Face à situação que tem passado no Hospital da Guarda, o Deputado Carlos Peixoto enviou um requerimento com umas questões à Ministra da Saúde, mas como é normal tem de passar pelo Presidente da Assembleia da República
Assim refere:”Imagens recentemente divulgadas na comunicação social mostraram o caos e a tragédia que se
vive no Hospital da Guarda.
Corredores atolados de macas e doentes, filas intermináveis de acamados, e um depósito
dantesco e indigno de pessoas na urgência, exibem bem o estado de calamidade a que chegou
a saúde no Distrito da Guarda.
Não está em causa a inexcedível entrega dos profissionais de saúde, que por certo fazem o que
melhor sabem e podem para acompanhar e monitorizar esses doentes.
O que está em causa são as condições deploráveis da prestação dos cuidados de saúde, que
por mais esforço e profissionalismo que exista – e existe -, potenciam erros, omissões e
respostas deficitárias que comprometem a integridade física e a vida de quem mais precisa de
apoio e ajuda.
O atual contexto pandémico não pode explicar tudo, até porque a incapacidade de ação do
Hospital já há muito tempo que é questionada e denunciada.
O Governo e a administração do Hospital não podem conformar-se com a transformação de
uma unidade de saúde num armazém macabro e recheado com um inacreditável amontoado de
doentes.
As pessoas não são mercadorias e quem administra o Hospital não pode deixar de dar um grito
de revolta e encontrar soluções de emergência para este drama.
Sabe-se que podem estar a ser equacionadas mudanças no espaço da urgência, mas não só
essa solução de recurso não serve, por não passar de um remendo que amanhã se revelará
desadequado e insuficiente (basta um surto de Covid mais sério ou uma maior severidade do
inverno), como é obrigação de quem governa dotar o Hospital de meios e recursos mais consistentes, confiáveis e seguros e, acima de tudo, mais duradouros e estáveis.
A contratação imediata de estruturas de retaguarda que colmatem provisoriamente (mas com
segurança) as carências existentes é uma possibilidade que pode ser tida em conta.
A construção do pavilhão 5 tantas vezes prometido e nunca mais dado à luz, é outra opção que
liberta de vez espaço para utilização e readaptação das instalações existentes.
O que não pode manter-se é a atual balburdia que se vive e a total inoperância para a superar.
Impõe-se, por isso, a tomada de decisões firmes, eficazes e urgentes.
Assim, o deputado signatário permite-se colocar à Senhora Ministra as seguintes questões:
1) Está o Ministério da Saúde a par da situação dramática em que se encontra o Hospital da
Guarda no que respeita ao acolhimento e acomodação segura e condigna dos doentes?
2) Que plano ou estratégia tem o Governo para evitar que os corredores do Hospital sejam
depósitos impressionantes e insalubres de macas e de doentes?
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