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Alto Mondego Rede Cultural regressa para animar as comunidades

Decorreu na manhã de sábado (22 de maio), a apresentação da segunda edição do Projeto” Alto Mondego- Rede Cultural”, no auditório Multiusos de Nelas. É composto pelos municípios de Fornos de Algodres, Nelas, Mangualde e Gouveia. O projeto contará com uma programação cultural diversificada e que tem como objetivo dinamizar os territórios com eventos culturais criados por associações culturais locais, com o intuito de impulsionar a economia local, mas também promover as artes e as criações artísticas no território, projetar a sua imagem e a região e ainda exponenciar novos fluxos turísticos de forma a contribuir para a valorização da autenticidade dos produtos culturais e patrimoniais endógenos.

Serão 24 espetáculos de várias artes performativas e 8 murais de arte urbana que acontecerão até setembro de 2022, recriados nos vários espaços emblemáticos dos quatro municípios, será um investimento de cerca de 300 mil euros.

Vão ser desenvolvidas 4 ações de capacitação artística com as diversas associações culturais, através da cooperação entre estas e capacitadores das seguinte áreas : slackline, arte urbana, música e dança.

As sessões de capacitação de slackline (corda bamba) e arte urbana decorrerão entre junho e agosto deste ano. As sessões de slackline serão orientadas pelo profissional Rui Mimoso, campeão nacional de slackline.

O slackline é um desporto que consiste prática de equilíbrio sobre uma linha dinâmica, esticada entre dois pontos fixos. O praticante pode caminhar sobre ela ou fazer manobras e truques, dinâmicos ou estáticos.

No que toca à área Arte Urbana , vão ser criados 4 murais, um em cada Município, resultado do trabalho entre as associações, a comunidade e o artista plástico Desy.

Por sua vez ,  as seesões na área da música acontecem em 2022, entre os meses de janeiro e maio. Entram em cena Bitocas e Artur Fernandes, que juntamente com as associações locais irão apresentar 8 espetáculos pelo território do Alto Mondego’ Rede Cultural.

Por fim, na área da dança, decorre entre maio e setembro de 2022, onde Marta Silva, irá trabalhar juntamente com as associações locais nos variados temas que abrangem a dança (movimento, corpo) e que resulta em 8 espetáculos artísticos itinerantes.

As intervenções dos quatro presidentes serviram para explicar um pouco mais este projeto.

Borges da Silva (Nelas) referiu:” É um gosto continuar a partilhar esta experiência da Rede Cultural do Alto Mondego em mais uma iniciativa, mais uma candidatura, mais um projeto, projeto esse complementado com uma série de ações, que consiste em dinamizar e promover o património cultural e rapidamente também regressar à possibilidade das populações acederem à cultura e acho que conseguiram e felicito-os aqui por isso, deixando também aqui um cumprimento aos animadores e aos profissionais que mobilizaram  para estas ações quer as ações artísticas, do ponto de vista artístico, quer do ponto de vista de artes e cultura do Alto Mondego”.

Por sua vez, Elísio Oliveira (Mangualde)salientou a: importância deste projeto Alto Mondego, como disse o presidente de Nelas, um rio nos une, mas também nos podia separar.

Um rio une ou separa, mas quando se fazem pontes, a separação torna-se união e nós estamos aqui os quatro municípios unidos em torno do Alto Mondego. A cultura é importante para desenvolver a vida das pessoas para desenvolver a economia, valorizar o território para fixar e atrair pessoas e essa é a grande luta, é a grande batalha, é a luta da democracia e da demografia e da fixação de pessoas. Sem pessoas tudo o resto vai desertificando, as casas vão-se despovoando, os territórios vão-se abandonando e a cultura pode ser uma âncora e um instrumento importante para dar qualidade de vida material e imaterial aos territórios e às pessoas que neles habitam”.

Luís Tadeu(Gouveia) enalteceu que: “é um programa que nos une com o território e com as entidades  que incluem  o território que fazem cultura e que nesta altura estão a passar uma fase muito complicada , fruto da pandemia , obrigando a parar as suas iniciativas, que é sempre depois  complicado  muitas vezes recomeçar e voltar a motivar as pessoas.

 Assim com este nosso projeto não é só dizer a essas associações culturais do nosso território, que estamos com elas, confiamos nelas , que acreditamos no seu trabalho e que juntamente com todos aqueles que agora vêm de fora  enriquecer e engrandecer também o seu trabalho , que queremos que elas continuem  e confiamos que elas continuam a ser agentes importantes no  território para precisamente prolongar e salvaguardar a cultura mas também para lhe dar novas roupagens porque os tempos mudam, os tempos evoluem e portanto há que também que termos noção e atenção a isso não perdendo o espírito daquilo que são as nossas associações mas  envolver todos aqueles que nelas colaboram, que nelas participam sejam nas bandas filarmónicas, seja nos ranchos folclóricos ,seja  nos grupos de teatro que temos ,nos grupos de dança que temos enfim todos”.

 Manuel Fonseca (Fornos de Algodres) agradeceu de forma especial à comunicação social , uma vez que têm aqui um papel importante na divulgação deste projeto. Muitas das vezes senão forem  os OCS,  o que acontece é que os nossos projetos não são focados , não são difundidos da melhor forma, logo é um prazer que os OCS estejam presentes e como sempre vão fazer um bom trabalho  no sentido de darem a conhecer este projeto . Desde o princípio, no nosso município, entendemos que era o projeto que tínhamos de agarrar com alma e coração naturalmente que há outros projetos que correm paralelamente em cada uma das outras comunidades, mas este é um projeto como disse tinha uma identidade própria.

Este ano em termos deste projeto entendeu-se que devíamos também alargar a outras competências relativas não só à dança, não só ao teatro e foi por isso que decidimos também agarrar outras capacitações neste caso especificamente na questão do Slackline e também na Arte Urbana. Relativamente à 1ªquestão está aqui o Rui Mimoso que é de Fornos de Algodres também tenho que realçar que é um excelente player nesta matéria é dos primeiros que existe no país e naturalmente também estas áreas é importante também trazer os mais jovens, às vezes os jovens têm outro tipo de motivações e tendo outro tipo de motivações é importante que estes jovens possam ter outras competências, conclui o autarca fornense.

Por fim, cada um dos capacitadores apresentaram as suas atividades, seguindo-se uma pequena demonstração do Slackline pelo atleta Rui Mimoso, pelos jovens convidados e demais entidades que quiseram experimentar.

Este projeto “Alto Mondego Rede Cultural” é cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

 

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