Conversa de
António Pacheco(Magazine serrano) com o fornense Pedro Martins, jogador do Tourizense
do CNS.
Atualmente no Tourizense, como prevês que seja esta temporada?
Pedro Martins– O Campeonato Nacional de Seniores é sempre muito
competitivo com equipas que têm bastante qualidade, logo por aí prevê-se sempre
uma época difícil mas que encaro com muita vontade e ambição. Vou procurar
fazer o máximo número de jogos e minutos possível e ajudar a minha equipa a
alcançar os objetivos. Espero essencialmente que seja a minha época de
afirmação.
Tourizense acaba por ser uma segunda casa, desde cedo ingressaste?
PM– Sim, tinha 14
anos quando cheguei a Touriz pois procurava outro tipo de competição e
visibilidade. Surgiu a hipótese de ingressar no Tourizense para disputar o
Campeonato Nacional de Iniciados, e por cá fiquei até hoje.
MS- Como fornense, com vês a AD Fornos
atualmente?
PM– Depois de tempos difíceis vividos pela A.D.F.A., é com
bastante satisfação que vejo gente da terra a “mexer-se” e fazer os possíveis
para reerguer o clube. Sendo financeiramente impossível ter as mesmas ambições
de há uns anos atrás, é importante continuar este trabalho e apostar em jovens
da casa. É muito gratificante ver amigos e ex-colegas a defender o símbolo da
nossa terra e tentarem dar-lhe o prestígio de outros tempos.
MS- Luisinho e Candeias são as grandes
figuras fornenses, sentes que poderás chegar mais além que o CNS?
PM– Claro que sim, penso que qualquer jogador da minha idade que
queira seguir uma carreira futebolística tem sempre a ambição de chegar ao mais
alto nível. Estou num clube reconhecido por lançar jovens jogadores para os
campeonatos profissionais, o que me dá motivos para acreditar que com muito
trabalho possa ter essa oportunidade.
O Luisinho para mim é uma referência pois iniciou a carreira como sénior na
terceira divisão nacional e aos poucos com muito trabalho e humildade conseguiu
chegar ao patamar mais alto de Portugal. Espero conseguir fazer um percurso
semelhante e um dia ser uma referência para jovens como eu.
MS- Ser capitão é uma responsabilidade
redobrada no plantel?
PM– Sem dúvida. Ser capitão é mesmo isso, é saber dar o exemplo
não só dentro de campo mas também fora dele. Como capitão tento ser o mais
profissional possível e representar da melhor forma os meus colegas e o meu
clube.
MS-
Como analisas o futebol regional /distrital atualmente?
PM– Penso que pode crescer muito mais. Deve haver mais empenho
relativamente à formação e adotarem-se novas estratégias para cativar jovens
atletas. E aqui refiro-me mais concretamente ao meu distrito, o da Guarda, onde
as participações nos campeonatos nacionais de seniores ou na formação
resumem-se quase sempre ao “sobe e desce”.…Sei que não é fácil, mas
só trabalhando nestes aspetos se poderá projetar e ter uma maior visibilidade,
pois existe muita qualidade que tem de ser aproveitada.
davas aos jovens que se iniciam agora no futebol?
Diria que se querem ser jogadores de futebol que trabalhem muito, sempre com muito
rigor, ambição e disciplina. Aproveitem todas as oportunidades e que acima de
tudo sejam felizes a fazer o que mais gostam.