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Conversa com João Bento– Balanço da temporada nos sub-17 do Seia FC

Depois de na temporada 2024/25 ter orientado o Seia FC , nos Nacionais de sub-17, João Bento enfrentou um desafio de dar vitalidade à formação senense e ficou por pouco a manutenção nos nacionais.

Foi um grande trabalho deste treinador muito experiente que nos falou deste desafio.

Que balanço faz desta temporada que foi um grande desafio ao orientar formação, neste caso o Seia FC?
Foi um desafio enorme pois há quase 30 anos não treinava formação e sabia que ia orientar uma equipa que nos anos anteriores sempre que disputava campeonatos nacionais estava condenada não só a descida como a lugares e resultados não muito positivos. Mas em boa hora aceitei e abracei este desafio, pois, apesar de não termos alcançado o que tanto fizemos por alcançar, conheci e convivi com pessoas fantásticas que me fizeram te readquirir o gosto pelo treino.

Regressar a Seia, depois de noutro tempo ter sido campeão, agora trabalhar uma equipa de sub-17 que merecia a manutenção?

Merecíamos mesmo fazer aquilo que ainda não foi feito: foste este aliás o lema desde o primeiro dia de trabalho.
Mas fizemos, ainda assim, muito!
Tivemos qualidade, melhoramos muito quer individual quer coletivamente os nossos atletas, conseguimos resultados aliados a exibições que nos deixaram imensamente felizes. Ficou a faltar muito pouco, pois depois de uma primeira fase em que assumidamente não nos preocupamos com os resultados mas somente com o processo, 2a fase começou com zero pontos para todos, iniciamos a 2a fase com muita vontade de fazer história e alicerçados nos jogos no nosso estádio, que acabou por nos ser nefasto nesta reta final por não estar nas melhores condições nem para treinos nem para jogos, estivemos na luta pela manutenção até a penúltima jornada, mesmo tendo sofrido com alguns erros externos que teimavam em nos querer afastar mais cedo da luta.
A sua carreira tem sido com muitos êxitos, qual o melhor momento e o menos bom?

O melhor momento ainda está para vir, mas não nego que o privilégio de conhecer, conviver, partilhar com pessoas de bem é o meu maior troféu. E nisso, esta época foi brutal. Quiçá a melhor, até porque estive em dois contextos em
Simultâneo, muito enriquecedores.
Quanto ao negativo, fica a impotência de não controlarmos fatores que colocam em causa o nosso trabalho, empenho e dedicação, em especial quando temos a certeza de serem premeditados e propositados. Junto ainda a falta de compromisso de alguns agentes desportivos no cumprimento das suas obrigações.

No futuro próximo, existe já um novo projeto na calha?

Sim já existe e em breve penso que o clube o irá anunciar.
Irei continuar a trabalhar onde me sinto bem, onde me sinto feliz e realizado e onde sinto que as pessoas também se sentem felizes com a minha pessoa e com o meu trabalho.

Que mensagem deixa a toda comunidade desportiva?

Uma mensagem simples. No final da época nem todos podem alcançar os resultados que desejam. Há sempre equipas campeãs, as que conseguem a manutenção e as que descem. Sempre. Há que respeitar e enaltecer o trabalho, a dedicação, o empenho e a paixão que TODOS colocam na missão que abraçam independentemente do resultado final não ser o desejado, tantas vezes não por culpa própria.

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