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Artigo de Sara Morais: A Carência do Ego—- Parte II: Autoafirmação

Já Albert Einstein reconhecia que “viver é como andar de bicicleta. É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio”. E, não é segredo que em todo o processo de mudança existe a necessidade de recorrer a várias competências, entre elas: a autoafirmação.  É através desta competência que o leitor, a partir dos 3 anos de idade, cria e molda a sua imagem real com o objetivo de se diferenciar do meio que o rodeia. Já na fase adulta e, de acordo com vários fatores sociais e pessoais, este processo psicológico é usado, transversalmente, para criar a sua forma de ser e de estar. Contudo, é através da auto afirmação que o leitor poderá, facilmente, criar uma imagem ilusória de si mesmo enquanto mecanismo de defesa do ego.

Isto que dizer, quando o seu ego entra em carência, o leitor vai desenvolver um comportamento compensatório que, neste caso, surge como o destaque neurótico constante das suas qualidades, com o objetivo de se agradar a si próprio ao sentir aprovação e reconhecimento pelos seus pares e, assim, encapotar a falta de amor-próprio. No fundo, trata-se de um recurso que o subconsciente veste para equilibrar o medo de falhar na vida pessoal e social.

Convínhamos, esta busca venal de autoafirmação é subsidiada pelos nossos valores sociais modernos, como por exemplo: a política do consumismo e as redes sociais, que imprimem a ideia que para atingir o sucesso é necessário ser Perfeito. Para reforçar a ideia, estas autoafirmações negativas vão elencar uma força distorcida do “eu” e, por esse motivo, não haverá espaço para a mudança, mas sim para a estagnação, desilusão e insucesso.   A partir deste alinhamento, surgem os sentimentos de angústia e as auto distorções cognitivas que sustentam a conotação negativa e patológica às autoafirmações.

A Hipnose Clínica é um caminho para a mudança destes padrões disfuncionais do pensamento. A primeira fase da terapia é identificar as autoafirmações e os gatilhos que criam a patologia.  Seguidamente, o terapeuta irá ajudar o leitor, por meio de técnicas específicas, a confrontar e a formular hipóteses construtivas através da sugestão. Este processo desenvolve o auto conhecimento, e por conseguinte, a auto regulação emocional o que irá contribuir para uma relação mais próxima entre a realidade e o seu modo de pensar. O paradoxo de tudo isto é que quanto mais o leitor se aceitar e conhecer mais poderá mudar e atingir a realização e felicidade que tanto deseja.

No próximo boletim de saúde poderá verificar mais sobre o pensamento negativo e a Hipnose Clínica.

Sara Morais

Hipnoterapeuta

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