Após ter conquistado o título distrital em maio de 1994, era hora de preparar a nova temporada no Nacional da 3ª divisão, para tal algumas alterações foram efetuadas no seio do clube a muitos níveis.
A direção passou a ser um grupo agora coeso, liderado por Delfim Paulo Nunes, um homem com grande experiência no campo do associativismo, ladeou-se com um leque de pessoas muito ativas, como João Gomes, João Paulo, José Sobral, António Silva (Pechincha), Luís Lagarto, Cunha entre outros, que procuraram enfrentar um grande desafio, alcançar a manutenção nos Nacionais, objetivo difícil para as equipas do distrito dado que tinham descido anteriormente, Celoricenses, UD Seia e CD Gouveia, face a isso a missão era mais complicada, uma vez que as deslocações eram grandes e poucos clubes havia perto, Lus.Vildemoinhos, Belmonte , Penalva do Castelo, Nelas, Tourizense e Sp.Covilhã.
Agora a realidade era outra, uma vez que o plantel tinha de ter jogadores com alguma experiência e assistiu-se a uma debandada de alguns jogadores campeões para equipas da região, mas também o treinador era novo, Carlos Marques (Mourilhe), um homem com larga experiência como jogador e treinador e aliás tinha noutras andanças representado o clube na década de 80.
Direção e técnico formaram o plantel, alguns ficaram da temporada anterior, casos de: Carlitos, Pote, Valdo, Nen, Nando Pompeu, João Amaral, Fernando Jorge e Mário Jorge.
Chegaram alguns reforços da região: Calton (ex Sporting), mas tinha estado no GD Mangualde, Hilário, Martinho, Rui Ascensão, Gastão, Brás, Zé Miguel, Geraldo, Luís Patrício, José António, Luís Miguel, Zé Luís, Eusébio, Mota, Vítor e Rocha.
Triunfo em Rio Maior com casa cheia de fornenses
Foi um arranque complicado dado que, na ronda inicial a deslocação a Penalva do Castelo não correu bem, derrotados por 3-0, mas a chama reacendeu, numa deslocação inesquecível a Rio Maior a contar para a Taça de Portugal, com um triunfo de 2-1 com Hilário e Calton, a rubricarem os golos fornenses. Foi uma tarde que a comunidade acompanhou em massa a equipa juntando-se aos fornenses lisboetas que coloriram bem as bancadas de verde e amarelo.
O Campeonato ia correndo com triunfos e desaires, já na Taça de Portugal, os fornenses venceram o Alcanenense, por 2-0, mas viria a ser repetido por protesto dos visitantes e depois seria a derrota de 3-0.
A luta pela manutenção era forte e as derrotas acumulavam-se frente a adversários mais poderosos, mas eis que a receção ao UD Belmonte foi positiva e um triunfo por 5-2.
Seguiram-se jogos positivos, com 3 triunfos e 2 desaires que colocaram a equipa a salvo na 13ª ronda, no virar do ano civil, a alcançar a sexta posição após vencer na Mealhada por 2-1.
Depois o arranque do ano 95, não foi tão produtivo, dado que, em oito embates apenas 3 pontos, com o início de março, chegava a vitória frente ao Anadia pela margem mínima.
A fase inconstante manteve-se, alguns pontos em casa e desaires fora de portas, mas a reta final foi decisiva com o triunfo folgado por 4-1 frente ao Estarreja, um adversário direto.
Um momento de alívio
Aqui uma partida muito bem disputada, com os fornenses a mostrar muito empenho em arrecadar os três pontos e face a isso, Calton (22´) e Vítor (44´) colocam a sua equipa com vantagem de duas bolas sem resposta ao intervalo.
Na segunda parte, Zé Luís volta a chegar ao terceiro golo e pouco ou nada os visitantes faziam, só mesmo aos 76´, Luís Pedro fez o tento de honra para o Estarreja, mas os pupilos de Mourilhe ainda marcaram mais uma vez para grande festa no velhinho Municipal Dr. Moreira da Cruz, com Mota, aos 89´a fechar a contagem num grande triunfo fornense.
Seguiram-se quatro embates e apenas uma derrota frente ao Argus por duas bolas a zero, mas ficaram triunfos importantes (Mealhada e S.João Ver) e depois era hora de receber o líder Cucujães, onde já tinha subido, mas ainda assim veio com muito público para puxar pela equipa num bom jogo entre duas equipas que dividiram os pontos, com igualdade a duas bolas e a manutenção a ficar assegurada e a festa era grande no Municipal Dr. Moreira da Cruz.
A derradeira ronda serviu de passeio à serra da Estrela e rodar jogadores mas terminaria numa derrota de 5-0.
Em suma, uma temporada difícil, com a inexperiência a acontecer mas a turma de Carlos Marques foi forte e a sua direção foi muito destemida e acreditou sempre assim como a massa adepta que acompanhou sempre formação fornense para todo o lado. Onde o Fornos jogava era sempre uma festa para a equipa da casa, as receitas aumentavam.
Uma nota de destaque para a massa associativa que acompanhava o clube em casa e fora em grande escala, iniciou aqui a afirmação na 3ªdivisão nacional.
Nesta temporada em 34 jogos, 11 vitórias, 8 empates e 15 derrotas, marcou 48 golos e sofreu 56 golos.
Aqui fica respetiva classificação final na temporada 1994/95.