No primeiro fim-de-semana de maio, todos vão arregaçar as mangas, calçar as botas de trabalho e juntarem-se às Brigadas Deseucaliptizadoras da Galiza para 4 dias de ação, aprendizagem e convívio.
Assim uma forma de ficarem a saber mais sobre formas de ação comunitária para a prevenção de incêndios, decorre de 1 a 4 de Maio,em Figueiró da Serra e Gouveia, com ações de voluntariado, saída de campo Bioblitz, oficinas, assembleia comunitária, intercâmbio com as Brigadas Deseucaliptizadoras galegas.
Mais detalhes e inscrições a partir de meados de março. De Monte a Monte – Territórios Resilientes é um projeto co-financiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia.
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Projeto europeu “De Monte a Monte – Territórios Resilientes” arranca com jornada sobre gestão regenerativa de soutos
O projeto europeu De Monte a Monte – Territórios Resilientes arrancou ontem em
Portugal com uma jornada sobre a gestão regenerativa de soutos de castanheiros,
promovendo práticas adaptadas às mudanças climáticas e à preservação da biodiversidade.
O projeto reúne comunidades portuguesas e galegas em jornadas prático-teóricas, visitas de
campo, e formação em gestão florestal para criar territórios mais resilientes. Cofinanciado
pela União Europeia através do programa Erasmus+, o projeto tem duração de 18 meses e é
coorganizado pela Associação Veredas da Estrela (Portugal), Fundação Montescola e
Associação Verdegaia (Galiza, Espanha).
Este domingo, 27 de outubro, uma saída de campo à Serra da Nogueira reuniu 30 participantes
numa jornada de aprendizagem sobre práticas de gestão de soutos de castanheiros adaptadas
aos desafios das alterações climáticas. Organizada pela Associação Veredas da Estrela, a visita
teve como objetivo capacitar os participantes com conhecimentos práticos para a recuperação
do souto que a associação está a restaurar após os incêndios de 2022 na Serra da Estrela.
A jornada focou-se na prevenção e no combate de doenças que afetam os castanheiros e em
técnicas para aumentar a biodiversidade e a resiliência das florestas perante ameaças como os
incêndios florestais. A ligação entre a biodiversidade e a diversidade alimentar, exemplificada
pela presença de cogumelos na floresta, foi outro tema abordado. Deixar de fazer
movimentações do solo para prevenir doenças e fomentar a presença de cogumelos
micorrízicos foi uma das principais técnicas de gestão discutidas durante a visita.
“A visita não nos forneceu apenas conhecimentos teóricos, mas também mostrou de forma
direta e tangível como diferentes estratégias de gestão podem influenciar a saúde das árvores
e de todo o ecossistema. No nosso Soito do Futuro, que estamos a restaurar após o incêndio
de 2022, queremos contribuir tanto para a produção local de alimentos como para a
diversidade dos ecossistemas, e esta partilha de conhecimentos foi muito valiosa para nós”,
destacou Corinna Lawrenz, Presidente da Veredas da Estrela.
Esta saída de campo, que contou com o apoio do Município de Gouveia, foi a primeira de 10
jornadas prático-teóricas do lado português da fronteira, após o arranque do projeto na Galiza
a 20 de outubro, onde a primeira jornada explorou técnicas de infiltração de água numa área
recentemente deseucaliptizada. As atividades de formação teórico-prática continuarão até
abril de 2026, explorando técnicas de gestão e promovendo o intercâmbio de experiências
para fortalecer a resiliência ambiental e social das comunidades rurais. A próxima jornada terá
lugar no Ribeiro (Ourense, Galiza), a 16 de novembro. O projeto é aberto ao público e oferece
uma acreditação de formação aos participantes ao seu término.
Embaixada da Alemanha e Belong entregaram donativo para recuperação de áreas ardidas na Serra da Estrela
A Embaixada da Alemanha, em parceria com a empresa Belong, entregou hoje um donativo à Associação Veredas da Estrela, que se dedica à regeneração de ecossistemas na Serra da Estrela, após os incêndios de 2022. Durante os jogos da seleção alemã no EURO 2024, 5% dos lucros da esplanada no jardim do Goethe-Institut em Lisboa foram destinados à associação.
A campanha, organizada pela Embaixada da Alemanha em Portugal, o Goethe-Institut Portugal e a Belong, destacou os princípios de sustentabilidade do EURO 2024. No âmbito da entrega, Jakob Jurczyk-Bäumer, Chefe dos Departamentos de Assuntos Económicos e de Imprensa da Embaixada da Alemanha, e Pedro Franca Pinto, da Belong, visitaram as áreas de intervenção da Veredas da Estrela, conhecendo também o bosque de castanheiros beneficiado pelo donativo.
Jakob Jurczyk-Bäumer explicou a origem da campanha: “Foi muito importante para nós que a transmissão dos jogos de futebol, que junta tantas pessoas no jardim do Goethe-Institut, estivesse aliada a um objetivo mais profundo e que tivesse um impacto direto para uma organização de base comunitária.”
Sob o lema “Cada golo rega uma árvore”, a ação visou alertar para a importância de um cuidado contínuo pelos ecossistemas florestais.
Júlio Teles, Vice-Presidente da Veredas da Estrela, explicou como o donativo será usado: “Para regenerarmos o soito não basta plantarmos, também é preciso apoiarmos as árvores que regeneram e cuidarmos das que plantarmos. Por isso, vamos usar o donativo no restauro do tanque junto à casa e na canalização da água de nascente para as regas no verão.”
Em 2023, a associação adquiriu um bosque de castanheiros ardido que está a transformar num espaço que concilia um uso sustentável pela comunidade com a conservação ambiental. O “Soito do Futuro” é parte de um conjunto de ações que promovem comunidades ativas e uma economia rural resiliente, incluindo o cultivo de centeio rústico em faixas de proteção contra incêndios e a rota pedestre “Veredas e Barrocas”, recentemente inaugurada em parceria com o Município de Gouveia que esteve, também, representado na visita.
Essa ideia de uma economia circular, que se baseia no conhecimento antigo e que o transforma numa ferramenta n para o século XXI, está em sintonia com os princípios da Belong, sublinha Pedro Franca Pinto: “Foi muito importante para nós podermos ver aqui no local que o trabalho da Veredas da Estrela também se baseia nesses princípios, e que estamos a perseguir objetivos comuns.”
Workshop de cogumelos do CERVAS, 2022
Na caminhada de recolha de sementes de teixo do Movimento Estrela Viva, 2023
A Presidente da Veredas da Estrela, Corinna Lawrenz, aproveitou o momento para realçar a relevância da visita e do Estamos muito gratos por este apoio, que reforça a importância de preservar um interior vivo. Logo no início do nosso trabalho, houve voluntárias do Goethe-Institut que nos apoiaram no terreno – é fantástico ver esse apoio expandir-se para uma rede maior que terá, de certeza, continuidade além do dia de hoje!”
Foto:DR
Gouveia-Rota “Veredas e Barrocas” (PR8 GVA) vai ser inaugurada
No dia 19 de maio, o Município de Gouveia e a Associação Veredas da Estrela inauguram a nova pequena rota “Veredas e Barrocas” (PR8 GVA) na União de Freguesias de Figueiró da Serra e Freixo da Serra. A rota circular interliga as duas aldeias por caminhos e veredas, e convida a descobrir vales verdejantes e vistas panorâmicas, mas também os vestígios de uma paisagem de montanha outrora resiliente e práticas de regeneração do território que visam dar nova vida aos ecossistemas e às comunidades.
O percurso pedestre de 12,3 km e um desnível de 688 metros, foi elaborado numa parceria entre o Município de Gouveia e a Associação Veredas da Estrela, dando especial importância à integração de veredas na rota – os caminhos estreitos criados por humanos, rebanhos ou pela vida selvagem que deram o nome à associação que nasceu após o incêndio de agosto de 2022 com o objetivo de regenerar os ecossistemas em torno das duas aldeias.
“O nosso objetivo foi criar uma rota diversa, e as veredas têm essa particularidade: permitem-nos chegar a lugares mais escondidos, caminhar entre antigos muros de pedra ou descobrir poços nas ribeiras”, explica Nik Völker da Veredas da Estrela.
Além disso, a rota permite conhecer alguns dos locais que, até ao século passado, eram fundamentais para uma economia local sustentável: Os Moinhos da Fraga onde os cereais cultivados nas redondezas eram moídos para depois serem transformados em pão caseiro, a antiga fábrica têxtil de Figueiró da Serra que dava uso à lã local, e ainda os bosques de castanheiros que em muito contribuíram para a alimentação das famílias.
No dia de inauguração, os participantes terão a possibilidade de fazer a rota completa ou descobrir uma parte do trilho num passeio interpretativo.
“A quem gosta de descobrir trilhos de montanha a pé, que procura diversidade paisagística e que aprecia o desafio de troços tecnicamente exigentes, recomendo vivamente fazer a rota PR8 Veredas e Barrocas completa”, comenta Nélson Rodrigues que irá acompanhar o grupo no dia da abertura.
O passeio interpretativo será acompanhado por Joel Correia – arqueólogo da Câmara Municipal de Gouveia – e Ricardo Brandão do Centro de Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS) que irão partilhar conhecimentos sobre o património arqueológico e a biodiversidade ao longo da rota. “Todo o processo histórico de construção de uma identidade cultural está, subliminarmente, gravado nas paisagens. Aqui há a particularidade de as dinâmicas de povoamento, de várias escalas, representarem-se desde os períodos mais remotos da nossa história. Ao longo deste Percurso Pedestre, é possível observar as várias estratégias desta relação, num produto riquíssimo para a valorização do Património Cultural, material e imaterial, visível e sentida”, comenta Joel Correia.
Além disso, o passeio dará a oportunidade de visitar alguns dos locais de intervenção da Veredas da Estrela, incluindo um souto de 10 hectares que a associação começou a recuperar.
“A paisagem destas aldeias conta muitas histórias, e queremos que a rota permita às pessoas conhecerem algumas dessas histórias – mas também o presente e os projetos para um futuro que volte a tornar este território mais resiliente”, explica Júlio Teles da Associação Veredas da Estrela.
O dia de inauguração é uma iniciativa do Município de Gouveia com a Associação Veredas da Estrela e conta com o apoio da União de Freguesias de Figueiró da Serra e Freixo da Serra, do turismo de bem-estar New Life Portugal, da Queijaria Conde de Vinhó, do CERVAS e da Festa de Santa Eufémia Figueiró da Serra 2024.
Fotos:DR
Projeto de recuperação de souto na Serra da Estrela nomeado para financiamento europeu
O “Soito do Futuro” é um de cinco projetos a nível mundial que concorrem a um financiamento de 30 mil euros, numa votação pública que decorre até 8 de maio.
Com o financiamento, a Associação Veredas da Estrela pretende plantar e regenerar 9000 árvores numa área ardida no grande incêndio de 2022 na Serra da Estrela. O projeto candidato à European Outdoor Conservation Association (EOCA) também prevê organizar caminhadas temáticas, dias de escola na floresta e a publicação de um inventariado de espécies.
“Orgulha-nos muito estarmos entre os cinco projetos de mais de 300 candidaturas de todo o mundo que chegaram à fase de votação pública. Ganharmos esse financiamento seria um passo enorme rumo a ecossistemas e comunidades mais resilientes“, comenta Corinna Lawrenz, Presidente da Associação.
A Veredas da Estrela foi fundada como iniciativa comunitária após o incêndio de 2022 que atingiu metade da área das aldeias de Figueiró e Freixo da Serra (Gouveia) no norte do Parque Natural. Em 2023, a associação adquiriu um bosque de castanheiros de 10 hectares com o objetivo de o restaurar e transformar num espaço que concilie a conservação ecológica com um uso sustentável pela comunidade.
Até aos anos 1950 os soutos não só tinham um papel crucial para a economia da região e a alimentação das famílias, mas também mantinham altos níveis de biodiversidade. No entanto, dois incêndios consecutivos ameaçam a conservação desses ecossistemas. Com o projeto “Soito do Futuro – A Chestnut Forest for the Future” a Veredas da Estrela pretende quebrar o ciclo vicioso dos incêndios, tornando a paisagem mais resiliente aos fogos e aos efeitos das alterações climáticas. Isso inclui tanto a conservação ambiental, como a recuperação de variedades antigas para alimentação da comunidade e a criação de novas formas de convivência com a floresta.
Em parceria com os parceiros do projeto – CERVAS, Milvoz, Centro de Ecologia Funcional e plataforma Invasoras.pt da Universidade de Coimbra – serão organizadas caminhadas temáticas que permitem conhecer as várias camadas do souto, dos cogumelos às borboletas noturnas. Dias de escola na floresta tornarão o bosque um espaço de aprendizagem para os mais novos, envolvendo-os em ações como a construção de caixas-ninho e a criação de um inventariado de espécies. Além de ações de voluntariado para plantação e rega das árvores, pessoas de todas as idades poderão participar nessa atividade de ciência cidadã que recorre a ferramentas digitais para identificação e registo de espécies que resultarão numa publicação.
No projeto A Chestnut Forest for the Future – que está agora em votação pública na EOCA até 8 de maio – reflorestar, regenerar, cuidar e aprender são ações interligadas, na convicção de que só comunidades ativas com ligações e conhecimentos do seu território, podem ser guardiões desses ecossistemas.
Júlio Teles, vice-presidente da direção e coordenador da intervenção no território, diz: “Estamos convencidos que é possível fazer diferente e queremos demonstrá-lo com este projeto-piloto aberto à participação de todos. Cada voto no projeto é também um voto no futuro da Serra da Estrela e das suas comunidades.”
Foto:DR
Associação Veredas da Estrela quer dar vida a terrenos devastados pelos incêndios
Figueiró da Serra e Freixo da Serra no concelho de Gouveia estão a criar um novo modelo para as suas aldeias: tornando-as mais seguras, mais sustentáveis e mais vivas. Depois de terem passado por dois grandes incêndios em 2017 e 2022, fundaram a Associação Veredas da Estrela e juntos querem abrir novos caminhos para o futuro. Acabaram de lançar uma campanha de crowdfunding para dar os primeiros passos.
As aldeias de Figueiró e Freixo da Serra na encosta Norte da Serrra da Estrela foram fortemente atingidas pelo grande incêndio de agosto de 2022: praticamente metade da sua área foi devastada pelas chamas. Foi a segunda vez, depois de 2017, que muitos dos 400 habitantes perderam quintas e projetos de uma vida. Um terreno público à volta das lagoas de regadio, reflorestado em fevereiro de 2022 pela comunidade com cerca de 1000 árvores, voltou a arder. “Foi uma experiência única que nunca tinha visto na minha vida e que espero nunca mais ver”, comenta Arménio Teixeira, um dos conselheiros territoriais e culturais da Associação.
Com este segundo grande incêndio num período de cinco anos, começou a crescer a vontade da comunidade de voltar a alcançar controlo e determinar o seu próprio destino. “Em 2017 pensámos que era uma excepção, que um incêndio desta dimensão só era possível devido a condições meteorológicas fora do habitual. Mas desta vez percebemos que não era tanto assim e que, se não fizermos nada, daqui a 5 anos vamos ver-nos confrontados com o mesmo cenário. Não vamos ficar à espera que alguém resolva o problema por nós”, diz Júlio Teles, responsável pelas intervenções no território da nova Associação e que nasceu na aldeia de Figueiró da Serra.
Medidas estruturais desenvolvidas pela comunidade
As medidas a que se propõem incluem a melhoria da prevenção e combate aos incêndios através da criação de faixas de proteção em volta das aldeias, a reflorestação com espécies autóctones, mais resilientes ao fogo e às alterações climáticas, a criação de percursos pedestres em veredas antigas e não menos importante o apoio à atividade agro-pastoril tradicional. Durante este inverno já organizaram quatro ações de voluntariado com mais de 100 participantes para limpeza e recuperação de áreas ardidas em Figueiró e Freixo da Serra. Mas querem chegar mais longe.
Os primeiros fundos que estão a recolher através da plataforma de crowdfunding PPL, serão utilizados para a compra de máquinas essenciais para a limpeza das faixas de segurança, a organização de ações de voluntariado e a compra de 2 hectares de souto ardido que pretendem recuperar. Num local sem baldios, a ideia é transformar terras particulares em terrenos comunitários nos quais se possa experimentar formas de gestão florestal que possibilitem uma vida mais longa a estas florestas comunitárias. Fortalecer a comunidade, criar momentos de partilha, participação e convívio é inerente a todas as atividades propostas, e dirige-se a uma comunidade cada vez maior.
Exceção ao cenário de despovoamento do interior
Ao contrário da maior parte das aldeias do interior do país, a freguesia de Figueiró e Freixo da Serra tem vindo a crescer ao longo dos últimos 10 anos. Vários habitantes mais novos e famílias optaram por ficar na aldeia, e a eles juntaram-se pessoas de diversos países que começaram a recuperar quintas nas envolventes das aldeias. Assim, a nova Associação junta não só várias gerações como também pessoas de diversas nacionalidades, cruzando ideias e perspetivas de quem sempre lá viveu e de quem mudou para lá recentemente.
Uma destas novas habitantes é Corinna Lawrenz, presidente da Associação Veredas da Estrela: “Penso que temos aqui todo o potencial para desenvolver modelos diferentes, de base comunitária, e provar que viver no meio rural pode ser sinónimo de qualidade de vida. Temos a massa crítica de pessoas que se querem envolver – e ideias não nos faltam. Queremos criar exemplos positivos que cheguem à raiz do problema e que possam ser um impulso para outras iniciativas.”
De facto, mesmo antes da fundação da Associação, Figueiró e Freixo da Serra eram aldeias muito ativas. Ainda há quem produza quase todos os produtos tradicionais da região, desde queijo, azeite, frutas e legumes, até ao vinho. Cozer o pão no forno à lenha ou juntar família e amigos em redor de uma mesa, com uma refeição caseira após uma manhã de vindima, são costumes longe de serem perdidos. Mas também já existia a vontade de experimentar realidades novas, como a cerveja artesanal que se começou a produzir em pequena escala. Manter esta dinâmica e incentivar novas ideias que tragam mais vida às aldeias é outro dos objetivos de longo prazo da Associação.
“O meu sonho seria que pouco a pouco uma série de serviços comecem a existir diretamente na aldeia, que as pessoas já não se tenham de deslocar muito para trabalhar mas que haja uma economia local e sustentável que nos permita consumir produtos gerados no curto circuito das aldeias”, diz Pavel Vulfin, vice-Presidente da mesa da Assembleia. Até aí, ainda há um longo caminho por percorrer, mas os primeiros passos nas Veredas da Estrela já estão a ser concebidos.
A campanha de crowdfunding está disponível em ppl.pt/causas/estrela e www.veredasdaestrela.pt e decorre até à Páscoa.