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Artigo de Sara Morais—Como construir uma Relação Saudável?

A sociedade atual elenca a fluidez dos relacionamentos, a busca da satisfação das próprias necessidades, tanto pelas aquisições materiais quer pelos vínculos pessoais, relacionar-se com o outro transformou-se num verdadeiro desafio. O ato de amar ou gostar, implícito em qualquer contexto de relacionamento é, comummente, associado a três grandes premissas: compreensão, preenchimento e realização pessoal. E porquê? Porque, desde a infância, aprende a amar de forma errada, ou seja, a percecionar o outro como a “outra metade” de si mesmo, a depositar todas as suas esperanças, no outro, para nutrir as próprias necessidades e ser feliz. Este processo de aprendizagem, fruto da sociedade em que vivemos, favorece a preeminência de sentimentos de solidão, desvalorização pessoal e a dificuldade em perceber o outro como diferente de si mesmo.

O segredo para a construção de uma relação saudável está nos detalhes. Existem, muitas estratégias, mas o primeiro grande passo é pensar no outro como um complemento e não como parte integrante de si mesmo. Este olhar, autónomo e confiante, favorece a sustentação do vínculo de forma equilibrada sem que a sua autenticidade e individualidade seja posta em causa. Assim, para que o vínculo seja amadurecido, o leitor precisa de conhecer os seus próprios limites e capacidades, ter confiança em si, respeitar as suas limitações, para que possa, também, confiar e respeitar a outra parte. Esta via de dois sentidos compreende, então, a capacidade de comunicar e saber escutar.  É importante expressar o que nos faz feliz, o que desejamos da relação, o que nos magoa, mas é, igualmente, importante escutar o que pensa e sente o outro lado.  É neste seguimento que surge o trabalho de equipa, aplicar estratégias de soluções para os aspetos conflituantes ao invés de escolher competir, apontar o dedo, receber ou estar sempre à frente do outro. Na verdade, é importante olhar para o seu companheiro(a) como diferente, alguém que não sente nem pensa da mesma forma que o leitor. É neste processo de aceitação que adquire a compreensão e a capacidade de adaptabilidade e tolerância para com o seu par.

De qualquer forma, pensar em ser um ou ser dois será sempre uma tarefa desafiante.  E é perante esta complexidade que pode recorrer à Hipnose Clínica para desenvolver um maior conhecimento sobre como vivencia os seus relacionamentos, assim como todos os seus vínculos são criados. Neste enquadramento, a terapia tem como princípio desenvolver competências no leitor para suprir as suas próprias necessidades sem que para isso tenha que colocar toda essa responsabilidade no seu parceiro(a). O desenvolvimento do auto conhecimento irá proporcionar um maior controlo emocional o que, consequentemente, favorecerá a construção de uma relação companheira, autêntica, saudável e equilibrada.

“O propósito de um relacionamento não é ter alguém que possa completá-lo, mas ter alguém com quem você possa partilhar a sua completude” Neale Donald Walsch

No próximo boletim saúde poderá verificar mais sobre a necessidade pela aprovação dos outros e como a Hipnose Clínica pode ajudar.

Sara Morais

Hipnoterapeuta

 

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