigos daquele que as hostes angélicas não podem sequer ver com clareza, e perguntar-Lhe-ão com voz decidida: «Senhor, quando foi que Te vimos? Tu tinhas fome, e nós demos-Te de comer? Mestre, Tu tinhas sede, e nós demos-Te de beber? Estavas nu, e nós vestimos-Te? A Ti, que veneramos? A Ti, o Imortal, quando foi que Te vimos peregrino e Te recolhemos? A Ti, que amas os homens, quando Te vimos nós doente ou na prisão, e Te visitamos? Tu és o Eterno. Tu não tens começo, és um com o Pai e co-eterno com o Espírito. Tu criaste tudo do nada, Tu, o Rei dos Anjos, a quem os abismos temem. Tu tens por manto a luz (Sl 104,2), Tu fizeste-nos e modelaste-nos da terra (Gn 2,7), Tu criaste os seres invisíveis. A Terra inteira foge para longe da tua face (Ap 20,11). Como acolhemos nós a Tua realeza e soberania?» E o Rei dos reis responder-lhes-á: «Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes. Sempre que acolhestes e vestistes todos estes pobres de que falei, e lhes destes de comer e de beber, a eles que são meus membros (1Cor 12,12), a Mim mesmo o fizestes. Vinde para o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Desfrutareis eternamente dos bens de meu Pai que está nos céus e do Santíssimo Espírito que dá a vida». Que língua poderá então descrever tais benefícios? «Nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam» (1Cor 2,9). (Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma, ?-c. 235, presbítero, mártir, Tratado sobre o fim do mundo, 41-43; GCS I, 2, 305-307).
Programação de Missas e Celebrações da Semana de 28 de novembro a 03 de dezembro na Unidade Pastoral P. Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.