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União de Sindicatos da Guarda/CGTP-IN em comunicado sobre saúde

A União de Sindicatos da Guarda/CGTP-IN em comunicado, refere que: “com a apresentação do novo programa de governo, a discutir no próximo dia 18 de Junho de 2025 na Assembleia da República, entende que devemos , enquanto utentes do SNS no distrito da Guarda exigir aos deputados na Assembleia da República que apostem intransigente por mais Investimento nos Cuidados Primários e Reabertura de Extensões de Saúde e fortalecimento da rede pública hospitalar para responder às necessidades dos utentes.
A União de Sindicatos da Guarda/ CGTP-IN, tem mantido uma posição firme e contínua na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no distrito, com um
foco particular no reforço do investimento nos cuidados de saúde primários e
na reabertura de extensões de saúde encerradas, tal como aumentar a oferta
pública onde houve investimento na requalificação das respetivas extensões de
saúde, um exemplo onde houve investimento de mais de 21000 euros e a
extensão de Almendra (VNFCôa) funciona apenas num período de uma tarde,
a reposição integral dos profissionais de saúde existentes nas extensões de
saúde de São Romão, Loriga, Porto da Carne, Vila Fernando, entre outras.
A principal reivindicação da USG é a garantia de um SNS público, gratuito e
universal, capaz de responder eficazmente às necessidades de uma população
envelhecida e geograficamente dispersa como a do distrito da Guarda. O
encerramento e a limitação de horários em diversas extensões de saúde por
todo o distrito obrigam os utentes, muitos deles idosos e com dificuldades de
mobilidade, a percorrer longas distâncias para obterem cuidados básicos,
representando um retrocesso nos direitos dos cidadãos e um fator de
agravamento das desigualdades.
Não vamos desistir das nossas frentes de Luta na defesa do Serviço Nacional
de Saúde:
A ação da União de Sindicatos da Guarda/CGTP-IN, em conjunto com os
sindicatos que a integram, como o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses
(SEP), o STFPSC, entre outros assenta em vários eixos estratégicos:
Reabertura de Serviços de Proximidade: A luta pela reabertura de extensões
de saúde em concelhos como Seia, Guarda, VNFoz Côa , Sabugal, entre
outros concelhos, vamos exigir que a oferta pública não seja reduzida nas
consultas abertas de Almeida, Celorico da Beira e Fornos de Algodres. Não
permitir o encerramento de SAC aquando da criação de novas USF’s modelo
B, a experiência tem demonstrado que há redução da oferta pública de
proximidade.
Consideramos que o encerramento destes polos foi uma medida economicista
que ignorou o impacto social e o direito à saúde das populações mais isoladas.
Contratação e valorização de todos os Profissionais: A USG/CGTP-IN
denuncia sistematicamente a carência de profissionais na Unidade Local de
Saúde (ULS) da Guarda. A reivindicação central é a contratação de mais
médicos de família e das diversas especialidades, enfermeiros de família e
enfermeiros das diversas especialidades e apostar no aproveitamento técnico
diferenciador da sua formação, Técnicos Auxiliares de Saúde e aplicar a
carreira a todos os AO que ainda existem na ULS Guarda, Técnicos Superiores
de Diagnóstico e Terapêutica nas diversas áreas de intervenção,
Farmacêuticos hospitalares, Psicólogos, TSS e demais pessoal técnico e
auxiliar, com vínculos laborais estáveis e carreiras dignas que permitam fixar os
profissionais no interior do país. Reivindicação central de implementação da
exclusividade ao SNS.
A nossa preocupação central com o investimento na Rede Pública tendo em
conta que a pretensão de alterações à Lei de Base da Saúde e seu Estatuto do
SNS visa de forma clara o desvio de fundos públicos para o setor privado da
saúde, exigindo que o investimento seja canalizado para a requalificação dos
centros de saúde e das suas extensões, bem como para a modernização de
equipamentos para a necessária e urgente rentabilização da capacidade
instalada, no passado houve muita internalização de Exames Complementares
de Diagnóstico, o caminho tem que ser esse. Apostar de forma clara num plano
estratégico de investimento nos recursos humanos, este fundamentais para
que os equipamentos existentes na ULS da Guarda, nomeadamente no HSM e
HNSA estejam ao serviço das populações e do interesse nacional do nosso
País.
Para a União de Sindicatos da Guarda, a revitalização dos cuidados de saúde
primários é essencial não só para garantir o acesso à saúde, mas também
como um pilar fundamental para o desenvolvimento e a coesão territorial do
distrito. A nossa posição é clara: a saúde não pode ser gerida numa lógica de
lucro ou de corte de custos, e a reabertura e o pleno funcionamento das
extensões de saúde são um passo inadiável para repor a justiça social na
região”.

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