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Artigos de Opinião

Artigo de Luís Condeço– Todos Iguais na Diferença

 

O décimo segundo mês do calendário gregoriano tem um significado muito especial para todos nós, já que representa o período das festas em família (Natal e Ano Novo). Mas dezembro é muito mais do que isso, é também o mês de celebrar o Dia da Pessoa com deficiência, no dia 3 (Dia Internacional) e no dia 9 (Dia Nacional).

Define-se deficiência, como uma qualquer alteração da condição física, mental ou intelectual, permanente ou temporária, que prejudica a funcionalidade da pessoa em relação ao padrão usual de um indivíduo. O termo é usado com frequência para se referir às alterações do funcionamento individual físico, sensorial, cognitivo, intelectual, mental ou situação patológica crónica.

A população mundial é hoje superior a 8 biliões de pessoas, e segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) cerca de 1 bilião ou aproximadamente 15 % da população mundial é portadora de pelo menos um tipo de deficiência, salientado que destas 80% vivem em países em desenvolvimento. Relativamente às pessoas com mais de 60 anos, estima-se que 46% são pessoas com deficiência, no caso das mulheres, é provável que uma em cada cinco venha a ter uma deficiência ao longo da vida, e quanto às crianças um em cada dez é portadora de deficiência.

Em Portugal existem 458.241 pessoas que não conseguem ver, ouvir, andar ou subir degraus, memorizar ou concentrar-se, tomar banho ou vestir-se sozinho, e compreender os outros ou fazer-se compreender, segundo dados revelados pelos Censos 2021. E se olharmos mais concretamente para a população infanto-juvenil (dos 5 aos 19 anos), há em Portugal 17.768 crianças e jovens que não conseguem realizar as funções ou atividades anteriormente descritas.

Foi em 1992 no dia 18 de dezembro, que a Assembleia Geral da ONU através da Resolução 47/3 definiu esta data comemorativa, com o objetivo de promover os direitos e o bem-estar das Pessoas com deficiência, consciencializando a sociedade em geral para a situação destas pessoas nos diferentes capítulos da sua vida (social, económica, cultural e política). Contudo, só em 2006 e após várias décadas de trabalho e discussão sobre esta temática, foi adotada a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD).

A Acessibilidade e a Inclusão são dois direitos fundamentais, mas também pré-requisitos ao gozo de outros direitos, inscritos na CDPD. E tem como objetivo principal (Artigo 9 – Acessibilidade) permitir que as pessoas com deficiência vivam de forma independente e com intervenção social, familiar, cívica e comunitária ao longo da sua vida. A CDPD desafia os governos de cada Estado membro a delinearem e adotarem medidas que visem garantir um “acesso à sociedade” das Pessoas com deficiência, em igualdade de condições com os demais cidadãos, assim como, a identificar e eliminar barreiras e obstáculos.

Vários estudos científicos evidenciam que a remoção das barreiras à inclusão e a capacitação (dar competências) das Pessoas com deficiência para a participação plena na vida social, beneficia toda a comunidade onde esta pessoa está inserida. As barreiras sentidas pelas Pessoas com deficiência são um prejuízo para toda a sociedade, e só se consegue alcançar o desenvolvimento e progresso social com acessibilidade.

De acordo com a ONU, as Pessoas com deficiência correm um maior risco de violência, indicando que:

– Nas crianças o risco é quatro vezes superior;

– Nos adultos a probabilidade de sofrer de violência é de 1,5 vezes maior;

– Nos adultos com deficiência mental o risco é quatro vezes maior.

O estigma social, a discriminação e falta de conhecimento sobre esta alteração do estado físico, mental ou intelectual destas pessoas, bem como a falta de apoio social dos cuidadores, são fatores de maior risco de violência.

Somos todos diferentes na cor do cabelo ou dos olhos, na forma como nos movemos, ou como demonstramos as nossas emoções ou sentimentos, mas como pessoas somos todos iguais independentemente das nossas condições ou funcionalidades. Tornar a sociedade mais acessível e inclusiva é um desígnio de todos.

Autor

Luís Miguel Condeço

Professor na Escola Superior de Saúde da Guarda

Artigo de Paula Miranda–Liberdade e Responsabilidade

No dia 4 de outubro recebemos em Fornos de Algodres o escritor Gustavo Santos, com o apoio do CLDS Servir Fornos.

Durante a tarde estivemos na escola secundária, para uma palestra com os alunos do ensino secundário, onde a base do tema apresentado se baseou no sentido de empreendedorismo e futuro destes jovens.

Já à noite no Centro Cultural Dr. António Menano, deu-se a apresentação do novo livro – 14º, Não Obedeças Mais, da editora Alma dos Livros.

Sabia de antemão, e já há alguns anos que privo com o Gustavo Santos, que este seria um tema um tanto ou quanto controverso, e até possivelmente polémico. A personalidade do Gustavo assim o define, ou gostam muito ou detestam, já o conheci assim.

Uma coisa que sei desde sempre é que para ele a Verdade e o Amor acima de tudo. E apenas e só expressa a sua verdade, não obriga ou manipula quem o ouve a seguir a verdade dele, apenas nos coloca em posição de questionar o que é dito, mas isto, é só para os que se permitem colocar-se nesse lugar, o de questionar o que ouvem ou leem.

Foi abordado o tema LIBERDADE:

 

  • Liberdade de expressão;
  • Liberdade de escolha;
  • Liberdade de ação;
  • Liberdade de Viver!

 

Claro está que todas estas formas de sermos livres, nos traz a demanda da responsabilidade, não devemos, não podemos ser livres e fazer algo ou dizer algo sem ter a responsabilidade daquele ato.

Estamos assim a assumir algo e isso não nos leva ao lugar dos “coitadinhos”, que fizeram aquilo porque foram obrigados, manipulados, ou até que tudo é culpa dos outros!

Quando somos responsáveis pela nossa vida, pelas nossas ações, pelas nossas escolhas, somos livres!

E quando somos responsáveis por uma escolha que fizemos, que na realidade não foi o melhor para nós? Não nos levou onde queríamos?

Pois é, é nossa responsabilidade também assumir o erro, aprender com o erro e reformular estratégias.

Liberdade e Responsabilidade são indissociáveis.

Este tema é um dos mais importantes para trabalhar no desenvolvimento pessoal, quando trabalhamos a nossa responsabilidade e a nossa liberdade, passamos a um patamar de autoconfiança, motivação, de amor próprio e autoestima, que nos leva aos resultados que mais desejamos. Não há nada que nos deite abaixo!

Para que tudo isto aconteça é muito importante e necessário termos consciência plena das definições de LIBERDADE e RESPONSABILIDADE.

E este livro N.O.M. traz-nos muitos conceitos para chegarmos a essas definições, são 100 textos, com temas variados, onde cada um te leva à elevação do amor, da verdade, da liberdade e da responsabilidade de cada um.

Desengane-se quem apenas ler o título do livro e achar que é uma ode à desobediência! NÃO!

É, para mim e no meu ponto de vista, uma enciclopédia de questões pessoais, onde apenas cada um dos leitores terá hipótese de aceder.

O Não Obedeças Mais, mostra-nos a visão do Gustavo, e nele, o Gustavo apenas nos leva a questionar o que para nós fizer sentido.

 

Após a apresentação na escola, houve alguém que me disse algo do género:

“maior parte do pessoal não percebeu a mensagem… imagina que um disse: então se eu me lembrar de partir o telemóvel, é porque sou livre!”

Pois é meu caro, é mesmo. Tens toda a liberdade para partires o teu telemóvel, não te esqueças é que és também o único responsável pelo ato e pelas consequências que daí podem advir.

 

  • Cada um de nós deve escolher SER LIVRE
  • Cada um de nós É RESPONSAVEL PELA SUA LIBERDADE
  • Cada um de nós terá de ACEITAR E ASSUMIR AS CONSEQUÊNCIAS DAS SUAS ESCOLHAS!

Se este tema te interessa, não hesites, eu estou …

Sempre por perto  treecoach9@gmail.com

 

Vamos Ser Livres e Responsáveis?

 

Obrigada Gustavo

Quem quiser o livro autografado, entre em contacto comigo.

 

Com Amor e Gratidão

Paula Miranda

Coach Profissional & Kid Coach

Especialista em Comunicação e PNL

Atendimento Parental e Escolar

Analista Comportamental

Tlm 932 688 567

treecoach9@gmail.com

 

Artigo de Luís Condeço— Chapéus há muitos!

Chapéus há muitos!

 

Autor

Luís Miguel Condeço

Docente da Escola Superior de Saúde da Guarda

 

Todas as crianças, em particular as crianças portadoras de doenças crónicas complexas, limitantes ou ameaçadoras da vida, e suas famílias, devem ter fácil e rápido acesso a Cuidados Paliativos Pediátricos (CPP). Estes cuidados diferenciados devem ir de encontro às suas necessidades, desejos e preferências, em qualquer período da sua vida.

Os princípios orientadores para a prestação de Cuidados Paliativos Pediátricos de qualidade devem ter em conta:

  1. a) a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) – intervenção multidisciplinar que melhora a qualidade de vida das crianças e famílias, permitindo enfrentar as dificuldades associadas à doença, através da prevenção e alívio do sofrimento por meio de identificação precoce, avaliação e tratamento de problemas, físicos, psicossociais e espirituais;
  2. b) cuidados centrados na criança-família;
  3. c) prestação dos cuidados no local preferido;
  4. d) prestação baseada nas necessidades (desde o diagnóstico até depois da morte);
  5. e) decisão partilhada entre a criança, família e profissionais;
  6. f) profissionais de saúde pediátricos com formação, treino e experiência;
  7. g) equipas interdisciplinares;
  8. h) serviços de saúde integrados em redes interinstitucionais;
  9. i) a presença de um gestor de caso;
  10. j) o descanso do cuidador;
  11. k) o suporte permanente dos profissionais de saúde à criança e família.

Durante o mês de outubro comemora-se o Dia Internacional para a Consciencialização dos Cuidados Paliativos Pediátricos, sempre na segunda sexta-feira do mês. Esta iniciativa que decorre desde 2016, promovida pela International Children’s Paliative Care Network (Plataforma Internacional de Cuidados Paliativos Pediátricos), tem como objetivo consciencializar toda a sociedade sobre os direitos das crianças com necessidade de intervenção de equipas de cuidados paliativos. Esta ação de sensibilização denominada #HatsOn4CPC (Chapéus para Cuidados Paliativos Pediátricos) procura desafiar todas as pessoas a usar um chapéu nesse dia, sensibilizando todos para os milhões de crianças e jovens com necessidades de cuidados paliativos.

Portugal é segundo a OMS, o país menos desenvolvido da Europa Ocidental na disponibilização de CPP. Apontando-se como fatores predisponentes para a dispersão das crianças e fraca visibilidade destes cuidados nos serviços de saúde: a baixa prevalência; a diversidade de diagnósticos; o estado clínico longo, estacionário e de prognóstico incerto; as diferenças no desenvolvimento de cada criança (físico, fisiológico, cognitivo e emocional); o sofrimento familiar na morte; os dilemas éticos; e o elevado impacto social.

Não podemos também esquecer, o elevado “consumo” de recursos de saúde destas crianças e seus familiares, como os múltiplos episódios de urgência, as dezenas de exames complementares de diagnóstico realizados, os incontáveis internamentos hospitalares, as várias intervenções cirúrgicas e as diversas observações por múltiplas especialidades médicas.

Mas nem tudo fica aquém do esperado, a publicação da Lei n.º 52/2012 de 5 de setembro (Lei de Bases dos Cuidados Paliativos) vem consagrar e regulamentar o direito dos cidadãos aos cuidados paliativos e define a responsabilidade do Estado em matéria de cuidados paliativos, criando a Rede Nacional de Cuidados Paliativos.

A perceção de que os CPP são exclusivos do fim de vida, a busca incessante por uma cura, a má coordenação e comunicação, a falta de informação, treino e recursos, são as principais barreiras à prestação destes cuidados.

É uma responsabilidade de todos nós, divulgar e promover o reforço do papel dos cuidados paliativos, em particular os Pediátricos, como recomenda a OMS, na prestação global de cuidados de saúde ao longo da vida.

Coloquemos um chapéu por esta causa, em outubro e ao longo do ano. Chapéus há muitos (como diria Vasco Santana), mas a necessidade de intervenção paliativa pediátrica é real e urgente. Ousemos todos colocar este chapéu.

 

Artigo de Madalena Fonseca— Concursos musicais

Programas de “talentos” musicais como o “The Voice Portugal”, o “Portugal Got Talent”, os “Ídolos”… acompanham os serões de muitos espectadores. O sensacionalismo e mediatismo destes programas explicam a média de mais de 600 000 espectadores que assistem o “The Voice Portugal”, visto como um sucesso do entretenimento televisivo. É importante perceber as estratégias a que os media recorrem para entreter e fidelizar os seus espectadores, através de vários incentivos, como por exemplo a estimulação dos sentidos e emoções do público. Estas estratégias resultam e tendem a criar expectativas e a ideia de que “qualquer um pode cantar”, não expondo o verdadeiro esforço que é necessário para realmente se ser músico. Esta procura de talentos passa muitas vezes por explorar o valor emocional da história de vida de cada concorrente, e qual destas histórias mais comoverá o público. Não se nega de qualquer modo a participação de concorrentes que demonstram grandes capacidades vocais, mas é importante referir, que um talento necessita de formação, técnica e muito trabalho para retirar o melhor da sua voz e/ou outro instrumento. Com isto não se pretende destruir qualquer esperança daqueles que ambicionam participar neste tipo de concursos, apenas dar nota e valorizar a importância do trabalho de muitos músicos com formação e, claramente com muito talento, do que se faz um verdadeiro artista.

 

Madalena Fonseca

Opinião de Sandra Correia — Boas lideranças fomentam escolas felizes

 

Uma instituição será bem-sucedida, quanto mais bem-sucedido, será o seu líder.

A liderança é vista por muitos estudiosos como o alicerce para a organização escolar. Qualquer organização, seja ela qual for, depende de um líder que a oriente e que defina os objetivos a seguir, por todos os elementos que a compõem. A personalidade que o caracteriza, a ambição que possui e o modelo de liderança que adota vão determinar o clima organizacional da escola que lidera.

Considero que um bom líder – não chefe – procura oportunidades e modos inovadores de mudar, crescer e melhorar, aceita desafios, corre riscos e aprende com os erros. Acredito que o líder é um construtor de laços de confiança, um fazedor de vontades, incentiva a colaboração dos seus profissionais nos projetos, reconhece os seus contributos, aprecia a excelência e valoriza os valores e as vitórias de todos, sem exceção e sem favoritismos.

Daniel Goleman defende que o papel emocional do líder deve assentar nos “sentimentos das pessoas”. Assim, a liderança emocional é a capacidade de gerir as emoções de uma forma positiva na relação com os outros. Reconhecer um sentimento é essencial para o discernimento emocional, controlamos as nossas emoções para que guiem os nossos comportamentos, com o objetivo de alcançar os resultados que pretendemos.

Atualmente, o sucesso no trabalho depende mais do modo como controlamos as nossas emoções em benefício próprio e da organização, do que das nossas capacidades intelectuais. As pessoas que, maior certeza têm sobre os seus próprios sentimentos (alegria, tristeza, ansiedade, irritação, nervosismo) conseguem maior autocontrolo e maior relacionamento social. Se temos consciência das nossas emoções é mais fácil conseguirmos ultrapassar as dificuldades que nos aparecem ao longo da vida.

É cada vez mais urgente as lideranças de topo e intermédias, nas escolas, olharem para os seus colaboradores, professores e funcionários, como pessoas, como agentes que promovem o bem-estar e a felicidade de quem os rodeia, mas essencialmente, dos nossos alunos. Apesar da legislação apontar para a figura unipessoal do Diretor, um bom Projeto Educativo de Escola, só será concretizado se todas as partes forem ouvidas e envolvidas nesse projeto, se houver a capacidade de pedir ideias, sugestões, melhorias, de aceitar o erro, outros caminhos. Um bom diretor só liderará com uma boa equipa, da mesma forma que o comandante de um navio só chegará a bom porto se toda a tripulação remar em boas marés.

Numa época em que a Educação sofre autênticas tempestades, nas progressões na carreira, na avaliação de desempenho, que se refletem num crescente individualismo e autoritarismo, impera a quem lidera refletir a Escola que deseja, uma escola bem sucedida onde reine o bem-estar, a felicidade e o sucesso, só assim conseguirá ter profissionais agrados, alunos de sucessos, curriculares mas essencialmente futuros cidadãos mais felizes, bons profissionais, numa sociedade mais justa onde os valores do respeito, da gratidão, e da valorização do outro sejam a luz para ultrapassar os obstáculos que já são tantos.

Já existem líderes e escolas, assim… que se multipliquem!

Artigo de Paula Miranda– O Método CoRE- Abraça o novo Ano Letivo

Mais um ano letivo se inicia, e novos desafios podem aparecer nos nossos mais pequenos, e acabam por interferir no nosso quotidiano familiar e escolar.

Com este novo início, convido todos a poderem perceber de que forma o método CoRE KidCoaching, pode ajudar a que o caminho seja mais leve, tranquilo, de confiança e de plena felicidade.

Através do atendimento parental (para pais de crianças até aos 6 anos) e do atendimento familiar (crianças e famílias a partir dos 7 anos), podemos em conjunto trabalhar sobre os desafios e definir objetivos específicos para cada um, sempre através das escolhas das famílias, e individualmente para cada ser, pois cada um de nós tem formas diferentes de abordar e sentir os problemas.

Para isso, o meu compromisso é acima de tudo, o não julgamento e a não critica, olho para cada família com o olhar de compaixão e compreensão, ajudando-os a definir novas atitudes para que em conjunto alcancem os objetivos traçados.

No atendimento escolar, aberto a toda a comunidade escolar, trabalhamos sobre estratégias eficazes de comunicação, conexão e necessidades de cada equipa, educadores, professores, auxiliares escolares, em prol do bom funcionamento e do bem-estar geral tanto dos alunos, como da comunidade em si. Através de várias ferramentas específicas para cada um dos elementos e de estratégias conseguimos garantir que todo o trabalho a efetuar durante o ano letivo em relação ao ensino de novas matérias, acaba por ser integrado duma melhor forma, onde todos estão motivados e empenhados a dar o melhor de cada um.

Investir no atendimento escolar é ainda um processo longo e de muito empenho, pois sabemos que o programa para cada ano letivo é extenso e muitas vezes acabamos por achar “uma perda de tempo” nestes conteúdos. E se eu vos disser que não é uma perda de tempo, mas antes um investimento crucial no meio escolar?

De uma forma simples e clara o que podemos ganhar com o atendimento parental e familiar?

 

  • Maior Autoconfiança
  • Grande senso de conquista e bem-estar
  • Senso de pertencimento
  • Melhor relacionamento familiar e com amigos
  • Aceitação
  • Tolerância
  • Compreensão
  • Conexão
  • Melhor gestão das emoções
  • Melhor expressão das suas emoções
  • Respeito por elas e pelos outros

 

E as escolas/instituições o que ganham com o método?

 

  • Agrega valor ao ambiente educacional pelo seu conteúdo diferenciado;
  • Entrega técnicas de orientação que trazem mudanças rápidas;
  • Gera valorização dos profissionais;
  • Impulsiona o desenvolvimento das potencialidades dos alunos;
  • Constrói e mantém um ambiente harmonioso;
  • A qualidade do ensino cresce exponencialmente;
  • Aumenta qualitativa e quantitativamente o desempenho escolar dos alunos;
  • O tempo de ensino é mais bem utilizado pelos professores, melhorando as aulas;
  • Motivação aumenta – Resultados aparecem.

Para marcações, entrem em contacto pelos meios ao dispor.

 

Sempre por perto … treecoach9@gmail.com

 

Com Amor e Gratidão

Paula Miranda

Coach Profissional & Kid Coach

Especialista em Comunicação e PNL

Atendimento Parental e Escolar

Analista Comportamental

 

 

 

 

 

 Somos Criadores / Acredita em Ti

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treecoach9@gmail.com

 

Artigo de Saúde de Luís Condeço—Vacine-se

A história da vacinação está indelevelmente ligada à varíola, doença de causa viral e altamente contagiosa que no século XVIII se encontrava propagada um pouco por todo o mundo, considerada por muitos historiadores como o “maior flagelo de toda a história da humanidade”. Caraterizada pelas “bexigas” ou vesículas purulentas, atingia uma taxa de mortalidade de cerca de 30%.

Em 1796, um médico inglês – Edward Jenner, verificou que as mulheres agricultoras que retiravam o leite às vacas não eram infetadas com esta doença, uma vez que adquiriam previamente a varíola bovina. Esta descoberta foi precursora de estudos e investigações que levaram à inoculação de humanos com material retirado de vesículas de doentes humanos com varíola (Jenner inoculou o próprio filho). Muitos apontam este acontecimento como o marco inicial da vacinação em humanos, e que possibilitou em 8 de maio de 1980, à Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a doença erradicada.

Em Portugal, e no decurso do movimento vacinal iniciado por Jenner, foi criada em 1812 a Instituição Vacínica pela Real Academia das Ciências de Lisboa, para servir de principal aliada na luta contra a varíola em território nacional.

Ontem, tal como hoje, entendia-se a vacinação como uma das principais medidas de saúde pública, na prevenção de doenças, redução das taxas de mortalidade e morbilidade, e diminuição de doenças infetocontagiosas como a tuberculose, o tétano, a tosse convulsa, a difteria, a poliomielite ou a varíola. De tal forma, que em 1965 o então Ministério da Saúde e Assistência, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian criaram o Plano Nacional de Vacinação, à época diferente de como o conhecemos atualmente.

As vacinas impedem que 2 a 3 milhões de pessoas morram anualmente em todo o mundo, segundo a OMS, que na comemoração da Semana Mundial da Vacinação (no final de abril deste ano) defendeu mais investimento nesta intervenção clínica. A diretora da OMS para Angola considera as imunizações como uma das “inovações científicas com maior impacto na saúde de todos os tempos, ajudando a proteger gerações de pessoas contra doenças infeciosas ao longo das suas vidas”, e é notória essa proteção na vacinação da COVID-19, reduzindo drasticamente as formas de doença grave passíveis de internamento hospitalar e a mortalidade.

Em Portugal, de 22 de agosto a 22 de setembro, foram registados pela Direção-Geral da Saúde 167.710 casos de COVID-19 e 449 óbitos de pessoas infetadas pelo vírus. Estes dados não nos podem deixar descansados, pelo contrário, devemos agora mais do que nunca apelar, incentivar e participar na Campanha de Vacinação Outono-Inverno contra a COVID-19 e Gripe que decorre desde o dia 7 de setembro.

Esta campanha de vacinação sazonal, está a decorrer de forma escalonada por faixas etárias (da mais elevadas para as mais jovens), com o objetivo de proteger em primeiro lugar as pessoas mais vulneráveis.

Podem ser vacinados contra a COVID-19, as pessoas que:

  • Tenham 60 ou mais anos de idade;
  • Residam ou trabalhem em Estabelecimentos Residenciais Para Idosos e na Rede Nacional de Cuidados Continuados;
  • Tenham mais de 12 anos de idade com doenças de risco;
  • Estejam grávidas com mais de 18 anos de idade e doenças definidas pela Direção-Geral da Saúde;
  • Sejam profissionais de saúde ou outros prestadores de cuidados.

Podem ser vacinados contra a Gripe, as pessoas que:

  • Tenham 65 ou mais anos de idade;
  • Residam em Estabelecimentos Residenciais Para Idosos e na Rede Nacional de Cuidados Continuados;
  • Tenham mais de 6 meses de idade com doenças de risco;
  • Tenham doenças crónicas e estejam imunodeprimidos;
  • Estejam grávidas;
  • Sejam profissionais de saúde ou outros prestadores de cuidados.

Há vários postos de vacinação disponíveis pelo país, e pode encontrá-los facilmente em https://covid19.min-saude.pt/lista-de-centros-de-vacinacao/.

Autor

Luís Miguel Condeço

Enfermeiro Especialista de Saúde Infantil e Pediátrica do Centro Hospitalar Tondela-Viseu

Professor Convidado do Instituto Politécnico de Viseu

Artigo de Sara Morais—O regresso às aulas e a hipnose clínica

O regresso às aulas marca o voltar ao ritmo agitado da disciplina à exigência da organização e orientação familiar e, para muitos, ainda, acresce a preocupação face ao desempenho escolar.

A atenção é, efetivamente, um dos aspetos fundamentais apreendidos pelos pais como uma das ferramentas essenciais que determinam o sucesso ou insucesso académico. Na verdade, a capacidade de direcionar o foco da atenção num assunto ou tarefa específica, mesmo quando os estímulos envolventes criam e fomentam a distração – atenção sustentada, é fundamental para a retenção da informação como coluna dorsal do conhecimento. Não obstante, a qualidade deste pilar estrutural é, facilmente, posta em causa por diversos fatores como transtornos neurobiológicos (PHDA – Perturbação de Hiperatividade / Déficit de Atenção), as emoções e perturbações do sono.

No que diz respeito ao deficit de atenção / Hiperatividade, é importante referir a constante agitação e dificuldade que a criança encontra em permanecer quieta. Embora atenção seja multidirecional, o foco destas crianças é facilmente atraído por outros estímulos do ambiente ou até, mesmo, do próprio pensamento. A inquietação, o esquecimento, a impulsividade, a dificuldade em organizar e definir prioridades são alguns dos sintomas mais comuns que premiam o insucesso escolar.

Porém, nem tudo é neurobiológico, as emoções, positivas ou negativas, desempenham um papel preponderante durante a vida e, de facto, na aprendizagem não é diferente. Tente recordar de um momento em que esteve triste ou ansioso, nesse momento conseguiu manter a sua atenção? Certamente que sua concentração ficou reduzida. Imagine, agora, uma criança com dificuldades de aprendizagem, que não tem um conhecimento sobre si mesma capaz de lhe permitir compreender e gerir as suas dificuldades e emoções. Esta inaptidão vai criar um solo fértil para germinar o sentimento de insegurança e, consecutivamente, desenvolver a crença limitante que não possui capacidade intelectual suficiente para resolver as tarefas escolares que lhe são apresentadas.

Em adição, a higiene do sono é fundamental para um desenvolvimento físico, mental e intelectual saudável. O sono caracteriza-se por um período da diminuição do estado de consciência e, simultaneamente, da atividade física motora. Tem como principal função regenerar e recuperar os vários sistemas orgânicos do qual o nosso corpo e psique se regem. Neste ato reparatório, é importante referir que é durante o sono que existe a libertação da Hormona GH, responsável pelo crescimento, memória, manutenção e consolidação das capacidades de aprendizagem. No caso de existir inibição ou diminuição desta secreção hormonal o desempenho escolar fica, automaticamente, tolhido.

A Hipnose Clínica contém uma vasta área de intervenção no que diz respeito ao desempenho escolar. O estado de transe hipnótico é um estado psicofisiológico natural que altera a perceção cognitiva do exterior para o interior o que vai permitir à criança ou ao leitor desenvolver atenção concentrada. A diminuição do senso crítico proporciona um acesso privilegiado às emoções o que cria a oportunidade de trabalhar o “eu” interior e reajustar os vários comportamentos, vícios e sentimentos de forma a promover uma maior gestão emocional capaz de sustentar um maior desempenho escolar.

No próximo Boletim poderá vir a saber mais sobre o papel da Hipnose Clínica na intervenção oncológica.

 

Sara Morais

Hipnoterapeuta

Consultas 91 63 54 106

sfilipa.morais@gmail.com

Artigo de Madalena Fonseca–Estilo musical, um estereótipo?

Normalmente, pelo estilo de música que uma pessoa consome, podemos associá-la a uma personalidade ou estereótipo, rotulando-a sem sabermos mais sobre a mesma.

É curioso como algo tão unificador e universal como a música, pode também conter uma carga tão crítica e rotuladora.

Todos nós, por influência do ambiente em que vivemos, e pela sensibilidade pessoal de cada um, dirigimo-nos mais para um ou outro estilo de música, que, por conseguinte, nos influenciará na forma como vemos o outro e como nos relacionamos com ele.

Apesar de a música poder ser estereotipada, não significa que um indivíduo siga esse modelo, será por isto, errado o julgamento através de uma arte que é apreciada por todos, de maneiras diferentes. Por exemplo, até uma pessoa mais “metaleira” pode também gostar de músicas românticas. Não é necessário apreciar e seguir apenas um estilo de música, podemos ouvir e desfrutar de tudo, pois é para isso que a música existe, para ouvir, partilhar e sentir essa liberdade de escolha e essa liberdade de expressão.

Madalena Fonseca

Artigo de Opinião de Sandra Correia–A arte de bem falar e bem escrever

Numa altura em que todos os jovens estão agarrados aos telemóveis e apenas comunicam por mensagens utilizando a escrita inteligente ou abreviaturas, verificamos, seja qual for a disciplina, que os nossos alunos são preguiçosos, pouco pensam, mal falam ou nada argumentam.

A reflexão, o pensamento crítico, a arte de escrever e falar bem rareiam nas salas de aula. Dá-se importância à nota final, por causa do acesso ao ensino superior, no entanto, verificamos que, quando os alunos sobem para esse patamar, os resultados já não são os mesmos.

Cabe-nos a nós professores, remar contra esta maré das novas tecnologias, importantes, sem dúvida, mostrando-lhes que o que pensamos, o que dizemos e o que escrevemos fazem parte da engrenagem do motor do desenvolvimento da sociedade. A transmissão de conhecimentos, a partilha de ideias, os poderes argumentativos são catalisadores da formação de cidadãos e profissionais de mérito. Os conteúdos das disciplinas relevam para o enriquecimento de diversas competências, mas não bastam. Urge promover a curiosidade, o querer saber mais, conhecer o mundo, compreendê-lo, questionar, promover o debate de ideias e soluções para um futuro que se avizinha, cada vez mais crítico. Urge dar-lhes as ferramentas adequadas para que usem a sua voz e a sua escrita, para espelharem as suas vontades, as suas opiniões, o seu pensamento crítico.

Não obstante a correção linguística e a riqueza lexical qualificarem um texto, esse mesmo texto só se tornará interessante, se cumprir o seu objetivo: ação. Quando escrevo, penso no que irá pensar o meu leitor, se conseguirei movê-lo a refletir sobre o assunto, se o meu texto terá algum impacto. São questões às quais raramente obtenho respostas, no entanto, escrevo porque gosto, tenho a tal teimosia de falar sobre qualquer assunto, de expressar, sem rodeios e medos, a minha opinião. Ainda que não concordem com ela, terei alcançado o meu objetivo. Acreditem. Sei fui lida, por alguns, e que os meus leitores pensaram sobre o assunto.

Ser professora de Português, por acaso, a melhor e mais importante de todas as disciplinas do currículo, é desafiante. Melhor e mais importante? Perguntarão alguns. Verdade. Digo-o, no início de cada ano, a todos os meus alunos. Não serão bons alunos às outras disciplinas, se não souberem escrever bem, interpretar e falar bem.

Ser professora de português é desafiante porque permite-me, ao longo do ano, explorar os conhecimentos dos meus alunos, permite-me ouvi-los, atiçar a curiosidade sobre qualquer assunto, sem nunca fugir ao planificado. A análise de qualquer texto, de um artigo de opinião ao texto poético ou dramático, dá-me inúmeras possibilidades para dar-lhes voz, para terem confiança em si próprios, para ganharem autoestima e serem ativos fora da sala de aula. Gosto quando um aluno discorda de uma opinião, gosto quando um aluno, a propósito de um texto, opina sobre a crise em que vivemos, quando questiona o autor. Qualquer dinâmica, numa aula, promove a arte de bem falar e de bem escrever. O erro pertence às nossas aulas, cabe-nos corrigir, ensinar a não repeti-lo, fazer da “maldita” gramática a receita doce que enriquece o nosso discurso escrito e falado. A gramática não pode ser uma aprendizagem isolada na aula de português, deve ser complementar, deve ser entendida pelos alunos como um domínio que se cruza com os restantes; a leitura, a escrita, a oralidade, a educação literária. Ler Mais »