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João Matos, um keeper egitaniense singra no Padroense

Fomos conversar com um egitaniense que vai desta forma singrando no Padroense FC, trata-se de João Matos, um guarda-redes que foi formado nas escolas do NDS e que vai agora jogando num patamar diferente.

Reportagem : António Pacheco

      Magazine Serrano: Que balanço faz da sua temporada no Padroense?

João Matos: A nível coletivo, atingimos o objetivo para este ano que era a manutenjm1ção num bom lugar classificativo. Mas esse era o objetivo do clube, mas com a qualidade do nosso plantel tínhamos equipa para alcançarmos outras posições, por isso ficamos na minha opinião um pouco abaixo da nossa qualidade individual e coletiva, não é por acaso que todos os elementos da minha equipa têm mercado em clubes financeiramente mais fortes e noutras divisões. A nível pessoal, foi bom e produtivo mas obviamente que queria mais, mesmo sabendo que nesta divisão e mesmo na maioria das equipas portuguesas, seja em que divisão que for, é difícil um guarda-redes de primeiro ano (mesmo sendo o meu segundo a nível sénior) ter minutos ou jogar meia época ao nível que eu joguei, devido a falta de aposta ou simplesmente, mesmo reconhecendo valor, é mais fácil ou seguro apostar na experiência.

 

MS: Na região do Porto o futebol é muito competitivo?As equipas são muito bairristas?

JM: O futebol nesta região é muito diferente, tanto a nível competitivo, a nível de intensidade e mesmo qualidade de jogadores. Em qualquer equipa existem bons jogadores, bons treinadores ou bons métodos de treino e jogar. Existem também muitas condições quer a nível institucional, quer a nível de espaços e condições para jogar, treinar e evoluir. A região do Porto é conhecida historicamente por ser a cidade invicta, devido há coragem durante a guerra civil dos habitantes do Porto. Isso está no ADN da população, o sangue quente, a raça… Por isso tanto a maioria da massa adepta (muitas claques e adeptos a verem jogos) como a maioria dos jogadores jogam com muita raça e com uma intensidade tremenda, fazem jus aos seus antepassados.
    MS: Como encarou a saída do Distrito da Guarda?

JM: Eu saí da Guarda e do distrito da Guarda numa altura em que penso que para mim é o melhor para o futuro como jogador e como pessoa. Já tinha rejeitado muitas propostas para clubes melhores e profissionais anos anteriores, por ter “receio” de abandonar os meus pais, amigos e o meu cantinho de conforto, por isso sabia que era o meu último ano de formação e decidi dar esse passo sem olhar para trás e até agora com muito esforço, sacrifício e dedicação da minha parte, com muita ajuda dos meus pais, alguns amigos e de outras pessoas que infelizmente já não estão na minha vida, entre quais a minha segunda “mãe” que tenho e levarei para sempre no coração, esta nova vida tem corrido muito bem.

MS: Tem acompanhado o Futebol da Guarda? Como comenta esta temporada da AFGuarda?

JM: Continuo acompanhar o futebol na Guarda por curiosidade e por ter amigos a jogar ou a treinar. A nível sénior, desde já dar os meus parabéns ao Gouveia e ao Sabugal. Ao Gouveia por ter sido campeão com 25 vitórias e apenas 1 derrota e que na pjmróxima época vai representar o nosso distrito nos campeonatos nacionais. O Sabugal por ter representado de forma digna o nosso distrito esta época no campeonato nacional, e por ter estado a alguns pontos de garantir a manutenção o que seria devidamente justo pelo pouco que vi, li e me contaram. A nível de formação, os meus parabéns ao meu clube, NDS, porque vai colocar mais duas equipas no nacional, confirmando mais uma vez que é o melhor clube da Guarda há muitos para cá a nível de formação, um projeto e clube bem estruturado com pessoas muito competentes e muito profissionais, para além de ter muitos amigos e pessoas queridas lá é o clube que me “ensinou a andar” por isso terá sempre um enorme significado para mim, porque passei lá 13 anos, fui campeão em todos os escalões e participei em todos os escalões no campeonato nacional.

       MS: Quem são os seus ídolos no futebol?

JM: Os meus ídolos no futebol são Iker Casillas, Manuel Neuer, Joe Hart, David De Gea e Cristiano Ronaldo. São ídolos porque aprendi muito com eles tecnicamente e como como exemplos de superação das dificuldades.

       MS: Que projetos no futuro?

JM: Neste momento a época ainda não acabou, faltam dois jogos, por isso no futuro imediato não posso falar muito nem era correto, mas já tive algumas propostas para o próximo ano, tanto para renovar, como para ir para outro patamar nacional e competitivo.
Tenho como projeto dar passos seguros, trabalhar, dar sempre o meu melhor, dedicar-me a 110% e evoluir. Se juntar a isso tudo, qualidade e sorte, acho que conseguirei atingir o meu objectivo que é chegar há primeira liga.

       MS: Que conselho deixa aos jogadores mais jovens?

JM: Não se iludam, o que é certo hoje amanha já não é. Sonhem, sonhem muito, mas trabalhem e lutem pelos vossos sonhos. Dediquem se a 100%, aproveitem todos os momentos ou oportunidades porque na vida e no futebol raramente existem duas oportunidades ou momentos iguais, por isso mais vale dedicarmos nos e aproveitar mos as oportunidades que nos dão ou que aparecem, do que no futuro olharem para trás e pensarem que podíamos ter sido isto e aquilo. E como é óbvio conciliarem o futebol com a escola de forma igual, nem todos podemos ser jogadores ou médicos, mas todos podemos dar o nosso melhor. E acima de tudo valorizem tudo o que tem, seja comida, roupa, telemóvel, saúde, uma casa, amigos, amor de pais, etc cada vez mais no mundo em geral existe mais pobreza, tristeza e miséria.

fotos:Face JM

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