Em comunicado a Comissão Política do PPD/PSD da Guarda refere que:”Face às recentes notícias vindas a público relativas à decisão sobre o destino a dar à antiga Casa da Legião, a Comissão Política do PPD/PSD da Guarda em articulação com o Grupo Parlamentar do PSD da Assembleia Municipal da Guarda e com os vereadores eleitos entende dever salvaguardar o património e a história da nossa
Cidade, para que não se cometam erros irreparáveis, quer do ponto de vista histórico,
cultural, patrimonial, quer do dever de cidadania.
Antes de mais cumpre‐nos salientar a baixa adesão da consulta pública que foi levada a cabo pela Câmara Municipal da Guarda – o que é demonstrativo da falta de
notoriedade e visibilidade que os responsáveis da autarquia quiseram dar a esta questão. Para nós é um facto inegável que uma consulta à qual respondeu menos de
1% da população da Guarda, peca por um nível de resposta insatisfatório e não espelha minimamente a vontade popular. Associando a isso o carácter não vinculativo da
consulta, parece‐nos que a intenção era apenas a de poder confirmar uma intenção clara
inicial, que a Câmara Municipal da Guarda nem sequer tentou disfarçar.
Aparentemente, tratou‐se de um exercício de “…falem para aí para eu fazer o que
quiser…” por parte do Sr. Presidente da Câmara.
Sabemos que o concelho de onde o Sr. Presidente da Câmara nasceu é pobre do
ponto de vista arquitetónico, mas estamos e somos da Guarda pelo que exigimos o
maior cuidado com o nosso património.
Qualquer intervenção no Centro Histórico carece, em nosso entender, de um
levantamento e de um estudo prévio por parte de especialistas nas mais variadas áreas
por forma a aferir o valor histórico e patrimonial do edificado. Justificando‐se ainda mais
quando este edificado se situa a escassos metros do monumento mais representativo
do nosso concelho – a Sé Catedral.
Somos progressistas e a favor da evolução e do desenvolvimento, desde que
estes não desfigurem as nossas raízes ou apaguem a nossa história.
Assim, a Comissão Política de Secção do PPD/PSD da Guarda entende que
deverão ser feitos estudos aprofundados acerca do edificado em questão bem como da
sua envolvente, estudos esses que tragam à luz o valor histórico, cultural e patrimonial
permitindo assim que, com dados concretos haja uma verdadeira discussão pública
que culmine numa decisão coletiva do que será efetivamente melhor para a Guarda.
Parece‐nos que o Sr. Presidente da Câmara da Guarda é fã das obras e dos tijolos,
pedimos apenas um pouco de calma e miolos!
Neste sentido, e caso não haja bom senso, não descartamos a possibilidade de
interpor uma providência cautelar por forma a salvaguardar o património da Nossa
Guarda”.