Balanço das eleições da AF Guarda
“Crescimento da arbitragem da A.F. Guarda estava à vista de todos”
Após o ato eleitoral , ao contrário de como nos apontaram que fomos imparciais durante o ato eleitoral, deixamos aqui que, tratámos ambas as listas de forma igual, entrevistámos os candidatos e a sondagem que elaboramos a nível de Facebook, foi tão legal que as pessoas inscritas nessa rede social é que votaram, onde até os candidatos votaram, agora sabíamos que tinha apenas valor simbólico, uma vez que eram os clubes que iam votar e o fizeram em consciência, onde a lista de Amadeu Poço venceu e mantém-se como Presidente da AF Guarda.
Agora que fique bem claro que, somos ainda dos poucos que nos preocupamos com o futebol distrital, agora deixo uma questão, há quinze anos quantos órgãos de comunicação distrital existiam a acompanhar a par e passo o futebol distrital da Guarda?
De facto, eram muitos, mas hoje apenas somos menos de uma mão cheia, porque será?
Mas contactamos, elementos das duas listas para fazer um balanço do ato eleitoral, neste caso, da Lista A, Amadeu Poço que nos deu resposta negativa e posteriormente Daniel Soares novo líder do conselho de arbitragem e Luís Brás, mandatário da Lista B.
Em suma, apenas da Lista B obtivemos respostas positivas e estivemos à conversa com o mandatário de Artur Batista, Luís Brás, um homem que muito deu à arbitragem egitaniense e ao panorama nacional.
Muito se falou de arbitragem antes e depois do ato eleitoral e por isso, quisemos falar com gente dessa área de ambas as listas.
Magazine serrano: Foi o mandatário de uma lista B, explique porque aceitou, ainda assim saiu derrotado?
Luís Brás-Não foi uma valorização pura e dura da competência, porque até nem é meu feitio fazê-lo.
Foi antes de mais, e sobretudo, uma questão de proximidade e identificação com a pessoa escolhida para dirigir a arbitragem. Tão só, e tão simples, quanto isso mesmo. Uma questão de proximidade e identificação.
Como sempre disse, e tem sido a minha prática, dei e darei a cara pelos árbitros egitanienses. Sou um apaixonado pela arbitragem, e como tal, defenderei sempre, em todo e qualquer momento, aquilo que eu considero mais certo e que se alinha com a minha visão de trabalho e equilíbrio. Estava certo que a lista liderada pelo Fábio Cardoso era o melhor para o futuro da arbitragem da Guarda.
Hoje, alicerçado nessa mesma convicção, voltaria a fazer o mesmo. Continuaria a dar a cara pelos árbitros; são eles que, fim-de-semana após fim-de-semana, abdicando de muito de si, contribuem para o crescimento das competições egitanienses; foram eles que muito contribuíram para o meu crescimento como dirigente e muito ajudaram a valorizar as gentes do distrito da Guarda a nível nacional e inclusive internacional.
Onde sempre estive e trabalhei da melhor forma que podia, dediquei-me da melhor forma que sabia e saí, sempre, com a cabeça erguida e orgulhoso dos resultados produzidos.
Foram apontadas irregularidades à lista vencedora? Que comentário faz?
O que mais estupefação me cria, em todos os lugares, e até em vários setores da sociedade portuguesa, é de como é possível que pessoas com larguíssima experiência cometam erram corriqueiros.
Repare-se, nessa lista que conta com gente com mais de 17 anos de dirigismo associativo e não se compreende como é possível apresentar uma lista com erros formais. Pior se tornou quando a própria Assembleia Geral não foi capaz de detetar os erros e ter permitido que a mesmo fosse admitida.
Há erros vários, tais como desde não entrega do cartão do cidadão completo ou com termos de aceitação desatualizados. O corolário da situação foi a constatação de que existiam termos de aceitação com data anterior à abertura das eleições por parte da Assembleia Geral.
Estranho foi igualmente que a Assembleia Geral não respondeu a uma questão sobre os votos do NAF Foz Côa. É do conhecimento geral que este núcleo não faz qualquer atividade de arbitragem há, pelo menos, 7 anos (meu mandato e anterior CA).
Sobre o trabalho da arbitragem nos últimos anos foi posto em causa por alguém?
Infelizmente é verdade. O Sr. Amadeu Poço teve algumas saídas que considero, no mínimo, infelizes. Mas fiel a uma velha máxima de que as palavras são propriedade de quem as pronuncia, eu não tecerei quaisquer cometários públicos.
Todos os filiados conhecem a evolução que houve na arbitragem associativa nos últimos 7 anos. Diria mais, a nível nacional sabe-se da extraordinária evolução da arbitragem egitaniense.
A classificação da arbitragem pela FPF nesta temporada foi muito positiva?
É verdade. O crescimento da arbitragem da A.F. Guarda estava à vista de todos. Os resultados dos árbitros da A.F. Guarda na FPF esta época vieram confirmar a tendência nos últimos anos com nenhuma descida dos quadros nacionais não profissionais e com três ascensões. Sinceramente espero que assim continue.
Como vê a arbitragem guardense para o futuro?
Penso que não estarei a cometer qualquer inconfidência. Alguns minutos após as eleições o Marco Rodrigues, secretário da Assembleia Geral, convidou-me para ajudar no novo conselho de arbitragem. Se eu quisesse ser Presidente do CA da A.F. Guarda ou outro cargo tinha assumido e como é de conhecimento de todos fui convidado pelas duas listas e para os mais diversos órgãos sociais.
Sinceramente, espero que a arbitragem egitaniense continue na senda do sucesso como aconteceu nos últimos anos.
Citou Marco Rodrigues um antigo arbitro com um bom currículo a nível local e Nacional?
Sim é verdade. Nada contra. Se as pessoas estiverem de boa-fé e espírito aberto, todos somos poucos para trabalhar, tanto mais que é um setor muito difícil e muito trabalhoso. O que mais me assusta são as mudanças de opiniões num espaço temporal tão curto, senão vejam.
Marco Rodrigues foi convidado para Presidente do Conselho de Arbitragem e não aceitou. Estranho, também, é que ele dias antes das eleições e quando se falou na arbitragem disse e passo a citar “batalhei pela independência”.
A própria lista defendia a autonomia dos órgãos dizendo “respeitando sempre a autonomia dos órgãos competentes”.
Mas, agora, parece que temos um secretário da Assembleia Geral como assessor da direção para o conselho de arbitragem. Como todos sabemos nas eleições tudo se promete e depois tudo muda.
Daniel Soares citou na campanha eleitoral que árbitros de outro distrito vêm apenas para se promover aqui como comenta tal afirmação?
Isto gerou uma, natural, onda de preocupação; a indignação, entre os árbitros, foi generalizada. Então quando o atual presidente do CA da A.F. Guarda disse que os árbitros de outros distritos vêm para a Guarda para se promover e sair…!!
Realmente quem diz isso não conhece a realidade da arbitragem na Guarda. E veremos se num futuro próximo, árbitros de outros distritos, quiserem vir para a Guarda como se vai lidar com a situação.
Sabemos que vários árbitros querem sair da A.F. Guarda e além disso existe uma publicação onde se dizem que é um dos “culpados”. Tem alguma coisa a nos dizer?
A parte verdadeira desta notícia é a de que alguns árbitros têm efetiva vontade de sair. Todos são livres de o fazer, mas não vale tudo ao tentar dizer que sou eu, ou outra qualquer pessoa, os instigadores dessa vontade. Tentou-se promover essa mentira numa página de Facebook ligada ao setor “arbitragem” e depois o atual presidente do CA da A.F. Guarda e o vice-presidente da direção da AF Guarda, Paulo Menano, colocaram um “gosto” na notícia.
Todos os árbitros que me ligaram aconselhei-os a pensarem bem e a darem uma oportunidade ao novo Conselho, mas naturalmente cada um decide por si.
Recordo que vários árbitros entraram no nosso distrito, mas também alguns árbitros foram para Castelo Branco e Bragança nos anos anteriores. Tudo aconteceu normalmente e com colaboração e apoio constantes, tanto das saídas como nas entradas.
O mais estranho desta situação, é que quem deseja sair, são árbitros com mais de 10/15 anos de carreira. Foram árbitros que já trabalharam, no passado, com o novo presidente do CA da A.F. Guarda e com o novo assessor da arbitragem, que já na altura do Dr. Relvas tinha poderes camuflados no CA. Agora tirem as vossas ilações.
Em suma, que mensagem deixa a todos nesta altura?
Pela confiança e coragem, quero deixar, publicamente, um agradecimento ao Artur Batista e restantes elementos por me convidarem para seu Mandatário. Deixar-lhe também votos de rápidas melhoras ao Artur Batista que foi operado recentemente.
Agradecer a todos os filiados da A.F. Guarda pela “porta aberta” e pela boa receção e capacidade de nos ouvirem e acreditarem no projeto.
Uma palavra, ainda, de felicitação a todos os filiados pela resposta que deram nas urnas.
É importante, também, sublinhar o meu compromisso com a democracia e manifestar a aceitação da vontade da maioria, bem como fazer votos de que seja efetivamente o melhor para o futebol/futsal e para a arbitragem.
Quanto a mim ,rejeitei qualquer cargo na A.F. Guarda seguirei o meu caminho, de cabeça erguida e com a consciência tranquila que tudo fiz, em todos os momentos, pela Guarda, pelo seu futebol/futsal e pela sua arbitragem.