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Estudo revela que livros são o artigo mais acumulado na casa dos portugueses

Num recente estudo realizado pela Wallapop, em parceria com a MuP Research, os livros surgem como um dos objetos que os portugueses menos estão dispostos a desfazerem-se, acabando por serem frequentemente acumulados nas suas casas (42,9%). Estes dados revelam não só a importância cultural associada a estes bens, mas também o apego emocional que representam para quem os tem.

Para celebrar o Dia Mundial do Livro, uma data destinada a homenagear as não só as obras literárias, mas também os seus autores, a Wallapop desafia os portugueses a relembrarem-se do papel essencial da reutilização na preservação da cultura, na promoção da sustentabilidade e na redução do desperdício.

O papel da cultura é voar de mão em mão, sabendo que, ao deixar os livros acumularem-se em estantes sem terem uso, limitamos o seu ciclo de vida. Uma solução para aumentar esta partilha é a compra e venda de livros em plataformas de produtos reutilizados.

No mês de março, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a procura por livros aumentou em 80% na Wallapop, onde os utilizadores têm acesso a uma ampla variedade de livros, desde best-sellers contemporâneos a clássicos intemporais, a preços acessíveis e em condições impecáveis.

Se tem livros esquecidos na estante, aproveite o aumento da procura e coloque à venda as obras que já não lê e merecem uma segunda vida. Alguns dos livros mais procurados do último mês foram: livros de arquitetura, livros de xadrez e livros de fotografia.

Como destaca Sara van-Deste, “O papel da cultura é voar de mão em mão e na Wallapop incentivamos a circulação e reutilização de livros para contribuirmos para a preservação da cultura, mas também para a redução do desperdício e o incentivo a práticas mais sustentáveis de consumo.”.

No Dia Mundial do Livro, a Wallapop convida todos os amantes da leitura a explorarem a sua vasta seleção de livros e a participarem no movimento da reutilização, dando uma nova vida às suas obras literárias e permitindo que outros continuem a desfrutar do prazer da leitura.

Foto:DR

Estudo “Como comemos o que comemos”

A Fundação Francisco Manuel dos Santos publicou um estudo que analisa o consumo de refeições em Portugal no século XXI, o Estudo analisa as práticas de planeamento, aquisição, conservação, confeção, apresentação, ingestão e descarte de alimentos por parte da população portuguesa;

Investigação, que reúne dados de diversas fontes, foi coordenada por Ana Isabel Costa (CATÓLICA-LISBON School of Business & Economics);

Análise demonstra, entre outras conclusões, que o peso da confeção e do consumo alimentar não-domésticos em Portugal é elevado quando comparado com outros países – Bélgica, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos da América – e que a tendência de consumo de refeições preparadas ou confecionadas fora de casa, prevalecente entre os jovens, é associada a um estilo de vida mais sedentário, afastando-os do referencial de alimentação saudável.

Com o objetivo de contribuir para um maior conhecimento dos hábitos alimentares dos portugueses, a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) divulga o estudo “Como comemos o que comemos: um retrato do consumo de refeições em Portugal”. Esta investigação, estã disponibilizada , no site da FFMS[1], analisa a importância que as mais de 200 decisões que tomamos todos os dias sobre comer e beber têm para cada indivíduo e para a sociedade nas múltiplas dimensões do quotidiano, para lá do domínio estrito da função nutritiva.

Da autoria de Ana Isabel Costa (CATÓLICA-LISBON School of Business & Economics), Cláudia Simão e Ana Rita Farias (ISCTE-IUL), Mariana Rei, Sara Rodrigues, Duarte Torres e Carla Lopes (Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto – ISPUP), este estudo procura aprofundar o conhecimento sobre os hábitos de consumo de refeições dos portugueses na atualidade, tendo por base dados estatísticos já existentes e dados recolhidos pelos autores, num inquérito conduzido em 2021.

Estudo-Microplásticos acumulam mais bactérias resistentes a antibióticos em substratos naturais

Estudo sugere que microplásticos em sistemas aquáticos
acumulam bactérias patogénicas resistentes a antibióticos
Um estudo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
(FCTUC) sugere que os microplásticos acumulam mais bactérias resistentes a
antibióticos em substratos naturais, como a areia, em sistemas aquáticos (rios).
Este estudo, da autoria de Isabel Silva, aluna de doutoramento em Biociências do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da FCTUC, revela ainda que o tipo de plástico influencia o número e as características das bactérias que aderem a estas partículas.
«Recentemente, verificou-se que as características destas partículas facilitam
o estabelecimento de um conjunto de microrganismos com características
distintas dos que se estabelecem noutros substratos. Uma das preocupações
que se levanta é a possibilidade destes microrganismos incluírem bactérias
resistentes a antibióticos, capazes de causar infeções graves (bactérias
patogénicas)», enquadra Isabel Silva.
Durante a investigação, foi possível detetar «bactérias potencialmente
patogénicas incluídas na lista prioritária da Organização Mundial de Saúde
(OMS), multirresistentes, isto é, resistentes a três ou mais classes de
antibióticos diferentes, e com características de virulência preocupantes. A
maioria destas bactérias foi detetada em microplásticos expostos à influência
das descargas de águas residuais, demonstrando uma vez mais o contributo
destas descargas para a evolução do problema da resistência aos
antibióticos», observa a autora.

No entanto, esclarece, «as estações de tratamento de águas residuais
contribuem significativamente não só para a redução do número de bactérias
resistentes aos antibióticos nos efluentes finais, mas também para a redução
do número de microplásticos que atingem os sistemas recetores. Mas,
infelizmente, os processos de tratamento disponíveis não são suficientemente
eficazes para eliminar o impacto que observámos neste estudo», lamenta a
aluna.
Os resultados deste estudo, agora publicado na revista Environmental Pollution,
mostram a grande pertinência no apoio a medidas que possam mitigar a dispersão
da resistência a antibióticos. «Foram apresentados novos dados que identificam
as descargas de águas residuais como determinantes na modulação, quer da
composição microbiológica dos microplásticos, quer nas características de
resistência destes microrganismos», aponta Isabel Silva.
Além disso, prossegue, «o facto de o tipo de microplásticos alterar a capacidade
destas partículas de transportarem bactérias patogénicas e multirresistentes,
poderá influenciar as escolhas futuras no que diz respeito à utilização de
diferentes tipos de plásticos. Em última análise, este estudo apresenta mais
evidências que apontam para a necessidade premente de diminuir a utilização
de plástico, nomeadamente microplásticos, e de melhorar os tratamentos de
águas residuais de forma a reter e eliminar estes contaminantes», conclui.
O estudo foi coordenado por Isabel Henriques, professora do DCV e investigadora
do Centre for Functional Ecology (CFE), e Marta Tacão, investigadora auxilia do
Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, e contou
também com a participação de Elsa Rodrigues investigadora do CFE.

Causas solidárias neste Natal com apoio e participação dos portugueses

Segundo os dados do Observador Cetelem Natal 2022, neste período natalício, tendo em conta o contexto económico e social que o país atravessa, os portugueses demonstram mais vontade em ajudar o próximo. Assim, mais de metade dos portugueses (63%) afirmam que vão participar em causas solidárias, +30 pontos percentuais comparando com o ano passado.

A ajuda será prestada de diferentes formas: cerca de 36% vão entregar roupa, brinquedos e alimentos a instituições ou a famílias necessitadas e 32% vão optar por comprar produtos solidários. 16% vão fazer doações monetárias a instituições e 14% comprar postais e cartões de Natal de instituições, entre outras ações.

Este ano, mais de metade dos portugueses inquiridos vão igualmente optar por adotar medidas sustentáveis este Natal. Assim, para tornar o período festivo mais sustentável, entre as medidas adotadas pelos portugueses estão: reutilizar os enfeites das árvores (65%); reutilizar a árvore de Natal artificial (59%); levar sacos para utilizar nas suas compras (57%); comprar só o essencial (53%); e ligar a iluminação de Natal apenas quando necessário (50%).

44% vão também reutilizar embrulhos de presentes, 26% optar por utilizar materiais recicláveis para os embrulhos e 16% fazer as suas peças de decoração com materiais reutilizáveis. Já 21% afirmam mesmo que vão fazer os seus próprios presentes. 16% pretendem ainda apostar em presentes ecológicos e de marcas sustentáveis e 10% comprar produtos em segunda mão.

Analisando os dados, os mais velhos, com mais de 55 anos, acabam por ser aqueles que procuram tomar mais medidas sustentáveis este Natal. São, por exemplo, os que mais tencionam reutilizar os enfeites (73%), reutilizar a árvore (67%); reutilizar sacos nas suas compras (63%); comprar o essencial (62%); ou utilizar lâmpadas de baixo consumo (49%).

Estudo-Um quarto dos concelhos portugueses não têm noticiário local frequente

Estudo realizado pela Universidade da Beira Interior mapeou os “desertos de notícias” em Portugal. Maior problema está nas regiões de Trás-os-Montes e Alentejo.
Mais de metade dos concelhos em Portugal é ou está na iminência de se vir a tornar desertos de notícias, enquanto um quarto deles não têm cobertura noticiosa frequente, aponta o estudo “Desertos de Notícias Europa 2022: Relatório de Portugal”, realizado pelo projeto MediaTrust.Lab, da Universidade da Beira Interior.
Os dados revelam que mais de um quarto dos concelhos de Portugal estão em algum tipo de deserto de notícias, ou seja, não têm cobertura noticiosa satisfatória ou frequente. Dos 308 concelhos, 78 (25,3%) estão em algum tipo de deserto de notícias, isto é, não possuem meios de comunicação com sede no concelho sobre o qual produzem conteúdos. Destes 78 concelhos, 54 (17,5%) estão num deserto total, isto é, não possuem nenhum meio de
comunicação que produza notícias, e 24 (7,8%) estão em semi-deserto, ou seja, têm
apenas noticiário menos frequente ou insatisfatório. Ler Mais »

Estudo: Maioria das empresas portuguesas não têm orçamento dedicado à inovação

Segundo um estudo efetuado, 67,9% das empresas portuguesas consideram que já fazem Investigação & Desenvolvimento suficiente mesmo que 28,3% admitam que não possuem um orçamento dedicado à inovação. Esta é uma das principais conclusões do Barómetro Internacional da Inovação 2023 que inquiriu responsáveis de 846 empresas de 17 países, da Alemanha a Singapura, passando por Portugal, Canadá ou EUA.

Crise energética é a maior preocupação das empresas

Tendo em conta a tendência geral das empresas inquiridas, a grande preocupação atual é a crise energética, uma vez que que 77% das empresas estão a fazer alterações na atividade de modo a combater os custos da energia e mais de um quarto (26%) do total dos inquiridos descreveu essas mudanças como radicais. O aumento repentino e dramático dos preços da energia está a fazer com que as empresas procurem novas maneiras de reduzir custos.

A estratégia mais comum passa por procurar formas energeticamente eficientes de poupar, algo que 44% das empresas estão a fazer. No entanto, as empresas também estão a recorrer a estratégias mais avançadas e drásticas, como procurar fontes alternativas de energia, no caso de 33% das empresas, ou procurar materiais alternativos – não derivados de combustíveis fósseis, solução adotada por 30% das empresas. As empresas estão também a repensar as cadeias de abastecimento, tanto em relação ao sítio onde obtêm os materiais, com 30% a fornecer materiais locais, como em relação à forma como os transportam, com 30% a repensar o seu processo logístico.

“Nesta edição do Barómetro Internacional da Inovação, percebe-se que grande parte da Inovação levada a cabo pelas empresas portuguesas é, ainda, financiada por recursos internos, sendo que apenas Espanha ultrapassa Portugal nesta matéria. Tendo os incentivos à Inovação uma divulgação significativa, esta situação poderá ser explicada pela desadequação dos nossos Incentivos Fiscais a períodos em que as empresas reportem resultados negativos, mas, também, pelo atraso na implementação do Portugal 2030”, explica Nuno Tomás, Managing Director da Ayming Portugal.

Outra conclusão a realçar passa pelo “número de empresas em Portugal que ainda não possui um orçamento dedicado à Inovação. Sendo esta uma atividade tão importante para as empresas nos curto e médio/longo prazos, a não-afetação de recursos a estas atividades, formalmente, parece um pouco contraditória”. “A autoavaliação que é feita pelas empresas portuguesas refere que estas consideram que já fazem I&D suficiente, algo que considero que poderá ser pernicioso, se aliado ao ponto anterior”, conclui.

A Ayming está presente em Portugal e em mais 13 países na Europa, incluindo França, Espanha ou Itália e na América do Norte, nos Estados Unidos e Canadá. Com mais de trinta anos de experiência e 20 mil clientes por todo o mundo, a Ayming alcançou resultados de 145 milhões de euros em 2021.

foto:DR

Artigo-Regresso às aulas e prevenção do bullying

Milhares de crianças em todo o país estão a começar um novo ano letivo. Para muitas, o infantário e a sala de aula são uma novidade, a que se junta todo um novo ajuste familiar que pode gerar alguma ansiedade em adultos e crianças. Mas, de acordo com a psicóloga Filipa Santos, há um elemento essencial que é preciso não esquecer: a saúde emocional dos mais pequenos. “As salas de aula são um local onde as crianças se desenvolvem socialmente e temos de as ajudar a encontrar ferramentas que lhes permitam fazê-lo com segurança e confiança, ajudando a criar espaços onde se sintam integradas e evitem comportamentos de bullying entre pares”, explica.

A psicóloga do IVI Lisboa, salienta que “havendo cada vez mais modelos familiares diferentes, como o homoparental ou os formados por mães solteiras por opção, é preciso pensar que as crianças vão encontrar algumas diferenças com outros colegas, pelo que é importante dotá-las de ferramentas para enfrentar esta situação”.

 

Dra. Filipa Santos | Psicóloga na Clínica IVI Lisboa

Filipa Santos alerta que a estigmatização das famílias na nossa sociedade tem um impacto negativo no bem-estar emocional das crianças. Por essa razão, sublinha que “todos somos responsáveis e potenciais agentes dessa mudança social que precisa de ter continuidade e de ser consolidada, por forma a que seja possível criar ambientes seguros e construtivos para as nossas crianças se desenvolverem de forma harmoniosa numa sociedade que é plural”.

Para ajudar as famílias, os educadores e professores a incorporar estas mensagens e realidades nas crianças, há uma série de dinâmicas de jogo que podem ser feitas desde cedo e assim prevenir possíveis problemas emocionais no futuro devido à falta de compreensão da realidade familiar da criança. Por isso, para ajudar todos neste processo, Filipa Santos deixa algumas dicas para a construção de famílias de todos os tipos. “Através da criatividade e da imaginação, com estes jogos podemos ajudar a normalizar novos modelos familiares para que as crianças construam e compreendam pouco a pouco a realidade que as rodeia”, explica a psicóloga.

FERRAMENTAS SOCIAIS PARA OS MAIS PEQUENOS

Criar famílias

O jogo consiste em imaginar como é a família da criança com um desenho onde todos os membros aparecem e, em seguida, explicar quem são cada um deles no núcleo familiar. Desta forma, as crianças vão estar mais preparadas para explicar a sua família na escola quando questionadas sobre a família. Também podem ser usadas bonecas para construir famílias de todos os tipos e explicar outros núcleos familiares diferentes dos seus, como famílias divorciadas, crianças adotadas ou famílias com pai e mãe.

Procurar outras referências

Nos filmes e desenhos animados podemos encontrar muitas famílias diferentes que ajudam a refletir sobre diferentes realidades. É comum que apenas um dos pais apareça, ou, nos mais recentes, um par de mães, por exemplo. Estas explicações devem ser sempre dadas de forma natural e com exemplos e realidades próximas do dia a dia que as ajudam a ver que estas famílias se amam da mesma forma que as suas, independentemente dos membros que as integram. Este mês, e pela primeira vez, a famosa porquinha PeppaPig, apresentou um episódio no Reino Unido com uma família com duas mães.

A hora do conto

Nas escolas é comum haver momentos dedicados à leitura de livros. Muitas vezes até são os pais que vão à sala de aula contar uma história. Sendo a nossa sociedade plural, essa pluralidade também está retratada nos livros. Um livro é sempre uma boa escolha para ajudar a explicar que existem modelos de família diferentes, seja com casais do mesmo sexo ou com mães sozinhas que recorreram a clínicas de fertilidade.

Idealista-Estudo-Apartamento com piscina em Portugal é mais caro

Comprar um apartamento com piscina em Portugal é, em média, 63,4% mais caro do que comprar sem esta comodidade, segundo um estudo publicado pelo idealista. Apenas 9,3% dos apartamentos que se anunciam na plataforma imobiliária em Portugal dispõe de piscina como extra.

Lisboa é a cidade onde a diferença de preço entre comprar um apartamento com ou sem piscina é maior, custando mais 79,1% os que dispõem de piscina. Seguem-se as diferenças de preço de Aveiro (63% mais caras), Castelo Branco (58,8%), Beja (52,6%), Viana do Castelo (44,4%), Porto (32,7%). Por menos de 30% de diferença de preço, encontra-se o Funchal (25%), Faro (23,8%), Coimbra (21,1%), Évora (20,6%) e Braga (14,5%).

É no Funchal onde mais existem apartamentos à venda com piscina (33,3%). Seguem-se Faro (9,6%), Lisboa (8,5%), Porto (3%), Évora (2,9%), Beja (1,6%) e Braga (1,6%). Por menos de 1% de oferta de apartamentos com piscina à venda, encontram-se as cidades de Castelo Branco (0,5%), Coimbra (0,4%), Aveiro (0,4%) e Viana do Castelo (0,2%).

 

Metodologia

Para a elaboração deste estudo, o idealista analisou o preço absoluto dos apartamentos à venda em Portugal, excluindo as moradias. Para o estudo, foram apenas analisadas as capitais de distrito onde a amostra fosse representativa.

Estudo-Consumidores querem garantias de reparabilidade e durabilidade para comprar mais bens em 2.ª mão

  • 7 em cada 10 consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos rotulados com estas garantias
  • Consumidores têm uma opinião positiva sobre marcas e retalhistas que entram neste mercado

 

Segundo o estudo Barómetro Europeu do Consumo do Observador Cetelem 2022, dedicado ao tema da Economia Circular, a necessidade de garantia dos produtos em 2.ª mão é um dos fatores que leva os consumidores a optarem por não os comprar. Neste sentido, 86% acreditam que a existência de um índice de reparabilidade seria um fator importante ou muito importante na escolha de um produto. Por outro lado, 90% consideram que um índice de durabilidade também forneceria informações sobre a robustez e confiabilidade dos bens.

Relativamente à existência do índice de reparabilidade, os italianos e portugueses são dos europeus mais favoráveis (94%), enquanto os dinamarqueses e suecos estão mais reticentes (76% e 77%). Quanto ao índice de durabilidade, mais uma vez os italianos e portugueses são os que mais o desejam (95% e 97%), sendo preciso voltar ao norte da Europa para encontrar expectativas mais baixas nesta área.

Este desejo de segurança, no que diz respeito à reparabilidade e durabilidade, tem consequências no preço dos produtos, contudo nem todos estão dispostos a aceitá-las. Ainda assim, 7 em cada 10 europeus dizem estar dispostos a pagar mais por produtos rotulados desta forma, sendo os romenos, búlgaros e húngaros os mais favoráveis (84%, 83% e 80%), enquanto os franceses e belgas estão mais relutantes (61% e 63%).

A importância que os consumidores atribuem à durabilidade e reparabilidade reflete igualmente o sucesso dos produtos recondicionados, principalmente no caso dos telemóveis. Mais de 8 em cada 10 europeus já ouviram falar de recondicionamento de produtos e 1 em cada 2 sabe exatamente o que significa.

 

Valorizar a sua imagem e pensar no futuro

No geral os consumidores têm uma opinião positiva sobre as marcas e os retalhistas que estão a entrar no mercado de 2.ª mão, ao recuperar produtos, dando-lhes uma nova vida. 86% acreditam que as empresas têm estas práticas para demonstrar a sua capacidade de inovação, sendo uma ideia transversal a todos os países onde foi realizado este estudo, com os italianos e portugueses mais uma vez a expressar uma opinião mais favorável. Já 85% dos europeus acreditam que é uma maneira de marcas e retalhistas se prepararem para o futuro. Em terceiro lugar, com 82%, aparece a sugestão de que a adesão ao recondicionamento demonstra compromisso com o meio ambiente.

A capacidade de as marcas e retalhistas se destacarem no mercado e a oportunidade de obterem mais lucro quando entram no mercado de usados recebem uma proporção quase igual dos votos (78% e 77%). Nas duas opções, as diferenças entre os países são muito mais acentuadas. Na primeira, enquanto 87% dos portugueses e 86% dos húngaros veem a prática como fonte de diferenciação, apenas 64% dos alemães estão de acordo. E quando se trata da sugestão de que os retalhistas aderem a estas práticas para gerar lucros adicionais, 87% dos portugueses, 86% dos búlgaros e 85% dos espanhóis são dessa opinião, em comparação com 62% dos alemães e 63% dos austríacos.

 

Estudo-42% dos portugueses revelam que o seu poder de compra diminuiu nos últimos 12 meses

O estudo Observador Cetelem Consumo em tempos de inflação 2022 procurou avaliar a perceção que os consumidores têm da evolução do seu poder de compra nos últimos meses.

Segundo as conclusões do estudo, 4 em cada 10 portugueses diz que o seu poder de compra diminuiu nos últimos 12 meses. Se compararmos os dados relativamente ao género, idade e classe social, o estudo conclui que o poder de compra diminuiu mais junto dos inquiridos do género feminino (45%), dos com mais de 65 anos (52%), e de classes com menores rendimentos (63%). Fazendo uma avaliação por região, também se observa que os portugueses inquiridos residentes na região Centro foram aqueles que mais sentiram o seu poder de compra diminuir (61% Centro vs. 48% Sul vs. 34% Norte).

Já 44% dos portugueses inquiridos revelam que o seu poder de compra permaneceu estável e cerca de 13% que aumentou. No entanto, comparando com o inquérito realizado em novembro de 2021 há também menos consumidores a considerarem que o seu poder de compra aumentou ou permaneceu estável (-8 p.p.).

Quando questionados sobre os fatores que podem ter tido mais impacto na diminuição do poder de compra, os inquiridos apontam responsabilidades ao aumento dos preços dos produtos de uso diário (64%), dos preços dos combustíveis (59%), dos preços da energia (57%), das despesas fixas (34%) e dos custos com a habitação (32%).

Comparando a nível regional, os inquiridos do Norte são os que sentem mais que o aumento dos preços de combustível foi o que teve mais impacto no seu poder de compra (64% vs. 61 Centro vs. 55% Sul), enquanto os inquiridos da região Centro sentem que o seu poder de compra diminui devido ao aumento dos preços dos produtos de uso diário (75% vs. 66% Norte vs. 62% Sul). Já os residentes no Sul do país consideram que se deveu à diminuição de rendimentos (36% vs. 30% Centro vs. 26% Norte).

Impacto da Guerra na Europa

Segundo o estudo, metade dos portugueses (52%) aceita que o seu poder de compra diminua por consequência da guerra na Europa. Fazendo uma avaliação por idade, observa-se que são os jovens aqueles que são mais compreensivos face a esta situação, nomeadamente dos 25 aos 34 anos (58%) e dos 18 aos 24 anos (57%). Os residentes na Zona Metropolitana do Porto demonstram-se também mais compreensivos que os de Lisboa (63% vs. 49%).

Como prova de que os consumidores estão também cada vez mais ativistas e se mantêm atentos ao posicionamento das marcas face a este conflito, 80% dos inquiridos dizem que equacionam boicotar marcas que compactuem de alguma forma com a guerra, considerando este um critério importante no momento de escolha de um produto.

foto:DR