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Artigo de Augusto Falcão—-“Ano novo, vida nova” diz a sabedoria do povo que raramente se engana

O Ano Novo, traz sempre uma nova esperança, novos sonhos, novos planos, novos anseios; e a cada ano renovamos essa ideia, cheia de esperança, que o Ano Novo será algo melhor que o que finda.

Eu não sou imune a esses desejos; claro que sim e claro que no momento das 12 badaladas, também desejo sempre algo; e regra geral é sempre que, pelo menos o Ano Novo seja melhor que o que finda.

Muita gente, deseja dinheiro, outros saúde, outros emagrecer, outros deixar de fumar (talvez este seja um dos mais pedidos), outros querem casar, ter filhos… enfim, deixemos a imaginação fluir para pedirmos novos desejos.

Mas, quem não chega ao fim do ano, ou seja, a 31 de dezembro do Ano Novo, e não atingiu aquele sonho, aquele desejo?

Longe de mim de ir aqui dissertar acerca de como atingir esse sonho; não; guardo essa tarefa para os life coachings, esses seres iluminados que se dedicam a tentar criar êxito na vida das pessoas que os procuram.

Não; vou vos falar do que me vai no espírito; neste momento, estou sentado num sofá, a escrever estas palavras, e a ouvir uma das mais belas músicas que eu posso ouvi; o “Amazing Grace” ou Maravilhosa Graça em português é uma música muito popular no mundo anglo saxónico, escrita em 1772 pelo poeta e clérigo inglês John Newton.

Newton cresceu sem nenhuma convicção religiosa em particular, mas o caminho de sua vida foi formado por uma variedade de reviravoltas e coincidências que muitas vezes foram postas em ação pelas reações de outras pessoas; com uma mensagem de perdão e redenção, “Amazing grace” é uma das músicas mais ouvidas no mundo inteiro, e em especial no mundo anglo saxónico.

A mensagem de perdão e redenção deve tocar-nos a todos nós; num mundo cada vez mais polarizado, entre o bem e o mal, nós e eles, a ideia de perdão, aceitação e até redenção estão cada vez mais colocadas de lado na nossa sociedade; num mundo onde impera a guerra, o ódio, a não aceitação da diferença entre as pessoas, a divisão entre os bons e os maus, entre eles e nós, branco ou preto, leva – me a pensar que cada vez a moderação está a morrer, e os extremos cada vez mais ganham espaço entre nós, levando a que a sociedade caminhe para um mundo onde pais e filhos, talvez, fiquem em campos opostos, defendendo verdades que ambos os lados consideram dogmas.

Está talvez na hora, de no próximo ano, tentemos mais uma vez, esquecermos estas divisões, tentar achar que estes dogmas não podem ser discutíveis; abrir a nossa mente a coisas novas, e defendermos a nossa escolha de consciência, sem criar divisionismos, entre nós e eles…

Porque o nosso mundo, não pode ser somente preto ou branco; tem que ser as duas coisas. E ambas devem e podem viver em harmonia, numa sã convivência entre mundos e experiências diferentes…aceitemos a diferença, e o mundo será melhor em 2025 para todos nós..

Convido-vos a todos a ouvir Amazing Grace…

E um feliz ano de 2025 para todos.

Augusto Falcão

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