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Artigo de opinião de Fátima Veiga

Fazer acontecer

Ser professor é um prazer!
Mas na prática há vinte e dois anos optei pela escrita.
Quando o Ministério da Educação deixou de me colocar em concursos Públicos a
Nível Nacional, apesar de ser profissionalizada com Estágio Clássico
Ramo Educacional, Pré -Bolonha fiquei
Perplexa.
Mas o insólito aconteceu quando me
Voltou a ser pedido novo exame para aferir as minhas competências…
Fugi, dei o fora !
Sim, sou uma mulher determinada, conhecedora das minhas capacidades,com uma inteligência prática -no dizer de um professor de Coimbra, e prossegui o meu caminho
Na senda da minha felicidade .
O apelo pela escrita, foi forte .
Tenho seis livros publicados cuja temática é a História e a Cultura Portuguesa.
Poderia ter mais , não fora algumas editoras empatarem o nosso trabalho ,levando cinco anos a decidir por uma edição…
Apostei no estudo ,na investigação sempre com o intuito de transmitir aos portugueses e mais propriamente aos jovens o meu saber .
Os meus textos têm um caráter didático
Escrevendo tanto Poesia ,quanto Prosa.
Aqueles constam nos manuais de Língua Portuguesa e estão disponíveis em plataformas de venda online.
Sou útil a Portugal e as países lusófonos,não sou subserviente, dei literalmente a volta ao texto ..
Sim ,serei sempre professora ,pois continuo a apoiar dezenas de alunos dando Explicações.
Não posso falar a minha indignação face ao ostracismo a que sou votada por parte de colegas que têm o descaramento de me preterir em favor de outros só por que sou autora !…
Que insulto !
Que insólito!
O meu currículo está hermeticamente encerrado de Bolsas de Formadores deste País.
Por outro lado as instituições de caráter cultural têm contribuído com o interesse para a divulgação das minhas obras …
Digo fraco ,por que argumentam que não conseguem reunir público e não têm dinheiro,..
Mas o mais grave é que se fecham a divulgação de autores que não sejam do respetivo concelho …
Ora esta
maneira de pensar revela um atraso na abordagem daquilo que deve ser a promoção da Cultura .
Como autora vou sempre a expensas próprias a Universidades ,Escolas Bibliotecas e mesmo assim os responsáveis não conseguem reunir público????
Os meus livros estão na maior parte dos países lusófonos, mas na biblioteca da Escola Secundário onde estudei não existe um exemplar!
Dá que pensar…
Estranho …
Escrevo para todos os que amam a cultura portuguesa e não se fecham à inovação e à aceitação de novos autores.
Os jovens são a minha prioridade,mas os sénior também .
Aceitei trabalhar em regime de voluntariado na Universidade Sénior de Leiria.
Está na moda pedir aos professores para fazer aquele tipo de ações -Recuso
Veementemente.
Enquanto autora, fiz a promoção do meu trabalho, sem redes sociais ,há vinte e dois anos contando com a minha determinação e batendo à porta de dezenas de Escolas ,sob o olhar desconfiado dos meus colegas …mais uma vez prossegui! Fiz acontecer!
Editei o meu primeiro livro intitulado Memória histórico-cultural de Ervedal da Beira , região de onde eram oriundo os meus avós,a expensas próprias!
Nasci para ensinar ,nasci para estar com os jovens ajudando-os nas suas dificuldades e anseios .
Há uns anos considerei de suma importância aconselhar os encarregados de educação a estarem mais atentos relativamente ao percurso educativo dos filhos .
Alertando-os para a necessária motivação familiar para um percurso educativo coeso e necessariamente
Feliz .
Saber ser e saber estar são um imperativo!
Enquanto existir, lutarei pela competência, pelo profissionalismo, pela
Disponibilidade que deve pautar esta missão de ser professor e autor promovendo o estudo e a felicidade dos nossos jovens .

    Fátima Veiga

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