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Conversa com Rui Nascimento- novo técnico do Vila Cortês

14269402_10206808478600436_1265384622_nFomos conversar com o técnico Rui Nascimento que depois de uma  aventura no Sabugal, regressa a uma casa que bem conhece , o Vila Cortês.

Magazine Serrano-De volta ao futebol e ao Vila Cortez, um novo projeto?

Rui Nascimento–Sim, é verdade e muito contente com a nossa decisão. Este interregno foi opção minha e do meu adjunto Rui Afonso, sendo essencial para amadurecer ideias, ponderar, definir novas estratégias e optar pelo melhor. É um clube que conheço, mas que também me conhece como ninguém. Este ano entre outras novidades, temos a inclusão de Bruno Coutinho na nossa equipa técnica, pois a sua personalidade, competência e compromisso com a causa é enorme, daí acumular também funções de diretor desportivo.

São tempos diferentes mas assentes sempre na ideia de grandes conquista, onde tentaremos chegar o mais longe que conseguirmos, nunca nos contentando com o mais simples.

MS- Um público e um local que deixou saudades?

RN– Claramente. Local onde sempre fomos bem recebidos e onde o respeito mútuo sempre foi uma constate, obviamente deixa sempre saudades.

Campo sempre cheio com pessoas fervorosas que mostram a real importância de quem apoia e que muitas vezes conquista pontos, algo difícil de encontrar no nosso distrito.

MS- Uma aventura no Sabugal, que apesar de tudo saiu mais engrandecido?

O processo desportivo, neste caso o treino, consiste numa constante aprendizagem. Todas as condicionantes, boas ou más, fazem de nós treinadores mais experientes e capacitados. No S. C. Sabugal vivenciei diversas emoções, condições e resultados e isso obviamente fez de mim melhor treinador, ou pelo menos, muito mais preparado de quando aí cheguei.

O sabor da conquista foi algo que não se consegue apagar e esse sentimento continua a ter um contributo importantíssimo para prosseguir e lutar sempre por aquilo que acredito.

MS – O Campeonato de Portugal, o que falta para as equipas do distrito se poderem manter 2 anos seguidos?

RN–Tenho a convicção de que em poucos anos conseguiremos ter mais do que uma equipa nos nacionais.

Trata-se de uma prova muito competitiva onde o pormenor tem uma relevância muito grande. Sinceramente, julguei que pudesse existir uma diferença muito maior a nível de qualidade, mas não. Praticamente todos os jogos são disputados de olhos nos olhos com qualquer adversário, mesmo sendo eles praticamente todos profissionais e nós praticamente todos amadores.

Naturalmente, além de trabalhar de forma similar a todas as equipas presentes na prova, é fulcral que se aproveite a boa formação que existe na nossa zona, potenciando os melhores, caso do que sucedeu por exemplo com Márcio Santos, incluindo-os no leque dos jogadores de referência já existentes.

Acreditar que os nossos jogadores, treinadores e diretores, podem ser os melhores e deixar de parte ideologias de pessoas que além de falta de cultura desportiva, têm uma falta incrível de valores pessoais.

Por fim, que o apoio local aumente, pois a nível de instalações desportivas, jogadores, treinadores etc., a qualidade é muito boa, mas se querem exigir para potenciar a competitividade, então que sejam dadas as mesmas condições a todos.

MS – A aposta na formação tem de ser a poção certa para o futebol distrital?

RN – Na minha opinião sim, pois ela existe e cada vez com mais qualidade.

Se não se acreditar naquilo que ajudamos a crescer, então não faz qualquer sentido continuar a trabalhar.

A base é essencial e quanto melhor se trabalhar na formação, melhores serão os resultados alcançados em todos os patamares.

MS–Que mensagem deixa aos seus adeptos do Vila Cortez?

RN – Aquilo que eles já sabem, principalmente os que já me conhecem, empenho, determinação, muito respeito pelo clube e trabalho o mais competente possível, por forma a obter os melhores resultados possíveis. Mesmo que nem sempre se consiga, moldaremos uma equipa que entrará em cada jogo sempre com o objetivo de o vencer.

“Os únicos limites que você tem são aqueles em que você acredita. Não há montanha intransponível, crer é ver a vitória”

Reportagem de António Pacheco

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