
brinquedos e outros bens para a casa. É uma loja como outra qualquer, só
que ali troca-se e oferece-se, não há dinheiro à vista, e qualquer
pessoa é bem-vinda, uma vez que a loja está cheia de roupa. A Cáritas de
Viseu apela a que lhes forneçam expositores, para que possam mostrar
todo o vestuário e calçado que ali têm.
Desempregados de longa duração com origens em encerramentos de pequenas e médias empresas definem o cliente-tipo da loja social.
Eva
Pinto, de 51 anos, chega pouco antes do meio-dia à loja, praticamente
já vazia, pelo aproximar da hora de almoço, e escolhe roupa para o filho
que estuda no 12º ano. Eva está desempregada há anos demais. Vive do
rendimento social de inserção. “Trabalhei numa fabrica de calçado, em
Jugueiros. Fechou, deixaram de fabricar, entretanto faleceram os donos e
os herdeiros não quiseram dedicar-se àquilo e venderam para lotes. Não
podia arranjar mais nada, tenho que viver de ajudas para mim e para o
meu filho”, relata à RR.
Desempregados também ajudam
A
voluntária Maria Eduarda, 59 anos, recebe quem chega. Também ela está
desempregada.”Trabalhava num escritório de contabilidade, que fechou
e, como estava em casa, vim ajudar aqui”, sorri.
“Recebo o subsidio de desemprego, mas não é muito. Vamos vivendo e ajudando”, diz com uma réstia de esperança.
Março, surgiram novos 80 casos de carência. Cerca de 800 pessoas foram o
universo de beneficiários. Destes, 157 não têm qualquer subsidio.
Na
primeira quinta-feira do mês de Junho, a Cáritas de Viseu, vai
organizar um peditório de bens alimentares, de modo a encher os sues
armazéns, vazios, de momento, ao contrário do que se vê na loja social,
que transborda de roupa e brinquedos.