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Avisos e Liturgia do XXV Domingo do TEMPO COMUM – ano C

  1. a)       De vez em quando, aparecem vozes nos meios de comunicação social que falam das crenças das pessoas e como elas são vividas. Habitualmente, fala-se disto, valorizando a liberdade: cada um tem o direito de acreditar no que quiser, quer ao nível do pensamento, quer ao nível das crenças religiosas. Muitas vezes acontece que a expressão do pensamento ou das crenças religiosas fica no âmbito pessoal, porque não se adequa ou encaixa na expressão social. Esta maneira de pensar traz uma dificuldade: considerar a fé somente numa dimensão pessoal e social e que facilmente se enquadra num âmbito privado e com fronteiras delimitadas. Esta visão não é compatível com a nossa fé, porque, se é autêntica, queremos vivê-la em toda a sua plenitude, toca o mais profundo de cada pessoa e da sociedade, ou seja, todas as dimensões da vida da pessoa e da sociedade. A proposta do Evangelho é global e destina-se a todos. A liturgia deste domingo põe sobre a mesa o tema do dinheiro que tem uma dimensão social muito grande. Por exemplo, muitas notícias começam ou terminam tendo em conta o dinheiro já gasto ou a gastar, ou seja, é uma realidade complexa que tem evidentes repercussões pessoais e sociais. Ajudar os cristãos a reflectir e a ser conscientes de todas as dimensões da existência – tanto sociais como pessoais – e a importância que a fé tem nas mesmas, é uma tarefa muito importante e necessária neste contexto complexo actual.

  1. b)       A nossa vida está cheia de oportunidades e de opções em busca da plena realização e da felicidade. A dificuldade reside é saber optar bem, para além das simples aparências e das felicidades passageiras. A nossa sociedade não é muito diferente da do tempo de Jesus. Por isso, continuam a ser actuais e importantes as palavras de Jesus: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. A opção pela fé continua a ser um mistério: um mistério que nasce da relação entre a graça divina e a nossa livre vontade e decisão. A fé é uma oferta que recebemos continuamente de Deus: não provém das nossas prestações, nem das nossas capacidades, nem dos nossos méritos. Mas pede a colaboração e a resposta de cada um de nós, fruto de saber descobrir onde está realmente a verdadeira felicidade e optar por ela. Podemos ajudar, preparando o nosso coração e desbravando o terreno. Podemos trabalhar a terra para que possa acolher e fazer germinar a semente. Podemos zelar para que haja um “clima” favorável, com humidade e iluminação necessárias. Podemos estar atentos para desmascarar as subtis manobras de outras “divindades” que nos deslumbram com as suas propostas de “felicidade”.

Mas, o melhor caminho, aquele que foi decisivo para a vida de cada um, é conhecer um testemunho concreto, alguém que fala, que anuncia, que vive a fé com normalidade na sua vida, alguém que soube escolher e que conseguiu que a fé inundasse toda a sua vida, não cedendo à atracção do consumismo, do poder, da fama, das riquezas ou das realidades mundanas. Estes testemunhos vivos falam-nos da “verdade” da fé no Deus de Jesus Cristo, da “verdade” da sua proposta de vida e de felicidade.

21-09-2025

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Leitura Espiritual

Concede-me a graça de ser digno do teu louvor!

Graças à tua natureza criadora,

foi construída uma casa para o ser pensante;

e o primeiro homem foi nomeado administrador

da casa deste mundo.

Os seus descendentes que vieram à existência

recebem de Ti várias funções de administração:

uns para gloriosas obras corporais,

outros para distribuir bens espirituais. […]

Colocaste ainda, como administrador fiel

do corpo e da alma, o espírito incorpóreo,

para dar a cada um aquilo de que precisa

com solicitude e de acordo com a sua posição:

alimentando a alma com a Palavra,

cuidando do corpo com sobriedade;

desempenhando entre os dois o papel de árbitro,

ele mantém a rectidão das respectivas posições.

O corpo deve ser tido como servo

seguindo a tua ordem na criação,

e a alma como princesa soberana,

seguindo a imagem do teu Arquétipo.

Eu, porém, infiel a ambos,

à minha alma e à dos outros,

tornei-me semelhante ao administrador infiel,

que é o tipo da minha cobardia.

É que, no final da minha vida neste mundo,

nem posso fazer o bem,

nem mendigar àqueles que o possuem:

tenho vergonha, porque não me darão nada.

(São Narsés Snorhali (1102-1173), patriarca arménio, Segunda Parte, § 605-623; SC 203).

http://www.liturgia.diocesedeviseu.pt/

Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres

Avisos

De 21 a 28 de setembro

 

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