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Avisos e Liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum- Ano A

 

Nas leituras bíblicas que a liturgia nos propõe, é-nos apresentado o Reino de Deus como um banquete; é uma visão positiva do Reino. Na primeira leitura, do profeta Isaías, o Senhor prepara para todos os povos um banquete onde cada um poderá saciar a sua fome e a sua sede; um banquete que eliminará a tristeza, a dor, o choro e o sofrimento. O texto do evangelho é uma parábola sobre o Reino de Deus, apresentado como um banquete onde o rei convida algumas pessoas, mas elas não quiseram ir, apresentando vários motivos. Então, este convite estende-se a todos os povos. O Reino de Deus não é visto como um lugar misterioso, triste, obscuro, mas é uma manifestação da alegria, da felicidade, do amor de Deus para com o seu povo. Assim, a Sagrada Escritura diz-nos que Deus quer a nossa felicidade; por isso, convida-nos a vivermos com Ele, alegres e cheios de amor.

O convite da parábola do evangelho não é um momento pontual, mas actualiza-se em cada Domingo, em cada semana, quando o Senhor nos convida a celebrar sacramentalmente a sua paixão, morte e ressurreição: a Eucaristia. O Senhor quer estar perto do seu povo. Por isso não deu somente a Sagrada Escritura como caminho para aprender a ser bom cristão; não só ensinou alguns princípios ou deu alguns conselhos para sermos bons e, depois, foi embora. Isto não aconteceu! O Senhor quis morar no meio do seu povo, no meio de nós, quis fazer-se um como nós, mas sem pecado; quis perpetuar para sempre a sua entrega por amor na cruz na celebração da Eucaristia, que é a expressão sacramental do Mistério Pascal. Em cada domingo, em cada semana, somos convidados por Jesus a participar da Eucaristia, onde O recebemos nas espécies do pão e do vinho, para que tenhamos vida e força para a missão. Na Eucaristia damos graças a Deus, porque convida-nos a participar da vida divina, pedimos-lhe perdão porque nem sempre fazemos o bem, damos-lhe graças por todos os momentos felizes e pedimos-lhe força para levar a cruz de todos os dias. Então, perante este convite do Senhor, qual é a nossa resposta? Sentimos que a Eucaristia é importante na nossa vida? Participamos activamente neste banquete divino? Como vivemos cada momento da Eucaristia? Como um jugo? Ou como um dom que Deus nos concede, porque quer falar e estar connosco? Não tenhamos medo de dizer sim a Deus e de estarmos presentes neste banquete!

11-10-2020

 

Sim, somos convidados pelo Senhor para o banquete, para a Eucaristia, mas temos de ir vestidos com o traje nupcial, vestidos de festa. Não se trata somente de aceitar o convite, mas também de estarmos bem preparados. No texto do evangelho, o rei admoesta um dos convidados que não levava a roupa de festa e expulsou-o “para as trevas exteriores”. Qual é o nosso traje de festa? O traje das boas obras, do olhar e coração puros, do bom testemunho, do amor que temos a Deus que se manifesta no amor aos irmãos. Que a celebração da Eucaristia nos ajude sempre a prepararmo-nos para receber o Senhor. Agradeçamos ao Senhor o seu convite. Felizes serão sempre os convidados para a Ceia do Senhor!

 

O traje das bodas

 

O que é o traje das bodas, a veste nupcial? O apóstolo Paulo diz-nos: «Os preceitos não têm outro objectivo senão a caridade que nasce de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sem fingimento» (1Tm 1,5). É essa a veste nupcial. Não se trata de um qualquer amor, porque muitas vezes veem-se homens que amam com má consciência. Os que se entregam juntos a brigas, à maldade, os que se amam com o amor dos actores, dos condutores de carros, dos gladiadores, amam-se generosamente entre si, mas não com aquela caridade que nasce de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sem fingimento; ora, a veste nupcial não é essa caridade.

Revesti-vos, pois, da veste nupcial, vós que ainda a não tendes. Já entrastes na sala do banquete, ides aproximar-vos da mesa do Senhor, mas não tendes ainda, em honra do Esposo, a veste nupcial: procurais ainda os vossos interesses e não os de Jesus Cristo. Usa-se o traje nupcial para honrar a união nupcial, isto é, o Esposo e a Esposa. Vós conheceis o Esposo, que é Jesus Cristo; conheceis a Esposa, que é a Igreja (Ef 5,32). Honrai aquela que é desposada, honrai também Aquele que a desposa. (Santo Agostinho, 354-430, bispo de Hipona, norte de África, doutor da Igreja, Sermão 90, 5-6; PL 38-39, 561-563)

 

http://www.liturgia.diocesedeviseu.pt/

Ano A - Tempo Comum - 28º Domingo - Boletim Dominical II

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