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Eleições AF Guarda-Conversa com Luís Brás , Mandatário da lista de Artur Batista

“Responsabilidade e visão de futuro”

Com o desenrolar das eleições da AF Guarda, a apresentação dos candidatos continua e por parte da lista de Artur Batista, candidato à AF Guarda, fomos conversar com o seu Mandatário Luis Brás (ex árbitro e ex diretor da AF Guarda e atual árbitro de Direito no Tribunal Arbitral do Desporto).

Magazine Serrano-A Covid-19 veio estagnar o Mundo e o futebol também saiu muito prejudicado vamos ter eleições na Federação, preocupa-o não haver ninguém da Guarda na lista de Fernando Gomes?

Luís Brás-Ninguém pode desmentir o impacto profundo que a vivência desta pandemia teve, tem e terá na vida de cada um de nós, e na convivência de todo enquanto sociedade.

O futebol não é uma realidade paralela; não é algo à parte e imune a isto tudo. Pelo contrário é mais um setor, muito permeável, que vive e convive com múltiplas consequências dessa mesma realidade.

É indiscutível reconhecer o imenso mérito da gestão da direção da FPF, na pessoa do Dr. Fernando Gomes. Centremo-nos na pandemia. A paragem e a desaceleração foi brutal. No futebol? Sem dúvida. Do topo da pirâmide até à base.

Todos os agentes desportivos, em todos os escalões e modalidades saíram prejudicados.

A FPF e as associações vão estudando e fazendo o que podem para colmatar perdas e prejuízos. Esta é uma realidade à qual urge dar resposta. Além disso será reposta uma parcela monetária dos seguros pelo fim prematuro das competições e que será devolvido aos clubes.

Tocando agora na pergunta. A verdade é que não é normal uma Associação de Futebol não estar representada nos órgãos federativos. Essas consequências aplicam-se quanto menor for a respetiva associação.

E o peso de interioridade também conta. E agrava.

Ainda mais quando no anterior mandato tínhamos um suplente na direção, Amadeu Poço, e agora foi preterido e nem sequer mais ninguém foi convidado.

Se verificarmos algumas associações aqui mesmo ao lado, como Viseu, Castelo Branco e Vila Real verificamos que têm representantes nos órgãos sociais da FPF.

Deixa-nos a pensar nos motivos de a nossa associação ter sido preterida…

 Depois de ser árbitro, boas prestações no campo do dirigismo da arbitragem a nível distrital e nacional, o porque de ser agora mandatário na lista de Artur Batista?

Participar em todas essas realidades dotou-me de uma visão integral e integrante. Conhecimento é sempre uma mais-valia na resposta a uma realidade desafiante. Cada vez mais desafiante, diga-se.

Lançaram-me o repto. A resposta não podia ser outra senão a de responder com entusiasmo, vontade, garra e lealdade à minha casa-mãe. Fui convidado por ambos para os órgãos sociais, e para vários órgãos, mas não aceitei por ser delegado da Assembleia Geral da FPF como representante dos árbitros nos próximos quatro anos e ser árbitro de Direito no Tribunal Arbitral do Desporto, sendo o único egitaniense nesse órgão jurisdicional.

A decisão não deixou de ser difícil e devidamente ponderada. Trabalhei com orgulho com ambos como árbitro, Presidente do Conselho de Arbitragem da AF Guarda e recentemente como diretor da direção da AF Guarda.

A decisão tomada prende-se por detalhes. Deve-se a uma questão particular. Em qual mais sinto garra e em qual mais acredito. Repito. São meros detalhes.

Nestes detalhes acredito mais na equipa de trabalho liderada pelo Artur Batista, mas sobretudo e principalmente por acreditar mais na lista para o Conselho de Arbitragem liderada pelo Fábio Cardoso.

Sem trabalho árduo de um conselho de arbitragem distrital não é possível continuarmos no rumo certo. Não são as amizades que são a solução.

Acredito que esta equipa seja capaz de melhorar a nossa associação e quiçá lançar bases que permitam aos egitanienses sonhar e atingir metas como sucede na arbitragem e que não permitam suceder novamente a falta de representatividade na FPF.

Digo aqui publicamente que fui convidado pelo Artur Batista para ser assessor da direção e ser um elo de ligação entre a AF Guarda e outras instituições, incluindo a FPF.

Naturalmente, continuarei a ajudar este e só este Conselho de Arbitragem da AF Guarda e colaborarei com os nossos árbitros pois estou certo que eles estão connosco.

 

Fábio Cardoso, um Ex-Árbitro que conhece bem é candidato a liderar a arbitragem da Guarda?

Foi uma peça fundamental na minha decisão, de apoiar uma ou outra candidatura. Acredito, tal como acreditei há 4 anos, que continuará a trabalhar para dignificar a nossa associação quer a nível distrital quer a nível nacional.

A arbitragem da AF Guarda é vista, hoje em dia, a nível nacional como uma associação competente e com grandes talentos e não é por acaso que ultimamente verificamos as nomeações da Liga NOS onde constantemente estão a ser nomeados os nossos árbitros.

Além disso caras novas que recentemente saíram da arbitragem, como os casos de Mónica Xavier, Sérgio Pires e Bruno Alexandre certamente serão uma mais-valia na experiência e na partilha de tarefas no seio do Conselho de Arbitragem.

A grande surpresa é a inclusão do Rui Sequeira, mas quem o conhece não se espanta. Uma pessoa de trato irrepreensível e que é muito admirado no seio da arbitragem. Estou certo que é uma aposta certa e que trará outra visão que conduzirá frutos ao setor.

Estou certo que este novo conselho de arbitragem continue o trilhar o sucesso dos últimos anos.

É notório, o avanço e o desenvolvimento da arbitragem da AF Guarda nos últimos anos, aliás onde pertenceu também?

Sou suspeito ao responder a esta pergunta. Mas digo-vos que é e será sempre um orgulho ter contribuído para isso e ver o atual estado da arbitragem egitaniense nos últimos anos.

Sem tirar mérito aos meus anteriores sucessores, como foi o Dr. Relvas, José Alves e Daniel Soares, não existe comparação entre as diferentes realidades.

Mais de 70% dos árbitros egitanienses tem menos de 6/7 anos e temos mais de 20 árbitros e observadores a representar a nossa associação a nível nacional e inclusive temos um árbitro assistente internacional, situação histórica na nossa associação.

Hoje muitos são os que honram o distrito da Guarda a representa-lo nas Ligas Nacionais?

Sim, e isso demonstra o grande crescimento da arbitragem egitaniense. Por isso é importante continuar a trilhar o caminho do sucesso e nada como contar com a experiência já adquirida pelo Fábio Cardoso nos últimos 4 anos e com a possibilidade de ser ajudado por pessoas de reconhecido valor na arbitragem egitaniense e no seu meio.

Um futuro promissor da arbitragem da AF Guarda?

Recentemente tivemos muitos árbitros jovens nos encontros de árbitros da APAF. Tivemos inclusive um evento que foi organizado em Vila Nova de Foz Côa, no Centro do Alto Rendimento do Pocinho. Facto histórico. Arbitragem não se faz só de litoral, também se faz das competências e do bem receber das gentes do interior.

Aqui também sinal que as estruturas nacionais já olham para a Guarda, tanto na arbitragem, como no nível organizativo. Estes são eventos que juntam mais de 100 árbitros jovens de todo o país.

Fruto de a AF Guarda ter árbitros jovens e com muita qualidade demonstrada tivemos árbitros jovens em finais da Taça de Portugal no Jamor, entre outras finais.

Temos jovens valores na arbitragem egitanienses e que trabalhando com humildade e seriedade chegarão longe. Mas é importante que os clubes votem na continuidade do setor da arbitragem para assim ser possível continuarmos a caminhar para o sucesso.

 Que mensagem deixa a todos nesta fase de eleições?

Responsabilidade, visão de futuro, proteção do que é de todos. Muito para lá do que nos divide, sobretudo o orgulho e amor à nossa região.

Existindo duas listas é importante que se respeitem, que não existam falsas promessas e que impere o fair-play em todo o processo. Que se respeitem a si mesmos, ao seu passado, mas sobretudo àquela instituição à qual dedicamos “sangue, suor e lágrimas”: a AF Guarda.

A dignificação desta instituição está muito para lá de qualquer pessoa.

Naturalmente por ser mandatário da Lista do Artur Batista desejo que mereça a confiança dos clubes. Estou certo que assim será.

Esta lista promete trabalho e tentar elevar a AF Guarda aos patamares que a arbitragem egitaniense chegou.

Sabe quem será o outro candidato a presidente do CA da AFG?

Pelo conhecimento que tenho a outra lista terá como candidato a Presidente do Conselho de Arbitragem o Sr. Daniel Soares o qual não me revejo nas qualidades de dirigente de arbitragem e estou certo que a maioria (para não dizer todos) dos clubes e árbitros têm a mesma opinião e não querem voltar a ver a arbitragem regredir e regressar ao que era antes de eu assumir a presidência do Conselho de Arbitragem da A.F. Guarda.

Para finalizar esta conversa que deseja acrescentar?

Foi criada uma página do facebook com o lema da candidatura “ 14 concelhos, 1 distritos, 1 associação” onde apresentamos todos os nossos elementos candidatos aos órgãos sociais e brevemente serão anunciados os objetivos desta candidatura para que seja um processo claro sem esconder nada.

Estamos em reuniões com todos os clubes para lhes apresentar o nosso projeto.

 

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