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Recordar é viver-1988/89 – Taça de Portugal-S. Romão-E. Amadora-0-3

Como recordar é viver, aproveitamos a paragem de confinamento, para trazermos aos mais velhos, uma recordação e aos mais novos que possam saber como era o futebol distrital nesta região quando havia aldeias e vilas com muita gente.

Assim neste distrito da Guarda, muitas são as equipas que têm feito história na prova rainha, claro que, diante dos grandes, a tarefa é sempre complicada devido ao desnível de orçamentos, qualidade dos plantéis, mas é sempre uma boa experiência e a nível de receita nesses tempos atrás dava uma boa fatia para complementar o orçamento.

Assim foi uma grande tarde de futebol que todos os presentes no Estádio Nossa Senhora da Conceição viveram, foi uma casa cheia, com cerca de 5 mil pessoas, era altura que ao domingo à tarde toda a gente ia ao futebol. Estávamos em 11 de janeiro de 1989, a contar para a 4ºeliminatória, isto é, uma temporada antes de os homens da Reboleira terem conquistado a Taça.

Golo antes do intervalo estragou tática

Uma primeira parte com os serranos a utilizar um esquema tático interessante, com Martins, “o patrão”, mas a fazer valer a sua experiência, juntamente com os jovens do setor iam anulando os dianteiros tricolores.

No setor atacante, Nelito, Hélder e seus pares lá iam criando oportunidades e surgiram sempre em ataque rápido, mas eis que ao cair do pano da 1ªparte, surge o golo tricolor com Nélson Borges a emendar combinação com N´Kama, após canto.

A segunda parte, trouxe uma equipa serrana mais balançada para o ataque e vai daí, Jaime muito ativo e já com Basaúla em campo, chega o segundo golo, em jogada rápida do ataque tricolor.

A partir daqui tudo, se complicou, com uma grande penalidade, fruto de corte com a mão de Laranjo, quando a bola ia para as redes serranas.
Para transformar o castigo máximo, Duílio, central experiente, atira certeiro e sem possibilidade de defesa do Keeper Vítor Esteves.

Participação digna dos serranos

Digamos que com três a zero, foi o golpe para os serranos que tudo fizeram para segurar o empate, mas, a grande experiência da turma de João Alves, conduziu ao triunfo.

Uma partida arbitrada por Francisco Caroço, onde o S. Romão era orientado pelo Liberalino Almeida e o Est.Amadora pelo técnico João Alves.
Deste modo, a turma do S. Romão alinhou com: Vítor Esteves, Martins, Laranjo, Inácio, Paulo Fontes, Filipe, Carlos Santos, Américo, Nelito, Hélder e Israel.

Jogaram ainda: Félix e Borrego
E. Amadora: Hugo, Rui Neves, Duílio, Rebelo, Caetano, Nito, Jaime Cerqueira, Nélson Borges, N´Kama e Coelho.
Jogaram ainda: Basaúla e Pedro Xavier.
Golos: Nélson Borges, 45, Basaúla,58´, Duílio,79´
Em suma, uma grande participação do S.Romão, um feito que poucas equipas podem dizer o mesmo, porque foram três triunfos e sucumbiram contra uma equipa que acabou na 9ºposição da Liga principal. Os serranos detinham um bom leque de atletas que naquela altura tinham imensa qualidade.

Fazemos uma homenagem sentida a Paulo Fontes que recentemente faleceu, mas depois, Nelito que foi e ainda é uma figura de grande destaque no historial da equipa.
Borrego que nesta altura estava a dar os primeiros passos de sénior e que veio a ter bons desempenhos, onde hoje é um treinador conceituado, na zona da grande Lisboa.
Carlos Santos, um símbolo da serra da Estrela onde defendeu muitos emblemas, Inácio que se destacou no Lusitano e mais tarde no Fornos de Algodres, entre outros.
Liberalino que passou de jogador a treinador e aqui iniciou uma carreira de técnico de sucesso por muitos clubes, sobretudo na cidade mais alta.
Uma tarde de sonho para recordar sempre, este leque de bons atletas que despontam na região.

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