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Artigo de Augusto Falcão—O Verão está a acabar

Este mês gostaria de vos falar de duas coisas, sendo que uma é um mero apontamento que ficará ao critério de quem de direito resolver ou manter como está.

Há umas noites atrás, pernoitou em minha casa, um amiguinho de futebol do meu filho; jantamos fora de casa, e depois como as crianças precisam de perder e gastar as energias, decidimos ir dar um passeio.

A noite estava agradável, e por essa razão fomos até ao jardim municipal, onde poderia haver mais iluminação pública no interior do referido jardim.

No entanto, decidimos depois ir ao parque junto à GNR, para que os dois miúdos pudessem brincar um pouco.

Afinal nesse mesmo espaço, apenas o campo de futebol tem iluminação ficando o resto do local totalmente às escuras.

Claro que viemos embora, aproveitando a subida para casa para que os miúdos pudessem desagastar mais um pouco de energia.

Não achem que isto é uma crítica, declaradamente destrutiva; pelo contrário, há apenas um apontamento e um pedido para que a situação se possa resolver o mais depressa possível.

O Verão, está a acabar; esse tempo de calor, tempo seco e incêndios na nossa floresta, está a acabar; o setembro é esse mês a que nos habituamos a ser o final do verão.

Este foi particularmente calmo, até agora, em matéria de fogos florestais no continente; tivemos alguns incêndios, alguns no nosso concelho, mas nada que extravasasse o habitual.

Mas nestes últimos dias, estivemos a assistir ao dantesco cenário da Madeira; um incêndio que durou 12 dias, onde se falou das férias do Presidente e do Secretário da PC, da falta de meios aéreos da Madeira, de locais sem acesso, da floresta desordenada.

Mais uma vez voltamos a dizer esses chavões que é a Prevenção primeiro, mas depois acabando o evento, esquecemos os chavões que, mais uma vez, foram ditos e reditos pelos nossos dirigentes e voltamos a esquecer a prevenção estrutural, o ordenamento da floresta, e um plano de intervenção real, e acima de tudo, com o menos burocracia possível, para em caso de incidente, poder-se atuar o mais celeremente possível, de forma a que o combate, esse sim, o último pilar da defesa da nossa floresta, seja sempre o último.

Porque já foi dito, redito e mais que redito, que sem prevenção e ordenamento não nos iremos livrar desse flagelo que é são os incêndios rurais.

Um bom setembro a todas as pessoas que me leram.

Augusto Falcão

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