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Futebol feminino: Conversa com Daniela Alves(Pipa) da Fundação L.Santos

Feito Histórico

Fomos
conversar com a jogadora Daniela Alves da Fundação D.Laura Santos, atualmente
na 1ªdivisão nacional de futebol feminino, aliás toda a equipa lutou imenso para
este feito histórico, mas a Daniela, mais conhecida por “Pipa”, no
seio da sua equipa é uma  das jogadoras que marca muitos golos e luta
imenso no setor atacante e quem sabe no futuro não terá uma chamada à seleção
AA.
Magazine
serrano: Depois da permanência na 1ªdivisão, que balanço faz desta temporada?
Daniela Alves -Jogo na
Fundação há 7 anos, e para mim a nível coletivo foi a melhor época que fizemos,
conseguimos o 4º lugar na fase de apuramento do campeão, o que é muito bom para
uma equipa do interior conseguir este feito que consideramos histórico.

MS- Como foi
trabalhar com o Mister Rodrigo?

DA– O
mister Rodrigo é uma pessoa que se entrega 100% à equipa, está sempre disposto
ajudar no que for preciso, desde o início manteve uma relação ótima com todas
as jogadoras, uma vez que toda a gente se sentia à vontade no seio da equipa.

   A vinda do mister Rodrigo para a fundação só
veio beneficiar todo o nosso futebol praticado anteriormente, com algumas
alterações no modelo de jogo e no fator técnico- tático conseguiu fazer o que
nunca antes tinha sido feito.
   Posso afirmar, que aprendi bastante com todo
o trabalho que o mister realizou ao longo da época, aliás está aos olhos de
todos, que por todo o seu trabalho, esforço e dedicação o mister foi
considerado pelo “Portal de Futebol Feminino” o melhor treinador da 1ªdivisão
nacional feminina nesta temporada, no qual eu dou os meus parabéns.

MS- Qual o
melhor e pior momento desta temporada?
DA – Posso dizer que
não há melhores momentos durante a temporada, porque todos os momentos que
passamos nesta “família” são bons, mas há sempre aquelas situações que mais nos
marcam. Uma delas, como já referi em cima, foi a passagem a fase de apuramento
do campeão, a outra foi quando marquei o meu primeiro golo da época e o
dediquei ao meu pai. Como piores momentos a nível individual não tenho nenhum,
a nível coletivo passo a citar a lesão da Sandra Rita, uma jogadora com muitas
qualidades e que nos irá fazer imensa falta no sector do meio campo na próxima
época.
MS- No seio da
Fundação tem sido uma peça chave? Uma goleadora também?
DA -Não me
considero uma peça chave, na equipa todas as jogadoras são fundamentais para a
construção da mesma. Quando a questão da goleadora, apesar de ter sido a melhor
marcadora da equipa e ter ficado no top das melhores marcadoras da 1ª divisão
nacional, tudo isto não teria sido possível sem ajuda e sem o futebol praticado
pelas minhas colegas, todas elas contribuíram para que o conseguisse.
Deixo
aqui também uma palavra de agradecimento, a todas as pessoas que me apoiam em
todos os jogos, mas também a todas pessoas que nunca deixaram de acreditar em
mim.
MS- O público já
está mais presente nas bancadas?
DA -No que toca ao
público, não nos podemos queixar, principalmente nos jogos em casa, temos muita
gente assistir aos nossos jogos em casa e até nos jogos fora temos adeptos que
nos acompanham para todo o lado, o que é muito importante para nós, é sinal que
gostam da nossa “família” e de nos ver jogar.
MS- Como vê o
futebol feminino em Portugal?
DA -Desde que jogo
futebol, noto uma grande evolução no trabalho desenvolvido por todos os agentes
envolvidos no futebol feminino, mas claro que ainda não deve ficar por aqui,
acredito que com o passar do tempo, possa haver liga profissional de futebol
feminino em Portugal, o que era muito bom para o nosso país.
Apesar
de sermos um país que ainda está a fazer os possíveis para que o futebol
feminino seja mais desenvolvido, já notamos alguma evolução no que toca, a
clubes, nª de jogadoras inscritas, apoiantes do futebol feminino, etc.
MS- Uma chamada
à seleção era perfeito?
DA -Sim era
perfeito, até porque chegar à seleção nacional é o auge da carreira de uma
jogadora, mas não é algo que me atormente no dia-a-dia, porém também sou internacional
sub – 19, e se o consegui foi porque reconheceram o meu trabalho. No entanto,
vou continuar a esforçar-me e aproveitar cada momento que o futebol me
proporciona, e quem sabe um dia poder chegar lá.
MS- Para a nova
época prevê ficar na Fundação?
DA -Apesar de ter
tido propostas para sair da Fundação, estou na reta final do meu curso e a
formação nos dias de hoje é sempre mais importante. Na nova época vou continuar
na Fundação, até porque foi lá que eu aprendi e cresci como jogadora, mas
também é sempre difícil uma saída por toda afetividade criada ao longo destes
anos, contudo não digo que futuramente não possa haver uma possível saída.
Por António Pacheco

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