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Artigo de opinião–Atividade Física na 3ªidade

15086881_10205911204419161_970998522_nATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

De uma forma ou de outra, todos temos a consciência de que a população portuguesa está envelhecida devido ao aumento da esperança de vida e à diminuição da taxa de natalidade. E se isto é verdade para o País, mais se evidencia no Interior.

Atentos a esta realidade, são muitos (quase todos) os municípios que procuram dar uma resposta adequada às necessidades desta população, nomeadamente através da criação de programas de atividade física e bem estar.

O nosso distrito não é diferente, seguindo esta tendência, quer seja através de atividades ministradas nos seus lares para terceira idade ou atividades em gimnodesportivos e piscinas.

De facto verificamos uma preocupação em actuar nesta área, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população idosa.

Destacamos o caso do município de Seia, pelo número de participantes envolvidos numa atividade intitulada por Saúde em Movimento, onde mais de três centenas de pessoas com idade igual ou superior a 55 anos têm oportunidade de usufruir de duas sessões semanais de atividade física distintas, sendo uma ministrada em gimnodesportivos e outra na piscina.

O pressuposto comum da oferta destas atividades, será a melhoria da capacidade física, diminuindo a deterioração da aptidão física inerente ao avanço da idade, nomeadamente a resistência cardiovascular, força, flexibilidade e equilíbrio. Para além de tudo isto, devemos ter em consideração que nestas idades, o aumento do contacto social promove a redução de problemas psicológicos como a depressão e ansiedade, tão comuns nesta população.

A aposta dos vários municípios neste tipo de projetos, promove não apenas o aumento da prática da atividade física, mas também a sua orientação técnica especializada, evitando erros comuns que se tornam mitos difíceis de desmistificar, como recomendar aos idosos ir para a piscina nadar que lhe fará muito bem às costas.

A sério???

Então mas na sua grande maioria estas pessoas não têm técnica de nado, embora não se afoguem. Resultado? Entram na água ciosos do milagre, nadam num esforço tremendo, mas o Sr. Dr. disse que faria bem portanto há que aguentar. Vão para casa tomar o Voltaren para as dores e dormem melhor…

Pudera… Cansadinhos como ficam e sob efeito do medicamento parecem uns meninos… diga-se de passagem que se mal estavam das costas (das cruzes como eles tantas vezes referem) pior ficaram após a tal sessão milagrosa dentro de água.

Mas o Sr. Dr. disse que faria bem…

Pessoalmente alerto os colegas para não prescreverem medicação (não respondam com a mesma moeda), por favor sejamos íntegros.

Eu não salto de um avião (primeiro porque sei que vai aterrar) porque não sou paraquedista, portanto cada macaco no seu galho e a prescrição e acompanhamento do exercício físico deverá ser um processo responsável, feito por profissionais especializados, habilitados para tal, evitando que as pessoas fiquem expostas a situações contraproducentes com o propósito saudável da prática de atividades físicas.

Por tudo isto, as pessoas idosas deverão procurar no seu município quais as atividades físicas que poderão frequentar, de forma a melhorar a sua qualidade de vida.

Edward Derby afirmou que “os que não encontram tempo para o exercício terão de encontrar tempo para as doenças”

Haverá sempre uma solução perto de cada um de nós, a caminhada, por exemplo, é a atividade física mais praticada em todo o mundo.

Sejam ativos, sejam saudáveis.

Por:Prof.César Fernando- Seia

 

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