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Quarta-feira de Cinzas é o arranque da Quaresma

Essa data marca o encerramento do Carnaval e o início da Quaresma em diversos locais de tradição religiosa cristã. É tradicional na Igreja Católica que missas sejam realizadas durante esse dia.

A Quarta-feira de Cinzas representa o primeiro dia da Quaresma no calendário gregoriano, podendo também ser designada por Dia das Cinzas e é uma data celebrada por alguns elementos da comunidade cristã.

A data é um símbolo do dever da conversão e da mudança de vida, para recordar a passageira fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Coincide com o dia seguinte à terça-feira de Carnaval e é o primeiro dos 40 dias (Quaresma) entre essa terça-feira e a sexta-feira (Santa) anterior ao domingo de Páscoa.

A origem deste nome é puramente religiosa. Neste dia, é celebrada a tradicional missa das cinzas. As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas cinzas mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante desta cerimônia utiliza essas cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Quaresma 2023 iniciou em Quarta-feira de Cinzas

A Igreja Católica  iniciou esta quarta-feira o tempo da Quaresma, de preparação para a Páscoa, este ano em ligação ao processo sinodal lançado por Francisco, que pede abertura à “novidade”.

“O caminho sinodal está radicado na tradição da Igreja e, ao mesmo tempo, aberto para a novidade. A tradição é fonte de inspiração para procurar estradas novas, evitando as contrapostas tentações do imobilismo e da experimentação improvisada”, escreve, na sua mensagem para o novo tempo litúrgico, com o tema ‘Ascese quaresmal, itinerário sinodal’. Ler Mais »

Liturgia do 5ºdomingo da Quaresma- ano B

O texto evangélico deste domingo situa-se no final da vida de Jesus, revelando momentos de tensão, dentro ou nas redondezas do Templo de Jerusalém, especialmente depois da entrada triunfal de Jesus na cidade com as violentas abordagens dos sacerdotes, dos escribas e dos fariseus. Alguns gregos chegavam a Jerusalém para adorar a Deus no templo, como fazia um bom judeu. Todavia, também procuravam Jesus, não só para O ver, satisfazendo a sua curiosidade, mas também para O ouvir, para conversarem com Ele. Já tinham dado conta que, a partir de agora, era em Jesus que se encontravam com Deus; já não era no Templo, mas na proximidade do seu Filho. Às portas da paixão, Jesus revela o que é mais importante na vida. Dias antes de Lhe tirarem a vida na cruz, Jesus diz-nos onde se encontra realmente a vida, aquela que não morre. Numa aparente contradição revela-nos um segredo muito importante: a vida mais importante é a vida entregue aos outros, perdida e gasta aos olhos de muitas pessoas: a vida de uma mãe que se desgasta pelo seu filho, a vida daquele que dedica algum tempo a visitar doentes ou pessoas abandonadas…São todas estas vidas doadas aos outros que são fecundas, que dão fruto.

Uma vida doada é a única que dá luz, fazendo que as trevas da pobreza, da solidão, da injustiça, do racismo, da exclusão social, do egoísmo, da violência, sejam eliminadas pela luz da solidariedade, da liberdade, da igualdade, da justiça, do amor e da paz. Este não é o discurso que está na moda na sociedade de hoje. Os tempos difíceis que atravessamos fazem-nos concluir que o discurso de Jesus continua actual e deve ser ouvido e tido em consideração nos nossos dias. Todos devemos ouvir o discurso de Jesus, nomeadamente aqueles que querem obter lucros excessivos, só pensando em si mesmos e esquecendo o mal que podem fazer aos outros, como o consumo exagerado, o convite a uma vida com excessos, o encerrar de fábricas sem querer saber dos trabalhadores ou dos jovens que desesperadamente procuram o seu primeiro emprego, gerando situações de pobreza e de desespero. Como é que Jesus nos convida a viver? Seguindo as Suas palavras, não procuremos o benefício egoísta, não promovamos o “salve-se quem puder”, mas procuremos ir ao encontro dos outros, servindo os outros, sendo solidários, fomentando a partilha, ou seja, sendo luz nas trevas deste mundo. No decorrer da História, as vidas dos santos confirmam que tudo isto não é utopia, um sonho, mas é possível. Desde aquele que gastou a sua vida pelas crianças que não tinham escola, daquela que gastou a sua vida recolhendo moribundos e leprosos das ruas…muitos santos são modelos de uma vida entregue, doada, de grão de trigo que cai à terra para dar muito fruto.

A primeira leitura deste Domingo diz-nos que Deus colocou no nosso coração a lei que descobrimos em e por Jesus. Basta somente deixarmo-nos guiar por este coração, como Jesus se deixou guiar pelo seu coração, um coração aberto totalmente à vontade do Pai. Neste tempo da Quaresma somos convidados a deixarmo-nos tocar por tantas palavras, por tantos eventos que nos rodeiam, através dos quais Deus fala-nos e lança-nos o convite à mudança, à conversão. Preparemos a celebração da Páscoa com um coração mais generoso, um coração repleto de vontade para dar vida, uma vida plena de frutos de amor.

Elo de Comunhão 21-03-2021

LEITURA ESPIRITUAL

A vossa fé reconhece quem é este grão de trigo que cai à terra e que morre antes de dar muito fruto; Ele habita na vossa alma; nenhum cristão duvida de que Cristo falava de Si mesmo. Escutai-me, grãos de trigo sagrados que aqui vos encontrais, ou melhor, escutai através de mim o primeiro grão de trigo, que nos diz: não ameis a vossa vida neste mundo; não a ameis se verdadeiramente a amais, pois é não a amando que a salvareis. «Quem ama a sua vida, perdê-la-á».

Quem assim fala é o grão lançado à terra, Aquele que morreu para dar muito fruto. Escutai-O, porque Ele faz aquilo que diz. Ele instrui-nos e mostra-nos o caminho com o seu exemplo. Com efeito, Cristo não reivindicou a sua vida neste mundo, mas veio para perdê-la, para entregá-la por nós, e para retomá-la quando quis: «Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar» (Jo 10,18).

Mas, se tinha esse poder divino, porque foi que disse: «Agora a minha alma está perturbada»? Como se explica que, detendo tal poder, este homem-Deus Se tenha perturbado, a não ser porque carrega a imagem da nossa fraqueza? Quando afirma: «Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar», Cristo mostra-Se tal como é em Si mesmo. Quando Se mostra perturbado com a aproximação da morte, mostra-Se tal como é em ti. (Santo Agostinho, 354-430, bispo de Hipona, norte de África, doutor da Igreja, Sermão 305, 4.º para a festa de S. Lourenço).

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Páscoa Digital com produtos Serra da Estrela

Municípios da CIM-BSE apostam em eventos e tradições do sagrado online

 A Páscoa 2021 será ainda ‘confinada’, diferente, mas original. Algumas das tradições pascais no Território e os sabores associados ao melhor da gastronomia desta época do ano rumam para o digital. A Quadragésima, os festivais de sabores, as feiras e mercados digitais de produtos identitários são as propostas de um roteiro digital pelo Território das tradições pascais das Beiras e Serra da Estrela.

 A Páscoa é tempo de renovação, esperança e partilha. Nunca antes estas três palavras foram tão simbólicas para os novos tempos em que vivemos. E apesar de, para já, o tão esperado regresso ao território das Beiras e Serra da Estrela estar em compasso de espera, há tradições do sagrado que não se perdem.

Toda a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) têm de tal forma arreigadas as tradições do sagrado e religiosidade das suas gentes neste período da Quaresma, que este ano os municípios de Belmonte, Covilhã, Fundão, Guarda e Sabugal optaram por levar a Quadragésima ao meio digital. A Via Sacra, Procissão dos Passos, encomendação das almas, canto dos martírios, alvíssaras, procissão dos penitentes são algumas das manifestações que irão ter expressão única e exclusivamente online (Quadragésima). Este sentir coletivo está presente em inúmeras aldeias espalhadas um pouco pelos 5 municípios, e enquanto não é possível seguirmos no encalço destas gentes e dos locais das manifestações da Fé, a Quadragésima deste ano é uma proposta para também seguirmos num roteiro espiritual e virtual pelas tradições mais emblemáticas da Região.

Também o Município de Pinhel tem agendados eventos digitais alusivos à quadra pascal no Facebook da Cidade Falcão. A 2 de abril, pelas 21 horas, o município convida a percorrer online o caminho da renovação da esperança – a Via Sacra. Durante toda a Semana Santa será recriado o percurso da Via Sacra – Caminho de Esperança com imagens em grande formato nos locais que identificam as diversas estações, permitindo que cada pessoa, no estrito cumprimento das diretrizes emanadas pela Direção-Geral de Saúde, percorra o caminho em reflexão individual. A 4 de abril, às 12 horas, será também transmitida a Eucaristia do Domingo de Páscoa.

A Páscoa é também sinónimo de gastronomia típica, sabores e produtos tradicionais

Município do Fundão leva os Sabores da Páscoa ao Festival Gastronómico “Fundão aqui come-se bem”. Quer seja via take away ou entrega em casa, os sabores tradicionais da época da Páscoa vão continuar a ser degustados, em segurança, na casa dos fundanenses. Restaurantes e pastelarias são desafiados a criar e reinventar receitas elaboradas com base nos produtos tradicionais da gastronomia da Beira Baixa, enquadrados na época Pascal.

De 22 de março a 21 de abril, o Município do Sabugal disponibiliza o Mercado da terra online na plataforma Smartfarmer para promoção e divulgação de atividades associadas ao mundo rural e ao artesanato da região e venda de produtos “made in Sabugal”.

Município de Gouveia disponibiliza até 21 de agosto o mercado virtual na DOTT de Queijos da Serra da Estrela, a Exposerra – Feira de Atividades Económicas da Serra da Estrela.

Município de Seia prolongou a sua já tradicional Feira do Queijo da Serra da Estrela para 13 de abril na plataforma DOTT, onde também estão disponíveis, além dos queijos de ovelha e Queijo Serra da Estrela DOP, os sabores inconfundíveis dos enchidos serranos, o vinho sub-região da serra da Estrela, o mel de urze, os licores, a broa ou o Bolo Negro de Loriga.

Até 28 de março, o Município de Celorico da Beira tem a decorrer a Feira do Queijo Digital com promoção da loja online de promoção de queijos e outros produtos endógenos. Esta Feira Digital conta com uma programação diversificada com vários eventos digitais de showcooking, workshops, conversas online com chefs, entre outras iniciativas.

Ao longo de todo o mês de março, o Município de Fornos de Algodres tem a decorrer a sua Feira do Queijo Serra da Estrela na plataforma de venda online de produtos endógenos, O Bom Sabor da Serra.

De referir que o Município de Almeida deverá manter entre os dias 2 e 3 de abril, o Mercado da Páscoa de produtos locais, endógenos, artes, colecionismo e antiguidades, no centro histórico, mediante a evolução da situação epidémica no país.

E enquanto não pode visitar a Serra e as saudades apertarem, pode sempre ‘chamar’ até si “A Serra à sua Porta”. Numa iniciativa da CIM-BSE, em estreita articulação com os Municípios que a compõem, “A Serra à sua Porta” reúne numa página única as várias plataformas de venda online de produtos do território, como Azeites de Montanha, Vinhos do Douro, Dão e Beira Interior, fumeiro e enchidos assim como mel, compotas e doces.

A Páscoa este ano convida assim a …ficar. E num período de esperança de um dia regressarmos à Serra da Estrela, resta a promessa na renovação do tão esperado reencontro com as mil e uma histórias e saberes ancestrais, com os sabores e os produtos característicos, com a cultura e o vasto património natural e edificado.

Mensagem de D. António Luciano, Bispo da Diocese de Viseu para a Quaresma

diocese viseu

Vivamos um tempo santo

Neste início de Quaresma, D. António Luciano, Bispo da Diocese de Viseu deixa umas palavras sobre este tempo de jejum, traçando vários pontos:
Uma mensagem de fé, esperança e caridade para percorrer um caminho novo
“A Quaresma é um caminho de fé, esperança e caridade” (Papa Francisco) que nos introduz no deserto interior, que nos leva a procurar o sentido verdadeiro de Deus e da vida em autenticidade e profundidade, numa verdadeira comunhão humana e espiritual. É o encontro do Pai misericordioso com o filho pecador e é a experiência única da busca da graça divina, que apaga a miséria e a fragilidade humana. A pandemia do Covid-19 e as suas consequências destaparam-nos e agora como cristãos queremos revestir-nos do homem novo que nos ensina e ajuda a orientar e a procurar a Vida Nova segundo o Espírito. O seguimento de Jesus Cristo leva-nos a fazer a experiência quaresmal iniciando este “tempo favorável da salvação” como caminho provado e cheio de penitência na condução “ao deserto onde Jesus guiado pelo Espírito viveu quarenta dias e quarenta noites em jejum, oração e penitência”.
A perda do sentido e abandono de Deus, vivido pela maioria dos batizados, provoca uma nova pandemia causada pela falta de vivência espiritual do mandamento novo do amor, das bem-aventuranças e das obras de misericórdia. Este enfraquecimento de valores humanos, morais e espirituais leva a que a vida dos cristãos esmoreça no crescimento das virtudes e da santidade. A diminuição da experiência salvífica da fé e do enfraquecimento do mistério da comunhão, da unidade e corresponsabilidade na vida das nossas comunidades cristãs diminui a vitalidade da própria Igreja.
Uma vida nova de graça conduzida pelo Espírito Santo
Viver uma Quaresma diferente, atípica à tradição cristã, de vivência comunitária, é algo de estranho e inaceitável. Só razões de força maior, como a saúde pública de todos nós, pode levar à experiência deste cenário. Nos anos anteriores era um tempo forte marcado de uma espiritualidade e vivências sacramentais, religiosas e pastorais, que agora não se podem realizar. As normas e regras para o confinamento decretadas pelo Governo e pela DGS, exigem que o vírus da pandemia Covid-19 e das suas variantes, nos leve neste tempo litúrgico da Quaresma a aprofundar o espírito bíblico de conversão e de mudança de vida.
Aprendamos a dizer em cada dia: “Tende piedade de mim, Senhor, porque sou pecador” (Sl 50). Este é um momento de cura interior, de resiliência, de esperança profética, que nos convida a escutar a Palavra de Deus e o grito dorido do povo sofredor.
 Um tempo de conversão e renovação espiritual
O anúncio do Evangelho e a proposta da conversão feita por Jesus é uma exigência imprescindível do amor cristão, particularmente na sociedade atual, onde parece que perdemos os próprios fundamentos da visão antropológica, ética e espiritual da existência humana.
A conversão leva-nos à prática da virtude teologal da caridade, porque o nosso “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). A caridade, na dupla faceta de amor a Deus e aos irmãos, é a síntese da vida moral do crente. Tem em Deus a sua origem e a sua meta (cf. São João Paulo II, O Terceiro Milénio, nº 50). À crise de civilização, há que responder com a civilização do amor, fundada sobre os valores universais de paz, solidariedade, justiça e liberdade, que encontram em Cristo a sua plena realização (cf. Ibidem, nº 51).
É preciso viver a Quaresma marcada pela mudança interior de cada ser humano, pela necessidade da conversão pessoal e pastoral imposta por esta pandemia, através de uma mudança profunda da prática de vivências humanas e espirituais que exilaram os cristãos na liberdade exígua das suas próprias casas, no teletrabalho, no trabalho em profissões indispensáveis.
Deus continua a falar sempre a cada um nós, quer através da Bíblia, da vida, dos acontecimentos, das pessoas, das propostas online que a própria pastoral diocesana nos oferece a todos e especialmente às famílias.
A Quaresma é o caminho de quarenta dias até à Páscoa do Senhor. É preciso preparar a vida cristã para chegar à celebração do mistério Pascal. São muitos os subsídios diocesanos que nos podem ajudar a alcançar o mandamento novo do amor, a vivência das bem-aventuranças e das obras de misericórdia. Neste tempo de confinamento, Deus permite-nos viver uma experiência em que os condicionalismos bíblicos do êxodo, do exílio, que caracterizaram a vida do povo de Israel, são hoje para nós cristãos um desafio e um compromisso a viver esta Quaresma com alegria, em peregrinação no “tempo favorável da salvação”.
 Meios para viver melhor a Quaresma
A pandemia que está a deixar marcas e dificuldades na vida de cada um de nós, precisa da mensagem e vivência da fé como antídoto para a indiferença religiosa e a falta de solidariedade fraterna para com os mais pobres, doentes e necessitados. A Quaresma que vamos iniciar quarta-feira de cinzas, dia de jejum e penitência, mas também com a realização dos Exercícios Espirituais para os sacerdotes, diáconos e consagrados, são um meio fundamental para vivermos este tempo até à Páscoa, como verdadeiro horizonte de servos humildes e administradores fiéis da Casa do Senhor.
As etapas da Quaresma marcadas por um tempo forte de pregação, de jejum, de abstinência, de penitência, de oração, de retiro espiritual, de vivência da Via-Sacra, de escuta da Palavra de Deus, de renúncia e de partilha, ajudam-nos a nascer de novo, para uma vida nova.
Ao vivermos este Ano dedicado a São José e a partir do dia 19 de março de 2021, Solenidade de São José, olhando para um Ano em que contemplamos a “Família Amoris Laetitiae”, é para nós um grande desafio pastoral a tudo fazer, para renovar, reinventar a Pastoral Familiar no horizonte do “acolher, discernir e acompanhar” as nossas famílias nas suas dificuldades humanas, eclesiais e pastorais. Preparando com alegria o mistério Pascal, convido-vos a um verdadeiro espírito de partilha e de renúncia, assim como aos cristãos das nossas comunidades e pessoas de boa vontade no peditório para a Cáritas, incentivar a partilha do Contributo Penitencial e assumir como caminho de conversão e renovação pastoral o nosso empenhamento e compromisso no peditório generoso da Renúncia Quaresmal, que este ano se destina, uma parte para ajudar a Igreja sofredora da Diocese de Pemba, província de Cabo Delgado, Moçambique, e a outra parte para socorrer as maiores necessidades da Diocese de Viseu.
Buscando a alegria do Mistério Pascal, não deixemos de corresponder a este apelo e mesmo em confinamento das celebrações, não deixemos de corresponder através das nossas paróquias e da Diocese aos apelos que nos estão a ser pedidos.
Vivamos um tempo Santo da Quaresma.
Que a proteção de Nossa Senhora das Dores, de São José, de São Teotónio, São Francisco e Santa Jacinta Marto e da Beata Rita Amada de Jesus nos ajudem nesta Quaresma a cuidar de todos, a rezarmos por todos e a ajudar a todos particularmente àqueles que sofrem e são vítimas da Pandemia Covid-19. Que a vacina chegue bem depressa a todos e seja um sinal de primavera e da verdadeira Páscoa cristã.

Liturgia – Tempo da Quaresma – 3º Domingo- Ano A

Este fim de semana  14 e 15 de março ainda haverá celebrações Dominicais, mas com recomendações.

Subsídios para vivermos melhor este tempo de suspensão e contenção:

Para a vivência do domingo em família:

https://www.snpcultura.org/celebrar_o_domingo_em_familia.html?fbclid=IwAR2FLrcBCPxrZYvHkl6SsMxmpmrDetaSOzoAwHwrHcqGdd7gdNf0ShwdGAM#.XmtnhcqcTGE.facebook

Última nota da Conferência Episcopal:

https://agencia.ecclesia.pt/portal/covid-19-conferencia-episcopal-portuguesa-determina-suspensao-da-celebracao-comunitaria-das-missas/

Acompanhamento da incidência do coronavírus:

https://esriportugal.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html?fbclid=IwAR3f_RiYXga2i48cR1vOtGNYw34gBOf6G9FG3xq7FL8mklyjHuuDxc7Jbz0#/e9dd1dea8d1444b985d38e58076d197a

 

Peçamos ao SENHOR nas nossas preces pela Alegria da Saúde.

Pe. Jorge Gomes

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Avisos e liturgia do 5º Domingo da Quaresma (Ano C)

Depois da reflexão da parábola do Pai Misericordioso, neste Domingo, nas leituras bíblicas, encontramos a forma de viver a misericórdia e um grande exemplo de Jesus Cristo a exercer a misericórdia: o perdão à mulher pecadora. Tendo em conta a primeira leitura do profeta Isaías, podemos afirmar que a misericórdia de Deus convida-nos a não recordar o passado, porque as águas da sua graça divina limparam a nossa consciência no dia do nosso baptismo, abriram caminho no deserto da nossa vida e fizeram correr rios na terra árida do nosso coração. Na segunda leitura, São Paulo afirma que a misericórdia divina lança-nos para a frente na vida, sem olhar para trás, rumo à meta da santidade. Jesus Cristo é a expressão máxima da misericórdia de Deus, perdoando quando confessamos os nossos pecados, dizendo: “Vai e não tornes a pecar”. Como se isto não bastasse, Ele avisa-nos para não atirarmos pedras de condenação aos outros, porque não somos juízes de ninguém.

O texto do evangelho diz-nos que os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em flagrante adultério. Esta mulher estava solteira e era noiva. Por isso, os seus acusadores, profissionais da lei, pedem contra ela a pena de morte por apedrejamento. A mulher sabe a morte que lhe espera e não se queixa, sabe que pecou. Mas, onde está o homem com quem foi apanhada em flagrante adultério? Nada se sabe dele, talvez escondido em algum lado ou no meio daqueles que a queriam apedrejar. Ninguém atira uma pedra, porque todos são pecadores! Os mais jovens não começaram atirar pedras, porque ainda eram ingénuos, os mais velhos nada fizeram, porque já sabiam todas as estratégias de atirar pedras aos outros e esconder a mão.

07-04-2019

Os escribas e os fariseus não apedrejaram logo a mulher pecadora, porque queriam armar uma cilada a Jesus e, assim, terem pretexto para O acusar. Será que Jesus iria lançar a primeira pedra sobre esta mulher? Se Jesus fosse contra a Lei, seria já motivo de acusação e da sua condenação. Se Jesus ficasse indiferente perante este caso, perderia toda a sua autoridade, porque iria contradizer toda a sua pregação, fundamentada no amor e na misericórdia. Durante a sua vida, Jesus confundiu muitas vezes os seus inimigos com a sua sabedoria, deixando-os sem resposta e obrigando-os a mudar de atitude. Neste episódio da mulher adúltera, Jesus procedeu do seguinte modo: em primeiro lugar, “inclinou-se e começou a escrever com o dedo no chão”; em segundo lugar, como persistiam em interrogá-lo, Jesus dá uma resposta brilhante, através da qual consegue três coisas: não contradiz a lei e assim não o podem acusar; perdoa a mulher pecadora e assim faz o que o seu coração deseja; e confunde os escribas e os fariseus, afirmando: “Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra”. Jesus condena o adultério, mas não condena a mulher adúltera: “Ninguém te condenou? Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar”. Coisa impressionante! Condena-se o pecado, mas não o pecador! Em toda a história da humanidade, só existiu um homem inocente que, na hora de atirar a primeira pedra, inclinou-se e começou a escrever com o dedo no chão, espantou os acusadores e perdoou a mulher pecadora.

Com este gesto de Jesus, o que podemos aprender para a nossa vida? Quantos de nós talvez andemos a guardar pedras para atirá-las contra os nossos irmãos pecadores? Quantos de nós já atirámos pedras com a nossa língua afiada, com a nossa inveja, com o nosso desprezo e silêncio? Não desanimemos porque pecamos, porque Deus é misericórdia. Tenhamos a coragem de lhe pedir perdão e mudar a vida. Sejamos firmes contra o pecado, mas cheios de misericórdia com o pecador. Que o Senhor tenha piedade de mim que sou um pecador e que me dê um coração manso e humilde, semelhante ao Seu.

 

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PREPARAR AS CELEBRAÇÕES PASCAIS

A Congregação para o Culto divino publicou, em Janeiro de 1988, uma “Carta circular” que retoma, explicita e particulariza as normas litúrgicas relativas à preparação e celebração das Festas Pascais e sugere oportunos temas da catequese do máximo interesse para a vivência da Páscoa. Destacamos algumas propostas:

1. “Tal como a semana tem o seu início e o seu ponto culminante na celebração do Domingo, sempre caracterizado pela sua índole pascal, assim também o centro culminante de todo o ano litúrgico refulge na celebração do sagrado Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, preparada pela Quaresma e prolongada na alegria dos cinquenta dias seguintes“. (Carta circular, Preparação e celebração das Festas pascais [PCFP], nº 2). Toda a pastoral e, assim, a pastoral litúrgica, devem brotar da e convergir para a celebração anual da Páscoa.

2. “A caminhada anual de penitência da Quaresma é o tempo de graça durante o qual se sobe à santa montanha da Páscoa. O tempo da Quaresma, com a sua dupla característica, prepara quer os fiéis quer os catecúmenos em ordem à celebração do mistério pascal… Os fiéis, dedicando-se com mais assiduidade a escutar a Palavra de Deus e a uma oração mais intensa, e mediante a penitência, preparam-se para renovar as suas promessas baptismais. (PCFP, nº 6)

3. “Toda a iniciação cristã comporta um carácter eminentemente pascal enquanto é a primeira participação sacramental na Morte e na ressurreição de Cristo. Por esta razão convém que a Quaresma adquira o seu carácter pleno de tempo de purificação e de iluminação…; a própria Vigília Pascal há-de ser tida como o momento mais adequado para celebrar os Sacramentos da iniciação” (PCFP, nº 7).

4. “…Os pastores recordem aos fiéis a importância que tem para fomentar a sua vida espiritual a profissão da fé baptismal que, “terminado o exercício da Quaresma”, são convidados a renovar publicamente na Vigília Pascal” (PCFP, nº 8). Este é o programa próprio da Quaresma.

5. Durante a Quaresma há que organizar uma catequese para os adultos… Ao mesmo tempo, estabeleçam-se celebrações penitenciais… (PCFP, nº 9).

6. “O tempo da Quaresma é também tempo apropriado para levar a cabo os ritos penitenciais, a modo de escrutínios… também para as crianças, já baptizadas, antes de se abeirarem pela primeira vez do Sacramento da Penitência” (PCFP, nº 10).

7. “Deve ministrar-se, sobretudo nas homilias do Domingo, a catequese do mistério pascal e dos sacramentos…” (PCFP, nº 12).
8. “Os pastores exponham a Palavra de Deus mais a miúdo e com maior empenho, nas homilias dos dias feriais, nascelebrações da Palavra de Deus, nas celebrações penitenciais, nas pregações especiais próprias deste tempo, nas visitas que façam às famílias ou a grupos de famílias para a sua bênção. Os fiéis participem mais frequentemente nas Missas feriais e, se isso não lhes for possível, serão convidados para ao menos ler, em família ou privadamente, as leituras do dia” (PCFP, nº 13).9. “A Igreja celebra todos os anos os grandes mistérios da redenção humana, desde a missa vespertina da Quinta-feira “In Cena Domini” até às vésperas do domingo da ressurreição. Este espaço de tempo é justamente chamado o “tríduo do crucificado, do sepultado e do ressuscitado” e também tríduo pascal, porque com a sua celebração se torna presente e se cumpre o mistério da Páscoa, isto é, a passagem do Senhor deste mundo ao Pai. Com a celebração deste mistério a Igreja, por meio dos sinais litúrgicos e sacramentais, associa-se em íntima comunhão com Cristo seu Esposo” (PCFP, nº 38).
10. “É muito conveniente que as pequenas comunidades religiosas, quer clericais, quer não, e as outras comunidades laicais participem nas celebrações do t r í d u o pascal nas igrejas maiores. De igual modo, quando em algum lugar é insuficiente o número dos participantes, dos ajudantes e dos cantores, as celebrações do tríduo pascal sejam omitidas e os fiéis reúnam-se noutra igreja maior. Também onde mais paróquias pequenas são confiadas a um só sacerdote, é oportuno que, na medida do possível, os seus fiéis se reúnam na igreja principal para participar nas celebrações. Para o bem dos fiéis, onde ao pároco é confiada a cura pastoral de duas ou mais paróquias, nas quais os fiéis participam em grande número e podem ser realizadas as celebrações com o devido cuidado e solenidade, os mesmos párocos podem repetir as celebrações do tríduo pascal, respeitando-se todas as normas estabelecidas” (PCFP, nº 43). “Nestas comunidades, embora muitas vezes pequenas e pobres, ou dispersas, está presente Cristo, por cujo poder se unifica a Igreja una, santa, católica e apostólica” (LG 26)
11. “É desejável que, segundo as circunstâncias, seja prevista a reunião de diversas comunidades numa mesma igreja, quando, por razão da proximidade das igrejas ou do reduzido número de participantes, não se possa ter uma celebração completa e festiva. Favoreça-se a participação de grupos particulares na celebração da vigília pascal, na qual todos os fiéis, formando uma única assembleia, possam experimentar de modo mais profundo o sentido de pertença à mesma comunidade eclesial. Os fiéis que, por motivo das férias, estão ausentes da própria paróquia sejam convidados a participar na celebração litúrgica no lugar onde se encontram” (PCFP, nº 94).

Ano C - Tempo da Quaresma - 5º Domingo - Boletim Dominical

Avisos e Liturgia do 4º Domingo da Quaresma (Ano C)

Neste Domingo, já começamos a sentir a proximidade das festas solenes da Páscoa. Por isso, pedimos a Deus que nos conceda “fé viva e espírito generoso, a fim de caminharmos alegremente para as próximas solenidades pascais”. Na segunda leitura, São Paulo continua a recordar o convite à reconciliação, afirmando: “por Cristo, Deus reconciliou-nos consigo. Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus”.

O texto do evangelho é a parábola do filho pródigo, tão conhecida de todos. É a manifestação do grande amor de Deus Pai por cada homem e por cada mulher. É o próprio Jesus que nos dá a conhecer o Pai misericordioso. Ao fazer esta revelação, escandaliza os fariseus e os escribas, porque acolhe e come com os pecadores. Na parábola, o filho mais velho, a quem chamaríamos bom e recto (sempre serviu o pai), também se escandaliza e indigna-se com o seu pai. Mas também o pai é bom e misericordioso para com ele. Sai da festa para ir ao seu encontro e dizer-lhe: “Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”. Como é impressionante constatar o seguinte: o filho mais velho estava sempre com o seu pai, mas não o conhecia! Também nós reconhecemos que Deus está sempre connosco. Mas qual a nossa relação com Aquele que invocamos como nosso Pai e que está nos Céus?

Quem abre o seu coração à voz de Deus nunca desanima nem se desorienta, porque sente o amor misericordioso de Deus Pai, disposto a perdoar, lento para ira e rico de misericórdia. Mas também sente que Deus não tem a pretensão de julgar ou excluir aqueles que, segundo a Lei, aparecem como pecadores. Deus facilita-lhes o caminho de regresso e celebra com alegria este retorno. Neste domingo, somos convidados a fazer o nosso caminho de regresso ao Pai, preparando-nos, assim, para as festas da Páscoa. O Pai está ansioso por nos devolver a dignidade e a alegria da nossa filiação divina, da nossa fraternidade em Cristo Jesus, nosso Redentor. Por isso, na parábola, disse aos servos: “trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado”.

31-03-2019

As palavras e as acções de Jesus revelam misericórdia. Como Ele sabia ler o coração de cada um e respondia às suas necessidades! Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de Deus como de um Pai que quer vencer o pecado e a rejeição com compaixão e misericórdia. Nestas parábolas encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé, porque a misericórdia é a força que tudo vence, que enche de amor o coração e que consola com o perdão. A parábola do filho pródigo ensina-nos tanto! A misericórdia não é somente a acção do Pai, mas converte-se no critério para saber quem são realmente os seus filhos. Somos convidados a viver a misericórdia, porque sobre nós é derramada a misericórdia divina. O perdão das ofensas é a expressão mais evidente do amor misericordioso. Por isso, é algo que nenhum de nós se pode esquecer, porque assim o rezamos: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. O perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para conseguir a serenidade do coração. É isto que Jesus afirma nas Bem-aventuranças: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.

A parábola do filho pródigo é a parábola do pai misericordioso, é a parábola da festa da reconciliação. A parábola fala-nos de um pecado, mas não fica por aí; fala-nos de um arrependimento, mas não fica por aí; fala-nos de uma conversão, mas não fica por aí; fala-nos do perdão do pai e da confissão do filho, mas não fica por aí! A parábola conta tudo isso para terminar com uma festa e a alegria da reconciliação. Será este sentimento que reinará nos nossos corações, quando nos reconciliarmos com Deus, com os irmãos e connosco próprios.

 

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                                                     PREPARAR AS CELEBRAÇÕES PASCAIS

A grande celebração anual dos cristãos é a Páscoa. Foi por causa da Páscoa que entramos em Quaresma. E se a pastoral faz um enorme investimento na Quaresma (e ainda bem, porque uma grande festa requer uma grande preparação!) é por causa da Páscoa. Mal seria, contudo, se esgotássemos as nossas energias na preparação e celebrássemos pobremente a Páscoa. Não estaria bem ter-se a impressão de dar uma excessiva importância à Quaresma, de tal modo que esta aparecesse como a grande celebração anual dos cristãos. Isso seria um grave desvio, pois desvirtuaria todo o sentido cristão da Páscoa, reduzindo-a a uma quaresma. O valor, o sentido, a finalidade e a orientação da Quaresma é a Páscoa, quer do ponto de vista espiritual quer do ponto de vista litúrgico. Se não se chega a celebrar a Páscoa festivamente, exterior e interiormente, então a Quaresma foi inútil, foi vã. Os cristãos, de fato, não celebram a quaresma, mas a Páscoa. Nunca será demasiado insistir nisto.

Neste sentido, convém inculcar nos fiéis a importância e, consequentemente, o dever da celebração do Tríduo pascal, mormente da Vigília pascal, mas também da Cinquentena (o Pentecostes ou os Cinquenta dias).

A Páscoa é tempo de festa. Mas também, para muitos, é tempo de férias. Não será a festa da Páscoa um distintivo dos cristãos? Mesmo que ausentes da sua residência habitual, não deixem de celebrar a Páscoa em Igreja, nos lugares em que se encontrem. Os cristãos celebram a Páscoa em três dias, sexta, sábado e domingo (desde a Missa Vespertina da Ceia do Senhor, em quinta-feira santa, até ao fim da tarde do domingo da ressurreição) – que se prolongam nos 50 seguintes – como se fosse uma só celebração.

A liturgia do Tríduo exige uma preparação cuidada, particularmente dos ministros: presidente, acólitos, leitores, cantores, salmistas, organistas, etc.. Em muitos casos, requer-se uma preparação remota. Muitos cânticos deverão ter sido já preparados durante a Quaresma. O Coro, por exemplo, precisa de um repertório adequado, entre outros, para o lava-pés (5ª feira santa), para a adoração da cruz (6ª feira santa), para a aspersão (vigília), para a procissão do Santíssimo Sacramento (5ª feira), para a procissão para o baptistério (vigília), etc.; os leitores (em número razoável) deverão ser bem preparados para as leituras, nomeadamente as da vigília; os salmistas (em número notável) terão de cantar vários salmos, nomeadamente na vigília; os acólitos e outros ministros têm muitas coisas a preparar e devem, sobretudo, preparar-se, com repetidos ensaios, para que a celebração decorra com ritmo, nobreza, naturalidade e beleza. Também o Presidente e o Diácono precisam de uma preparação cuidada, não apenas dos ritos, mas também do canto. Cantar o Precónio pascal e o tríplice Aleluia (na vigília), entoar o canto da apresentação da Cruz e a solene oração universal (na 6ª feira), os Prefácios da Oração Eucarística (de 5ª, da vigília e do Domingo), a despedida (na vigília e no Domingo).

 

Todos os domingos do Tempo Pascal (Cinquentena = Pentecostes) são excepcionalmente festivos. Não são, como outrora se dizia, domingos depois da Páscoa, mas domingos de Páscoa. Essa máxima solenidade deve ser não só interior, mas também exterior. Sem dúvida que, para ela, muito contribui o canto e a música, mas não bastam. Importa lançar mão de tudo o que possa contribuir para o máximo brilho do espaço litúrgico e para o carácter festivo da celebração, a iluminação, os arranjos florais, a limpeza e ornamentação da igreja, a disposição dos celebrantes (todos os participantes na celebração) e a sua participação activa. Deverá, sem dúvida, haver um grande esforço (foi a grande actividade quaresmal) para congregar todos os baptizados em celebrações festivas (não necessariamente longas, palavrosas e enfadonhas). A Páscoa implica um investimento espiritual e material de toda uma comunidade (esse foi o objectivo da quaresma) para a Festa. Sem a longa Festa da Páscoa, o cristianismo perde o seu sentido.

Como vamos celebrar a festa da Páscoa: o Tríduo e a Cinquentena? Não se pense que não é preciso, que basta que seja como no ano passado, ou, pior ainda, que o assunto não é importante. A celebração da Páscoa é o núcleo da verdadeira Pastoral, porque o é da vida cristã.

Ano C - Tempo da Quaresma - 4º Domingo - Boletim Dominical

Tradições da Quaresma/Páscoa recriadas em Aguiar da Beira

Cerca de 150 Pessoas da comunidade vão recriar hábitos e saberes de fé do concelho, dia 18 de março, às 15 horas, no centro cultural de Aguiar da Beira.
Os participantes das Oficinas das Tradições – 60 Mais Social Clube do CLDS 3G Aguiar no Coração – vão recriar alguns dos rituais católicos vividos no Concelho de Aguiar da Beira pelas celebrações da Quaresma e da Páscoa.
Tradições como a quarta- feira de cinzas, bênção dos ramos, encomendação das almas, passagens da via sacra, terço dos homens, enterro do senhor ou a visita pascal vão ser apresentadas por 150 “atores” à comunidade, durante a tarde de domingo, no auditório do Centro Cultural de Aguiar da Beira.
Os saberes e as tradições quaresmais e pascais têm vindo a ser preparadas nas Oficinas das Tradições, que decorrem semanalmente em várias freguesias do concelho e abertas à população em geral.
O encontro será um grande momento de demonstração cultural, promovendo o conhecimento e convívio entre gerações, recuperando hábitos culturais e reforçando laços sociais e níveis de participação.
A atividade enquadra-se na ação 60 Mais Social Clube, do CLDS 3G Aguiar no Coração, que pretende integrar os cidadãos seniores de modo a estimular a sua participação e (re)integração na sociedade e nas dinâmicas do concelho reforçando o envelhecimento ativo e a autonomia dos seniores, bem como a elevação da sua autoestima e do seu sentimento de utilidade para os outros e para a sociedade.
“Aguiar no Coração – Rede Positiva para o Desenvolvimento Social de Aguiar da Beira” é um Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS 3G), cuja Entidade Coordenadora Local de Parceria e executora é o Centro Social Paroquial de Dornelas e a entidade financiadora é o POISE – Programa Operacional da Inclusão Social e Emprego e o Governo de Portugal, por via do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.

Por:AGC