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Iniciativa Liberal defende que os jovens para o interior com região mais atrativa e liberal

Teve lugar no passado dia 29 de julho, no Teatrinho, na cidade do Peso da Régua um evento dedicado
aos jovens da região, o JOVENS AO INTERIOR. O evento foi organizado pelos Núcleos Territoriais do
interior norte e centro da Iniciativa Liberal (NT Bragança, NT Guarda, NT Lamego, NT Vila Real e NT
Viseu) e teve como objetivo, a promoção de literacia económica, financeira, política e social“,
permitindo a “partilha de experiências e visões que contribuam para um pensamento mais crítico e fundamentado da sociedade que rodeia os jovens do interior.
Os principais temas debatidos ao longo do dia, foram a Descentralização, Investigação, Desenvolvimento e Empreendedorismo.
Jovens ao Interior, contou com a presença de Rui Rocha, Presidente da Iniciativa Liberal. Nos painéis de debate interviram Carlos Guimarães Pinto, Deputado do Partido, José Manuel Gonçalves,
Presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua), membros do ILAB, como Pedro de Sampaio
Nunes, Ex-Secretário de Estado da Ciência e Inovação e Pedro Brinca, Professor na NOVA SBE. Fizeram
ainda parte dos painéis, convidados do tecido empresarial da região: João Mafra, CEO da Adency;
Maurício Diegues, CEO da Destildouro; Pedro Dias, CEO da Piranha Global e Co-fundador da Piranha Tattoo Studios; Rui Soares, Presidente da ProDouro e Jorge Alves, Sócio Gerente da “Quanta Terra” e
Administrador da Quinta do Tedo.
A abertura do evento foi da responsabilidade de Rui Rocha, Presidente da IL. Na sua intervenção, falou da necessidade de reforma das instituições democráticas e a transferência de poderes para os órgãos
democráticos regionais. E salientou a necessidade de reforço das competências das comunidades intermunicipais e a criação de um círculo eleitoral de compensação, com o objetivo de se evitar o desperdício de centenas de milhares de votos nas regiões do interior.

No primeiro painel de debate, dedicado à Descentralização, fizeram parte Carlos Guimarães Pinto,
deputado da IL e José Manuel Gonçalves, Presidente da Camara Municipal. Carlos Guimarães Pinto
falou do círculo vicioso da “política lisboeta” que influencia as decisões nacionais – Entidades e
pessoas, que tomam decisões com impacto a nível nacional, apenas tendo em consideração a
realidade urbana onde vivem, ignorando tudo o que se passa no país real. Partilhou com os presentes,
os três pilares da política de descentralização: a capacidade de decisão, financiamento e execução,
sem os quais não adianta falar de descentralização de uma forma séria. No mesmo painel, José Manuel
Goncalves, falou da importância da constituição da CIM Douro, do trabalho desenvolvido por esta
Entidade ao longo dos anos e das vantagens das comunidades intermunicipais. Acusou o governo de
fazer uma falsa descentralização, fazendo das Camaras Municipais meros intermediários de
pagamento, sem qualquer tipo de capacidade de tomada de decisão. Queixou-se da arbitrariedade dos
organismos públicos no processo de licenciamento e da excessiva dependência das decisões, de uma
multiplicidade de organismos públicos que arrastam processos de licenciamento e planos de
investimento.

Discutiu-se também Investigação & Desenvolvimento no interior. E neste painel, fizeram parte Pedro
de Sampaio Nunes, Ex-Secretário de Estado da Ciência e Inovação; João Mafra, CEO da Adency e
Maurício Diegues, CEO da Destildouro. Pedro de Sampaio Nunes, referiu a necessidade, das empresas
estarem no ambiente certo para se desenvolverem e terem os parceiros certos. Sendo esse um dos principais handicaps para a fixação das empresas no interior do país. Maurício Diegues falou da
importância da diversificação dos negócios através da inovação tecnológica e na enorme dificuldade
de atrair e fixar mão-de-obra qualificada no interior do país. João Mafra, referiu a sua empresa como
exemplo, ao ser obrigado a deslocalizar o centro de operações do Fundão para o Porto, para poder
continuar a crescer. Todos os convidados do painel concordaram, que é necessário melhorar a
interação entre as universidades e as empresas rumo à inovação. Apostar na investigação aplicável,
tendo em vista a produção de bens transacionáveis e a produção de patentes.

No último painel, dedicado ao Empreendedorismo no Interior, fizeram parte convidados como Pedro
Dias, CEO da Piranha Global e Co-fundador da Piranha Tattoo Studios; Rui Soares, Presidente da
ProDouro; Jorge Alves, Sócio Gerente da “Quanta Terra” e Administrador da Quinta do Tedo e Pedro
Brinca, Professor na NOVA SBE. Os empresários presentes no painel, salientaram a insuficiência de
apoios para as empresas, originando uma economia dependente de subsídios. E queixaram-se do facto
do PRR estar a ser usado para substituir investimento público que não foi feito via orçamento de
estado, em vez de servir para aumentar a capacidade de investimento das empresas. Foi sugerido o
fim das escrituras, para ajudar ao emparcelamento das propriedades agrícolas. Pedro Brinca, propôs
um novo paradigma fiscal e económico, assente numa reforma fiscal que atraia investimento
estrangeiro e que promova a constituição de capital, com vista ao desenvolvimento do país.

No encerramento, a Organização partilhou uma mensagem inspiradora – “Foi um evento preparado
para trazer uma mensagem de esperança, um arauto de ideais liberais que buscam capacitar e inspirar
as novas gerações — os portadores da tocha do nosso futuro coletivo” mas, também de desafio, a
todos os jovens presentes – “Num mundo marcado por imensos desafios e possibilidades ilimitadas, é
imperativo que cultivemos um espírito de otimismo e progresso. É nosso dever moldar um amanhã
melhor, que defenda a prosperidade, a igualdade perante o estado, a justiça e a liberdade para todos,
independentemente da região onde vivem!” – partilhava, Pedro Ermida, Coordenador do NT Vila Real,
no seu discurso de encerramento, em representação da equipa que organizou o Jovens ao Interior.
Em modo de conclusão, a promessa ficou lançada – a Organização quer voltar a repetir o evento
JOVENS ao INTERIOR daqui a um ano, com novos temas e mais convidados, para refletir sobre o
interior, como tornar a região mais atrativa para os jovens e como o liberalismo pode ser solução, para
o interior e para Portugal.

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