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Artigo de Augusto Falcão—-As diversas vertentes de outubro

E chegou o outono; desde o dia 23 que oficialmente entramos no outono; a escola começou outra vez, e com ela os já crónicos problemas de início de ano, que aliás, já nem merecem ser notícia porque ano após ano, governo após governo, o problema mantém-se e não se vislumbra resolução; aliás, notícia seria que o ano escolar se iniciou sem problemas.

Os dias, vão ficar cada vez mais curtos e as noites mais longas; boas notícias para quem gosta de dormir mais uma hora já que em outubro a hora deverá mudar para o horário de inverno.

As roupas vão ficar progressivamente mais quentes, já que o frio vai começar a regressar, apesar de as previsões meteorológicas para a primeira quinzena de outubro serem de tempo quente e seco.

Vêm aí as gripes, as constipações, e as outras doenças de estação e claro, como uma desgraça nunca vem só e porque já faz parte da nossa vida, já se fala outra vez da COVID – 19.

Também traz o 5 de outubro; esse feriado nacional que marca o fim do nosso regime monárquico, e a implantação da 1.ª República, que terminou com o golpe de 28 de maio de 1926, que posteriormente deu origem ao Estado Novo e à ditadura de Salazar.

O fim do mês de outubro traz também uma tradição, que embora não seja portuguesa, ( é tão portuguesa como a feijoada ser americana) já faz parte do nosso outubro; refiro-me ao Halloween ou o dia das bruxas; no entanto e apesar de não ser uma tradição portuguesa, o Halloween pode ter raízes cristãs já que alguns historiadores acreditam que esta festa advém de um antigo festival celta durante as colheitas; esta antiga celebração antecede o dia de todos os Santos, dia em que no mundo cristão é tradição relembrar os entes queridos que já partiram acendendo velas e visitando os seus túmulos.

Outubro ainda é, e por fim, o mês cor-de-rosa; o mês de outubro ou Pink October, é o mês dedicado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, à luta contra o cancro da mama; este conceito nasceu nos anos 90 do século passado, nos Estados Unidos com o objetivo de mobilizar a sociedade civil na luta contra o cancro da mama, de longe o cancro que mais afeta as mulheres.

Em Portugal, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, promove a iniciativa “Outubro Rosa” através do Movimento “Vencer e Viver” com a finalidade consciencializar a população para o rastreio, deteção e diagnóstico precoce do cancro da mama, assim como divulgar informação e apoio quer à mulher quer à sua família.

Em 2020, (segundo dados da página web da LPCC) no nosso país, estima-se que 7000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e 1800 tenham morrido com esta doença. Apesar de ser o tipo de cancro com maior número de casos na mulher, cerca de 1 em cada 100 cancros da mama desenvolvem-se no homem também; não fique espantado, já que os homens, anatomicamente também têm mamas.

Apesar de não serem conhecidas as causas exatas para o desenvolvimento do cancro quer da mama quer de outros, os fatores de risco devem ser conhecidos e qualquer tipo de cancro quanto mais precocemente diagnosticado maior é a probabilidade de tratamento e cura.

Resta-me desejar-lhe um bom outubro…

 

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