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“Os encargos financeiros relativamente a esta dívida estão a ser pagos”refere Manuel Fonseca

Depois de ter sido publicado o Anuário financeiro 2021, onde Fornos de Algodres, está na lista dos Municípios com índice de divida total superior a 1,5 da media da receita corrente dos 3 anos anteriores, o  presidente da Câmara de Fornos de Algodres , Manuel Fonseca avançou à Agência Lusa que a autarquia paga todos os encargos financeiros, mas não pode fazer os investimentos que desejava, devido ao endividamento gerado por opções tomadas pelos executivos antes de 2013.

A dívida que nós temos foi herdada de 2013. De maneira que continuamos sempre a pagar religiosamente os encargos financeiros relativamente a esta dívida. Não é possível aumentar mais as receitas porque nós, neste momento, já estamos com as taxas maximizadas. Portanto, é uma situação que vai perdurar durante muitos anos”, referiu o autarca Manuel Fonseca .

Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses,20 municípios ultrapassaram o limite de endividamento permitido por lei em 2021, numa lista em que 12 deles já estão a pagar empréstimos a programas de apoio para câmaras endividadas.

De acordo com o documento, a lista de câmaras que ultrapassaram os limites de endividamento é encabeçada por Fornos de Algodres, Vila Franca do Campo, Vila Real de Santo António, Cartaxo, Nordeste, Nazaré e Fundão.

O que é importante é que, neste momento, o plano financeiro que nós temos dá. Pagamos os encargos todos e, ao mesmo tempo, não podemos fazer os investimentos que queríamos fazer, mas tendo em conta o critério que nós definimos, efetivamente vamos gerindo a Câmara, sempre com o objetivo, também, desde que seja possível, de criar alguns investimentos estratégicos”, acrescentou o autarca de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda.

Manuel Fonseca explicou que devido à situação, o executivo tem de fazer opções em relação aos investimentos e, por vezes, não concorre a mais programas comunitários porque “a parte que é comparticipada pelo município é difícil de arranjar”.

O município também elabora orçamentos “muito realistas” e os resultados operacionais “têm sido positivos ao longo dos anos”. A dívida atual ronda os 26 milhões de euros e representa um encargo mensal da ordem dos 100 mil euros.

“O que aconteceu foi que, em 2013, quando nós [PS] entrámos para a Câmara existia um grande ‘stock’ de dívida de mais de 30 milhões de euros”, lembrou Manuel Fonseca.

O município recorreu ao mecanismo do FAM (Fundo de Apoio Municipal) para resolver “uma situação que era muito complicada” e que punha em causa a satisfação dos compromissos do dia-a-dia.

Foi isso que o município fez”, disse, apontando que a partir de 2013, quando tomou conta dos destinos da autarquia “a dívida não aumentou”.

Segundo a lei das finanças locais, os municípios ultrapassaram o limite de endividamento permitido por lei em 2021 poderão ter cortes de 10% nas transferências do Estado e devem requerer a aplicação de um plano de saneamento financeiro, através da contração de um empréstimo.

Doze já estão a pagar empréstimos contraídos por endividamento ao FAM, um programa de ajuda a municípios em saneamento financeiro.

Neste caso de Fornos de Algodres é notória uma melhoria desde 2013, senão vejamos , após analisar o quadro que vem no Anuário, desde 2013, que tem vindo a ser feito um abatimento da divida , em 2013, o índice era de 838% e agora em 2021 era de 460%, quase metade, ora uma grande recuperação, onde a divida passou de mais de 33 milhões e hoje ronda os 26 milhões, significa algo que também deveria de ser enaltecido, como acontece noutros Municípios nesta lista.

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